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segunda-feira, 14 de março de 2022

Análise: despedida da Taça Guanabara tem melancolia e boas surpresas para o Botafogo



Empate em 2 a 2 com o Audax passa longe de encher os olhos, mas time apresenta algumas qualidades que podem ajudar nas semifinais do Campeonato Carioca contra o Fluminense





Melhores momentos: Audax-RJ 2 x 2 Botafogo, pelo Campeonato Carioca 2022



A despedida da Taça Guanabara de 2022 teve um quê de melancolia para o Botafogo, mas também algumas - poucas - boas notícias. O empate em 2 a 2 com o Audax pela última rodada da primeira fase da competição, com um time recheado de reservas, mostrou aos torcedores coisas que já sabiam, mas também surpresas.


O jogo melancólico se deu principalmente pelo fato de o Bota já estar classificado e atuar com um ou outro jogador considerado titular desde o início da partida. Em um sonolento primeiro tempo, a equipe alvinegra viu o Audax abrir o placar com a ajuda de um velho problema de Diego Loureiro: a saída do gol em cruzamentos. No primeiro jogo que teve na temporada, o goleiro teve participação direta na bola que abriu o placar em Angra dos Reis.


Por mais que o time do Botafogo que entrou em campo no último domingo esteja longe de ser o ideal dentro das possibilidades que o clube tem hoje, a exibição não agradou. A equipe jovem precisa mostrar mais vontade se quiser ter espaço no time de Luís Castro, que está acertado para ser o futuro treinador do time.


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Luiz Fernando teve boa atuação na tarde de domingo em Angra dos Reis — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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Os treinos e as semifinais podem ser a chance que os jovens que entraram em campo na tarde passada precisam para mostrar que merecem uma chance ao português. Até porque a reformulação deve ser grande no Bota de Castro e Textor.



Se apresentou falhas conhecidas, o time também teve surpresas no lado positivo. Em entrevista coletiva, Lucio Flavio exaltou a linha defensiva formada por jogadores da base, especialmente os zagueiros Lucas Mezenga, Kawan e Reydson. O último atuou improvisado como lateral-esquerdo e, junto de Kawan, fez o primeiro jogo como profissional na carreira.


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- Apesar de todo o contexto que sabemos em relação ao futebol, mas isso valoriza o trabalho feito pelo clube nas categorias de base, sabemos da importância que têm isso. Jogadores como Kawan, Reydson e Mezenga, mais uma vez, são jogadores com muito potencial e oportunizá-los em momentos como esse é bastante válido porque é quando conseguimos ter uma avaliação melhor do atleta. Todos se saíram muito bem, queria parabenizá-los por jogar um jogo numa situação como essa, num campo atípico, que sabíamos das dificuldades, mas acredito que foi muito bom.


Bastante criticado pela torcida do Botafogo desde que voltou de empréstimo do Grêmio, Luiz Fernando foi o principal destaque alvinegro. Mais experiente no jovem time aos 25 anos ao entrar no intervalo, o atacante criou as melhores oportunidades pelo lado direito no início do segundo tempo. Foi por aquela área do campo que ele começou a jogada do primeiro gol alvinegro e ainda deu a assistência para Breno marcar pela primeira vez com a camisa do Bota.



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"Não tô me importando muito com o Carioca", reconhece Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/nao-to-me-importando-muito-com-o-carioca-reconhece-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10385355.ghtml)



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Até a parada técnica, o ritmo do Botafogo estava intenso na etapa final. Depois, com a chuva apertando num campo ruim, os jogadores passaram a ter mais dificuldades e foram cedendo espaços para o time do Audax.


De certa forma, a partida do último domingo serviu mais para que Lucio Flavio - ou Luís Castro - soubesse mais quais peças poderia contar para mudar algum jogo. Até porque, entre poupados e desfalques por causa médica, 17 jogadores não foram relacionados para a despedida da Taça Guanabara.



Agora, o Botafogo terá uma semana inteira antes da primeira partida contra o Fluminense, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca. A bola rola na próxima segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Nilton Santos.


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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro