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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ribamar e Luís Henrique remontam dupla do sub-17: "Sempre deu certo"


Ex-técnico dos jovens no juvenil do Botafogo acompanha joias de perto e lembra que ataque em 2014 já funcionava: "Normalmente eram os dois que resolviam as partidas"




Eles formaram pela primeira vez a dupla de ataque no profissional do Botafogo e estrearam em um clássico como titular. Foi aquela surpresa, afinal, Ribamar e Luís Henrique sequer haviam treinado juntos. Mas onde eles precisam adquirir entrosamento? Os garotos de 18 e 17 anos, respectivamente, já se entendem bem desde 2014, época em que atuaram juntos pelo juvenil do Alvinegro. Tanto que, na preleção do jogo contra o Fluminense na última quarta-feira, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES), o técnico Ricardo Gomes destacou a informação que recebeu a respeito do desempenho dos atacantes nas categorias de base: se encaixam.


Ribamar e Luís Henrique podem repetir a dupla de ataque titular diante do Vasco (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)

E bem. Pelo menos foi o que demonstraram no clássico, principalmente Ribamar, autor do segundo e último gol da partida. Se na língua da bola os dois se entenderam em campo, na hora de encarar os microfones o herói do triunfo, promovido aos profissionais durante a pré-temporada alvinegra, ainda se mostra tímido, nervoso, de poucas palavras... Por precaução, o clube também blindou o atacante e vetou entrevistas exclusivas por enquanto. Mas na saída do estádio, ele falou rapidamente sobre como foi atuar com o Luís Henrique.


- Eu e o Luís Henrique já jogamos juntos na base, sempre deu certo - destacou.

A única vez em que jogaram juntos foi no sub-17, era o segundo ano do Ribamar na categoria e o primeiro do Luís. Os dois estavam em um nível muito alto, então mudei o esquema para usá-los. Joguei como o Ricardo jogou na quarta. Normalmente eram os dois que resolviam as partidas"
Felipe Conceição, ex-técnico do sub-17


Quem assina embaixo da frase de Ribamar é Felipe Conceição, único treinador a comandar os dois na mesma categoria de base. Pela diferença de idade entre eles, acabaram jogando pouco tempo juntos antes do profissional. Foi mais na Copa Rio de 2014 e em outros jogos pela Taça Rio. A sequência acabou interrompida porque o atacante mais velho se machucou e passou um tempo no departamento médico. Consultado, o Botafogo não soube informar o número de gols dos garotos na época.


- A única vez em que jogaram juntos foi no sub-17, era o segundo ano do Ribamar na categoria e o primeiro do Luís. No início, o Ribamar foi o titular, mas o Luís subiu muito bem. Os dois estavam em um nível muito alto, então mudei o esquema para usá-los. Joguei como o Ricardo jogou na quarta. Normalmente eram os dois que resolviam as partidas. São dois atacantes um pouco parecidos, o Ribamar muito explosivo, o Luís tem a explosão dele, mas é mais técnico talvez, o Ribamar mais forte. Eles acabam se ajudando muito. Pelo que estão passando agora, foi uma experiência bacana porque já se conhecem, agora é retomar o entrosamento para continuar dando alegrias.


Felipe Conceição foi o único da base a ter Ribamar e
Luís Henrique no time (Foto: Sátiro Sodré/SS Press)
O maior aproveitamento dos garotos coincide com a promoção de Felipe, que deixou de comandar o sub-17 e vem acompanhando o trabalho desenvolvido por Ricardo, que já foi seu treinador no Juventude em 2002. Questionado se sua presença contínua na comissão técnica tem relação com o bom desempenho dos jovens, o técnico da base garantiu que não e se mostrou muito satisfeito com o sucesso de seus antigos comandados.


- Para mim é uma alegria enorme ver os meninos da base formando o ataque profissional. É gostoso para mim, para a torcida... O Ricardo está sabendo lidar com esses meninos, sabendo ajudar no crescimento deles. Eu contribui na base, mas agora o mérito é todo dele. Sempre se deram bem, respeitaram um ao outro. Uma coisa bacana no juvenil foi que o Luís vinha do sub-15, o Ribamar já estava um ano na categoria e o recebeu bem, o Luís admirava o Ribamar na época. No segundo semestre, ele jogou mais, mas os dois nunca perderam o respeito pelo outro. Sinto neles uma cumplicidade, na base a gente controlava e orientava isso. Não sabíamos que iriam jogar juntos no profissional - relatou Felipe, que só apontou diferença


- Só ficaram mais velhos e mais fortes, estão virando homenzinhos (risos) - brincou.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

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