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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Na luta contra o Z-4, Valentim evita contas mágicas no Botafogo: "Três pontos contra o Corinthians"


Perguntado se já faz cálculos em busca da pontuação ideal contra a degola, treinador afirma que time só pode pensar no jogo do domingo; em relação à forma de atuar, pede equilíbrio


Alberto Valentim teve mais uma semana cheia de treinos para preparar o Botafogo para outro desafio no Brasileiro: vencer o Corinthians, domingo, às 18h, no Nilton Santos, é fundamental para se afastar mais do Z-4. Restam cinco jogos para o fim do Brasileirão, mas a ordem do técnico é pensar apenas no Timão. Nada de calculadora ou número mágico para se livrar do rebaixamento.


" (Só pensam nos) Três pontos contra o Corinthians. Sem desviar foco para nenhuma partida. Impossível pensar no Inter porque teremos outros jogos importantíssimos e o jogo com a Chapecoense antes. Não dá para pensar em mais nada" (Valentim).


- Vou falar o que todo treinador diz: é jogo difícil. Se tratando de Brasileiro, a gente já sabe que o campeonato é equilibrado, em todos os jogos não se encontra vida fácil. Corinthians tem um DNA defensivo muito bom, mesmo com a ausência do Carille. Vamos ter que produzir muito mais para vencermos essa partida. Comparando um pouco com o último jogo, temos que fazer um jogo muito consistente, dinâmico e com tranquilidade para furar a defesa do Corinthians, que tem há alguns anos como ponto positivo essa fase defensiva.



Valentim concedeu coletiva nesta sexta — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com



Mais declarações de Valentim:

Peso da partida

- Jogo muito importante mesmo, porque de alguns jogos para cá eu falei de esquecer o campeonato que tinha passado. Temos finais pela frente. É um jogo que, dependendo da rodada, você pode distanciar quatro pontos da zona. Estão diminuindo o número de jogos. Temos que fazer vitória para recuperar pontos que perdemos.


Semana cheia para crescer ofensivamente

- Na prática, estamos aproveitando semana cheia e fazendo uma diferente da anterior. Estamos acrescentando treinamentos e fazendo coisas diferentes para melhorar o nosso jogo ofensivo. Estamos fazendo alguns treinos incluindo algumas coisas para que nós consigamos fazer um número maior de finalizações, um número maior nesse último terço. Corinthians se defende bem e é preciso criar para furar essa defesa.


Diego Souza


- Mais uma vez vou falar: Diego é muito importante, assim como todos os outros jogadores. Sozinho, ele não vai nos dar a permanência na Série A. E o Botafogo vai precisar muito dele nesses jogos finais. A gente conta com o Diego cada dia melhor.


Escalação: é possível dar alguma dica?
- Faço a minha parte de esconder a escalação para vocês, porque talvez dificulte um pouco para o Coelho. Mas vocês ficam sabendo de tudo. Vamos tentar que não vaze nada mais.


Duelo de ex-laterais-direitos com Coelho


- Coelho foi um jogador que conheço bem, é da minha posição, passou rapidamente pela Itália, passou por grandes clubes. Depois que mudamos de lado, acompanhei o trabalho dele de perto, o bom trabalho que fez no sub-20 do Corinthians. Até como auxiliar do Palmeiras, vi alguns jogos. Técnico jovem como eu e que vem buscando esse espaço. Por isso essa não pressa da contratação do Tiago Nunes e a continuidade do Coelho até o fim do campeonato.


Pontos de atenção discutidos na semana


- Sabemos que todos falam da ótima fase defensiva que o Corinthians tem, mas é time de qualidade, com jogadores rápidos e experientes na frente, principalmente se o Love for confirmado no ataque. Eles têm jogadores de seleção brasileira.


- Time difícil de se enfrentar defensivamente. No nosso lado ofensivo, temos que chegar mais vezes. Precisamos ser mais dinâmicos em umas jogadas e mais pacientes em outras. Às vezes confundimos pressa com dinâmica. Temos que achar bem a medida de um jogo com dinâmica, fazendo posse, mas sabendo o momento de verticalizar para furar a defesa.


Conversas com o grupo durante a semana

- Muita transparência, coisas positivas que fizemos foram citadas. Vimos vídeos, conversamos no treino. Fase defensiva me agradou, mesmo com resultados adversos. Na fase ofensiva, há algumas coisas boas, mas deixamos de fazer algumas coisas. Cobrança normal não só da minha parte, mas também sabemos que precisamos melhorar. Aproveitamos bem essa semana cheia. Temos que fazer essa transferência dos treinos para os jogos.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Milagre contra Corinthians após grave lesão inspira Gatito no Botafogo: "É o que buscamos"


Antes de novo reencontro com os paulistas, paraguaio lembra defesa que garantiu vitória aos 49 minutos do segundo tempo; resultado afastou time do Z-4 e iniciou série invicta



Gatito Fernández volta ao gol do Botafogo no domingo, às 18h, contra o Corinthians, após defender a seleção paraguaia no empate com a Arábia Saudita - o amistoso o tirou do jogo contra o Athletico-PR. No ano passado, também em novembro, viveu outro retorno à meta botafoguense diante do Timão. Este, porém, foi muito mais especial.



Gatito Fernández volta ao gol do Botafogo no domingo após partida pela seleção paraguaia — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Enfim livre da contusão mais grave da carreira, um problema no punho que o tirou dos jogos por quase sete meses, Gatito voltava a um Botafogo em situação parecidíssima com a atual. O time de Zé Ricardo, com 35 pontos, tinha apenas um a mais em relação à que equipe que abria o Z-4 e ocupava o 15º lugar. Além disso, amargava sequência negativa de cinco jogos no Brasileiro.


O de Alberto Valentim é 14º e soma 36, um a mais do que o Fluminense, o primeiro dos quatro que ocupam a zona da degola. A diferença é que faltam cinco rodadas para o fim da competição. Antes do duelo alvinegro do ano passado, restavam sete.


Gatito salva! Goleiro pega no reflexo e garante vitória aos 49 do 2º tempo


Naquele 4 de novembro de 2018, o Botafogo entrou diferente. Sufocou o Corinthians, foi superior o tempo inteiro e estava próximo de interromper a seca com 1 a 0 no placar. Gatito era mero espectador até que a bola se ofereceu para o zagueiro rival Léo Santos no melhor estilo "é só fazer". Aí que o paraguaio, "como um gato!", tirou com o joelho direito salvou. (veja acima).


Um ano depois, Gatito não esquece a defesa e nem tampouco o significado daquela vitória. O Botafogo emplacou sequência de seis jogos sem derrotas e mudou seu status na competição. De candidato ao rebaixamento a postulante à Libertadores. O gringo se inspira no passado de olho no presente para livrar a equipe das últimas posições.



- Esse jogo contra o Corinthians do ano passado foi muito especial. Eu vinha de uma contusão difícil, a pior que tive na carreira, e fiquei quase seis meses fora. Voltei nesta partida e pude fazer aquela defesa no final. Dali embalamos uma boa sequência de resultados. É o que estamos precisando e vamos em busca - afirmou.



Gatito se estatela no chão após Leandro Vuaden apitar o final do jogo. Era a senha para que companheiros fizessem uma avalanche sobre o gringo — Foto: Fred Gomes



Aquele jogo só não foi o mais importante de Gatito na temporada passada por um motivo simples. Sete meses antes, ele pegara dois pênaltis em decisão que terminou como herói e campeão carioca diante do Vasco.


- Posso dizer que foi o segundo jogo mais importante da temporada para mim, depois da final contra o Vasco no Estadual. Eu não tive uma contusão tão séria assim na carreira e voltar ajudando o time me deixou muito realizado.



Gatito, após defesa à queima-roupa, sorri. Léo Santos se lamenta muito — Foto: André Durão


Um ano depois da defesaça, Gatito, sempre econômico nas palavras, explica o que fez para impedir um empate que teria gosto de derrota e manteria o time perigosamente próximo do Z-4.


- No momento ali, eu tentei antecipar o chute e deu certo. Estava muito perto e era a única chance que eu tinha. Foi percepção.


Preparador e profissional a quem Gatito Fernández se refere como "professor de goleiros", Flávio Tenius tratou o momento como especial para todos do Botafogo. Uma das pessoas mais próximas e importantes para o paraguaio durante o período difícil, Flávio afirma que o pupilo fez o que esperavam dele.


- Teve aquela contusão muito difícil. Voltou num jogo importantíssimo em que a gente precisava muito da vitória. Conseguiu fazer uma defesa no finalzinho ajudando a gente a vencer. A partir daí, a gente engrenou várias vitórias.


- Eu acompanhei todo aquele período difícil. Então foi muito especial para ele, para mim e para todos do Botafogo que vivenciamos aquele momento muito difícil. Conseguiu voltar e ajudar o nosso time, como sempre faz. É um goleiro muito regular e sempre ajuda a equipe de diversas maneiras. Foi muito bacana e especial - encerrou Tenius.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro