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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Bota alega falta de acordo financeiro e gramado por veto ao Fla-Flu na Arena


Em nota oficial, Alvinegro afirma que não houve acerto financeiro com o Tricolor por aluguel do estádio. Clássico será em Volta Redonda, no dia 13



Após toda polêmica envolvendo o veto da realização do clássico entre Fluminense e Flamengo, na Ilha do Governador, o Botafogo soltou, na tarde desta quarta-feira, comunicando oficialmente os motivos da decisão. Em nota, o clube alega não ter chegado a um acordo financeiro com o Tricolor e ainda justifica que a partida poderia prejudicar o gramado, uma vez que a Arena Botafogo receberia três jogos em cinco dias.


Na noite da última segunda-feira, o Fluminense anunciou a realização do clássico na Arena. Já estava tudo verbalmente acertado com o Botafogo, que receberia R$ 180 mil. No entanto, nesta terça-feira o Alvinegro comunicou que não tinha interesse. Após idas e vindas, o clássico entre Fluminense e Flamengo, pela 30ª rodada, será realizado no dia 13, no Raulino Oliveira, em Volta Redonda.


+ Entenda o caso
+ Rixa rende memes na Web

Botafogo vetou a Arena para Fluminense e Flamengo (Foto: Pedro Venancio)


Confira abaixo a nota na íntegra

Com relação aos jogos do Campeonato Brasileiro a serem realizados na próxima semana, o Botafogo de Futebol e Regatas vem a público esclarecer que enviou ofício à CBF e FFERJ nesta terça-feira com o seguinte teor:

O BOTAFOGO, na qualidade de locatário e investidor do projeto que chamamos de ARENA BOTAFOGO, esclarece primeiramente que não alcançou junto ao Fluminense F.C. uma composição comercial definitiva para que a partida do próximo dia 13/10 ocorresse no Estádio, sendo certo que não necessitaria apresentar qualquer explicação por esta negativa.

A bem da transparência e no que tange aos motivos técnicos expostos no ofício do BOTAFOGO para que não seja confirmado o jogo, tais fatos decorrem do número de jogos já marcados para a ARENA BOTAFOGO no período, sendo certo que a realização de 3 jogos em apenas 5 dias, certamente afetará a qualidade do gramado do Estádio em nível acima do aceitável, podendo acarretar graves prejuízos ao BOTAFOGO.

Sendo assim, o Clube entende que o ideal no momento é a preservação do gramado, apenas com a manutenção dos 2 jogos programados no período (BOTAFOGO x Internacional no dia 12/10 e BOTAFOGO x Atlético Mineiro no dia 16/10).

Cumpre ressaltar que o gramado da ARENA BOTAFOGO vem sendo alvo de repetidas críticas, restando definido pelo Clube que a melhor opção é sua preservação e adequada manutenção, visando os demais jogos e treinos que se realizarão no Estádio no transcorrer da temporada.

A Diretoria do BOTAFOGO reitera que seu principal compromisso é com nossa torcida e priorizar as melhores condições possíveis para o nosso time em sua disputa por posições no Campeonato Brasileiro.

Cordialmente,

BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro

Do esgoto a R$ 180 mil: clássico ilhado expõe racha entre Fla, Flu e Botafogo


Bastidores da indefinição do estádio a uma semana da partida aflora crises antigas de Carlos Eduardo Pereira com Bandeira de Mello e Peter Siemsen e sobra até para Roni



Acordou, marcou, desandou. Após idas e vindas, o Fla-Flu da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro está com local indefinido, por mais que no site da CBF continue previsto para o Luso-Brasileiro – rebatizado de Arena Botafogo depois de o clube reformar a casa da Portuguesa-RJ. Já estava tudo verbalmente acertado entre Fluminense, mandante do duelo, e o Alvinegro: o aluguel sairia por R$ 180 mil, com os envolvidos se responsabilizando sobre despesas operacionais e eventuais danos. Na última terça-feira, porém, tudo mudou.


O Alvinegro enviou um documento para a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) alegando que o estádio na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, não poderia receber o clássico. A justificativa dada ao Fluminense, mandante, foi de problemas na tubulação de esgoto perto da arquibancada Sul, destinada aos visitantes. Só que a questão é muito mais política e aflora crises antigas entre os três presidentes: o alvinegro Carlos Eduardo Pereira, o tricolor Peter Siemsen e o rubro-negro Eduardo Bandeira de Mello.

Peter, Bandeira e CEP: caso do clássico na Ilha expõe racha entre Flamengo, Fluminense e Botafogo (Foto: Infoesporte)

A briga entre Botafogo e Fluminense começou em 2015, durante o Carioca. Em entrevista ao jornal "Extra", Peter criticou o Alvinegro pela aproximação com a Ferj e disse: "Não sei o que eles querem com isso. Talvez uma conta bancária mais alta". CEP respondeu em nota oficial que as declarações foram "ofensivas e descabidas", e depois Anderson Simões, ex-vice-presidente administrativo e hoje vice de estádios, fechou as portas do Nilton Santos – como a diretoria rebatizou o Engenhão – para o rival enquanto não houvesse retratação, o que nunca aconteceu.


O racha entre Botafogo e Flamengo também é antigo e vem desde o polêmico vídeo do grupo "Porta dos Fundos", que ironizava a quantidade de patrocínios pontuais do Alvinegro. O caso Willian Arão no fim do ano passado, no entanto, acabou com qualquer cordialidade entre as duas diretorias. Desde então, CEP se nega a negociar com o Rubro-Negro até que a situação seja definida. No mês passado, o Fla ofereceu R$ 3 milhões e o empréstimo de Adryan para realizar dez jogos no Engenhão. O que foi prontamente recusado em General Severiano.


O GloboEsporte.com lista como ficou o cenário nos bastidores após o novo racha:


BOTAFOGO

Carlos Eduardo Pereira tem relação
estremecida com rivais desde 2015
 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
O clube caiu de paraquedas na confusão na última sexta-feira, quando procurado pelo Fluminense. Em um primeiro momento, recusou uma oferta de R$ 80 mil pelo aluguel da Arena, mas aceitou R$ 180 mil. O acerto parecia definido, mas nunca houve consenso na diretoria alvinegra. Uma tubulação de esgoto estourada serviu como justificativa, mas a história não se encaixava: como teria vetado o jogo do dia 13 sem ter comunicado nada para mudar o local da partida do dia 12? No Twitter, o vice-presidente de comunicação, Márcio Padilha, garantiu que o duelo contra o Colorado será na Ilha e respondeu à pergunta de um internauta sobre a questão do problema de esgoto: "Será consertado a tempo".


Acontece que a pressão interna foi determinante. Por questões políticas ou técnicas, alguns dirigentes foram contra. Os valores foram considerados baixos, fora o risco de danos à estrutura do estádio. O estado do gramado também pesou por conta da realização de três jogos em cinco dias – além do Fla-Flu no dia 13, o Botafogo enfrentaria o Internacional no dia 12 e o Atlético-MG no dia 16. Outro fator que contribuiu foi a reação de sua torcida, que nas redes sociais reclamou muito de ceder sua casa a rivais que são concorrentes diretos por vagas na Taça Libertadores da América de 2017. O Alvinegro não se pronunciou oficialmente.


FLAMENGO

Bandeira de Mello lamentou postura
do Flu, e veto do Botafogo também
desagradou (Foto: André Durão)
Bandeira revelou-se decepcionado com a decisão do Fluminense. Ele garantiu que havia um acordo de cavalheiros entre os clubes em relação a dividir a renda igualmente e não restringir a torcida visitante a um espaço reduzido, como ocorreria na Arena Botafogo. Disse que desta forma foi organizada a partida do primeiro turno, em Natal, com mando rubro-negro, e cada um recebeu R$ 500 mil fixos. Fla acredita que receberá muito menos agora, mas ao menos sairá com uma vantagem técnica com o adiamento para o dia 13: a volta dois de seus titulares, Muralha e Guerrero, que retornarão a tempo após defenderem as seleções de Brasil e Peru.

O racha com o Botafogo desta vez ficou em segundo plano, já que o Flamengo não é o mandante do clássico e sequer participou das negociações. Mas a diretoria sabe que o veto também tem a ver com a possível presença do Rubro-Negro no estádio alvinegro. O clube evita ataques ao Fluminense por conta da parceria que pretendem costurar para a administração do Maracanã. De resto, a união não é mais a mesma. Já não falam a mesma língua na Ferj, e esse episódio do Fla-Flu inicialmente revoltou a muitos na Gávea. A pisada no freio foi estratégica. Internamente, dirigentes se veem isolados com relação aos demais clubes cariocas.


FLUMINENSE

Peter Siemsen comprou barulho com
Fla e reprovou veto do Bota
(Foto: Fernando Cazaes / Photocamera)
Sem poder contar com Maracanã e Engenhão e antes de ter a opção de Edson Passos, o Fluminense vendeu o mando de seis jogos a empresa do ex-atacante Roni. O Fla-Flu era um deles, e optou-se por Manaus, com cota de R$ 500 mil a cada clube – a renda caberia ao organizador do evento. A combinação mantinha o acordo verbal do primeiro turno, no qual a partida fora disputada em Natal. Porém, após descobrir uma ação do Flamengo na CBF com a intenção de adiar a partida para o dia 13, o Tricolor desaprovou a postura e mudou de opinião. Roni alegou que não poderia bancar o valor em uma data que não fosse feriado pelo apelo do público.


Peter, então, ao decidir priorizar o aspecto técnico e o interesse do torcedor, entrou em contato com o Botafogo e acertou o aluguel da Arena da Ilha no dia 13. O Flu chegou a anunciar oficialmente o local e também não caiu bem nas Laranjeiras a postura alvinegra do veto. Tanto que o clube já está buscando outro lugar independentemente de a CBF ter mantido o clássico na Ilha por ora. Deve fechar acordo com a prefeitura de Volta Redonda e mandar o clássico no Raulino de Oliveira, destinando apenas 10% de ingressos à torcida do Flamengo, com a renda sendo dividida igualitariamente. O Tricolor se pronunciou oficialmente (veja aqui).


RONI

Hoje empresário, Roni ficou sem o Fla-Flu
 que já havia comprado (Foto: Reprodução
 / TV Anhanguera)
O ex-atacante é dono da empresa Roni 7, que comprou seis jogos do Fluminense numa negociação de R$ 4,5 milhões no total. No pacote, estava o Fla-Flu que em maio chegou a ser pré-marcado para a Arena da Amazônia, em Manaus, mas o local não se confirmou. Engenhão e Serra Dourada viraram as principais opções, mas o Botafogo vetou o Nilton Santos, e Goiânia não agradou ao Flu. Estava estabelecido um impasse. Roni estava claramente desconfortável com a indefinição.


Após Manaus voltar à briga na tarde de segunda, ele foi pego de surpresa com a mudança para a Arena Botafogo e o adiamento para o dia 13 e disse: "Não sei de mais nada. O Fluminense é o mandante, ele escolhe". A terça-feira reservava mais um capítulo da confusão, mas o jogador aposentado já não fazia mais parte dela: "Desde ontem que eu saí do circuito", encerrou.


Fonte: GE/ Por GloboEsporte.com*Rio de Janeiro

*Amanda Kestelman, Fred Gomes, Hector Werlang, Marcelo Baltar, Richard Souza e Thiago Lima.

Diogo inicia trabalho em campo e tem chances de enfrentar o Figueirense


Após entorse no tornozelo direito, lateral-esquerdo treina em separado, mas corre em campo e se mostra melhor da dor. Jair comanda atividade com mais de 30 jogadores



Diogo trabalhou em campo nesta
 quarta 
(Foto: Thiago Lima)
A semana de boas notícias continua no Botafogo: após obter a última CND, que o permite começar a receber pelo patrocínio da "Caixa Econômica Federal", e ver Sassá voltar após lesão na coxa direita, nesta terça foi a vez de Diogo Barbosa tranquilizar a torcida. O lateral-esquerdo, que sofreu uma entorse no tornozelo direito sábado diante do Corinthians, reapareceu em campo nesta manhã no Estádio Nilton Santos. Por enquanto, ele segue trabalhando à parte, mas deu corridas ao redor do gramado e se mostrou melhor das dores no pé. Como o Alvinegro só joga no domingo, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, às 17h (de Brasília), tem tempo para o ala participar normalmente com o grupo nos próximos dias e ser relacionado.

Pela segunda vez em 2016 o Botafogo treinou em seu estádio, desta vez com atividade integralmente aberta para a imprensa. Com elenco quase completo – exceto por Jefferson, que ficou na academia em General Severiano, e Luis Ricardo, no departamento médico –, Jair Ventura teve ao todo 33 jogadores para trabalhar e comandou apenas atividades técnicas. Primeiro, dividiu o elenco em três times de 10, sem goleiros, mas nada de coletivo. Objetivo era posse de bola pressionados pelo adversário. Na parte final, um longo treino de finalizações com cada um deles.

Time de preto: Emerson, Marcelo, Diego, Marcinho, Fernandes, Bochecha, Leandrinho, Gegê, Tanque e Luís Henrique

Time de azul: Carli, Renan Fonseca, Victor Luis, Dierson, Bruno Silva, Yaca, Salgueiro, Camilo, Aquino e Neilton

Time de verde: Emerson Silva, Alemão, Airton, Lindoso, Dudu Cearense, Lizio, Maranhão, Sassá, Pimpão e Canales

O palco onde Usain Bolt fez história já foi devolvido ao Alvinegro, mas com restrições: funcionários do comitê olímpico ainda desmontam toda a estrutura utilizada na Olimpíada, como por exemplo as arquibancadas provisórias atrás dos gols. A previsão para terminar o "desmanche" e liberar o Nilton Santos para jogos é só em novembro. De qualquer forma, o time seguirá atuando até dezembro na Arena.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima/Rio de Janeiro