Com 14 gols, Alvinegro está entre os quatro piores ataques do Campeonato Brasileiro e precisa de mais de nove chutes para balançar as redesCom média inferior a um gol por jogo, o Botafogo está entre os quatro piores ataques do Campeonato Brasileiro. Impossibilitado de buscar grandes contratações devido às dificuldades financeiras que atravessa, o clube tem como alento a possibilidade de procurar no quintal de casa a chave para um time mais competitivo. E também para melhorar a média de chutes por gol marcado - no momento, são 9,7 batidas para cada bola na rede.
Dois nomes despontam como boas opções para Eduardo Barroca: Lucas Campos e Rhuan
O primeiro ganhou oportunidades nos últimos dois jogos do Botafogo, contra Athletico-PR e Corinthians, e foi bem, mudando a postura sonolenta da equipe. O segundo, recém integrado ao profissional, teve sua primeira chance diante do Timão e ajudou o Glorioso a crescer de produção na segunda etapa.
Lucas Campos em atuação contra o Corinthians — Foto: Vitor Silva/Botafogo
- Barroca fala para eu jogar confiante, partir pra cima, me dá liberdade, essa é minha função. Me sinto mais a vontade jogando dessa forma, ele sabe meu jeito de jogar. Voltamos tristes (de São Paulo), mas de cabeça erguida. Vamos trabalhar para corrigir os erros - disse Lucas Campos, único jogador a dar entrevista após a derrota por 2 a 0 para o Corinthians no sábado.
Corinthians x BotafogoSem Lucas Campos e Rhuan: uma finalização e nenhuma chance real de gol
Com Lucas Campos e Rhuan: seis finalizações e três chances reais de gol
Lentidão incomodaDesde que chegou ao Botafogo, Barroca busca um time que saiba sair jogando, troque passes para construir as jogadas, marque por pressão e jogue com a bola a maior parte do tempo. A posse de bola o treinador já conseguiu acertar, mas um dos problemas enfrentados para que sua filosofia se concretize é a lentidão e pouca efetividade do meio de campo.
Ao optar por Cícero, Alex Santana e João Paulo, Barroca tem um meio que sabe tocar a bola, mas não é ágil na transição, é pouco criativo e perde oportunidades no momento de sair rapidamente com a bola. O mesmo acontece quando Bochecha entra na equipe. O time ganha em relação ao controle da bola, mas perde quanto à verticalização do jogo.
O ataque do Botafogo no Brasileirão14 gols (6 no 1º tempo e 8 no 2º tempo)
136 finalizações (9,7 chutes para fazer um gol)
Rhuan estreou pelo profissional contra o Corinthians — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Há o entendimento de que Lucas Campos e Rhuan são jogadores com o perfil que o comandante necessita para fazer com que seu estilo dê resultados à equipe. Atuando nas pontas, os dois têm como característica principal a velocidade e voltam para buscar o jogo. Isso facilita a aproximação entre meio e ataque.
- Os meninos entraram muito bem, o jogo (com o Corinthians) pedia isso, um pouco mais de individualidade. Tanto o Lucas quanto o Rhuan têm individualidade, velocidade, drible, improviso e conseguiram colocar isso em prática. Fica essa possibilidade para os próximos jogos - disse Barroca na coletiva.
Por se tratarem de jovens que começaram agora a ter chances no profissional, o Botafogo tem como preocupação não acelerar o processo de utilização dos dois para que não se repita que aconteceu com outros atletas no passado, e a expectativa seja maior que a entrega.
Por outro lado, os planos de Barroca para a temporada exigem um maior rendimento do Botafogo, o que só vai acontecer quando a produção ofensiva do ataque melhorar. Dos 14 gols do time no campeonato, apenas cinco foram anotados por atacantes.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Leonardo Lourenço — Rio de Janeiro