Sem costume de criar algo diferente no vestiário, técnico diz que títulos históricos são usados e elogia a concentração do elenco nesta semana
Perto da hora de uma decisão, há treinadores que apelam para recortes
de jornais e até vídeos de familiares com o intuito de motivar ainda mais os
jogadores. Oswaldo de Oliveira, no entanto, tem o dom da palavra e se
aproveita disso. Técnico do Botafogo há quatro meses, enfrenta sua primeira
decisão e prepara um discurso inflamado, o qual já vem distribuindo nas
reuniões matinais ao longo da semana do clássico contra o Vasco, e baseia
suas apostas em exemplos vencedores.
O que costuma usar em sua preleção é segredo. Mas todos à sua volta
não escondem que um dos pontos fortes do comandante é o fator psicológico.
Tanto para erguer quem está por baixo como para reforçar sua crença no time e
em seus destaques. Prova disso foi a recuperação do lateral Márcio Azevedo, a
certeza na manutenção de Andrezinho e no jogo de cintura com Loco Abreu, que
saiu de cena em alguns momentos em decisão praticamente conjunta.
- Estamos confiantes e crescendo, sempre ressalto isso. Não há motivo
para duvidar. Vou reviver com eles esses momentos até chegarem aqui para que
não se esqueçam durante a partida. Senti o grupo com uma concentração
extraordinária nesta semana, participando de tudo o que fizemos com atenção e
vontade. Isso aumenta a possibilidade de fazermos um grande jogo - disse.
Oswaldo prioriza o descanso na concentração, especialmente no caso de
uma final. Não é linha dura em relação aos hábitos de cada jogador, porém.
Abre espaço para opiniões e costuma manter o estilo ponderado. Questionado a
respeito do título carioca invicto de 1989 do clube, não descartou o feito
como um bom exemplo para citar aos pupilos que é possível passar ileso pela
competição.
- Todo exemplo vitorioso é sempre bem-vindo. Uso, sim, esse e outros
momentos grandiosos do Botafogo. Essa instituição é feita disso. É um momento
decisivo, mexe com as pessoas. Estar melhor de cabeça pode desestabilizar o
adversário, potencializa a nossa motivação. Mas temos de saber lidar com
isso, fazer o jogador entrar em campo altamente motivado tem seus cuidados -
apontou o treinador, referindo-se ao exagero de garra numa jogada que pode
gerar uma expulsão.
E, neste domingo, às 16h (de Brasília), todo cuidado é pouco, alerta
o alvinegro.
- Sinto que o Cristóvão tem o inteiro domínio sobre a equipe dele.
Por André CasadoRio de Janeiro
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sábado, 28 de abril de 2012
Oswaldo aposta em força do discurso e exemplos vencedores para motivar
Botafogo depende de aprovação financeira por Seedorf
Vice de futebol do Botafogo, André Silva disse que só depende de um Ok do Departamento Financeiro do clube pra tentar a contratação.
Elkeson inicia decisão ao lado de três meias de ofício
Maranhense será o titular na meia contra o Vasco e jogará pela primeira vez ao lado de Maicosuel, Andrezinho e Fellype Gabriel
Elkeson segue como titular no Alvinegro para o
jogo deste domingo (Foto: Ruano Carneiro)
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O meia Elkeson será o
titular da equipe alvinegra para a decisão deste domingo, contra o Vasco. Com
isso, esta é a primeira vez no ano em que o Botafogo inicia um jogo com quatro
meias de ofício. Além de Elkeson, Maicosuel e Andrezinho, Fellype Gabriel, que
jogará recuado, também tem origens ofensivas.
Durante a semana,
Oswaldo de Oliveira comentou sobre a possibilidade de usar os quatro como
titulares, afirmando que até os jogadores que recebem a incumbência de marcar,
têm de saber tocar a bola:
– Às vezes, a função
te obriga a ter um marcador, mas qualquer jogador, seja qual for a posição, tem
que ter dinâmica de jogo, saber dar passes, e entrar na área adversária. Isso é
importante.
Leia mais no LANCENET! Gabriel Andrezo
‘Eu sou um Loco lindo’, brinca Loco Abreu, astro do Botafogo
Botafogo é a extensão do Uruguai na geografia de Loco Abreu. Se o clima andou quente e o terreno, acidentado para cobranças de pênaltis, ainda assim ele está em casa, no colo da fiel torcida. Desistir de bater pênaltis? Só se o técnico mandar.
É verdade que brigou com
Oswaldo?
Pedi para fazer um trabalho especial e
disseram que briguei com o treinador. Isso é sacanagem, falta de ética e de
respeito. Atiram a pedra e, se pega em alguém, beleza...
Sempre que faz três
gols, você leva pra casa a bola do jogo...
É uma premiação da Fifa. O Messi e o
Cristiano Ronaldo levam sempre. Fora do Brasil, o próprio árbitro dá a bola ao
jogador que faz três gols, o "hattrick". Aqui no Brasil, vou ter que
procurar na Internet essa determinação que vale desde 2002 ou 2003. Vocês não a
conhecem.
Teve, contra o Bangu,
dificuldade em levar a bola?
Contra o Bangu, eles disseram que eu não
poderia levar a bola porque eles não tinham muitas. Tive que arrumar uma do
Botafogo e trocar com eles porque eu queria a bola do jogo. É uma lembrança
para os filhos, os netos...
Você vem perdendo
pênaltis. Cristiano Ronaldo e Messi também perderam. O que está acontecendo?
Hoje, os goleiros são fortes. Têm mais de
1m90 e, quando pulam com o braço esticado, diminuem a possibilidade de gol.
Treinam com boa tecnologia e estudam o estilo do batedor. Somália, do Boavista,
bate de forma maravilhosa. Ele vai devagar até a bola. Se o goleiro ameaça se
deslocar, ele bate do outro lado.
Está triste por ter
perdido seis pênaltis em sete cobrados?
Sinceramente? Depois das duas situações que
Deus deu para mim, no Mundial (pelo Uruguai, contra Gana) e contra o Flamengo
(final da Taça Rio de 2010), eu não posso reclamar. O torcedor, na rua, diz pra
mim: "Esquece. Pode errar mais dez". O torcedor dá valor ao que já
fiz.
Está então satisfeito?
Vou querer melhorar, continuar treinando e,
talvez, tentar mudar a forma de bater. Isso não é por acaso. Tem um porquê. Mas
aprendi na vida que o futebol é um esporte. Você pode ganhar, empatar e perder,
mas não deve levar pra casa os problemas do trabalho. Do mesmo jeito, não fico
em casa comemorando quando venço. Eu teria uma vida maluca se perdesse e ficasse
embaixo da mesa.
Já havia acontecido antes?
Vocês são f... com estatísticas. No Nacional,
errei quatro pênaltis seguidos, em 2004. Agora, seguidos pra valer também são
quatro. Empatei o recorde negativo.
Tem personalidade para bater pênalti contra o Vasco, apesar do jejum?
Jejum foi ter ficado três anos perdendo
finais para o Flamengo. E a palavra não é personalidade e, sim, convicção de
que tenho a técnica para bater. Mas respeito o treinador se ele disser para eu
dar um tempo e escolher outro. Vou entender.
Oswaldo falou com você?
Que grande loucura você fez na vida?
Nenhuma. Tenho esse apelido por situações
engraçadas. Nunca bati na mulher, nos filhos, no treinador. Nunca fui expulso
por um carrinho desleal. Não dirigi bêbado um carro cheio de mulheres. Sou um
Loco lindo, que todo mundo quer. Um Loco que todo mundo quer no vestiário,
contando piadas.
Na comemoração da Copa América, você até exagerou no vestiário, não?
Foi brincadeira. Faltei com respeito a
alguém? Então?
Seu filho de oito anos joga bola?
É centroavante. Ou melhor: atacante.
Centroavante é espécie em extinção. Essa situação vem da base: quem é alto, vai
para a zaga. Você não acha que o Barcelona sentiu falta de um centroavante de
área contra o Chelsea? No Uruguai, o centroavante de área sou eu. Se o
treinador diz que é dia de levantar a bola na área, então, entra o Loco Abreu.
É até bom para mim. O camisa 10 também está acabando. Hoje, não há ninguém como
o Ganso. Há volantes que vão e voltam.
Destaca algum centroavante do Brasil?
O Luís Fabiano faz muito bem a função de
pivô. Tem possibilidade de jogar o Mundial.
Já decidiu se será treinador?
Com certeza. Quando não tiver mais força mental e física para ser jogador.
Por Marluci Martins
Dirigente do Bota garante vinda de reforços em breve
O dirigente afirmou que o pensamento
prinicpal nesta semana é a briga pelo título da Taça Rio, neste domingo, contra
o Vasco. Porém, afirmou que as negociações, que já existem, avançarão depois do
fim de semana decisivo dentro de campo:
- A gente está trabalhando muito a esse
respeito. Existem negociações em curso, mas a semana é de falar nos jogos. Após
esses jogos, sim, as coisas vão acontecer, temos que trazer jogadores para
essas posições. E vamos trazê-los, isso eu posso garantir.
No momento, o Botafogo dispõe de apenas três
laterais: Lucas na direita, e Márcio Azevedo e o jovem Renan Lemos na esquerda.
Entre os volantes, Renato e Marcelo Mattos são os titulares mais comuns. Ainda
há Lucas Zen, Gabriel e Jadson, porém todos com menos de 21 anos, e oriundos
das categorias de base.
Leia mais:Extra/Globo
Elkeson recebe apoio do pai na véspera da decisão da Taça Rio
Meia do Botafogo espera que Antônio, que mora em Salvador, seja pé-quente no confontro com o Vasco, domingo, no Engenhão
Na onda da visita do pai de Loco Abreu, que foi aos últimos três treinamentos, Elkeson contou com o apoio de amigos e familiares no no campo anexo do Engenhão, na véspera da final da Taça Rio, contra o Vasco. A comitiva foi liderada por Antônio, pai do jogador, que mora em Salvador, que já teve seu nome escrito no cabelo do filho.
-
Vamos ver se ele é pé-quente mesmo - disse Elkeson, abraçado ao pai, antes de
deixar o Engenhão depois do treinamento deste sábado, quando nenhum jogador
concedeu entrevista coletiva.
Elkeson posa com o pai, Antônio. Ao fundo, sentado, Washington Miguel, pai de Loco Abreu, presença nos últimos três treinamentos do Botafogo no Engenhão (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com) |
Elkeson
chegou a ficar fora de dois treinamentos durante esta semana, poupado com dores
musculares. No entanto, marcou presença na sexta-feira e garantiu sua
escalação. Ele vai formar o trio de armadores com Andrezinho e Maicosuel, já
que Fellype Gabriel atuará mais recuado na posição de Renato, machucado.
Quem
vencer o confronto entre Botafogo e Vasco, domingo, às 16h (de Brasília), vai
enfrentar o Fluminense na final do Campeonato Carioca, nos dias 6 e 13 de maio.
Por Thales SoaresRio de Janeiro
Felip@odf
Em paz, Botafogo espera que torcida seja 'preponderante' mais uma vez
Oswaldo de Oliveira e Andrezinho mostram satisfação com
envolvimento dos alvinegros no último jogo e projetam apoio redobrado neste
domingo
Treino do Botafogo no Engenhão |
Foram
dias difíceis sem o apoio irrestrito do torcedor. Apesar da invencibilidade na
temporada, o Botafogo emplacou sequência de três vitórias diretas, por exemplo,
apenas uma vez e havia empatado metade das partidas, sete delas contra times de
menor investimento. A desconfiança, porém, deu lugar a um sopro de incentivo
quando o desempenho contra o Bangu, sábado passado, foi acima da média e o
Engenhão encheu mais. Jogadores e comissão técnica querem repetir aquela paz na
final da Taça Rio, neste domingo, às 16h, contra o Vasco.
-
A participação do torcedor é muito bem-vinda, eles foram preponderantes, nos
ajudaram bastante, principalmente no momento de revés do jogo (quando o rival
encostou em 3 a 2). O esforço final vai ser importante para levarmos a Taça Rio
- apontou o técnico Oswaldo de Oliveira, que sempre acreditou que as críticas
de outrora não partiam da maioria do público.
Alvo
de vaias eventuais, Andrezinho foi aplaudido pelas duas assistências para Loco
Abreu e pela intensa participação no último compromisso. Ansioso pelo gol que
ainda não marcou com a camisa alvinegra, o meia quer a equipe preparada para as
cobranças, mas também sonha com a confiança e o estreitamento definitivo dos
laços com os torcedores da arquibancada.
-
Uma das qualidades da nossa equipe é o toque de bola, a chegada forte e
constante. Está provado isso. Temos criado e nos movimentado muito para dar
opções. Não damos chutões. Os jogadores de trás, como Marcelo Mattos e Renato,
têm essa boa saída de bola e facilita - elogiou.
O
público anunciado frente ao Alvirrubro (19.786 presentes) foi o segundo melhor
do Glorioso no ano, um pouco abaixo do da semifinal da Taça Guanabara, contra o
Fluminense (21.143). Mas o recorde será batido neste domingo, já que os ingressos acabaram na manhã deste sábado.
Torcida
do Botafogo protagonizou belo espetáculo sábado passado (Foto: Marcelo Baltar /
Globoesporte.com)
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Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro
Felip@odf
Botafogo bate o Umuarama e pula para sétimo na classificação da Liga
Alvinegro se aproveita de falhas na defesa, segura pressão e vence por 4 a 1
Simples
e eficiente, o Botafogo superou o Umuarana neste domingo e deu um salto
na classificação da Liga Futsal. Após se aproveitar de faltas na marcação da
equipe paranaense, o Alvinegro segurou a pressão dos visitantes e confirmou a
vitória por 4 a 1 (assista aos gols no vídeo ao lado), segunda do time como
mandante no ginásio do Tio Sam, em Niterói. Agora, com 10 pontos em oito jogos,
o clube ocupa momentaneamente a sétima colocação, enquanto os visitantes, com
nove pontos, estão em 12º lugar.
-
Pontuar em casa é muito importante. O que vem de fora, é ponto extra. Hoje foi
importantíssimo para reconquistarmos a confiança. Na próxima rodada vamos jogar
em casa de novo e fazer o possível para subir ainda mais na tabela - disse
Sakai.
SEEDORF: Diretor confirma contato e diz que Bota 'vai partir para cima"
Botafogo fará de tudo para contratar Clarence Seedorf para a sequência de 2012 |
O vice de futebol do Botafogo, André Silva,
confirmou neste sábado que o clube mantém contato com Seedorf desde o maio de
2011, quando ele e o presidente Maurício Assumpção viajaram a Milão e tentaram
contratar o jogador. Após criar laços com o meia e com a representante do
atleta, a diretoria afirmou que precisa do aval do departamento financeiro do
clube para “partir para cima” do camisa 10 do Milan-ITA, que não contará
com o jogador em seu elenco na próxima temporada.
Jobson está fora da final da Taça Rio
Atacante sentiu um incômodo muscular na sexta e não está relacionado para o jogo
A decisão do returno será realizada no Engenhão, às 16h. Quem vencer, disputa a final do Campeonato Carioca com o Fluminense, que foi campeão da Taça Guanabara.
Máquina alvinegra que originou indisciplina de Jobson dedura excessos na noite
Quem opera a máquina do Botafogo é o professor de Termografia no Esporte David Mahamud Foto: Luiz Victor Lopes
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A imagem mostra as sensações termográficas do corpo do atleta Foto: Divulgação |
Uma máquina de avaliação termográfica - a
Flir T400 - é o marcador implacável dos jogadores do Botafogo para a final da
Taça Rio. Nela, são tiradas fotos para a medição das sensações do corpo dos
atletas e qualquer excesso extra-campo pode ser identificado. Além disso, o
aparelho é um forte aliado do clube na prevenção de lesões. Quem cuida da
máquina “X-9” alvinegra é David Mahamud, professor de Termografia no Esporte.
— Ela vem sendo muito usada pelos clubes
europeus, principalmente na Espanha. Ela ajuda a minimizar o número de lesões e
aponta quando podemos poupar determinado atleta das atividades ou de jogos —
explica David, que guarda como “segredo de estado” outros pontos que são
revelados pelo aparelho à comissão técnica, como os excessos na noite carioca —
Não posso revelar se dá para ser diagnosticado, mas digamos que sim. Dá para
perceber alguns excessos na noite.
O fisiologista do Botafogo, Altamiro Bottini,
aprova o trabalho feito pela máquina com os jogadores do Glorioso.
— Todo o início de treino os jogadores passam
pela foto. Ela identifica uma possível lesão e auxilia na prevenção. Também
conseguimos identificar como está a musculatura, se ele teve uma boa noite de
sono e se está relaxado para as atividades. Se a foto alegar algo estranho,
chamamos o atleta e conversamos, tudo baseado no que a máquina revelou —
analisa Altamiro.
Jobson se recusou a
tirar as fotos
A máquina já fez sua primeira vítima no
elenco. O atacante Jobson se recusou a tirar as fotos e discutiu com Altamiro
Bottini. Na ocasião, a diretoria do Botafogo suspendeu e multou o atacante em
20% do salário.
Jobson se recusou a tirar fotos na máquina Flir T400 Foto: Alexandre Cassiano |
Mas Jobson foi perdoado pela diretoria e hoje
já figura entre os profissionais, a ponto de estar à disposição do técnico
Oswaldo de Oliveira para a final da Taça Rio, contra o Vasco, no Engenhão. Para
o fisioterapeuta, o Botafogo só tem a ganhar com este aparelho:
— Esta imagem é um dado complementar para a
comissão técnica. Trabalhamos todos juntos, psicologia, nutricionista,
preparadores físicos, fisioterapia e fisiologistas. Se não é identificado o que
aconteceu, conseguimos perceber que tem alguma coisa errada na recuperação do
atleta.
Andrezinho: Novo cobrador de pênaltis do Botafogo
OPINIÃO DE TORCEDOR - Atualizada em 28/04/2012
Andrezinho, no último jogo diante do Bangu, fez sua melhor partida desde que chegou ao Botafogo. Ainda aquém das expectativas para o qual foi contratado, mas bem mais próximo do que dele espera a torcida. Um jogador que se apresente e arme as jogadas, atuando com eficiência na transição da linha de defesa para o ataque. O que se espera dele é efetividade durante todo o tempo, assumindo de vez a condição de maestro da orquestra, função para a qual foi contratado.
Foi o que tentou fazer desde o começo do jogo, atuando como um verdadeiro 10. Armou e fez boas assistências pros companheiros, tentando ditar, ao lado de Fellype Gabriel e Renato enquanto esteve em campo, o ritmo do time durante os 90 minutos. Só o fato de permanecer no jogo todo o tempo já foi um grande avanço diante da imagem de fragilidade que passou à torcida desde a pré-temporada, quando problemas de esgotamento, câimbras e incômodos musculares causaram desconfiança sobre seu futuro no clube.
Indago, nessa altura do campeonato, porque não deixa-lo bater pênaltis nos próximos jogos. Não precisa ser um pênalti daqueles que decidem partidas, vagas e campeonatos, porque daí a pressão aumentaria, e muito. Mas uma penalidade tipo a que o Loco perdeu nesse jogo. Era uma cobrança importante pois mataria o jogo, porém não decisiva.
Essa deveria ser a postura do Comando Técnico e dos próprios jogadores a partir de então, o que acabaria por matar dois coelhos com uma cajadada só e fazer as pazes de vez com a torcida que, dessa vez prestigiou o time em grande número. Andrezinho marcaria seu primeiro gol pelo Bota no tempo regulamentar e impediria que El Loco Abreu tentasse "perder" seu sétimo pênalti em oito possíveis ao longo dessa temporada. Acorda Direção!
Felip@odf
Jádson e Maicosuel, as chaves do enigma alvinegro
Oswaldo de Oliveira conversa com Maicosuel em treino do Botafogo Foto: Jorge William / O Globo |
RIO — Sem saber que minutos antes o próprio Renato
confirmara sua ausência enquanto cruzava os corredores do Engenhão com o
tornozelo inchado à mostra, na sala de entrevistas Oswaldo de Oliveira mantinha
no ar a dúvida sobre a participação do volante diante do Vasco. A passagem do
tempo, dizia, ensinara-lhe a lidar melhor com as ansiedades. Renato não é a
chave do mistério alvinegro para a decisão da Taça Rio, tampouco Fellype
Gabriel. Se há uma questão ainda implícita, é onde este jogará, o que vai
depender da escolha do técnico do Botafogo entre o novato Jádson e Maicosuel.
Oswaldo não deu mais
do que uma pista sobre qual pode ser sua opção. Em determinado momento do
treino, chamou Fellype, Elkeson, Andrezinho e Maicosuel para conversar. No
início da semana, Fellype já havia treinado como segundo volante, posição em
que terminou a semifinal contra o Bangu. Mas, assim como fez Cristóvão na
semana da semifinal contra o Flamengo, em que testou Juninho ao lado de Felipe
e entrou em campo com Fellipe Bastos, nada impede que a formação titular seja a
surpresa de última hora.
— Não confirmo, não —
respondeu Oswaldo, à pergunta se Fellype Gabriel formaria a dupla de volantes
com Marcelo Mattos. — Estou preparando o time ainda, tenho a possibilidade do
Jádson, que estreou muito bem contra o Boavista. Amanhã (neste sábado),
possivelmente, sai a confirmação.
Se não trata a
questão como a solução de seus problemas, Oswaldo também evita dar armas para
Cristóvão Borges. Apesar da larga experiência e do currículo recheado de
títulos em comparação com o rival, em início de carreira, para o técnico
alvinegro a importância do momento ajuda a diluir diferenças.
— Só tem uma
diferença entre mim e o Cristóvão: ele jogava muito — brincou. —Vi jogos em que
o Vasco passou por momentos ruins e deu a volta por cima. Ele faz manobras de
jogo com autoridade.
Para Loco Abreu, a
falta de Renato é um fato que deve ser tratado com pragmatismo:
— Ele é um jogador
titular, experiente, com uma ótima leitura do jogo, mas temos que nos preocupar
em não transformar a ausência dele em algo importante. Seja quem for o
escolhido, temos que fazer suas características darem certo, pois o meio-campo
é onde se ganha o jogo.
Novo cobrador de pênaltis
Embora nunca tenha
deixado de ser uma liderança, o capitão precisou de um trabalho especial de
recondicionamento físico para retomar a condição de artilheiro. Após os três
gols contra o Bangu, a final da Taça Rio contra o Vasco é uma espécie de
primeiro passo rumo a duas conquistas para Abreu: a do estadual e da condição
de cobrador oficial de pênaltis, já que, nas entrelinhas, Oswaldo disse que, ao
menos nos 90 minutos, a tarefa de cobrar as penalidades caberá a outro.
Andrezinho é o favorito para assumir o posto.
— O cobrador já foi
determinado, mas as circunstâncias do jogo podem causar mudanças — afirmou
Oswaldo. Nesse caso, se Herrera estiver em campo, será o cobrador.
Nesta sexta-feira,
Jóbson, Lucas Zen e Fábio Ferreira ficaram na academia, mas apenas o primeiro é
problema. Jóbson voltou a sentir dores musculares e deixou de ter presença
certa no banco. Oswaldo tem planos de usá-lo assim que entrar em forma. Só não
quis falar do holandês Seedorf, embora tenha confirmado que o meia do Milan,
que recebeu proposta oficial do Botafogo no ano passado, faz parte de um
projeto de marketing do clube. Antes de planejar o futuro, o técnico só tem
olhos para o presente, e nada melhor do que conquistar um inédito título em
casa.
—Nossa campanha
precisa de um encerramento com chave de ouro. Temos de vencer no domingo e
depois mais duas vezes o Fluminense — lembrou. — A concentração dos jogadores
me faz acreditar num grande jogo domingo.
Fábio Juppa - O Globo
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