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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Jonathan, lateral-esquerdo do Botafogo, é vendido ao Almería, da Espanha, por R$ 4,5 milhões


Transferência viabilizou pagamento de salários de junho; jovem, que estreou profissionalmente pelo clube em 2019, sai com apenas 17 partidas disputadas e dois gols marcados




Jonathan não pertence mais ao Botafogo. Junto com o Nova Iguaçu (clube que revelou o jogador), vendeu 75% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo de 21 anos ao Almería, da Espanha, por um milhão de euros (R$ 4,5 milhões).


Os clubes dividiram igualmente a quantia recebida na negociação. Os 25% restantes ficam com o Glorioso, mas, numa venda futura, o valor também será dividido com o time da Baixada Fluminense, que tinha 50% dos direitos econômicos do jovem.


Agora ex-alvinegro, Jonathan já está na Espanha e não treinará mais no Nilton Santos.


Com essa quantia, o Alvinegro pagou os salários de junho (CLT) de parte dos jogadores e os vencimentos dos funcionários referentes ao mesmo mês.


Contratado pelo Glorioso ao Nova Iguaçu quando ainda era júnior, o jogador estreou profissionalmente como alvinegro em 2019. Fez 17 partidas e dois gols. Chegou a se firmar como titular absoluto, mas perdeu a vaga para Gilson.


Em junho, antes de vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, apresentou infecção urinária e perdeu espaço.



Jonathan, Botafogo, Botafogo x Madureira — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Elogiados por Barroca, Lucas Campos e Rhuan são opções para melhorar ataque do Botafogo


Com 14 gols, Alvinegro está entre os quatro piores ataques do Campeonato Brasileiro e precisa de mais de nove chutes para balançar as redes



Com média inferior a um gol por jogo, o Botafogo está entre os quatro piores ataques do Campeonato Brasileiro. Impossibilitado de buscar grandes contratações devido às dificuldades financeiras que atravessa, o clube tem como alento a possibilidade de procurar no quintal de casa a chave para um time mais competitivo. E também para melhorar a média de chutes por gol marcado - no momento, são 9,7 batidas para cada bola na rede.


Dois nomes despontam como boas opções para Eduardo Barroca: Lucas Campos e Rhuan


O primeiro ganhou oportunidades nos últimos dois jogos do Botafogo, contra Athletico-PR e Corinthians, e foi bem, mudando a postura sonolenta da equipe. O segundo, recém integrado ao profissional, teve sua primeira chance diante do Timão e ajudou o Glorioso a crescer de produção na segunda etapa.



Lucas Campos em atuação contra o Corinthians — Foto: Vitor Silva/Botafogo


- Barroca fala para eu jogar confiante, partir pra cima, me dá liberdade, essa é minha função. Me sinto mais a vontade jogando dessa forma, ele sabe meu jeito de jogar. Voltamos tristes (de São Paulo), mas de cabeça erguida. Vamos trabalhar para corrigir os erros - disse Lucas Campos, único jogador a dar entrevista após a derrota por 2 a 0 para o Corinthians no sábado.


Corinthians x Botafogo

Sem Lucas Campos e Rhuan: uma finalização e nenhuma chance real de gol

Com Lucas Campos e Rhuan: seis finalizações e três chances reais de gol



Lentidão incomoda

Desde que chegou ao Botafogo, Barroca busca um time que saiba sair jogando, troque passes para construir as jogadas, marque por pressão e jogue com a bola a maior parte do tempo. A posse de bola o treinador já conseguiu acertar, mas um dos problemas enfrentados para que sua filosofia se concretize é a lentidão e pouca efetividade do meio de campo.


Ao optar por Cícero, Alex Santana e João Paulo, Barroca tem um meio que sabe tocar a bola, mas não é ágil na transição, é pouco criativo e perde oportunidades no momento de sair rapidamente com a bola. O mesmo acontece quando Bochecha entra na equipe. O time ganha em relação ao controle da bola, mas perde quanto à verticalização do jogo.


O ataque do Botafogo no Brasileirão

14 gols (6 no 1º tempo e 8 no 2º tempo)

136 finalizações (9,7 chutes para fazer um gol)



Rhuan estreou pelo profissional contra o Corinthians — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Há o entendimento de que Lucas Campos e Rhuan são jogadores com o perfil que o comandante necessita para fazer com que seu estilo dê resultados à equipe. Atuando nas pontas, os dois têm como característica principal a velocidade e voltam para buscar o jogo. Isso facilita a aproximação entre meio e ataque.


- Os meninos entraram muito bem, o jogo (com o Corinthians) pedia isso, um pouco mais de individualidade. Tanto o Lucas quanto o Rhuan têm individualidade, velocidade, drible, improviso e conseguiram colocar isso em prática. Fica essa possibilidade para os próximos jogos - disse Barroca na coletiva.


Por se tratarem de jovens que começaram agora a ter chances no profissional, o Botafogo tem como preocupação não acelerar o processo de utilização dos dois para que não se repita que aconteceu com outros atletas no passado, e a expectativa seja maior que a entrega.

Por outro lado, os planos de Barroca para a temporada exigem um maior rendimento do Botafogo, o que só vai acontecer quando a produção ofensiva do ataque melhorar. Dos 14 gols do time no campeonato, apenas cinco foram anotados por atacantes.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Leonardo Lourenço — Rio de Janeiro