Sim. Foi nessa função. Foi um bom passe, mas que só decidiu porque o Neilton finalizou muito bem. Espero que não seja a última assistência, mas sim a primeira.
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Cachorro Mochi nasceu no México, se mudou para o Paraguai e agora curte o Rio (Foto: Thiago Lima) |
Nota: Salgueiro já havia dado um passe para o gol de Carli, contra o Flamengo.
E quando sai o primeiro gol do Salgueiro pelo Botafogo?
Espero que neste domingo, no clássico. Tenho muita vontade de marcar esse gol. Nunca fiquei tantos jogos sem marcar gols. Mas a bola não está entrando. Até por ainda não ter feito gol, há uma pressão um pouco maior. O gol, quando vier, será muito bem-vindo. Mas estou consciente que hoje para mim é mais importante que a equipe consiga os três pontos do que eu marcar. Não adianta nada eu fazer um gol se o Botafogo não vencer.
Mas você nunca ficou tanto tempo sem marcar gol. Bate uma ansiedade a mais?
Antes do Botafogo, apenas pelo San Lorenzo eu não havia marcado em minha partida de estreia. Fiz gol nas minhas estreias por Estudiantes, Olímpia, Toluca, Necaxa... Aqui, não deu. Mas sigo trabalhando. Em algum momento vai chegar e vou desfrutar.
Quando você foi contrato, chegou com fama de carrasco do Fluminense, por ter marcado dois gols pelo Olímpia, que eliminaram o Tricolor da Libertadores de 2013. Esse gol saí neste domingo?
Tomara, tomara. Quem sabe? Espero que sim. Ganhamos dois jogos no estadual e empatamos outro. Queremos ganhar mais um, e espero marcar esse gol no domingo.
Está chegando mais um estrangeiro no Botafogo. Conhece o Canales, já o enfrentou?
Não o conheço pessoalmente, nunca nos enfrentamos. Sei que ele é um atacante, com boa técnica e é goleador. Ele vem para somar e será bem-vindo.
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Salgueiro teve a oportunidade de conhecer o Maracanã, mas admite que derrota para o Vasco na final do Carioca doeu (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo) |
O Botafogo busca desde o início do ano esse camisa 9 mais experiente para ajudar a garotada. Como é jogar em um ataque com jogadores tão novos como Ribamar (19), Luís Henrique (18) e Neilton (22 anos)?
O Ribamar tem muito futuro. Ele vem bem. É um garoto que tem muita força, muita potência. Seguramente, vai crescer muito ainda. Tem tudo para ser um grande jogador. Como pessoa, é um bom companheiro. Tem muita gana. Espero que cresça muito no futebol, com gols, e mostre todo seu potencial.
O Botafogo tem uma história com uruguaios...
Muitos uruguaios e argentinos passaram pelo Botafogo. Dos estrangeiros sempre vão exigir mais. Mas fomos recebidos com muito carinho, e queremos retribuir essa confiança do torcedor do Botafogo.
Você é amigo do Loco Abreu. Chegou a falar com ele antes de vir para o Botafogo?
Sim. Ele gosta muito do Rio de Janeiro, e especialmente do Botafogo. Ele viveu grandes momentos aqui. Antes de eu vir, ele falou muito bem e disse que conhecia pessoas no Rio de Janeiro que poderiam me ajudar na adaptação. Muitos uruguaios passaram por aqui. Até por isso fiquei contente com a oportunidade. Falei com o Loco Abreu, com o Castillo, com o Navarro. Todos falaram muito bem do Botafogo. Com o Arévallos também, mas ele ficou muito pouco tempo.
E você pretende ficar muito tempo? Seu contrato vai até o final do ano.
Tenho contrato até dezembro. No futebol tudo depende. Hoje não te querem, amanhã já muda tudo. Tudo vai depender do rendimento. Será importante o que faremos no Brasileirão. O futebol é uma roda. Vou trabalhar e fazer o meu melhor.
E sua adaptação ao Rio de Janeiro?
A cidade é maravilhosa. O transito é um pouco pesado, perdemos um pouco de tempo para ir treinar. Mas com o tempo a gente se acostuma. Já fui à praia. É aqui perto. Quando tenho tempo livre, vou à praia. Não agora que está frio (risos). Mas agora, com muitos jogos, tenho ficado muito em casa no tempo livre. No máximo saio para jantar ou levo minha mulher ao shopping para tomar um café, até porque ela fica muito em casa. Nas folgas vamos à praia. Há três semanas fomos ao Cristo Redentor. Muito lindo, dá para ver toda a cidade. Eu tinha que ir, já estava há três meses aqui. Tinha vontade de conhecer.
E como foi estrear no Maracanã?
Nunca havia jogado no Maracanã. Eu conhecia apenas o Engenhão, pois já havia jogado contra o Botafogo em uma Copa Sul-Americana. O Maracanã é um estádio grandioso, com muita tradição. É especial para os uruguaios, pelo Mundial de 1950. Fiquei muito contente de jogar uma final do Carioca no Maracanã.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago LimaRio de Janeiro