Maurício Assumpção não fala sobre situação do treinador e do time. Mau resultado contra o Coritiba, domingo, poderá provocar mudanças no futebol
Botafogo não vence há três jogos, está apenas na oitava colocação do Campeonato Brasileiro, com 28 pontos, não conseguiu chegar à final do Campeonato Carioca, caiu no primeiro confronto pela Copa Sul-Americana e nas oitavas de final. Em 48 partidas, venceu 21, com um aproveitamento de 52% dos pontos conquistados. Toda a temporada sob o comando do técnico Oswaldo de Oliveira, que, domingo, contra o Coritiba, no Engenhão, terá um jogo de risco.
Neste sábado, o presidente Maurício Assumpção, que acumula a vice-presidência de futebol, esteve no Engenhão, conversou com o treinador, assistiu a uma parte do treinamento apenas com os reservas em campo e deixou o estádio apenas às 13h (de Brasília). Ele deixou o local sem fazer comentários sobre a situação do time e de Oswaldo, sob orientação da assessoria de imprensa, que vetou a possibilidade de uma entrevista no momento.
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Técnico Oswaldo de Oliveira vive situação delicada no Botafogo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo) |
Em momento algum a diretoria se manifestou sobre a situação do treinador, contratado no fim do ano passado, depois de cinco anos no comando do Kashima Antlers, do Japão, onde conquistou uma série de títulos. A torcida do Botafogo tem perseguido Oswaldo e, antes mesmo do início dos jogos no Engenhão, já começa a vaiá-lo. Pesa a favor do comandante a sua relação com o grupo e, principalmente, Seedorf, e a falta de opções no mercado.
Depois da goleada aplicada pelo São Paulo por 4 a 0, Oswaldo ficou em situação delicada, principalmente pelo histórico de decepções do Botafogo no Campeonato Brasileiro antes de sua chegada. O clube sempre faz planos para conquistar uma vaga na Taça Libertadores, se aproxima da zona de classificação, mas acaba pelo caminho. O treinador chegou a dizer: "Acho que vou continuar. Meu trabalho não pode ser medido pelo que aconteceu nesta quinta".
Uma derrota para o Coritiba pode deixar a situação de Oswaldo insustentável. Ele e Maurício foram acompanhados para o campo anexo do Engenhão assistir ao treinamento. A conversa no caminho parecia tranquila e cercada de sorrisos. Como no esporte o resultado vem em primeiro lugar na maioria dos casos, o domingo pode terminar em divórcio dependendo do que acontecer no Engenhão, apesar do casamento entre diretoria e treinador continuar com uma boa aparência.
Por Thales Soares Rio de Janeiro