Estádio não tem previsão de reabertura e informação extraoficial indica que empresa alemã faz teste no Canadá com soluções para o problema
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Gramado bem cuidado do Engenhão deixa
Oswaldo resignado (Foto: Fred Huber) |
A final da Taça Rio será disputada domingo, entre Botafogo e Fluminense, no Estádio Raulino de Oliveira, que tem capacidade oficial para apenas 20 mil pessoas. Neste sábado, um dia antes da decisão, o Engenhão completa 40 dias de interdição e ainda segue sem prazo para a reabertura, que, há quem diga, só deve acontecer em um ano.
Desde o dia 26 de março, quando foi anunciada oficalmente a interdição do estádio, o Botafogo espera um laudo que vai indicar a solução para o problema na cobertura e o prazo para a reabertura. Por enquanto, não há quem indique a proximidade do anúncio desse documento.
A informação extraoficial é de que a empresa alemã Schlaich Bergerman und Partner (SBP), responsável pelo laudo que interditou o Engenhão, já tem um novo documento pronto com a solução para o caso. No momento, há um teste em processo no Canadá antes da apresentação para a Prefeitura.
Consultada, a Prefeitura do Rio não se manifesta sobre o assunto e evita qualquer comentário. O Consórcio Engenhão diz que também aguarda esse novo laudo e não tem responsabilidade sobre esse documento. Há comissões na Câmara de Deputados e na de Vereadores para acompanhar o caso.
Por mim, botava capacete em todo mundo e jogava aqui no Engenhão. O gramado está lindo. Dá até pena, é um desperdício"
Oswaldo de Oliveira
O Botafogo sequer tem conseguido contato com o prefeito Eduardo Paes. A situação se agravou com a licença do presidente Maurício Assumpção, por causa do problema de saúde de seu pai. O time ainda utiliza o campo anexo do estádio para treinamentos e o técnico Oswaldo de Oliveira mostrou todo o seu lamento.
- Por mim, botava capacete em todo mundo e jogava aqui no Engenhão. O gramado está lindo. Dá até pena, é um desperdício - afirmou Oswaldo.
Nesse período, apesar da declaração do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro de que o clube pararia de pagar as contas, o Botafogo segue cumprindo seus contratos vigentes no estádio. A diretoria disse ter recebido respaldo dos patrocinadores com relação à situação vivida pelo Engenhão e, por enquanto, não há sinal de cobrança do prejuízo pela interdição.
O último jogo no Engenhão foi o empate em 0 a 0 entre Boavista e Flamengo, no dia 23 de março, pela segunda rodada da Taça Rio. Inicialmente, o Botafogo imaginava a reabertura do estádio para a disputa do Campeonato Brasileiro, que começa dia 25.
Além do Engenhão, também há a expectativa com relação ao Maracanã, que teve seu primeiro teste no dia 27 de abril, em um confronto entre amigos de Ronaldo e Bebeto. A previsão é de que o próximo seja no dia 15 de maio, desta vez um jogo oficial.
Por Thales Soares Rio de Janeiro