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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Após título, promessas do Botafogo esperam sucesso como profissionais


Marcelo, Bochecha, Renan Gorne, Matheus Fernandes e Marcinho são os mais conhecidos, mas outros jogadores também se destacaram nesta temporada e podem ter vez em breve



Yuri, de costas, fez um gol na final; Renan Gorne vive grande temporada (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

O título brasileiro de juniores, na noite desta terça-feira, foi a coroação da grande fase das divisões de base do Botafogo. E, naturalmente, geram expectativa para o sucesso dos jogadores alvinegros também no time profissional. Alguns atletas já estiveram no time profissional, outros não poderão, em 2017, permanecer na categoria, e a tendência é de que, no ano que vem, o elenco principal do Glorioso tenha mais revelações ainda.

Marcinho, lateral-direito, participou da pré-temporada no Espírito Santo. Aos 20 anos, já deverá brigar com Diego, Alemão e o improvisado Emerson no time profissional. Durante o período que a equipe se preparava no Espírito Santo, o atacante Ribamar e o volante Matheus Fernandes, de 18 anos, também integraram o grupo para preencher lacunas. O primeiro já foi até vendido; enquanto o segundo retornou à base e foi importante no título nacional.

Matheus Fernandes pode ter espaço, pelo talento demonstrado na saída de bola. Porém, se preciso, pode atuar mais duas temporadas na equipe sub-20 pelos 18 anos que tem. Há inclusive a própria concorrência com Bochecha, outro destaque da equipe e que já ficou no banco de reservas com Jair Ventura. Aos 20 anos, deve ter espaço no próximo ano.

Porém, ninguém gerou mais expectativa na torcida botafoguense em 2016 do que Renan Gorne. Em 45 jogos até aqui, foram 26 gols marcados pelo centroavante, que passou em branco na decisão do Campeonato Brasileiro. Com contrato até o fim do ano que vem, ele também está no último ano de categorias inferiores. E quer sucesso também como profissional.

- A expectativa é sempre melhorar, buscando o alto nível. Espero poder, futuramente, defender o Botafogo no profissional. Mas para isso preciso trabalhar firme aqui neste tempo que falta na base para chegar o mais preparado possível - entende Gorne.

Porém, outros jogadores também chamam atenção para um futuro próximo. O zagueiro Marcelo, de 20 anos, capitão da equipe de juniores, foi relacionado para o clássico com o Fluminense e entrou nos minutos finais. Assim, ajudou na conquista dos três pontos do time principal no último dia 7. Pode ser convocado para o time profissional ainda este ano.

O também zagueiro Kanu e o meia Yuri, que fizeram os gols do título da última terça, são menos badalados, mas também são observados e, pelo bom desempenho, não seriam surpresa se participassem do time de cima em 2017. Assim como Pachu, atacante mais utilizado no primeiro semestre deste ano e que está no último ano como júnior.

- É um momento que todos atletas esperam ter e, hoje, sou campeão brasileiro. Tenho certeza que esse título vai ajudar bastante em toda minha carreira. Penso em subir para o profissional e conquistar muitos títulos lá em cima também. A torcida do Botafogo merece muito - comemora.

O lateral-esquerdo Victor Lindenberg é o líder de assistências da equipe no ano. Dono da maioria das bolas paradas, ele deu passe para gols em 25 oportunidades este ano, nos 48 jogos que disputou. Outro efetivo atleta no 2016 alvinegro, completa 20 anos em dezembro e tem vínculo até o fim da próxima temporada.

O titular do gol do time comandado por Eduardo Barroca é Diego. Mas a escola alvinegra, que revelou, nos últimos anos, Renan, Andrey e Milton Raphael (todos com passagens por Seleções de base) utilizou outros três na temporada dos juniores. Matheus Cabral, que, assim como os companheiros de posição, já treinou com o time principal, e espera alavancar a carreira a partir de agora.

- A melhor sensação que um jogador sub-20 pode ter é essa: estamos fazendo história por esse clube, vamos ser sempre lembrados. Esse momento do é fruto de muito trabalho e merecimento. Estamos evoluindo muito e só tenho a crescer na minha carreira. Os títulos são importantes e, com isso, planejo uma carreira muito vitoriosa - revela o goleiro de 18 anos.

O elenco comandado por Maurício Ferreira, até fevereiro, e sob as ordens de Eduardo Barroca desde então, utilizou outros jogadores que também sonham com um lugar ao sol. Fernando, lateral-direito; Helerson, zagueiro; Jordan, volante; e os mais Matheus Jorge e Lucas Campos foram presenças constantes.

- Dedico à minha família e a todos os meus amigos por acreditarem e apoiarem. Minha expectativa é chegar ao profissional do Botafogo, clube que abriu as portas para mim. Espero fazer sucesso, ser ídolo, e claro, conquistar muitos títulos - acredita Lucas Campos, outro jogador de 18 anos.

Atualmente, 12 jogadores do time profissional (cerca de um terço) são revelados nas categorias de base do Botafogo. Campeã, a geração vencedora deste ano de 2016 deve aumentar este número muito em breve.


Fonte: Lancenet/Felippe Rocha/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo e Sidão negociam renovação de contrato até o fim do ano que vem


Emprestado até dezembro pelo Audax-SP, goleiro tem a intenção de ficar por mais uma temporada e já iniciou as conversas com o clube



Sidão já começa a negociar a renovação de
 contrato com o Alvinego até o fim do ano 
que vem (Foto: Twitter oficial do Botafogo)
O retorno de Jefferson não significa que o Botafogo não pretenda mais contar com Sidão. O bom momento do goleiro não passou despercebido, e as partes já negociam a renovação de contrato até dezembro de 2017. O atual vínculo termina no fim deste ano.


Sidão, de 33 anos, está emprestado ao Botafogo pelo Audax-SP e tem contrato com o clube paulista até o fim do estadual de 2017. O Alvinegro já iniciou contatos com a equipe de São Paulo e conversa com o goleiro. Como não tem empresário, o próprio Sidão está à frente da negociação. Apesar do retorno de Jefferson, a intenção do goleiro é permanecer por mais uma temporada em General Severiano.


Um dos destaques do Audax na campanha do vice-campeonato paulista deste ano, Sidão foi contratado em maio logo após a cirurgia no braço esquerdo de Jefferson. O goleiro ganhou a posição de Helton leite e caiu nas graças da torcida com boas atuações.


No momento, Sidão vive seu auge no Botafogo. Na última quarta-feira, o goleiro se lançou ao ataque e acertou uma bonita bicicleta contra o Santos, defendida por Vanderlei. No último domingo, ele foi decisivo no 1 a 0 contra o Vitória, ao defender cobrança de pênalti de Diego Renan.


Desde que chegou ao Botafogo, Sidão disputou 23 jogos e sofreu 31 gols.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Missão impossível? Bota tem 5 tarefas em 90min para sobreviver na Copa BR


À la Tom Cruise, Jair Ventura precisa superar retrospecto, aplicar primeira goleada no ano, atingir feito inédito no Mineirão e quebrar sina no torneio com time desentrosado




"Tan tan tantantantan tantantantan tantantan tararan tararan tararan taran" ♫... Calma, não se trata de mais um filme da franquia "Missão Impossível", que começou em 1996 com o diretor norte-americano Brian De Palma. Mas a sua famosa trilha sonora sai dos cinemas para se encaixar perfeitamente em outro cenário nesta quarta-feira: Mineirão, 21h45 (de Brasília). Após perder por 5 a 2 para o Cruzeiro no Rio de Janeiro, o Botafogo vai precisar transformar um roteiro que caminha para uma eliminação precoce, nas oitavas de final, em um improvável final feliz na Copa do Brasil. Para isso, vale até inspiração de Jair Ventura no agente Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise, diante do desafio de completar cinco tarefas (impossíveis?) em 90 minutos.


À la Tom Cruize? Jair Ventura conseguirá repetir o feito do agente Ethan Hunt em Missão Impossível? (Foto: Arte Esporte)


TAREFA 1: PRIMEIRA GOLEADA EM 2016

O Botafogo precisa ganhar por quatro gols de diferença para se classificar. Ou por três, desde que faça seis gols ou mais – se devolver os 5 a 2, a decisão vai para os pênaltis. Só que nos 52 jogos que disputou em 2016, o Alvinegro jamais marcou quatro vezes. E a única vitória por três de diferença foi o 3 a 0 sobre o Sport em Juiz de Fora, placar que não adianta nesta quarta. Além disso, o Cruzeiro esse ano só perdeu duas das 49 partidas por três gols de diferença: 4 a 1 para o Santa Cruz no Arruda e 3 a 0 para o Atlético-PR no Mineirão.


TAREFA 2: QUEBRAR RETROSPECTO

O Botafogo surpreendeu o Cruzeiro no último confronto, fez 2 a 0 e calou o Mineirão na semana passada. Mas o retrospecto diante do rival ainda é muito desfavorável: em 85 duelos, são 23 vitórias, 26 empates e 36 derrotas, com 104 gols marcados e 125 sofridos – desses 23 triunfos, apenas sete foram no principal estádio de Belo Horizonte. Além disso, na única vez em que se enfrentaram em uma Copa do Brasil, o Alvinegro também levou a pior: caiu nas quartas de final em 2000, após perder por 3 a 2 em Minas Gerais e ficar no 0 a 0 no Maracanã.

Emerson Silva e Bruno Silva devem jogar neste reencontro (Foto: ANDRÉ YANCKOUS/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)


TAREFA 3: FEITO INÉDITO NO MINEIRÃO

Das sete vitórias que o Botafogo já obteve sobre o Cruzeiro no Mineirão, em apenas uma conseguiu ganhar por três gols de diferença: foi pelo Campeonato Brasileiro de 1977, 3 a 0 com gols de Mendonça, Gil e Nilson Dias – placar que não lhe serve nesta quarta. Para se classificar, precisará balançar a rede ao menos quatro vezes no estádio diante da Raposa, algo que nunca conseguiu. Os demais triunfos alvinegros no palco neste confronto foram: 1 a 0 em 1969 (Taça Brasil), 1 a 0 em 1969 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1 a 0 em 1981 (amistoso), 3 a 1 em 1987 (amistoso), 3 a 2 em 1997 (Brasileiro), e 2 a 0 em 2016 (Brasileiro).


TAREFA 4: ENTROSAR O MISTÃO

Se as primeiras três tarefas já são árduas, imagina encará-las com um time desentrosado? É o que deve acontecer nesta quarta-feira. Priorizando o Campeonato Brasileiro, em que o discurso é pela fuga do rebaixamento, mas na prática há até chance de G-4, Jair Ventura indicou um mistão para a partida. Dos titulares,a tendência é que apenas o goleiro Sidão, Victor Luís, que está suspenso para a próxima rodada da Série A, e Bruno Silva, que retorna de suspensão, joguem. Além de Emerson Silva e Emerson, que disputam uma vaga na zaga. A provável escalação tem: Sidão, Diego, Renan Fonseca, Emerson Silva (Emerson), Victor Luís; Diérson, Lindoso, Bruno Silva, Leandrinho, Salgueiro e Luís Henrique (Rodrigo Pimpão).

Provável time contra o Cruzeiro tem só Sidão, Emerson Silva, Victor Luis e Bruno Silva dos titulares (Foto: Arte Esporte)



TAREFA 5: ESPANTAR O FANTASMA DA COPA BR

O Botafogo participa este ano de sua 23ª Copa do Brasil, mas em apenas sete oportunidades a equipe conseguiu passar das oitavas de final, fase em que se encontra atualmente. Em 1991, chegou às quartas e caiu diante do Coritiba; em 1999, fez sua melhor campanha ao ser o vice-campeão depois de perder a final para o Juventude; em 2000, foi eliminado pelo Cruzeiro nas quartas de final; em 2007 e 2008, alcançou as semifinais diante de Figueirense e Corinthians; e em 2013 e 2014, saiu novamente nas quartas para Flamengo e Santos. O Alvinegro precisa quebrar a sina de eliminações precoces no torneio para buscar o título inédito.


CRUZEIRO X BOTAFOGO

Local: Mineirão, Belo Horizonte (RJ)
Data e horário: quarta-feira, 21h45 (horário de Brasília)
Escalação provável: Sidão, Diego, Renan Fonseca, Emerson Silva (Emerson), Victor Luís; Diérson, Lindoso, Bruno Silva, Leandrinho, Salgueiro e Luís Henrique (Rodrigo Pimpão)
Desfalques: Alemão, Anderson Aquino e Dudu Cearense (jogaram por outros clubes no torneio)
Pendurados: ninguém
Transmissão: TV Globo para MG menos Juiz de Fora, Uberlândia, Ituiutaba e Uberaba (com Rogério Correa, Bob Faria Márcio Rezende Freitas) e SporTV 4 (com Jaime Junior e Henrique Fernandes)
Arbitragem: Marcelo Aparecido R de Souza (SP) apita a partida e será auxiliado por Fabiano da Silva Ramires (ES) e Herman Brumel Vani (SP)


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Belo Horizonte

Campeão sub-20, treinador do Bota confia em amigo Jair para transição


Eduardo Barroca elogia trabalho da base alvinegra, após a conquista do Brasileiro da categoria, e afirma que decisão sobre jogadores que sobem é do técnico principal





Eduardo Barroca beija a medalha do título brasileiro
 sub-20 do Botafogo (Foto: Lucas Strabko)
O celular de Eduardo Barroca não para. O treinador comandou o Botafogo na conquista do título do Brasileiro Sub-20, nesta terça-feira, ao derrotar o Corinthians por 2 a 0 na arena do rival. Desde o final do jogo, Barroca recebeu mais de 1.100 mensagens. O técnico não tirou o sorriso do rosto para explicar o motivo pelo qual o Glorioso foi campeões.


– Foi campeão porque o Botafogo está fazendo as coisas certas, dando boas condições de trabalho. É um grupo com muito talento. Quando junta o triângulo direção, comissão técnica e jogadores, a tendência é que a coisa ande bem. O clube um vive momento especial como instituição. Profissional está bem, aproveitando jogadores da casa. Temos comunicação muito eficaz. Temos treinador no profissional formado dentro de casa – disse Barroca.


Desde março no comando do sub-20 alvinegro, Barroca sente que vive o momento perfeito para ocorrer transição entre base e profissional no Botafogo, principalmente pelo amigo Jair Ventura estar comandando a equipe principal do Fogão.


– Ele acompanha de perto, era auxiliar-técnico, conhece todos esses jogadores. Eles estão treinando comigo, mas jogando com ele muitas vezes. Existe uma comunicação e um processo coerente de integração. Não posso falar que serão aproveitados de imediato, mas tenho certeza que o Jair vai aproveitar no momento certo. Ele conhece o clube, está há nove anos. Não poderia ter profissional melhor para fazer essa transição.


Dos campeões brasileiros, Marcelo, Matheus Fernandes, Marcinho e Bochecha já integravam o elenco profissional, mas desceram para disputar a final do campeonato. A tendência é que voltem à equipe principal. Barroca não sabe se outros jogadores que subirão.


– Quando chegar no Rio, vou conversar com o Jair. Nos comunicamos com frequência grande. É um profissional que tenho respeito e admiração muito grande, além da identificação profissional de pensar o futebol. Acho que tudo isso facilita a transição. Antes da final, ele desejou boa sorte e disse que nos acompanharia.


O treinador prefere não apontar alguma aposta do time campeão que terá um grande futuro pela frente.


– É difícil acertar em um. Depende muito do momento. Às vezes o profissional precisa de determinada profissão e o jogador que está aqui não é nem o mais maduro, mas aproveita a chance. É difícil opinar. Todos têm potencial. A efetividade partirá da observação do Jair. As coisas vão ser feitas de maneira coerente. 


Jogadores do Botafogo comemoram a conquista do título brasileiro sub-20 na casa do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli)



Fonte: GE/Por Lucas Strabko/São Paulo