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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Botafogo espera voltar na próxima semana a Ato Trabalhista e respirar


Diretoria alvinegra mantém a confiança, mas evita comentários para não frustrar expectativas de jogadores e funcionários por desbloqueio de recursos na Justiça



Maurício Assumpção vai a Brasília em busca de
alívio para o Botafogo (Foto: Fred Huber)
Uma decisão da Justiça do Trabalho de julho de 2013 excluiu o Botafogo do Ato Trabalhista – que possibilita o parcelamento das dívidas –, deixando assim o clube novamente vulnerável às penhoras. Com 100% das receitas bloqueadas, o que impede de pagar salários, por exemplo, o Alvinegro tenta agora um novo acordo que permitiria um maior alívio financeiro.

O departamento jurídico alvinegro está otimista e espera que o novo acordo com a Justiça do Trabalho ocorra em breve, possivelmente na semana que vem. Mas a diretoria evita transmitir qualquer prazo a jogadores e funcionários para que não seja criada uma expectativa frustrada. Assim, procura-se evitar uma nova onda de insatisfação interna, como a que gerou os protestos no campo ocorridos desde o último sábado.

O Ato Trabalhista que até então vigorava era de 2007. Isso significa que todas as dívidas do Botafogo a partir de então estavam fora do acordo. Dessa forma, o clube permanecia sujeito a penhoras, já que os débitos de 2008 a 2013 precisavam ser negociados individualmente. Caso consiga voltar ao Ato, o Botafogo poderia passar a ter contempladas no acordo as suas dívidas atualizadas. Assim, ao destinar uma parte de suas receitas para o cumprimento do acordo, voltaria a contar com suas rendas.

Nesta quarta-feira, dia da partida contra o Unión Española, do Chile, pela Libertadores, o presidente Maurício Assumpção estará em Brasília, onde vai ocorrer uma audiência pública do Proforte no plenário da Câmara dos Deputados. O programa, que tem como um dos objetivos o refinanciamento da dívida dos clubes junto ao Governo, é uma das esperanças do Botafogo de voltar a respirar em termos financeiros.

Um dos argumentos da Justiça para excluir o Botafogo do Ato Trabalhista foi a omissão das receitas da Companhia Botafogo – empresa criada para gerir recursos de contratos – no cumprimento do acordo. Assim, o clube teria deixado de repassar cerca de R$ 95 milhões à União.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

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