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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Grupo do Botafogo no Mundial de Clubes 2025: veja análise dos times



PSG, Atlético de Madrid e Seattle Sounders serão os rivais alvinegros na competição




Textor prevê 2025 do Botafogo: "Para todo jogador que sair, temos um esperando" (https://ge.globo.com/video/textor-preve-2025-do-botafogo-para-todo-jogador-que-sair-temos-um-esperando-13161313.ghtml)



Campeão da última Conmebol Libertadores, o Botafogo conheceu nesta quinta-feira os adversários no Mundial de Clubes 2025. A equipe comandada por Artur Jorge caiu no Grupo B ao lado de Paris Saint-Germain (França), Atlético de Madrid (Espanha) e Seattle Sounders (Estados Unidos). Abaixo, o ge mostra detalhes de cada equipe.


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Paris Saint-Germain


Destaques



Após a saída de Mbappé para o Real Madrid e o fim do trio de ataque com Neymar e Messi, o PSG vive uma era sem estrelas. A lacuna abriu espaço para os mais jovens. São os casos do atacante Barcola e do volante João Neves - respectivamente o artilheiro e o líder de assistências do clube na temporada.


Barcola, inclusive, é revelado pelo Lyon, clube de John Textor na França, e chegou a jogar com Jeffinho no OL. Ele foi negociado com o rival na última temporada por causa dos problemas financeiros da equipe com os órgãos regulamentadores de dívidas do país.




Luis Enrique após derrota do PSG para o Atlético de Madri, pela quarta rodada da Champions League — Foto: Christian Hartmann/ Reuters


Treinador


Luis Enrique está no PSG desde que comandou a Espanha em uma campanha ruim na última Copa do Mundo, na qual a equipe foi eliminada para Marrocos nas oitavas de final. O espanhol tem um estilo de jogo baseado em posse de bola e valorização de passes curtos.


O técnico, inclusive, fez uma "previsão" que enfrentaria o Botafogo em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira e acertou.


- Qual é o melhor clube do Brasil neste momento? O Botafogo? PSG x Botafogo é certo. Bem, posso quase garantir - disse Luis Enrique.




Botafogo: Veja o sorteio que definiu o grupo no Mundial de Clubes de 2025 (https://ge.globo.com/video/botafogo-veja-o-sorteio-que-definiu-o-grupo-no-mundial-de-clubes-de-2025-13161188.ghtml)



O que fez para estar no Mundial


O PSG não venceu a Liga dos Campeões nos últimos quatro anos. O clube francês se classificou pelo ranking de clubes da Uefa pela média dos clubes no período.


Momento


Mesmo sem Mbappé, a equipe comandada por Luis Enrique lidera o Campeonato Francês com folga, com dez vitórias e três empates em 13 jogos. A vida dos parisienses não tem sido tranquila quando o assunto é Liga dos Campeões: atualmente, o time está fora da zona de classificados até para os play-offs da competição, com três derrotas em cinco partidas.



Tem brasileiro no time?


Marquinhos: uma das figurinhas carimbadas da Seleção nos últimos anos, Marquinhos está no PSG desde 2013 e é considerado ídolo do clube. O zagueiro tem mais de 25 títulos conquistados pela equipe francesa.


Lucas Beraldo: contratado pelo PSG junto ao São Paulo no ano passado, o zagueiro é visto como um projeto a médio e longo prazo. Canhoto, também é utilizado como lateral-esquerdo quando necessário.



“É o maior semana da história do Botafogo”, opina Rizek (https://ge.globo.com/sportv/programas/selecao-sportv/video/e-o-maior-semana-da-historia-do-botafogo-opina-rizek-13161044.ghtml)



Atlético de Madrid


Destaques



Maior artilheiro da história do clube, o francês Griezmann segue em alta, com sete gols e seis assistência neste início de temporada. O Atleti fez uma janela agressiva, contratou o argentino Julián Álvarez do Manchester City, e o impacto foi imediato: já balançou as redes dez vezes na nova equipe.


No aspecto defensivo, destacam-se Jan Oblak, há muito tempo um dos melhores goleiros do mundo, e Marcos Llorente, um "faz-tudo" do elenco - o espanhol já foi utilizado como volante, lateral e até atacante.




Griezmann comemora primeiro gol em Getafe x Atlético de Madrid — Foto: Juan Medina/Reuters


Treinador


Diego Simeone foi, por muito tempo, tachado como retranqueiro pelo estilo de jogo baseado em linhas baixas e jogo físico para parar os adversários com faltas e entradas fortes.


Isso mudou. O estilo de jogo do argentino está mais adaptável e voltado para a parte ofensiva - ao menos um pouco. O time tem o quarto melhor ataque de La Liga na temporada, com 26 gols em 15 jogos - ficam atrás apenas de Barcelona, Real Madrid e Villarreal.



O que fez para estar no Mundial


O Atlético de Madrid não venceu a Champions nos últimos quatro anos. O clube espanhol se classificou pelo ranking de clubes da Uefa pela média dos clubes no período.


Momento


Com temporada passada decepcionante, sendo eliminado pelo Borussia Dortmund nas quartas da Champions e sem disputar o título de La Liga, o Atleti investiu alto em reforços para 2024/25. Chegaram os atacantes Álvarez e Sorloth, além do volante Conor Callagher.


O time faz temporada sólida no Espanhol, estando a quatro pontos (mas com um jogo a menos) do líder Barcelona. A vida tem sido de altos e baixos na Liga dos Campeões, com três jogos e duas derrotas nos cinco jogos disputados até aqui.


Tem brasileiro no time?



Samuel Lino: revelado pelo Flamengo, o jogador pouco atuou no Brasil antes de se transferir ao Gil Vicente, de Portugal, onde se destacou em 2022 até ser comprado pelo Atlético de Madrid. Não teve muitas chances até a temporada passada, quando começou a ser improvisado como ala esquerdo no esquema de três zagueiros de Simeone e se destacou, fazendo até gols em Liga dos Campeões. Tem 18 partidas disputadas na atual temporada.




Samuel Lino é eleito o melhor jogador do Atlético de Madrid na temporada espanhola — Foto: Twitter/Atlético de Madrid



Seattle Sounders


Destaques


O meia eslovaco Albert Rusnák é o "dono" do time. O camisa 11, que foi revelado pelo Manchester City mas nunca jogou profissionalmente pelo time inglês, está na MLS desde 2017 e no Sounders há dois anos, após passagem de destaque pelo Real Salt Lake. Foram 10 gols marcados e 12 assistências no último campeonato.


O artilheiro é Jordan Morris, que já foi visto como uma das principais promessas do futebol dos Estados Unidos há dez anos. O atacante nunca conseguiu dar o passo à frente e a passagem na Europa ficou limitada a um empréstimo sem gols ao Swansea City, time do País de Gales que disputa a 2ª divisão inglesa, em 2021. Ele jogou a Copa do Mundo de 2022 ao lado de Cristian Roldán, outro destaque da equipe.




João Paulo, ex-Botafogo em ação pelo Seattle Sounders — Foto: Charis Wilson / Sounders FC Communications



Treinador


O norte-americano Brian Schmetzer tem uma vida inteira dedicada ao Seattle Sounders. Nos anos 1980, ele iniciou a carreira de atleta no futsal do clube e depois migrou para o campo. Ao se aposentar dos gramados, se tornou funcionário do clube.


Em 2009, ele assumiu a função de auxiliar técnico e foi efetivado em 2017. Sob seu comando, o Sounders conquistou o título da MLS em 2019 e a Liga dos Campeões da Concacaf em 2022.


O Seattle foi apenas o terceiro time dos Estados Unidos a conquistar o principal torneio continental. Antes, DC United, em 1998, e Los Angeles Galaxy, em 2000, haviam sido campeões, mas em uma versão anterior da competição e sem haver o Mundial de Clubes no formato atual.


O que fez para estar no Mundial



O Seattle Sounders foi o primeiro time dos Estados Unidos a se classificar para o Mundial de Clubes ao vencer a Liga dos Campeões da Concacaf de 2022.


Momento


A atual temporada do Seattle foi boa apesar do revés sofrido no último domingo. A equipe chegou à final da Conferência Oeste, mas acabou derrotada pelo Los Angeles Galaxy, que irá disputar a decisão da MLS.


Tem brasileiro no time?


João Paulo: É um velho conhecido do Botafogo. O meia jogou no clube de 2017 e 2019, antes de se transferir para o Seattle. No Alvinegro, João Paulo foi um dos destaques do elenco numa fase em que o clube não tinha o poder de investimento que obteve com a transformação em SAF. Sua venda teve papel importante para aliviar as finanças do Botafogo à época. Com contrato no fim, dificilmente ficará em Seattle na próxima temporada.


Léo Chu: Promessa da base do Grêmio, o meia chegou à equipe americana em 2021 e fez parte do grupo vencedor da Concacaf


Nathan Cardoso: Formado na base do Palmeiras, o zagueiro também tem passagens no Criciúma e na Chapecoense. Esta é sua primeira temporada na equipe americana.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de JaneiroF

Artur Jorge vê Botafogo perto do título do Brasileiro: "Uma vitória de campeão"



Alvinegro precisa de uma empate em casa na última rodada para conquistar o Brasileirão




Artur Jorge lembra sequência de empates do Botafogo: "Foi uma balançada do barco" (https://ge.globo.com/video/artur-jorge-lembra-sequencia-de-empates-do-botafogo-foi-uma-balancada-do-barco-13159164.ghtml)



O técnico Artur Jorge ficou mais perto de seu segundo título pelo Botafogo, com a vitória sobre o Internacional, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Beira-Rio. Agora, o Alvinegro precisa de uma empate, diante de sua torcida em casa, na última rodada, para ficar com o troféu.


Embora o objetivo principal não tenha sido alcançado nesta noite, o treinador ficou satisfeito com a consistência de sua equipe.


- Tendo em conta essas duas finais do Brasileiro fica a sensação de dever cumprido. Foi uma vitória muito importante. Acho que todo contexto de hoje era importante, somar os três pontos. Ganhamos de uma forma bem feita por parte dos jogadores que trabalharam de forma imensa. Mais uma vez estou satisfeito. Falta um pequeno passo - disse em entrevista coletiva.


- Digo aos jogadores: isso é uma vitória de campeão. Agora temos que dar consistência, prolongar por mais três dias para que possamos ter a mesma atitude no domingo de poder então fechar as contas de que como queremos fechar. E ter a justiça a uma equipe que teve destaque e foi líder durante mais tempo nesse Brasileirão.


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+ Contas: Botafogo será campeão do Brasileirão em oito dos nove cenários possíveis





Artur Jorge, no Beira-Rio, após Internacional x Botafogo — Foto: Divulgação: Vitor Silva/Botafogo


O gol da vitória alvinegra saiu bem cedo, em jogada ensaiada, aos 4 minutos do primeiro tempo. Almada cobrou escanteio curto para Alex Telles e recebeu novamente a bola na ponta. Desmarcado, Savarino se apresentou na entrada da área, recebeu lançamento e acertou um bonito voleio para marcar.


Segundo o treinador, a jogada foi trabalhada nos treinamentos pelo auxiliar João Cardoso.


- Por isso a satisfação dos jogadores, ontem eles trabalharam nesse sentido. Também se ganha jogos assim, por isso todos os detalhes contam. Quando temos pouco tempo de recuperação e de trabalho, é importante o detalhe. Acertamos bem o chute do Savarino. É um jogador diferenciado naquilo que é sua capacidade de finalização. Mas todos trabalharam bem, desde o Thiago (Almada), o primeiro passe para Alex e a devolução, a bola cruzada do Thiago outra vez para a finalização - explicou.




Internacional 0 x 1 Botafogo | Melhores momentos | 37ª rodada | Campeonato Brasileiro Série A 2024


Por pouco, o título não saiu para o Botafogo nesta quarta. Rival direto na disputa, o Palmeiras começou seu jogo contra o Cruzeiro perdendo, e esta condição daria o campeonato ao Alvinegro. Mas a equipe de Abel Ferreira buscou o gol, criou inúmeras oportunidades, e conseguiu a virada no segundo tempo, deixando a decisão do campeonato em aberto.


O time volta ao tapetinho do Nilton Santos no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o São Paulo. Basta empatar para ficar com o título. Um derrota do Palmeiras para o Fluminense também assegura o campeonato para o Alvinegro.


- Sabemos que vamos ter um jogo difícil, o São Paulo não é uma equipe fácil de enfrentar. Mas estamos entusiasmados, a palavra que mais nos define pode ser essa. Entusiasmados com a possibilidade de no próximo domingo ganhar um título nacional em nossa casa, diante de toda a nossa torcida. É de fato um enredo que tem tudo para ter um final feliz.



Artur Jorge lembra sequência de empates do Botafogo: "Foi uma balançada do barco" (https://ge.globo.com/video/artur-jorge-lembra-sequencia-de-empates-do-botafogo-foi-uma-balancada-do-barco-13159164.ghtml)



Veja outras respostas do treinador:


Desempenho diante do Internacional


- Este Internacional é uma equipe muito boa, muito difícil de bater. A verdade é que foi, até a rodada anterior, um candidato ao título. Fomos eficazes, é verdade, não tivemos um volume de jogo ofensivo muito grande. Procuramos controlar o jogo depois do gol cedo, ter momentos de bom comportamento defensivo, tentar atacar quando possível. Mas acho que o contexto hoje era difícil de fazer mais do que isso.


Análise da vitória



- O importante hoje era a vitória, sem dúvida nenhuma, para que pudéssemos continuar dependendo de nós mesmos no que é um grande objetivo que temos. Disse quando ganhamos a Libertadores que isso não faria que nossa missão ficasse por ali. Trabalhamos muito por esse campeonato, falta apenas um jogo. Precisamos de um ponto, temos um jogo em casa, seguramente um estádio cheio com toda a nossa torcida. Acho que é um ótimo momento e local para conseguirmos a consagração. Disse aos jogadores hoje que está um jogo de campeões, que dá títulos. Por isso a minha satisfação pelo que eles fizeram em campo.


Já tem as molduras prontas para botar as faixas de campeão?


- Vou passar o Natal em Portugal. Tem sido de fato uma campanha e uma aventura para mim e indiretamente para Portugal aquilo que tem sido esse meu trajeto no Botafogo, uma jornada incrível. Estamos de fato a fazer muita coisa bem feita, obviamente que aquilo que hoje é reconhecimento tem muito a ver com o que é resultados, todos sabemos que é dessa forma. Há uma grande empatia naquilo que nós, a equipe técnica, e o grupo de jogadores, criamos um grupo de trabalho muito fechado. Sempre foi o Botafogo a prioridade, sempre foi a equipe, sempre foram os títulos coletivos. Isso se faz através de honestidade, qualidade de trabalho, exigência, responsabilidade e momentos de lazer. São momentos que conseguimos fazer com que o tempo que temos de convivência faça com que haja um fio que nos liga. Essa questão da mentalidade faz parte do trabalho que é necessário incutir e poder criar, mas só consegue ser possível com resultados que possam fazer com que tudo isso tenha sentido. Felizmente tem sido uma temporada de sentido único, de ganhar, ganhar e continuar a ganhar. Não podemos nesta altura baixar a guarda, sabemos que o Abel e o Palmeiras têm feito uma temporada extraordinária. Isso faz com que o Brasileirão tenha um valor acrescido. Não tem sido nada fácil, tem sido uma luta constante. Desta forma, podemos valorizar ainda mais o trabalho que temos feito. E esperar que possamos coroar em casa, no Nilton Santos, esse título que tanto ambicionamos.




Artur Jorge em coletiva depois da vitória do Botafogo sobre o Inter — Foto: Jéssica Maldonado


O estádio Nilton Santos nunca viu um título de expressão do Botafogo. Qual a dimensão disso para domingo?


- Eu não me reduzo muito a locais, espaços, momentos. Quero considerar a possibilidade de o Botafogo ganhar mais um título nacional, essa é a parte principal. O fato de podermos jogar em casa é extraordinário, e vi a alegria dos jogadores. Satisfeitos com o resultado que conseguimos aqui hoje, motivadíssimos e ansiosos e com expectativa alta para o jogo de domingo. Sabemos que vamos ter um jogo difícil, o São Paulo não é uma equipe fácil de enfrentar. Mas estamos entusiasmados, a palavra que mais nos define pode ser essa. Entusiasmados com a possibilidade de no próximo domingo ganhar um título nacional em nossa casa, diante de toda a nossa torcida. É de fato um enredo que tem tudo para ter um final feliz. Estamos preparados para chegar a esse final e conseguir o que é o nosso grande objetivo, sabendo das dificuldades e que nada está garantido. Demos hoje um passo muito importante para aquilo que é o objetivo que perseguimos desde o primeiro jogo, contra o Cruzeiro.



Como é controlar a euforia de jogar no Nilton Santos?


- O que para nós é importante é sabermos controlar de uma forma madura. E que dependemos daquilo que é o nosso trabalho para conquistar objetivos e ter a capacidade. Não pode ter ser demasiadamente eufórico, é importante pelos títulos de expressão que estamos a falar, mas tenho um grupo de jogadores muito consciente. Desde o primeiro dia falamos do caminho que queremos seguir, às vezes temos alguns desvios que fazem parte de uma campanha longa, de um caminho extenso. E recordo que tivemos uma conversa com os jogadores quando tivemos três empates e em que toda a gente passou a duvidar desse Botafogo. Vou usar uma metáfora: é quase que uma balançada de barco, em que percebemos quem salta e quem se mantém lá dentro. E pude dizer aos jogadores que ninguém saltou. E ainda conseguimos agregar aqueles que estavam no departamento médico.


- No momento que a equipe mais oscilou, oscilou nos resultados e não no desempenho, não vimos ninguém saltar fora do barco. Isso nos dá um conforto muito grande, isso nos faz olhar a equipe de forma muito serena e tranquila. Sabemos o que temos de fazer, festejamos 24 horas como tínhamos de festejar, era importante festejar. Exageramos nos festejos, tivemos que fazer porque não somos robôs. Tem que ter emoção, sentimento e alegria naquilo que fizemos, mas no dia seguinte estávamos todos no CT trabalhando com a mesma entrega e disponibilidade. Vínhamos para cá com um único objetivo: ganhar. E ganhamos. Digo aos jogadores: isso é uma vitória de campeão. Agora temos que dar consistência, prolongar por mais três dias para que possamos ter a mesma atitude no domingo de poder então fechar as contas de que como queremos fechar. E ter a justiça a uma equipe que teve destaque e foi líder durante mais tempo nesse Brasileirão.



Como evitar que o cansaço físico não afete os interesses do Botafogo na sequência contra São Paulo e Pachuca?


- É o mesmo que era há dois meses. Recuperar e trabalhar bem, fazer as coisas bem feitas. Vamos sair daqui a pouco, não sei bem para onde, sei que temos um avião para pegar daqui a quatro ou cinco horas. Não sei para onde, honestamente, mas sei que vamos. Temos que fazer esse caminho também, aproveitar esse período de tempo para tentar descansar um pouco, para chegarmos amanhã bem cedo ao Rio de Janeiro. Amanhã não vamos treinar, temos espaço para recuperação de alguns atletas no próprio CT. E aí vamos começar a pensar depois no São Paulo, último jogo do campeonato, que tudo vai decidir em um campeonato que foi longo, duro. Mas está perto para conseguirmos o nosso grande objetivo.



Veja a íntegra da coletiva de Arthur Jorge, do Botafogo, após vitória contra o Inter (https://ge.globo.com/video/veja-a-integra-da-coletiva-de-arthur-jorge-do-botafogo-apos-vitoria-contra-o-inter-13159158.ghtml)


Desgaste dos jogadores na reta final


- Não, zero, vimos o resultado quando já estávamos aqui dentro porque sabemos que é o nosso rival. Fizemos a nossa parte. Dependendo de nós próprios, não há mais resultados que preocupem. O físico está desgastado de fato, temos essa sequência de jogos. Os mais frescos hoje eram Gatito e Gregore, mas é isso. Vocês já me conhecem, sabe qual é minha ideia em relação à exigência que ponho em tudo. E saber que esta uma equipe que leva em conta a parte anímica. Não só a parte anímica dos que estariam motivados para entrar em campo, e foram os mesmos que jogaram 100 minutos com 10 em campo.


- Quando tivemos que fazer substituição com Vitinho muito cedo e ficamos com duas paradas e quatro substituições, se eu pudesse tinha tirado mais dois ou três, mas eles acabaram a se agarrar, se uniram. Foram capazes de puxar um pelos outros, eu puxei também como foi no caso do Junior. São formas que temos fazer a diferença para que não haja cansaço nessa parte que não consiga nos derrubar. Temos um foco muito carregado no nosso objetivo. Não pode haver nada que nos distraia ou que nos derrube. Portanto esse é o espírito e o sentimento que eu quero essa equipe possa ter.



Capacidade de adaptação tática da equipe do Botafogo


- Temos princípios que orientam a dinâmica da equipe. Há momentos em que temos missões diferentes. Hoje esse 4-1-4-1 que você fala provavelmente tem a ver com o fato de ter visto o Gregore um pouco mais baixo em relação ao Marlon, com (o Internacional) com Valencia e Borré na frente. Dois atacantes que seguravam os nossos dois zagueiros, com o agravante de ter depois de um dos lados o Wesley, que é um jogador mais de corredor e vertical, e o Tabata que procura mais espaço interior. Nós termos o Gregore, que pudesse trabalhar quando, com dois atacantes e o Tabata mais aberto, nós prometíamos ter o Gregore mais próximo dos zagueiros. Quando o Tabata vinha trabalhar para dentro, fazíamos a superioridade com o Alex Telles. Tudo isso é aquilo que nós fazemos dentro da leitura do jogo. Temos que nos adaptar também, não jogamos sozinhos. Temos um adversário que por vezes nos obriga a fazer dinâmicas diferentes, mas dentro de um princípio de equipe do qual não abdicamos: poder ter uma equipe compacta, sólida, capaz e confortável no jogo principalmente no meio defensivo. Depois, toda a liberdade e a criatividade para ser uma equipe como tem sido, ofensiva, capaz de desmontar adversários e ter uma vertente ofensiva que também tem tido destaque.



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Fonte: Por Giba Perez e Jéssica Maldonado — Rio de Janeiro

Análise: Botafogo ressignifica palco e fica a um ponto do título Brasileiro



Vitória sobre o Internacional em palco que encampou a melancolia em 2023 deixa mais uma conquista muito próxima





Internacional 0 x 1 Botafogo | Melhores momentos | 37ª rodada | Campeonato Brasileiro Série A 2024



A vida muitas vezes escreve páginas mais épicas do que os mais competentes roteiristas. Para o Botafogo, nada poderia ser mais poético e épico do que se aproximar do título do Campeonato Brasileiro justamente no palco em que encampou a melancolia e a frustração um ano antes: o Beira-Rio.


Foi a vitória sobre o Internacional por 1 a 0, com gol de Savarino, que fez o Alvinegro colocar uma mão no terceiro Brasileirão. Foi lá também que o time que teve 13 pontos de vantagem no ano anterior disputou a última rodada já sem aspirações de título.


O futebol, como a vida, sempre dá segundas chances. Cabe aos resilientes esperar e aproveitar quando elas aparecem. E quem é mais resiliente que o botafoguense no futebol brasileiro?!


O clube que resistiu a 21 anos sem título, que sobreviveu através de rebaixamentos e se reergueu, almejou, sonhou e tateou um título nacional após 28 anos, apenas para deixar escapar pelas mãos. Mas nada disso importa. Só o Botafogo. Enquanto ele estiver, eles estarão lá.


Assim como em 89, a espera acabou. A Glória chegou no continente com a conquista da Libertadores. Mas falta algo. Falta o Brasileirão. Para isso, bastava que os botafoguenses pontuassem mais do que o Palmeiras, em campo no mesmo horário contra o Cruzeiro. Mas isso não aconteceu.




"Torcida do Botafogo grita 'é campeão', mas ainda falta um ponto", diz Dep |Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/torcida-do-botafogo-grita-e-campeao-mas-ainda-falta-um-ponto-diz-dep-voz-da-torcida-13159132.ghtml)




O brilho de Gatito


Mais importante do que jogar bem ou não, o importante era vencer. Especialmente pela dificuldade que seria imprimir o ritmo que normalmente faz, considerando que o time jogou uma final com um a menos por 90 minutos no último sábado e comemorou a conquista com a torcida no domingo.


O que se viu em campo foi justamente um time que teve dificuldade de se impor como naturalmente faz. Não que tenha jogado mal, teve intensidade na marcação e se desdobrou como pode, mas faltava vigor. Porém isso era segundo plano. O foco era ganhar como desse, e foi o que conseguiram.


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Artur Jorge colocou o que tinha de melhor e traçou o planejamento para tentar conter as qualidades do Inter. Dentro do vestiário, desenhou o que seriam os minutos iniciais e a jogada que acabou por ser decisiva para o confronto.


Almada tabela com Telles na cobrança de escanteio e cruza para Savarino pegar de primeira da meia-lua e abrir o placar aos quatro minutos. Naquele momento, com o empate em 0 a 0 no Mineirão, o Botafogo estava ficando com a taça. E assim foi durante quase todo o jogo.




Gatito Fernández, do Botafogo, em ação contra o Internacional — Foto: Luiz Erbes/AGIF



Se falamos sobre resiliência no começo desse texto, a partida contra o Internacional reservou um papel de protagonista merecido ao jogador do elenco que melhor vestiu esse adjetivo, o goleiro Gatito Fernandez.


No clube desde 2017, o paraguaio passou por bons momentos, viveu alguns do piores que poderia e se manteve firme até ser campeão da América. Nada mais simbólico que ele fosse titular justamente no primeiro jogo do Glorioso como dono da Glória Eterna.


Não só titular, ele foi também protagonista da vitória, com grandes defesas. Após sair atrás, o Inter foi quem dominou a maior parte das ações. Teve mais posse de bola (59% a 41%), frequentou por mais tempo o campo de ataque e criou mais oportunidades. Foram 14 finalizações coloradas a 2 alvinegras.


Mas o futebol não é sobre volume, é sobre eficiência. Foi ela quem deixou o Botafogo perto do título. Foi a de Estêvão, no Mineirão, que adiou a conquista. O garoto garantiu a vitória de virada com um golaço de falta que manteve a diferença em três pontos e as chances em aberto para a última rodada.


- Fomos eficazes, é verdade, não tivemos um volume de jogo ofensivo muito grande. Procuramos controlar o jogo depois do gol cedo, ter momentos de bom comportamento defensivo, tentar atacar quando possível. Mas acho que o contexto hoje era difícil de fazer mais do que isso - analisou Artur Jorge.




Jogadores do Botafogo comemoram gol de Savarino contra o Internacional — Foto: Luiz Erbes/AGIF


Diferente do que foi na última vez, o Beira-Rio não foi o palco do desfecho. Há mais um capítulo. Em casa, perto da gente que trouxe o clube até aqui. Se era poético reescrever uma história na casa do Internacional. O fim desse roteiro não poderia ser longe do Estádio Nilton Santos.


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Fonte: Por Giba Perez — Rio de Janeiro