Bota faz planos: regularidade, poucas lesões e fôlego até o fim do Brasileiro

Renato pede que a torcida alvinegra caminhe lado a lado com o time e dê apoio mesmo em possíveis momentos de dificuldade

Renato espera que o Botafogo tenha boa
regularidade no Brasileiro
(Foto: Fabio Castro / Agif)

Antes do início do Brasileiro, o Botafogo ainda tem o duelo com o CRB, pela Copa do Brasil, na próxima semana, mas os jogadores já fazem planos para a principal competição nacional. O volante Renato, que já foi campeão por duas vezes quando defendia o Santos, acredita que há algumas receitas para aumentar a chance de sucesso.

Entre elas está a regularidade. O volante considera que oscilar muito dentro da competição pode fazer o time se afastar da meta de brigar pelo título.

- Acho que precisamos fazer bem o papel dentro de casa. Mas não adianta só ir bem em casa, temos que ter um bom aproveitamento fora. O Brasileiro é um dos mais complicados do mundo, e time que tiver regularidade tem chance de ser campeão. Nem sempre dá para fazer um futebol brilhante, o 1 a 0 também vale três pontos. Espero que este ano a gente consiga o objetivo na reta final.

Renato, de 34 anos, espera que o Botafogo consiga aprender com os erros dos Brasileiros passados e não deixe o ritmo cair na reta final. Outro fator fundamental, segundo o volante, será a cumplicidade com a torcida alvinegra.

- Acho que é preciso ser otimista, ter energia positiva. Sabemos da dificuldade. Quando cheguei (2011), estávamos bem, mas, nas sete rodadas finais, não conseguimos (time terminou em nono). O torcedor tem que chegar com a gente, acreditar. Claro que não vamos vencer os 38 jogos e, quando houver uma derrota ou uma sequência ruim, temos que nos reerguer juntos.
O torcedor tem que chegar com a gente, acreditar. Claro que não vamos vencer os 38 jogos e, quando houver uma derrota ou uma sequência ruim, temos que nos reerguer juntos"
Renato, volante do Botafogo

Outro que já foi campeão brasileiro, em 2005, com o Corinthians, Marcelo Mattos acredita que a manutenção do elenco também poderá ser decisiva. Ele espera que o time não sofra com muitos problemas de desfalque por causa de lesões, assim como aconteceu ano passado. O volante foi um dos que permaneceu por grande parte da competição no departamento médico.

- Acho que a manutenção do elenco... os profissionais da parte médica também, eles dão total condição para termos sempre muitos jogadores à disposição. Ano passado sofremos muito com lesões. Precisamos contar com todos.

Os estaduais e a Libertadores serviram de base para os jogadores começarem a imaginar quais serão os times que chegam mais fortes no Brasileiro. Renato concorda que Atlético-MG, Corinthians e Corinthians estão entre os candidatos, mas avisou que o Botafogo pode jogar de igual para igual com todos eles.

- Claro que o Atlético, pelo que vem apresentando, é um dos canditatos. É um time muito forte, assim como o Corinthians e o Fluminense, que manteve a base. Nós também nos reforçamos, fomos campeões do Carioca. Vamos encontrar um nível muito maior no Brasileiro, mas estamos preparados para jogar de igual para igual com qualquer um.

A estreia do Botafogo no Brasileiro será no dia 25, contra o Corinthians, no Pacaembu.

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Com apoio do Botafogo e da torcida, Nilton Santos completa 88 anos

Ex-jogador vive numa clínica no Rio de Janeiro e tratamento de Alzheimer é custeado pelo clube que o tem como ídolo e por um grupo de torcedores

Considerado o maior lateral esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos completa nesta quinta-feira 88 anos, mas a vida da chamada "Enciclopédia do Futebol" não tem sido fácil. Com Alzheimer, ele mora numa clínica na Zona Sul do Rio de Janeiro e conta com a ajuda não só do Botafogo para custear o tratamento, mas também de um grupo de torcedores que se juntaram para, através de cotas, dar o melhor possível ao eterno ídolo.

- Ídolo e títulos o Botafogo têm muitos, e espero que ainda consiga ter por muitos anos. E Nilton Santos é um exemplo disso - afirma Paulo Kleinberger, gestor do fundo "Comfogo", que há quatro anos reúne botafoguenses apaixonados para ajudar financeiramente a família de Nilton Santos. São cerca de 60 cotistas que doam uma média de R$ 100 mensais por mês.

Veja o vídeo: http://globotv.globo.com/sportv/sportvnews/v/idolo-eterno-do-botafogo-nilton-santos-completa-88-anos/2577432/

Ninguém vestiu a camisa do Botafogo tantas vezes quanto Nilton Santos. Foram 729 jogos entre 1948 e 1964. Além disso, o ex-jogador nunca defendeu outro clube. Pela seleção brasileira foi campeão do mundo em 1958 e 1962.

Nilton Santos mora em clínica
(Foto: Reprodução)

O jornalista Teixeira Heizer lembra que, assim como Nilton Santos, outros jogadores vivem situação difícil no fim da vida.

- Nós temos em cada caso como o do Nilton Santos, centenas por aí. Ele era um jogador altamente técnico e adaptado a quaisquer táticas que se impusessem no jogo - elogia.

O também jornalista Sérgio Augusto abandonou a torcida pelo Vasco para ser mais um torcedor do Botafogo, logo aos seis anos, quando se encantou pelo futebol do ídolo botafoguense.

- Vi Garrincha jogar, vi Pelé, todos jogadores extraordinários, mas Nilton Santos realmente foi o meu ídolo.

Há mais de cinco anos Nilton Santos vive na clínica onde recebe tratamento para o Alzheimer, uma doença degenerativa que afeta o cérebro e que reduz de forma progressiva a memória, a fala e a capacidade de cuidar de si mesmo. O Botafogo arca com os custos de cerca de R$ 11 mil com a clínica.

- É nossa obrigação, nós temos que encarar dessa forma. Nós temos que ajudar nossos ídolos a terem um final de vida digno - ressalta Thiago Alvim, vice de comunicação do Botafogo.

- Acredito que essa ação poderia ser replicada para outros ídolos que existem por aí - ressalta Kleinberger.

O aniversario de 88 anos promete ser ainda mais difícil para Nilton Santos por não ter ao seu lado a esposa Célia, que cuidava dele até o ano passado. Com um câncer no cérebro, ela vive hoje em Araruama, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, onde recebe cuidados de sua família.

Jogadores do Botafogo costumam visitar o eterno ídolo Nilton Santos, assim como time de 2011 (Foto: AGIF)

Por SporTV.comRio de Janeiro, RJ

Conversas com o Botafogo esfriam, e Lucas fica próximo do Macaé

O fato do Alvinegro ter muitas peças que fazem o mesmo papel do meia, que pertence ao Friburguense, estaria dificultando as negociações

Lucas foi o artilheiro do Friburguense no Carioca,
com cinco gols (Foto: Vinicius Gastin/Divulgação)

Lucas está se distanciando de General Severiano. Um dos destaques do Friburguense no Campeonato Carioca e artilheiro da equipe, com cinco gols, o meia parece estar mais próximo do Macaé, que se prepara para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.

As conversas com o Alvinegro vem se arrastando durante pouco mais de uma semana, mas, segundo a diretoria do Frizão, as negociações esfriaram. O motivo seria o excessivo número de jogadores do atual campeão carioca que exercem o mesmo papel do meia.

Caso a transferência para o Macaé se concretize, Lucas terá o mesmo destino dos ex-companheiros Diego Guerra, Zé Victor, Marcelo e Jorge Luiz, além do técnico Gerson Andreotti, que agora defendem o Alvianil Praiano. O Friburguense já declarou que pretende emprestar todos os seus jogadores por conta do tempo de inatividade, uma vez que a equipe só volta a disputar um torneio oficial no mês de setembro, quando jogará a Copa Rio.

Enquanto isso, Lucas vem treinando no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, normalmente e aguarda a definição de seu futuro.

- Desde que o Carioca terminou, fiquei apenas uma semana de férias e depois voltei a treinar. Para qualquer que seja meu destino, acredito que eu devo chegar bem fisicamente - concluiu o jogador.

Por Felipe BasilioNova Friburgo, RJ

Sem recursos, Botafogo só contratará caso venda seus jogadores

Atacante Roque Santa Cruz ficou mais distante de General Severiano e empresários do jogador já admitem ouvir propostas de outros clubes interessados no paraguaio

Roque Santa Cruz quer o Botafogo, mas falta
 dinheiro ao clube (Foto: Cristina Quicler/AFP)

Longe de viver uma situação financeira confortável, a diretoria do Botafogo não pensa em reforçar o time que foi campeão carioca, por enquanto. A ordem dentro de General Severiano é correr atrás de contratações para o restante da temporada apenas se algum jogador do atual elenco for negociado e o cofre alvinegro receber uma quantia considerável.

O caso mais emblemático é o do centroavante Roque Santa Cruz. Com uma pedida salarial de aproximadamente R$ 450 mil mensais, sua chegada tornou-se inviável no momento. Os empresários do paraguaio conversam frequentemente com membros da diretoria alvinegra e estão cientes das dificuldades financeiras que o clube atravessa.

Apesar do contato direto entre as partes, o clube não chegou a formular oficialmente uma contraproposta para o jogador do Málaga. Pessimistas, os seus representantes acreditam que não receberão uma resposta tão cedo e já admitem ouvir outros clubes. Os contratos dele com o Manchester City, dono de seus direitos econômicos, e com o Málaga, onde está emprestado, terminam em 30 de junho.

Atualmente, o Botafogo deve aos seus atletas um mês de salários, referentes aos direitos de imagem. Por isso, caso uma contratação cara e de impacto – como seria a de Santa Cruz, por exemplo – fosse anunciada, ela poderia criar focos de insatisfação dentro do grupo.

Atualmente com um elenco qualificado e numeroso, o Glorioso vive ótima fase. E, antes de cobrar, a torcida deve saber: para chegar reforço, terá de perder alguém.

Propostas ainda são analisadas

Depois da conquista do título carioca, praticamente toda a espinha dorsal da equipe recebeu algum tipo de sondagem de clubes do Brasil e do exterior.

Um dos jogadores mais assediados e que pode sair é Fellype Gabriel. A procura pelo meia vem de clubes do Oriente Médio, conhecidos pelo alto poder financeiro, mas a oferta ainda está sendo analisada.

O clube, dono de 50% dos direitos econômicos do camisa 11, ainda não respondeu, mas sabe que será difícil segurá-lo – caso a proposta seja oficializada.

Em contato feito pela reportagem do LANCE!Net, o empresário Eduardo Uram, que representa Fellype Gabriel, pediu para não comentar sobre o assunto.

Oswaldo quer manter elenco

Caso seja questionado se prefere trocar um atleta do elenco a um reforço, o técnico Oswaldo de Oliveira já tem a resposta na ponta da língua. Para ele, é muito mais importante não perder ninguém a trazer um jogador que talvez não encaixe no time.

– O Botafogo é um time ajeitado e cada peça tem sua importância. Hoje, perder qualquer jogador pode complicar um trabalho bem feito. Dependendo da situação, é melhor não perder ninguém a ter uma contratação – disse o treinador alvinegro.

Alexandre Braz e Luiz Gustavo Moreira - Rio de Janeiro (RJ)LANCENET! 

Torcida comemora Dia do Botafogo com sorriso e grande expectativa

Após título carioca, Glorioso tem data festiva mais comemorada desde 2007

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Botafogo conquistou o Campeonato Carioca
(Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

No coração dos torcedores alvinegros, todo dia é Dia do Botafogo. Mas a data de hoje é comemorada de maneira oficial desde 2007 (leia mais abaixo). E neste ano, além da festa propriamente dita, os motivos para sorrir são muitos. Campeão carioca, com um astro como Seedorf no time, Jefferson na Seleção e vários garotos promissores, o Alvinegro vive um dos grandes momentos recentes.

Após um início de ano cheio de incertezas, Oswaldo de Oliveira e o elenco do Botafogo conseguiram se erguer e fazer um time vencedor. A volta por cima, é claro, faz com que a festa do Dia do Botafogo seja comemorada ao som de “One Love”, música entoada pelo holandês nas conquistas deste ano. Ele, inclusive, é tratado como uma grande vitória do ano passado, pelo excelente trabalho feito nos bastidores.

É importante frisar que não é a primeira vez que a torcida alvinegra tem motivos para ter um feliz Dia do Botafogo. Em 2010, ano em que Loco Abreu eternizou-se ao marcar de cavadinha contra o Flamengo e na Copa do Mundo, a festa também foi enorme em General Severiano. De uma vez só, o Alvinegro derrotou o grande rival de maneira emblemática e ainda voltou a ter um grande nome na competição mundial.

– Tem sido um ano ótimo. Todo mundo vive feliz e as coisas não poderiam ser de outra forma depois da vitória do campeonato. Fico feliz pelas coisas estarem lá no alto – afirmou o técnico Oswaldo de Oliveira.

Após ter alcançado os primeiros objetivos do ano, a Estrela Solitária precisa continuar brilhando para fazer a torcida ainda mais feliz. Voltar à Libertadores ou conquistar um segundo título no ano faria qualquer apaixonado pelo Glorioso comemorar 365 dias por ano.

Walace Borges - Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!