Páginas

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

André Bahia treina e tem boas chances de enfrentar o Coritiba


Zagueiro participa de toda a atividade e, se não reclamar de dores nesta terça, retornará ao time. Carlos Alberto também marca presença na atividade




Os jogadores do Botafogo se reapresentaram na tarde desta segunda-feira, após o empate por 1 a 1 com o Sport, domingo, em Volta Redonda. A principal novidade da atividade no campo comandada pelo técnico Vagner Mancini foi a presença de André Bahia. O zagueiro mostrou estar recuperado do problema muscular e, se não acusar dores no treinamento de terça-feira, volta ao time na partida contra o Coritiba, quarta, no Couto Pereira.
Carlos Alberto treinou normalmente com os reservas.
 (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
O meia Carlos Alberto, que não foi relacionado contra o Sport por causa de dores musculares, também treinou e tem chance de ficar como opção na quarta. O atacante Bruno Correa, recuperado de uma apendicite e de um problema no tendão de Aquiles, fez um trabalho físico à parte e ainda não tem condições de jogar. Quem volta a ficar como opção é o volante Bolatti, que cumpriu suspensão.

Sob os olhares do presidente Maurício Assumpção e do gerente de futebol Wilson Gottardo, Vagner Mancini comandou um treino técnico apenas com os jogadores que não encararam o Sport. Ele dividiu os atletas em três times e reduziu as dimensões do campo. No início da atividade, o comandante alvinegro teve uma conversa com o goleiro Jefferson, que na última semana se envolveu em uma polêmica com Gottardo.

O presidente Maurício Assumpção acompanhou o treino dessa segunda-feira (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
O Botafogo é o 17º colocado com 30 pontos e tem um jogo considerado uma final contra o Coritiba, que é o lanterna do Brasileiro com 29 pontos.

Por Fred Huber Rio de Janeiro/GE

Com a 'cabeça melhor', Jobson fala de nova fase e de fé


Atacante concedeu primeira entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, no Engenhão




Botafogo x Sport - Jobson (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Jobson reestreou domingo, contra o Sport
(Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
O atacante Jobson concedeu a primeira entrevista coletiva nesta quarta passagem dele pelo Botafogo. O camisa 10, que reestreou domingo diante do Sport, em Volta Redonda, disse estar mais paciente e preparado para ajudar o time nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

Deus sabe o que faz, com a cabeça melhor, vou fazer o possível, me dedicar. Me senti um pouco cansado no final do jogo contra o Sport, mas eu queria ficar em campo e pegar ritmo de jogo para poder mostrar mais. Fiquei muito feliz pelo carinho da torcida, espero corresponder. 

Quero dar o meu máximo para ajudar - disse o atacante, que concedeu entrevista de forma muito tranquila e falou sobre o lado espiritual. O jogador tem frequentado a mesma igreja do goleiro Jefferson.



- Isso é muito bom, estou frequentando a igreja direto, isso ajuda o lado espiritual, dá tranquilidade. Jefferson nos convidou, a mim e o John Lennon. Vamos todo domingo em Niterói - comentou o atleta, que também tem recebido muito apoio da mãe.

Minha mãe é evangélica. Ela fala muito em Deus pra mim, é o que procuro também. Fico muito feliz de retornar aos gramados. O importante é estar atuando - comentou.


Paulo Victor Reis -  LANCENET!

Caminho das pedras: na guerra do Z-4, rivais do Bota têm rodada de fogo


Alvinegro enfrenta o lanterna Coritiba, enquanto concorrentes na luta contra o rebaixamento pegam os líderes do Campeonato Brasileiro no meio de semana



Vagner Mancini aposta em tropeços dos concorrentes do
Botafogo na próxima rodada (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Bom não está, longe disso, mas se olhar com carinho até que o torcedor do Botafogo pode ganhar um pouco de ânimo. Pelo menos o técnico Vagner Mancini vê assim. Depois de ter vencido o Corinthians, o empate por 1 a 1 com o Sport. A zona de rebaixamento ainda é o porto nada seguro do Alvinegro, que agora está com 30 pontos, em 17º. O primeiro fora do Z-4 é o Vitória, com 31.

Na guerra contra a queda, como o treinador definiu, não basta matar o inimigo. Tem que torcer para que eles se matem. E a próxima rodada pode ser ainda mais importante e decisiva. Isso porque alguns dos concorrentes diretos do Botafogo enfrentarão equipes que brigam lá no alto.

O Glorioso não tem missão fácil. Na quarta, às 21h, em Curitiba, vai enfrentar o lanterna Coritiba, que não tem dado sinais de reação no campeonato. Enquanto isso, o Bahia pega o Atlético-MG, em Salvador, o Vitória enfrenta o Corinthians, em Cuiabá, a Chapecoense recebe o São Paulo, e o Palmeiras pega o líder Cruzeiro, em Belo Horizonte. Há ainda o Criciúma, que terá pela frente o Atlético-PR, em casa.

- Os jogos são sempre dificílimos. Vamos enfrentar o Coritiba, mas outras equipes têm sequências difíceis, temos de olhar nosso caminho, esquecer os dos outros. Mas é uma luta diária, temos de ver a sequência dos outros também. Estamos numa guerra, temos de olhar para todos nesse momento, saber o que pode acontecer com nossos adversários diretos – avaliou Mancini.

Com o empate diante do Sport (veja os melhores momentos no vídeo acima) e os resultados dos rivais, o Botafogo subiu duas posições na tabela no fechamento da 29ª rodada. 

- Não estamos satisfeitos, mas agregado ao jogo do Corinthians, temos de pensar dessa forma. De seis pontos, fizemos quatro. Não perdemos. A sequência de derrotas chateava. Temos de pensar nos jogos contra Coritiba e Flamengo para pontuar e sair lá da parte de baixo.

Por Richard SouzaVolta Redonda, RJ

Mancini pede paz após semana conturbada no Botafogo


'A gente não pode admitir que mais nada aconteça', disse o treinador alvinegro


Mancini pediu paz após uma semana conturbada no Botafogo - Guito Moreto / O Globo
RIO - Após dias seguidos de crise, o Botafogo inicia a semana de preparação para dois jogos importantes contra Coritiba e Flamengo pedindo paz. Após o empate por 1 a 1 contra o Sport, que fez o time subir duas posições na tabela, mas não o tirou da zona de rebaixamento, o técnico Vágner Mancini disse que espera que o episódio da invasão dos torcedores no treino no Engenhão antes do jogo em Volta Redonda tenha sido o último na reta final do Campeonato Brasileiro.

- Espero que esse último episódio tenha sido realmente o último. A gente não pode admitir que mais nada aconteça. Tive um papo com atletas e integrantes do departamento de futebol do Botafogo para que o dia a dia fique melhor. A gente está remendando em alguns momentos, de repente tem que entrar em campo, tem rendimento, é cobrado. Não é desculpa, mas não está fácil desempenhar o trabalho com o dia a dia que estamos tendo. Peço a todos que nos ajudem, é a hora de o botafoguense enxergar que estamos precisando de ajuda - pediu Mancini, que defendeu o encontro com a torcida.

A semana passada foi a mais conturbada do Botafogo no ano. Enquanto o time era eliminado da Copa do Brasil com uma goleada de 5 a 0 para o Santos, Bolívar, Edilson, Emerson Sheik e Júlio César davam uma coletiva criticando o presidente Maurício Assumpção, que os demitiu do clube.

Após a goleada, a relação entre o goleiro Jéfferson, um ídolo do clube, e o diretor de futebol, Gottardo, estremecia após o jogador não ter entrado em campo no Pacaembu. Os dois trocaram acusações. Jéfferson disse que tinha sido liberado para não entrar em campo depois de 26 horas de viagem de Cingapura, onde defendeu a seleção brasileira, até o Rio. Gottardo rebateu dizendo que a decisão do goleiro fora unilateral. Jéfferson contra-atacou afirmando que tinha sido liberado e acusou Gottardo de ter sido covarde e desleal.

Por fim, no treino de sábado, torcedores do Botafogo invadiram o treino no Engenhãopara fazer cobranças e o ambiente ficou quente após um desentendimento com um deles e Carlos Alberto.

Mancini disse que o episódio da invasão mexe com o time e gera estresse. Mas disse que isso não é necessariamente ruim.

- Mexe de um lado, gera um pouco de estresse, o que também é bom. Não podemos viver essa situação numa zona de conforto, desde que saiba assimilar e possa ter energia. A entrada dos torcedores gerou até energia. A gente não espera todo dia e não pode aceitar. O torcedor quer que o tormento acabe, nós somos profissionais. Não é do dia para a noite que o Botafogo vai sair dessa situação. Chegamos a último lugar e estamos em 17º. A equipe evoluiu em termos de pontos - garantiu.

O técnico acredita que o time saiu de campo contra o Sport fortalecido.

- O ponto somado, a reação da equipe no jogo, nos fortalece para quarta-feira. Vivemos muitas coisas entre o jogo do Santos e hoje. Tivemos de desligar a chave emocional, isso tem um preço. Vi nossa equipe dar o controle do jogo ao Sport em alguns momentos. O que ouvi no fim do jogo é que a caminhada para sair da parte de baixo está no início, mas está ocorrendo - encerrou.

POR O GLOBO

Passos de Jobson: empenho, cansaço e cara amarrada na saída de campo




Atacante se esforça muito no empate por 1 a 1 com o Sport, mas não consegue conduzir o Botafogo à vitória em Volta Redonda



No céu carregado do Botafogo, Jobson foi comparado a uma estrela em dia de chuva por Vagner Mancini. Era esse o efeito da reestreia do atacante sobre o time que o treinador esperava. De fato a volta do camisa 10 mexeu com o grupo e com os torcedores, trouxe empolgação, mas ainda não bastou para clarear o ambiente alvinegro. No empate por 1 a 1 com o Sport, neste domingo, em Volta Redonda, Jobson não passou de um jogador esforçado.





O anúncio da escalação da equipe mostrou o quanto os botafoguenses aguardavam o reencontro. Quando o nome de Jobson apareceu no telão, foi o mais aplaudido. Na entrada do time em campo, o camisa 10 foi o segundo da fila, logo atrás do capitão Jefferson. O cabelo descolorido, quase branco, realçou ainda mais o retorno. A última vez em campo, ainda na Arábia Saudita, havia sido em maio.

- Acabou o caô, o Jobson voltou, o Jobson voltou! - cantavam os alvinegros.

Em campo, muita transpiração. Jobson correu de um lado a outro, não guardou posição e pediu bola. Uma, duas, três. Muitas vezes. E reclamou outras tantas por não ser acionado. Sua melhor jogada no primeiro tempo foi um cruzamento rasteiro pela direita, aos 32, mas ninguém alcançou na área.

Jobson vestiu a camisa 10 do Botafogo em sua reestreia
em Volta Redonda (Foto: Editoria de arte)

Para tornar tudo mais difícil, ele viu Diego Souza abrir o placar para o Leão depois de superar a marcação de Matheus e Dankler. Se Jobson era aplaudido, a dupla de zaga passou a ser vaiada a cada toque na bola. E a missão do time e do atacante ficava mais difícil para o segundo tempo.

- Estou sentindo um pouco (o cansaço). Falta ritmo de jogo, mas ainda assim estou me movimentado para pegar forma física e jogar melhor. Nosso time tem que ter calma na frente para tabelar e chegar. Consigo (jogar mais 45 minutos) – disse, esbaforido, na saída para o intervalo.

Daqui ninguém me tira

Em nenhum momento Jobson se escondeu. Ainda que faltasse tempo de bola ou precisão nos dribles – arriscou uma pedalada -, vira e mexe tentava jogadas agudas, na direção do gol, e fazia com que os zagueiros adversários corressem muito para pará-lo. E quase sempre o fizeram. Em pelo menos três lances, Jobson pediu pênalti. Se jogou em dois. Um terceiro deixou dúvidas, mas nada que fosse gritante.

Os números de Jobson no retorno:

Finalização: 1
Faltas sofridas: 2
Faltas cometidas: 2
Passes certos: 14
Passes errados: 2
Desarme: 1
Impedimento: 1
Jogadas pelo fundo: 3

Escalado para tentar dar força ofensiva ao Botafogo, o jogador também teve de ajudar a defesa. No início do segundo tempo, voltou até a grande área de Jefferson para desarmar o adversário. Pouco depois, um chute de longe não levou muito perigo. Ainda bem que Wallyson conseguiu empatar em cobrança de falta.

A previsão era de que Jobson ficasse em campo por cerca de 70 minutos. Aos 28 do segundo tempo, o técnico Vagner Mancini o consultou sobre sua condição física, e a resposta foi firme: “Vou jogar até o fim”. Mas o cansaço pesou. Pouco a pouco, caminhou mais do que correu, colocou as mãos na cintura e buscou ar para dar os últimos piques na tentativa da virada. Não deu.

Na saída do gramado, Jobson parecia irritado. Cabisbaixo, não falou com os jornalistas. Passou pelas câmeras e microfones em silêncio e com expressão fechada. Talvez pelo resultado, talvez pelo desempenho individual. Mas Mancini gostou.

- Fiquei muito satisfeito com a atuação do Jobson, não em termos técnicos, mas pela disposição, vontade de jogar. Chamei aos 28 do segundo tempo, ele pediu para ficar em campo. Esse tipo de disposição, de argumento, é o que estamos precisando – afirmou o treinador.

Jobson voltou a jogar num cenário complexo do Botafogo. Time na zona de rebaixamento, crise profunda e desgaste por todos os lados. Além de ser estrela em dia de chuva, terá de tentar fazer chover (veja abaixo aos melhores momentos do empate com o Sport).




Por Richard Souza Volta Redonda, RJ