Time do atual técnico alvinegro fica menos com a posse de bola, sofre mais finalizações, mas é mais eficiente do que adversários e o antecessor
A fase do Botafogo é boa e todo torcedor tem enchido o peito para festejar isso. Até agora são três vitórias em três jogos e sem sofrer um gol sequer. Mas, além do salto na tabela com o 100% de aproveitamento e de dar um jeito na zaga, há números que mostram a diferença entre os trabalhos de Enderson Moreira e Marcelo Chamusca. Apesar da boa fase, por incrível que pareça, o Botafogo tem sido um time que sofre mais com as chegadas adversárias e ameaça menos.
Por mais que o universo de jogos seja de apenas três partidas, contra 10 do antecessor na Série B, já é possível perceber alguns detalhes no time de Enderson Moreira. O Botafogo tem dado mais a bola para o adversário e apostado mais nos contra-ataques. A média de posse de bola da equipe é de 40%, contra pouco mais de 50% de Chamusca.
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Enderson Moreira tem conseguido arrumar o Botafogo mais na base da conversa — Foto: Vitor Silva/Botafogo
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Curiosamente, a defesa alvinegra tem tido mais trabalho nos jogos sob o comando de Enderson (incluindo o que o treinador estava expulso). Mesmo sem ter sofrido um gol sequer, o Botafogo deixa as equipes adversárias finalizarem mais, cede quase o dobro e tem praticamente a metade de escanteios. Isso faz com que Diego Loureiro fique mais em evidência. O atual titular do Bota tem uma média de 5,7 defesas por partida, enquanto antes essa média era de 4,3.
Mais agressivo na marcação, o time de Enderson Moreira desarma menos que antes na média, mas comete mais faltas. Consequentemente, o número de cartões por jogo também aumentou, mas pouco. O que pode ajudar a explicar o menor número de faltas sofridas está na queda considerável em números de dribles tentados. Com Chamusca era 10,7 por jogo, agora são 3,7.
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Chay, atacante do Botafogo, participa do Tá na Área e comenta dificuldades antes de chegar ao clube carioca (https://ge.globo.com/sportv/programas/ta-na-area/video/chay-atacante-do-botafogo-participa-do-ta-na-area-e-comenta-dificuldades-antes-de-chegar-ao-clube-carioca-9736133.ghtml)
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Mas uma das maiores conquistas do time de Enderson Moreira é a efetividade. Os cinco gols marcados em três partidas é quase a mesma média que no time comandado pelo antecessor. A diferença está na necessidade de finalizações para marcar um gol.
Com Enderson esse número é de 6,4 por jogo, frente a 8,9 do antigo treinador. Perguntado na entrevista coletiva virtual após o clássico sobre o que considerava como possível explicação para a maior efetividade, o técnico não soube cravar.
- Cheguei faz pouco tempo, então é difícil saber o que aconteceu. Eu tenho trabalhado com os atletas numa linha daquilo que eu penso. Não que o que estava sendo feito não era correto, muito pelo contrário. A gente está aproveitando muita coisa positiva, mas eu tenho minhas ideias no futebol de maneira muito clara. Quem já conviveu comigo sabe o que eu penso. Tento ser o mais direto possível, mostrar para eles o motivo de executarmos algumas ações e acho que eles me abraçaram muito para tentar colocar essas ideias dentro de campo.
Com a intenção de ser ainda mais eficiente, Enderson terá toda a semana para colocar ainda mais em prática as ideias de jogo. O Botafogo volta a campo somente no próximo domingo, quando recebe a Ponte Preta às 20h30 (de Brasília), pela 16ª rodada da Série B. Com as três vitórias seguidas, o Bota deu um pulo na classificação e agora está em nono, com 22 pontos e a quatro do G-4.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro