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sexta-feira, 4 de março de 2022

Começo meteórico, Chelsea e herói de título do Braga: quem é Lucas Piazon, novo jogador do Botafogo


Meio-campista foi vendido aos Blues antes mesmo de estrear como profissional pelo São Paulo, mas pouco jogou na Inglaterra; especialista em faltas, jogador chega ao Botafogo





Lucas Piazon foi campeão da Taça de Portugal pelo Braga (Divulgação/Braga)


O primeiro reforço da "Era John Textor" no Botafogo já está em solos brasileiros: Lucas Piazon desembarcou no Rio de Janeiro nesta sexta-feira e, inclusive, já iniciou os exames médicos no Estádio Nilton Santos. Após a bateria, assinará contrato de empréstimo até o final do ano com o Alvinegro, que terá opção de compra com valor fixado.


+ Contratações, R$ 100 milhões e Luís Castro: os próximos passos do Botafogo com John Textor


Será a primeira experiência do meio-campista como profissional no futebol brasileiro. Fenômeno nas categorias de base e titular da Seleção Brasileira sub-17 no começo da década passada, Piazon foi vendido ao Chelsea antes mesmo de estrear pelo time principal do Tricolor, em 2011.

Os primeiros meses na Terra da Rainha foram promissores. Contratado com um plano de longo prazo pelo Chelsea, ele foi campeão da Copa da Inglaterra de Juniores e venceu um prêmio individual pelos Blues. Quem explica é Liam Twomey, jornalista que acompanha o atual campeão da Liga dos Campeões no "The Athletic", em entrevista ao LANCE!.

- Ele chegou muito bem avaliado, falado até mesmo como um potencial novo Kaká. Jogou muito bem pelo time B, ganhando o prêmio de melhor jogador jovem do Chelsea em 2012. O único jogo dele pela Premier League foi uma vitória por 8 a 0 sobre o Aston Villa, ele jogou bem mas perdeu um pênalti. A partir disso ele ficou preso no sistema de empréstimos do Chelsea - afirmou.




Piazon foi o jogador jovem do Chelsea em 2012 (Foto: Divulgação)


Foram nove empréstimos para sete equipes - Málaga-ESP, Vitesse-HOL, Eintracht Frankfurt-ALE, Fulham-ING, Reading-ING, Chievo-ITA e Rio Ave-POR - durante o tempo no Chelsea, clube que jogou pelo time principal apenas três vezes - contando jogos de pré-temporada. Piazon ficou preso no ciclo de cessões dos Blues e nunca conseguiu desenvolver o futebol.

- Depois de jogar bem no Málaga e Vitesse, foi mal no (Eintracht) Frankfurt, disse que havia muita correria na Alemanha e a carreira dele perdeu um pouco do impulso. Ele reclamou da política de empréstimos do Chelsea em uma entrevista afirmando que queria continuar em um clube, mas continuava renovando o contrato ao invés de deixar o vínculo (com o Chelsea) terminar. Ele ficou no Chelsea por muito mais tempo que ele precisava ter ficado e isso gerou consequências na carreira dele. Ele nunca conseguiu desenvolver todo o seu potencial infelizmente, mas torço para que as coisas deem certo no Brasil - completou Liam.

Piazon criticou a política de empréstimos do Chelsea em uma entrevista ao perfil "Oh My Goal" no ano passado.

- Nós voltávamos para a pré-temporada com o novo treinador e os jogadores e era sempre "se você for bem o treinador talvez te mantenha (no Chelsea". Mas lá dentro você sabia que não tinha chance porque estavam pagando muito dinheiro para os atletas e definitivamente os usariam. Estaríamos lá por quatro, cinco semanas e então sairíamos por empréstimo de novo. É só negócio - afirmou o jogador.



RENASCIMENTO EM PORTUGAL

Piazon "se libertou" do Chelsea no começo do ano passado, ao assinar com o Braga até 2025 após rescindir com o clube inglês. A indicação veio de Carlos Carvalhal, com quem havia trabalhado no Rio Ave na temporada anterior.


O brasileiro teve impacto praticamente imediato na equipe: o camisa 11 foi decisivo no 'Final Four' da Taça de Portugal para trazer o título ao Braga. Fez gols na semifinal, contra o Porto, e na decisão, diante do Benfica. O time voltou a conquistar a Taça de Portugal após cinco anos.

- Ele demorou a conquistar a titularidade, teve Covid em dezembro de 2020. O ciclo ente fevereiro e março (de 2021) foi muito bom, ele foi fundamental numa sequência de muitos jogos com pouco tempo de intervalo, fez alguns gols e assistências. Foi um dos heróis do Braga na conquista da Taça de Portugal, com gols sobre Porto e Benfica - explicou André Gonçalves, setorista do Braga no Jornal "Record", ao LANCE!.



Piazon pelo Braga (Foto: Divulgação / SC Braga)


Se a chegada foi marcada por um título com a marca de Piazon, a temporada atual levou tudo por água abaixo. O brasileiro começou como titular, mas logo perdeu espaço com Carlos Carvalhal. Com atuações irregulares, foi para o banco de reservas e sequer entrou em algumas partidas da Liga Portugal.

- Na nova temporada, não me recordo de um grande jogo de Piazon. Esteve bem abaixo do rendimento que chegou a exibir em vários jogos da temporada passada e, por isso, foi alternando jogos em que era titular (8) com outros em que foi suplente utilizado (7) e outros em que nem saía do banco, mas não fez gols nem assistências. O treinador Carvalhal chegou a explicar, no início de janeiro deste ano, que ele ia perder espaço na segunda metade da temporada mas garantiu que não tinha nada a ver com o seu profissionalismo ou atitude e, então, os responsáveis entenderam que mais valia ele procurar outro caminho. Desde então foi treinando à parte da equipe, trabalhando noutros campos da Cidade Desportiva do Braga até ser encontrada uma solução para o futuro dele - completou.


ESTILO DE JOGO

Lucas Piazon é um meia avançado, o "camisa 10", mas também pode atuar saindo do lado direito do campo - sempre partindo em movimentos diagonais. Tem como principais características o chute de média/longa distância e a capacidade de cobrar faltas - foi assim, inclusive, que marcou contra o Porto na semifinal da Taça de Portugal.

Na última temporada, teve, em média, 17.2 passes certos (85%) - 11.3 no campo adversário -, 1 desarme, 2.7 disputas de bola vencidas (49% de sucesso) e 52% de aproveitamento nas bolas longas tentadas por partida na Liga Portugal. Os dados são do "SofaScore".

A contratação foi um pedido de Luís Castro, treinador que está em vias de ser oficializado pelo Botafogo e já teve reuniões com o departamento de futebol do Alvinegro para avaliar possíveis reforços.


Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Investimento, estrutura e contratações: os próximos passos do Botafogo de John Textor


Reportagem de ge explica o que está por vir após a assinatura da compra da SAF pelo empresário americano



A última quinta-feira, dia 3 de março, marcou o primeiro dia de John Textor como dono do Botafogo. Foi quando o clube anunciou a transferência do controle da Sociedade Anônima do Futebol para o empresário, que se tornou sócio majoritário. Passado o bastão, e agora? O que esperar do novo clube de John Textor? O ge explica os próximos passos.



Investimentos

Para começar, a assinatura do contrato dará à nova SAF o investimento direto de R$ 100 milhões. Esse dinheiro só entra depois que o documento for finalizado, o que deve demorar até a próxima semana. Essa quantia se soma aos R$ 50 milhões que o americano já repassou ao clube, totalizando um aporte mínimo de R$ 150 milhões no primeiro ano da parceria.


O "aporte mínimo" citado não foi por acaso. Por contrato, Textor é obrigado a investir R$ 400 milhões no clube. Mas esse é o depósito mínimo. É esperado que o empresário vá além para ajudar em empreitadas principalmente no curto prazo. Isso, aliás, está previsto no próprio contrato, que dá brecha para a transferências de mais 5% das ações do Botafogo ao investidor.





Durcésio Mello e John Textor selam acordo da SAF Botafogo — Foto: Divulgação/BFR



Reforços a caminho


Esse mês de março será de muitas novidades no quesito jogadores. Os reforços que darão corpo ao elenco chegarão nas próximas semanas. São esperados de seis a oito caras novas, a maioria vinda do futebol europeu.


Estrangeiros também estão na mira, mas o foco é em brasileiros que atuam no Velho Continente por conta da limitação imposta pela CBF. Os nomes mais próximos são Philipe Sampaio e Lucas Piazon, que devem ser anunciados ainda nesta sexta-feira.


+ Preferência de Luís Castro por grupo enxuto faz Botafogo estudar alternativas para diminuir elenco


Outros jogadores estão na mira, como o atacante Vitinho e os laterais Gilberto e Renzo Saravia, mas essas são negociações em estágios menos avançados.



Novo mister


Esses e outros nomes são debatidos com o futuro treinador, Luís Castro. O português do Al Duhail segue como o queridinho de Textor, que negocia a multa rescisória com o clube árabe. O investidor já se comprometeu a pagar para contar com o técnico e tenta diminuir o valor de R$ 7 milhões, já que restam poucos meses para o fim do contrato.



O que o Botafogo deve fazer de imediato com os R$ 100 milhões do Textor? Setorista Davi Barros explica (https://ge.globo.com/video/o-que-o-botafogo-deve-fazer-de-imediato-com-os-r-100-milhoes-do-textor-setorista-davi-barros-explica-10354830.ghtml)



Enquanto isso, o discurso oficial de Castro é de foco no futebol do Catar, por respeito ao atual empregador. Mas, nos bastidores, o treinador participa do planejamento com análises, indicações e reuniões com o departamento médico alvinegro.


Estrutura em outro nível


Em uma frente, os dirigentes vai ao mercado para dar cara ao novo time. Ao mesmo tempo, trabalha para dar a estrutura que vai garantir condições de trabalho para os que estão no clube e para atrair os que ainda podem chegar. Nesse sentido, instalações e novos equipamentos estarão entre os principais destinos do aporte de Textor.


+ Contratações do Botafogo para 2022: veja quem chega, quem fica e quem vai embora do clube


Estão nos planos evolução na estrutura do Nilton Santos e do Espaço Lonier, além de novos equipamentos para preparação física, fisiologia, departamento médico. As novas lideranças sabem que as condições de trabalho não são ideias e pretendem mudar isso o mais rápido possível.


+ Leia mais notícias do Botafogo


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro