Meio-campista de 28 anos termina partida como líder de roubadas de bola, marca o gol alvinegro, mas vê vitória do São Paulo como um golpe duro diante de duelo equilibrado
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Gol do Botafogo! Bochecha toca para João Paulo, que bate colocado para empatar partida, aos 45' do 1º tempo
João Paulo não saiu feliz do Nilton Santos após a derrota por 2 a 1 para o São Paulo, na manhã de sábado, mas pode se orgulhar de sua atuação. Marcou o gol alvinegro e esbanjou raça, lembrando o jogador que se destacou na Libertadores 2017. Ele mesmo reconheceu que foi a melhor após a fratura sofrida na perna direita, em março de 2018.
- Acho que sim (que foi o melhor jogo após a contusão), fiz um jogo consistente, claro que o gol dá um peso a mais. Mas trocaria esse destaque todo por uma vitória nossa.
João foi o líder de roubadas de bola do jogo (ao lado de Gabriel e Hernanes), com três, e fez dois desarmes. Num deles, bloqueou Daniel Alves, gritou em seguida e levantou a torcida, que começou a tradicional latida em homenagem aos "pitbulls" em campo.
O gaúcho de 28 anos exaltou a importância do gol individualmente, mas ao mesmo tempo tratou de minimizá-lo diante da frustração por sofrer a derrota nos acréscimos.
- Muito importante, claro. A gente sempre busca estar melhorando e numa crescente, dá mais confiança, mas, quando se perde um jogo assim, a gente olha apenas o lado coletivo e busca a melhora para a partida contra o Bahia.
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João Paulo vibra muito com gol marcado diante do São Paulo — Foto: André Durão
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Acredita que a defesa perdeu solidez? O segundo gol é um indicativo disso pela falha coletiva?
- Não vejo como a defesa. Quando a gente toma gol de bola parada, vejo o time como um todo. Os atacantes estão ali para defender, e todo mundo participa dessa fase defensiva, ainda mais na bola parada. É mais fazer ajustes, até porque não foi gol direto. Foi uma bola desviada. A gente sabia disso, até na bola que eles têm de lateral eles usam alguém para entrar desviando e na segunda bola. Sabíamos disso e acabamos pecando no segundo tempo.
Qual a sensação que fica após o time fazer bom primeiro tempo e perder no fim?
- Difícil assimilar, porque no meu modo de ver fizemos uma partida de igual para igual com uma das melhores equipes do Brasileiro e que tem um plantel com jogadores de seleção e nível internacional.
"Fizemos um jogo muito parelho e quando se perde um jogo desse no final é difícil de aceitar, mas a gente falou que o trabalho tem que ser esse. Temos que continuar trabalhando e fazer daí para mais".
João diz que mexidas de Cuca influenciaram na virada
- O primeiro tempo foi muito bom. Apesar de sair atrás, a gente tava dominando a partida, com mais volume. Acho que no intervalo o Cuca mudou um pouco a marcação, trabalhou muito a marcação individual, e a gente teve muito problema para sair jogando, erramos na saída.
Decisões erradas
- Poderíamos ter jogado mais na bola longa e brigar pela segunda bola. Eles estavam dominando a segunda bola e jogando muito no nosso campo. Mas mesmo assim tivemos paciência para segurar e se defender bem. É mais difícil quando se toma um gol no finalzinho, porque tudo que a gente fez vai para baixo com essa derrota.
Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro