Rodrigo Lindoso: Senti um incômodo na coxa, posterior direita, aí o pessoal optou por eu ficar esses dias sem vir a campo para não agravar mais a lesão. Só precaução mesmo, teve um incômodozinho, mas não foi nada demais, coisa boba.
Se eu tive não me lembro, sinceramente. Tem bastante tempo que não me lesiono também.
A gente está praticamente na metade (pré-temporada). Nossos testes físicos foram muito bons, sempre que tem um tempo a gente encaixa a parte física junto com a parte técnica, que é com bola junto do Ricardo (Gomes). Essa coisa de um ou outro sentir uma dor é super normal, até porque a gente está vindo de férias agora. Mas o ritmo está bom. Essa semana que entra agora vai dar uma intensificada, uma ajustadinha ali para a gente estar bem nos treinos. A gente fez trabalho muito forte já. Hoje o trabalho não está tão forte, período de descansar um pouco, por mais que a gente descanse, durma bastante, se alimente bem, mas o corpo demora um pouco. Hoje creio que estou uns 80% na parte física, é questão de dias para ficar 100%. Em 100% a gente sempre chega, o lugar é bom, comida é boa, é mais ritmo de jogo mesmo (que falta). Por isso vão ter os amistosos para a gente sentir o menos possível quando chegar em um jogo valendo.
É a sua primeira pré-temporada em um clube da Série A? Como tem sido a experiência?
Em 2012 eu fiz com o Fluminense. É uma situação nova, quarto time em que eu faço pré-temporada: Madureira, fiz fora do país, Fluminense e Botafogo agora. Mas cada situação é uma, grupo aqui é muito bom, te dá tranquilidade.
Pelo time que o Ricardo vem treinando, você é o único titular do setor que continuou do ano passado. Como é atuar com outros três na posição com quem nunca jogou?
Nunca é a mesma coisa. Quando se está jogando há bastante tempo claro que o entrosamento é maior, mas a pré-temporada é para isso, a gente vai conhecendo as características do outro. O Airton, apesar de não ter jogado no ano passado, estava treinando no dia a dia com a gente. Fernandes, Diérson... A gente já conhece também. É questão do dia a dia, com o treinamento isso não vai ser problema.
O Pedro Larrea seria mais um volante que viria, mas o Botafogo acabou desistindo da contratação por questão burocráticas. Você acompanhou essa caso?
Quem não acompanhou? (risos) Na verdade foi uma novela. Mas assim, super tranquilo, independentemente se desse certo ou não sempre vou focar no meu trabalho. Se chegar 10 volantes ou um, o importante é eu estar bem de cabeça e fisicamente, e sempre quando entrar em campo procurar fazer as coisas que o Ricardo pede. Jogador não deve ter medo de concorrência, não. Quando é saudável, tudo bem. Quanto mais qualidade, melhor. Vou brigar pelo meu espaço de qualquer maneira, com ele aqui ou não.
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Lindoso vem treinando à parte após sentir desconforto muscular na coxa direita (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo) |
Conhecia o Larrea? Vocês jogam na mesma posição?
Algumas pessoas falavam que ele era primeiro volante, outras, segundo. Mas eu nem procurei ver muito isso, não é da minha alçada ,não (risos).
Você ainda não marcou gols pelo Botafogo. Com o Airton mais fixo, você acha que vai ter mais condições de chegar no ataque e marcar gols?
Ano passado joguei como primeiro volante, já tinha jogado há bastante tempo nessa posição, não foi novidade. O Airton já é um primeiro volante que vem jogando há bastante tempo, mas ele também tem qualidade para caramba para sair jogando. Então, no primeiro coletivo que teve o professor Ricardo deu total liberdade para nós. Claro que quando um for, o outro segura. A gente vai intercalar muito se o professor optar por nós dois.Tem o Fernandes que é um pouco mais ofensivo, o Diérson, que é um pouco mais defensivo... Minha posição sempre foi segundo volante. Se ele optar por mim nessa posição, acho que vou me adaptar bem melhor. Mas qualquer uma das duas posições ali eu já estou tranquilo.
Você mostrou ser grande cobrador de faltas no Madureira, por que não se candidata ao posto aqui no Botafogo?
Eu já botei isso na cabeça também. Essa semana já vou procurar intensificar os treinos de bola parada. Ano passado tinha um pessoal que batia bem também, o (Thiago) Carleto e o Daniel (Carvalho). Esse ano vou procurar trabalhar forte, se pintar oportunidade ali para ver se sai esse gol de bola parada.
Você treina faltas?
Desde o ano passado a gente treina aqui. A verdade é que houve poucas oportunidades, não só para mim, mas para o resto dos jogadores também. Tinham mais bolas de longa distância, e era mais o Carleto quem pegava.
Chegou a conhecer a paródia que fizeram para você em cima da música do Gordinho Gostoso, na época do Madureira? O que achou dela?
(Risos) Assim, eu fiquei surpreso também, meu empresário que mandou, perguntou se eu tinha visto. Está valendo, a brincadeira é sadia, boa, sem nenhum problema. Aceito as zoações também, isso faz parte. Vem dos companheiros, ficam cantando... Quem brinca mais com essa música é o Octávio. É um fato curioso, meu sobrenome já é uma questão de as pessoas estarem me zoando a toda hora, mas a música foi surpresa mesmo. Estava vivendo um momento bom lá no Madureira, com chance de se classificar (no Carioca), teve uma repercussão boa.
O que acha se atualizassem essa música já com você no Botafogo?
Nenhum problema, se quiser deixar a dica aí para eles (risos). Eu gosto da brincadeira.
Gostaria de ver a torcida cantando no estádio?
Pô, seria bom. Fazendo gol e a torcida gritando? É uma boa ideia (risos).
Por Thiago Lima/Domingos Martins, ES/GE