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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Jogadores do Botafogo decidem não se concentrar antes de pegar o Timbu

 

Salários atrasados motivaram a ação do elenco alvinegro. Reunião com a comissão técnica e a diretoria, nesta sexta-feira, fechará programação para o fim de semana



Oswaldo conversa com jogadores em treino do Botafogo na manhã desta quinta-feira (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Reunião definirá concentração nesta sexta-feira
(Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Assim como vem sendo de costume nos jogos realizados no Rio de Janeiro, os jogadores do Botafogo já definiram que não querem se concentrar para o duelo contra o Náutico, às 18h30, no sábado, que será realizado em São Januário. No entanto, os atletas comunicarão a decisão à diretoria nesta sexta-feira e a programação será definida após esta reunião.

A medida se dá pelo fato de os salários completarem exatamente no sábado dois meses de atraso. Anteriormente os jogadores afirmaram que não voltariam a se concentrar enquanto os vencimentos não fossem totalmente pagos. Porém, em algumas situações a prática foi contornada.

Vale lembrar que o Botafogo vem negociando com o Maracanã para jogar, pelo menos, até a reabertura do Engenhão no estádio. Desta maneira, o Glorioso voltaria a mandar suas partidas no Rio de Janeiro, o que pode fazer com que a prática torne-se uma norma até o fim do ano.

Walace Borges (RJ) LANCENET!

Lucas manda mensagem depois de cirurgia e fica na torcida pelo Bota

 

Lateral-direito recebe alta do hospital e previsão é de volta em três meses: 'Estarei apoiando e incentivando o time no restante da temporada'




Lucas coletiva Botafogo (Foto: Fred Huber)
Lucas sofreu fratura no tornozelo esquerdo
(Foto: Fred Huber)
Considerado uma perda importante no elenco do Botafogo com a fratura sofrida no tornozelo esquerdo, domingo, na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, o lateral-direito Lucas recebeu alta nesta quinta-feira, um dia depois da realização da cirurgia no local. O jogador enviou uma mensagem de agradecimento aos torcedores pelas manifestações e ao médico Rodrigo Kaz.

A previsão é de que Lucas volte a ficar à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira dentro de três meses. Ele assumiu a posição de titular do time no começo de 2011. Neste sábado, contra o Náutico, em São Januário, Gilberto será o seu substituto.

- Gostaria de agradecer a todos no Botafogo, jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcida. Eles estão sendo muito importantes nesse momento difícil. Agora vou me concentrar totalmente na minha recuperação, trabalhando diariamente no meu tratamento. Vou me dedicar ao máximo para estar de volta o mais rapidamente possível - disse o jogador, em comunicado enviado por sua assessoria de imprensa.
 
Por enquanto, Lucas caminha de muletas. Na próxima semana, ele já deve iniciar o trabalho de reabilitação e fisioterapia. Enquanto isso, vai ficar na torcida pelo time na disputa do Campeonato Brasileiro. É possível que ele possa atuar na reta final da competição.

- Estou triste por não poder estar em campo junto com o time, mas estou confiante na recuperação. O clube tem profissionais muito capacitados. Estarei sempre na torcida pelo time, apoiando e incentivando o Botafogo a conquistar seus objetivos no restante da temporada - afirmou Lucas.

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Mantido como titular no Bota, Renato garante entrosamento com Gabriel


Volante relembra que já atuou com o camisa 15 outras vezes em 2013


Renato  - Treino Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Renato não vê problemas em jogar com Gabriel
- (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Com a suspensão de Marcelo Mattos, o volante Renato seguirá na equipe titular do Botafogo e fará dupla com Gabriel - que retorna ao time após suspensão do jogo contra o Grêmio -, diante do Náutico, sábado, às 18h30, em São Januário.  Animado, o camisa 8 não vê problema em atuar ao lado de Gabriel, principalmente por já terem atuado juntos em outras oportunidades.

- Joguei com o Gabriel contra a Ponte, quando o Marcelo sentiu uma lesão. Quando atuo com o Marcelo, sempre conversamos para não ficarmos do mesmo lado. Gabriel é um jogador que também sai para o jogo e nós revezamos: enquanto um sai, o outro fica na cobertura. Pode mudar o companheiro, mas tem que ter conversa para ajeitar o posicionamento - disse Renato, em entrevista coletiva.

O jogador é mais um do elenco que acredita em um duelo complicado contra o Timbu. Mesmo enfrentando o lanterna do Brasileiro, Renato compara o confronto como se fosse uma final, pois sabe que cada ponto despediçado será valioso nas rodadas finais.

- Nós sabemos que será uma partida complicada, apesar da situação deles. A atenção tem que ser dobrada, como se fosse um clássico, uma final. Não podemos falhar, pois, se der bobeira, perde o jogo. Tivemos essa experiência no ano passado, quando perdemos pontos importantes no Engenhão. Temos que ter uma concentração muito grande para conquistarmos os três pontos e ficar no G4 - explicou o camisa 8.

LANCENET!

Lucas tem previsão para voltar a jogar em três meses pelo Botafogo


Médico Rodrigo Kaz explica cirurgia e recuperação do lateral-direito, que sofreu uma fratura na fíbula do tornozelo esquerdo contra o Grêmio



Lucas na cadeira de rodas depois de
 sofrer a lesão
(Foto: Thales Soares)
O Botafogo ainda pode ter uma esperança de contar com o lateral-direito Lucas na reta final do Campeonato Brasileiro. O jogador passou por uma cirurgia no tornozelo esquerdo na noite de quarta-feira e a estimativa é de que volte a ficar à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira em três meses, ou seja, no fim de outubro já estaria apto a atuar novamente.

O médico Rodrigo Kaz explicou como será feita a recuperação de Lucas. O jogador sofreu uma fratura na fíbula depois de um entrada de Zé Roberto na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, domingo, em Porto Alegre.

- Na próxima semana, ele já começa a reabilitação com fisioterapia e são seis semanas sem colocar o pé no chão. Na literatura, a recuperação de um atleta nesse caso é entre três e seis meses, mas o Lucas é disciplinado na recuperação de lesões, que são poucas - disse Rodrigo.

Além de Lucas, o meia Octávio também passou por uma cirurgia na quarta-feira. O jogador sofreu uma lesão no punho direito e ficará de dois a três meses em recuperação. Na semana que vem, iniciará o trabalho de fisioterapia no clube.

O Botafogo ainda tem no departamento médico o meia Cidinho, que foi submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo e só deve voltar a jogar em 2014. O restante do grupo está liberado para todas as atividades.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Alto, confiante e sem sorrisos, Dankler é apresentado no Botafogo


Ex-Vitória, zagueiro de 21 anos assina contrato até dezembro de 2015 com o novo clube e promete estar apto para jogar rapidamente



Dankler veste a camisa do Botafogo pela
primeira
vez (Foto: Thales soares)
Com pinta de zagueiro, Dankler, de 21 anos, foi apresentado nesta quinta-feira pelo Botafogo como segundo reforço para a disputa do Campeonato Brasileiro. Revelado pelo Vitória, o defensor iniciou os treinamentos no novo clube na terça-feira e assinou contrato até dezembro de 2015 em busca de um recomeço na carreira.

Sem sorrisos, com a fala firme e confiante, Dankler recebeu a camisa 6, que pertencia no começo da temporada a Márcio Azevedo, negociado com o Metalist, da Ucrânia, em fevereiro. Com 1,87m de altura, ele garantiu estar pronto para ajudar o novo clube.

- Estou bem fisicamente. Desde que fiquei parado, fiz trabalhos com um personal especializado em futebol. Falta pegar um pouco de ritmo, pois em agosto completa um ano que não jogo, mas rapidinho estarei preparado para jogar - afirmou Dankler.

No Botafogo, ele vai encontrar outros seis zagueiros. Apesar da concorrência, a confiança é grande para quando receber uma oportunidade. Segundo Dankler, está mais acostumado a jogar pelo lado direito, mas também já atuou pelo esquerdo.

- Conheço e sei que são atletas de grande qualidade. Vou buscar meu espaço e, aos poucos, a oportunidade vai aparecer. Quando agarrar será com todas as forças e para soltar vai ser difícil - comentou Dankler.

Zagueiro promete entrar em forma rapidamente (Foto: Thales soares)
O período sem atuar se deve ao problema que teve com o Vitória. O jogador ficou afastado do grupo por não ter renovado o seu contrato, que terminou no dia 14. Em fevereiro, o Botafogo já havia assinado um pré-contrato com o jogador.

O primeiro confronto com o Vitória será no dia 1 de agosto. Dankler espera estar apto a fazer parte do grupo que vai para o jogo, apesar do pouco tempo. A intenção é mostrar o que o seu ex-clube perdeu.

- Vou fazer o meu melhor, independentemente do adversário, mas, quando enfrentar o Vitória, eles vão poder analisar e ver se tem arrependimento ou não - afirmou Dankler.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Lateral Gilberto assume vaga de Lucas, machucado, no Botafogo


Jogador atua como titular em coletivo de preparação para o confronto com o Náutico, sábado, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro



Gilberto foi o escolhido para substituir Lucas no
treino desta quinta-feira (Foto: Thales soares)
No primeiro coletivo da semana de preparação para o confronto com o Náutico, sábado, em São Januário, o técnico Oswaldo de Oliveira escalou o Botafogo com Gilberto na lateral direita, nesta quinta-feira, no campo anexo do Engenhão. O jogador vai ocupar a vaga de Lucas, submetido na noite de quarta-feira a uma cirurgia no tornozelo esquerdo.

Além da mudança na lateral, Oswaldo escalou Gabriel, que volta ao time depois de cumprir suspensão, e Renato como volantes. Ele não poderá contar com Marcelo Mattos, que levou o terceiro cartão amarelo na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, domingo, em Porto Alegre.

O restante do time é o mesmo que vem sendo utilizado por Oswaldo. Vitinho segue no meio-campo ao lado de Lodeiro e Seedorf como armadores, com Rafael Marques sendo o único atacante de ofício.

O Botafogo está na terceira colocação no Campeonato Brasileiro, com 13 pontos. O líder é o Coritiba, com 15.

Oswaldo comandou o primeiro coletivo da semana nesta quinta-feira (Foto: Thales soares)
Por Thales Soares Rio de Janeiro

Em coletivo, Oswaldo confirma Seedorf e Gilberto entre os titulares

Apoiador treinou sem limitações e jovem lateral-direito subiu bastante ao ataque



Seedorf e Lodeiro  - Treino Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Seedorf treinou normalmente nesta
quinta-feira (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
O treino desta quinta-feira serviu para o técnico Oswaldo de Oliveira fazer os últimos ajustes na equipe que enfrentará o Náutico, sábado, às 18h30, em São Januário. O apoiador Seedorf, recuperado de uma pancada no tornozelo direito sofrida no domingo passado, contra o Grêmio, treinou normalmente e está confirmado na partida.

Quem também apareceu na equipe titular foi o lateral-direito Gilberto, que mostrou disposição nas idas ao ataque mesmo debaixo de um forte sol. O time trabalhou com a seguinte escalação: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Renato e Gabriel; Lodeiro, Seedorf e Vitinho; Rafael Marques.

Os reservas trabalharam com Renan; Edílson, Antônio Carlos, André Bahia e Lima; Lucas Zen e Dedé; Sassá, Jeferson e Elias; Henrique.

Antes do coletivo, Oswaldo de Oliveira dividiu o elenco em quatro grupos e fez um trabalho técnico em campo reduzido.


Luiz Gustavo Moreira -(RJ) LANCENET! 

À espera de uma chance, Henrique busca nova reviravolta na carreira


Destaque do Mundial sub-20 em 2011, com a Seleção, atacante, de 22 anos, tenta recolocar a carreira nos trilhos, em seu quinto clube como profissional




Aos 22 anos, Henrique conhece bem os altos e baixos que o futebol pode proporcionar. Artilheiro, campeão e Bola de Ouro do Mundial sub-20, na Colômbia, em 2011, o atacante não conseguiu se firmar em nenhum dos quatro clubes por que passou como profissional antes de chegar ao Botafogo, onde ainda busca seu espaço. Em janeiro, ele chegou a General Severiano cercado de expectativas, mas ainda não convenceu.

Até o momento, foram nove jogos e nenhum gol. Recentemente, no entanto, Henrique vem se destacando nos treinamentos e recebeu uma nova chance do técnico Oswaldo de Oliveira. No último domingo, após um longo período de ostracismo, ele entrou contra o Grêmio e foi bem. Além da boa movimentação, arriscou uma bicicleta, que levou certo perigo.

Henrique quer se firmar no Botafogo (Foto: Marcio Iannacca)

A ideia agora é buscar a sequência que não teve no São Paulo, no Granada (Espanha), no Sport e no Vitória. Henrique está confiante e garante: quando a oportunidade chegar, não a deixará escapar.

- É difícil, né? Você chega a um patamar, vive expectativas. Mas sei do meu potencial e confio nas pessoas que trabalham comigo. Eu sei que as coisas vão voltar a acontecer. Tenho fé em Deus que vão voltar. É ter a oportunidade. E quando as tiver, é agarrar e não deixá-las escapar.

Com contrato de quatro anos com o Botafogo, Henrique conta com a paciência e expectativa da diretoria do Botafogo, que espera que em breve o atacante, enfim, desabroche no futebol.

Confira o bate-papo com o Henrique.

GLOBOESPORTE.COM: Você está no Botafogo desde o início do ano, mas vem jogando pouco. Como está sendo sua adaptação ao clube?

Henrique: Cheguei no início do ano. O time é muito bom, e o grupo me acolheu bem. Estou brigando, buscando meu espaço, querendo jogar. Todo jogador que jogar. Mas sei que tudo tem seu tempo. Estou conquistando a confiança de Oswaldo (de Oliveira), que é o mais importante, para poder dar sequência ao meu trabalho.

Esperava jogar mais?

Esperava jogar mais, ter mais oportunidades. Mas sei que o Botafogo tem muitos jogadores de qualidade, da confiança do Oswaldo. Tudo sempre tem dois lados. O lado do jogador e o lado do treinador. E sei que preciso entender também o lado do treinador. O Oswaldo vem sempre me passando confiança nos treinamentos, conversando comigo. Ele me fala que, quando me lançar, vai ser para estourar. Confio no Oswaldo, confio no trabalho dele, e estou esperando essa oportunidade.

Apesar de jogar pouco, você chegou e já foi campeão carioca.

Sou pé-quente, né? (risos). Ganhamos os dois turnos do Campeonato Carioca. Não teve nem final. Foi muito bom. Título é sempre muito bom. Estar no elenco e fazer parte deste grupo são coisas gostosas. Temos que continuar assim. Nosso elenco é muito bom e tem muito a conquistar ainda neste ano.

Tive uma carreira meio turbulenta, mas agora vai se acertar. Você não escolhe, você vive. São escolhas do dia a dia. Às vezes são certas, às vezes, erradas. Mas são escolhas que têm de ser feitas. Ainda estou novo. Tenho que correr atrás, tenho muito a conquistar"
Sobre os cinco clubes como profissional

Após quase sete meses, já se sente adaptado ao Rio de Janeiro?

O Rio de Janeiro é realmente uma cidade maravilhosa. Vinha, às vezes, só para jogar. Agora, morando aqui, estou gostando muito. Tudo é muito bom. Minha esposa também está gostando muito. É difícil alguém morar no Rio de Janeiro e não gostar.

E como é a convivência com o Seedorf, um jogador que já conquistou quase tudo no futebol mundial?

Ele é um cara diferente. Nos treinos, a gente vê que a qualidade dele é acima da média, excepcional. É um jogador de muita qualidade e é um jogador que passa muita confiança ao grupo, chama a responsabilidade. E isso é muito bom para os jogadores mais jovens. Ele influencia sempre pelo lado positivo. É um cara de caráter, de grupo. O Seedorf está ajudando muito o Botafogo.

Ele conversa com os mais jovens? Já te passou dicas?

Ele conversa bastante, sempre me passa dicas. Até pela experiência que ele tem. Todos conhecem a carreira do Seedorf, não preciso nem falar. É um jogador que já conquistou muitos títulos. Por onde passou, ele foi campeão. Ter um cara do peso dele é muito bom para o Botafogo. Vejo o Seedorf como um cara que tento me espelhar.

Você tem apenas 22 anos, mas já está em seu quinto clube como profissional. Por que ainda não conseguiu se firmar?

Tive uma carreira meio turbulenta, mas agora vai se acertar. Você não escolhe, você vive. São escolhas do dia a dia. Às vezes são certas, às vezes, erradas. Mas são escolhas que têm de ser feitas. Ainda estou novo. Tenho que correr atrás, tenho muito a conquistar. Tenho que continuar batalhando, continuar lutando, sempre focando no trabalho, que as coisas vão acontecer.

Em 2011, você foi campeão, artilheiro e Bola de Ouro do Mundial sub-20, na Colômbia...

É difícil, né? Você chega a um patamar, vive expectativas. Mas sei do meu potencial e confio nas pessoas que trabalham comigo. Eu sei que as coisas vão voltar a acontecer. Tenho fé em Deus que vão voltar. É ter a oportunidade. E, quando as tiver, é agarrar e não deixá-las escapar.

Após o Mundial, faltou valorização no São Paulo?

Acho que da parte do São Paulo, faltou. Todos os jogadores que se destacaram no Mundial sub-20 tiveram uma maior valorização em seus clubes. Faltou isso no São Paulo. Mas são águas passadas, agora sou Botafogo. Não tenho que lamentar e, sim, correr atrás.

Tive muita convivência com esses jogadores no Sul-Americano e no Mundial. Vejo esses jogadores chegando à seleção brasileira e lembro que estava com eles há pouco tempo. Sei que tenho a capacidade de chegar à Seleção"
Sobre Neymar, Lucas, Oscar e Fernando

Na época, o técnico era o Leão. Teve problemas com ele?

Nunca tive problemas com ele. Não sei dizer direto o que aconteceu. Foram problemas internos. Agora espero dar a volta por cima.

Alguns jogadores que disputaram o Sul-Americano sub-20 em 2011 contigo, como Neymar, Lucas, Oscar e Fernando, foram campeões da Copa das Confederações neste ano, com a seleção brasileira. O que passa na sua cabeça vendo o sucesso profissional de seus colegas de base?

Tive muita convivência com esses jogadores no Sul-Americano e no Mundial. Vejo esses jogadores chegando à seleção brasileira e lembro que estava com eles há pouco tempo. Sei que tenho a capacidade de chegar à Seleção um dia. Todo jogador sonha jogar na seleção principal, representar seu país e defender o Brasil. Todo jogador tem que ter isso na cabeça e, comigo, não é diferente. Ganhei com a sub-20 e agora viso a seleção principal. Tenho que trabalhar, passar etapa por etapa e confiar no meu trabalho, que as coisas vão acontecer naturalmente.

E como foi sua passagem pelo Granada, da Espanha?

Fiquei apenas quatro meses. Cheguei com o campeonato em andamento. Até se adaptar ao estilo de jogo europeu, demora um pouco. A dinâmica é outra, e não me adaptei tão rápido como eu pensava. O jogador, quando vai para fora, tem que ter um tempo, porque as coisas são bem diferentes. Só quem joga sabe. Mas foi uma passagem boa, ganhei experiência, joguei em grandes estádios, contra grandes equipes. Tudo é experiência na vida.

Henrique em ação pelo Campeonato Carioca (Foto: Wagner Meier / Agif)

Você foi muito novo para a Europa, mas retornou rapidamente. Se pudesse voltar atrás, adiaria um pouco sua primeira experiência fora do Brasil?

Se eu pudesse voltar atrás, seguraria um pouco. Acho que faltou um pouco de maturidade. Mas agora estou no Botafogo e espero ter uma sequencia, fazer boas partidas e sair valorizado. A melhor coisa é quando se sai valorizado.

A ideia, então, é se firmar no Botafogo?

Tenho quatro anos de contrato. Estou focado no clube. Eu me dou bem com o elenco, comissão técnica, diretoria, com todos. O ambiente é muito bom. Vou esperar minha oportunidade. Quando aparecer, não solto mais.

Você falou muito que, se tiver oportunidade, não vai deixar escapar. Acha que esse momento está chegando?

Esse momento está chegando, está cada vez mais perto. No dia que chegar, não saio mais.

Por Marcelo Baltar e Márcio Iannacca Rio de Janeiro

Experiência no Engenhão faz Bota virar consultoria para o Maracanã


Presidente do clube diz que entrada na negociação ajuda interessados: 'Levamos determinadas questões que não estavam sendo discutidas'



Maracanã será palco de jogos do Botafogo
ainda este ano (Foto: Cintia Barlem)
Administrador do Engenhão desde 2007, o Botafogo tem servido como consultoria para representantes do Consórcio Maracanã na negociação com os clubes do Rio. Dados de arrecadação, cessão de camarotes e coordenação de custos, entre outros itens, foram compartilhados entre as partes para a formatação dos contratos.

Os acordos com Fluminense e Flamengo já foram, inclusive, anunciados. O próximo é justamente o do Botafogo, que deve acontecer ainda nesta semana. O período do contrato deve ser de dois anos, com uma previsão de até 12 jogos em 2013 e 15 em 2014.

O contrato do Botafogo deve ser nos moldes do feito com o Fluminense, liberando os 43 mil ingressos das arquibancadas atrás dos gols para comercialização pelos clubes. Há uma negociação à parte sobre as questões relacionadas a camarotes e área VIP.

- Com o Botafogo participando dessas negociações, os outros interessados acabaram se beneficiando, já que não possuem essa experiência. Levamos determinadas questões que não estavam sendo discutidas, observando detalhes que não estavam sendo observados, com percentuais para mais ou para menos que fazem toda a diferença na hora de fechar negócio - comentou o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção.

O Botafogo perdeu o Engenhão provisoriamente no dia 26 de março, quando o estádio foi interditado pela prefeitura. A previsão é de que ele seja entregue em novembro de 2014 com o problema na cobertura corrigido pelo Consórcio Engenhão, responsável pela reforma.

Por enquanto, o Botafogo vem mandando seus jogos em Volta Redonda. O time chegou a jogar na Arena Pernambuco contra o Fluminense e vai enfrentar o Náutico, no sábado, em São Januário. O primeiro jogo do time como mandante no Maracanã deve ser contra o Vitória, dia 1 de agosto. Antes desse confronto, o time entra em campo como visitante no estádio no dia 28, contra o Flamengo.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Botafogo vê plano de sócios voltar à era pré-Seedorf com Engenhão fechado



Seedorf não foi o suficiente para manter o plano de sócios em alta sem o Engenhão

O Botafogo viu o ‘boom’ em seu programa de sócio-torcedor causado pela chegada de Seedorf ir por água abaixo após a interdição do Engenhão no dia 26 de março. Sem poder utilizar seu estádio, em reformas por problemas na cobertura, o Alvinegro viu o número de associados cair quase pela metade e voltar ao patamar em que se encontrava antes da chegada do camisa 10, cerca de 8 mil. No começo de 2013, o número chegou a atingir os 15 mil.

O fechamento do estádio tirou do Botafogo o principal benefício concedido pelo programa: o direito a entrada livre em jogos da equipe no Engenhão. Hoje, o plano ainda oferece ingressos para partidas de mando do time de General Severiano, mas os compromissos no Rio de Janeiro têm sido raros. No sábado, o Alvinegro volta a atuar na capital carioca após três meses, contra o Náutico, em São Januário, às 18h30.

A opção mais próxima da cidade é o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A distância de 112 km fez com que muitos sócios parassem de pagar o programa. O pacote mais barato – e único não atrelado à entrada gratuita – custa R$ 25 por mês ("Sem Fronteiras"). Já o "Acima de Tudo" tem mensalidade de R$ 60 e daria o direito de assistir partidas no setor oeste superior do Engenhão.

“Aderi ao programa no ano passado após a chegada do Seedorf, mas a interdição do Engenhão me desanimou de continuar pagando. Cheguei a ir a alguns jogos fora do Rio, mas prefiro não pagar um valor mensal sem ter a certeza de retorno”, disse o estudante de direito Bruno Coelho.

VEJA OS OS PRINCIPAIS PLANOS DE SÓCIOS DO FUTEBOL BRASILEIRO


Clube Número de sócios (Fonte: Movimento por um Futebol Melhor)

1 - Internacional 100.645
2 - Grêmio 72.381
3 - Santos 52.809
4 - Corinthians 50.123
5 - Cruzeiro 29.135
6 - Flamengo 29.110
7 - Palmeiras 24.496
8 - São Paulo 20.107
9 - Atlético-MG 18.969
10 - Fluminense 17.646
11 - Vasco 14.865
12 - Sport 13.606
13 - Santa Cruz 13.217
14 - Ceará 8.576
15 - Botafogo 8.004


Com a boa fase em campo – o Botafogo é 3º lugar no Campeonato Brasileiro - e a expectativa de um retorno em breve para o Rio de Janeiro (um acordo com o Consórcio Maracanã S. A. está próximo), o número de adesões tem voltado a crescer, mas de maneira bastante tímida. O clube registrou 300 novos associados nos últimos 30 dias, de acordo com dados do Movimento por um Futebol Melhor, liderado pela Ambev, que reúne os planos dos principais times do Brasil.

A posição do Botafogo no ranking nacional de programas do tipo é bastante incômoda. Na 15ª colocação, a equipe é a última entre as consideradas grandes do futebol brasileiro. Times que estão na segunda divisão, como Sport e Ceará figuram na frente do Alvinegro na lista. Até mesmo o Santa Cruz, que está na Série C, está em melhor situação na contagem, com pouco mais 13 mil sócios.

Rodrigo Paradella
Do UOL, no Rio de Janeiro