Advogado do norte-americano analisa próximos passos diante de nova investigaçãoO STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) abriu um inquérito para investigar as denúncias de possíveis manipulação de resultados de John Textor, dono da SAF do
Botafogo.
O norte-americano foi julgado em 1ª instância nesta segunda-feira e multado em R$ 60 mil - foi denunciado no artigo 220-A do CBJD (deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva). Além disso, ganhou prazo de cinco dias para apresentar os documentos e evidências que afirma ter.
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Advogado de Textor elogia STJD ao não aplicar suspensão para norte-americano (
https://ge.globo.com/video/advogado-de-textor-elogia-stjd-ao-nao-aplicar-suspensao-para-norte-americano-12574863.ghtml)
+ ✅Clique aqui para seguir o novo canal ge Botafogo no WhatsAppEsta é uma mudança de postura do tribunal. Textor é denunciado pelo STJD desde o ano passado, mas se recusou a apresentar as supostas provas desde que um relatório de partidas do Brasileirão produzido pela Good Game!, empresa francesa que analisa decisões de arbitragem, foi ignorado pela entidade. A intenção do norte-americano, desde então, é mostrar evidências apenas para a Justiça Comum.
No começo de março, dias após a declaração de Textor
afirmando ter "juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas",
o STJD chegou a abrir um inquérito e o intimou a depor e apresentar provas, mas a defesa do norte-americano, ainda em protesto pelo o que acontecera em 2023,
afirmou que era ilegal exigir provas de corrupção. Assim, o empresário não o fez.
Desde então, a relação entre John Textor e o STJD evoluiu. Em abril, o dono do Botafogo passou horas no Tribunal, no centro do Rio de Janeiro, em uma
reunião onde apresentou vídeos, áudios e documentos para Felipe Bevilacqua, vice-presidente da instituição. Neste intervalo, ele também depôs na CPI de manipulação e apostas esportivas, no Congresso Nacional.
- Acho que como qualquer um que atua tanto nas justiças esportivas, doando aqui seu tempo pra julgar, os procuradores, os dirigentes de clube, todos, acho que deveria ser o bem comum de todos, e eu espero que seja, a integridade do futebol. E se ele (Textor) tiver que colaborar com a Justiça Desportiva para que isso aconteça, é claro. Desde o dia 1 ele pediu a instauração de inquérito, que infelizmente foi arquivado. Então agora acho que acertou a Justiça Desportiva em instaurar um inquérito, e vamos começar a apurar também a manipulação no âmbito da Justiça Desportiva - afirmou Michel Assef Filho, advogado de Textor.
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+ Tchê Tchê volta a treinar após receber alta e deve reforçar Botafogo na Libertadores+ John Textor, do Botafogo, é multado, mas escapa de suspensão pelo STJD por denúncias de manipulação- Tivemos a informação de que o procedimento (inquérito) foi instaurado a requerimento do John Textor. Ele foi instaurado, mas ainda não fomos intimados a apresentar as provas. Isso deverá ocorrer em algum momento, mas ainda não fomos (chamados) - completou o advogado.
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John Textor em Botafogo x Atlético-GO — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Na CPI, Textor também mostrou áudios, vídeos e relatórios aos senadores. A novidade ficou por conta de uma análise sobre possível edição do VAR - uma denúncia de que o é mostrado ao público na tela de revisão do árbitro do vídeo não é 100% fiel ao que aconteceu no jogo. Com o inquérito, o norte-americano agora possui mais uma investigação em curso.
- Esse é mais um argumento nosso. Temos duas investigações em curso, tanto no ambiente criminal - onde depoimentos serão prestados, obviamente - e no âmbito da CPI, no Senado Federal. É óbvio que tem que ser respeitada essa tramitação. Dentro do que for necessário, isso será informado pela Justiça Desportiva. Apresentar provas que já foram apresentadas em outros ambientes e que correm em sigilo, se isso de fato deve ser feito no âmbito da Justiça Desportiva. Isso também vai ser observado por nós - analisou Michel.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro