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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Botafogo vencendo e convencendo? No sub-20, time goleia e tem artilheiro


Juniores do Alvinegro lideram o Campeonato Carioca com melhores ataque e defesa. Em seu último ano na base, meia Yuri tem média de um gol por jogo e mira promoção





Botafogo vencendo e convencendo? Sim, mas por enquanto só na categoria de base. Se o time profissional ganha com placares apertados e causa preocupação na torcida mesmo com os 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca, os juniores estão voando. E goleando. A equipe do técnico Mauricio Souza já aplicou dois placares elásticos - 6 a 0 no Bangu e 6 a 1 no Resende -, tem o melhor ataque com 15 gols marcados, a defesa menos vazada com apenas um sofrido e lidera o estadual de forma isolada com 12 pontos, três à frente do Vasco.


Cena repetida no Sub-20: Botafogo comemorando um de seus 15 gols em quatro jogos (Foto: Fabio de Paula/Botafogo)

E tem até artilheiro. Enquanto os profissionais estão com pouca intimidade com as redes - os goleadores são Gervasio "Yaca" Núñez e Gegê com dois gols -, o meia Yuri já fez quatro e tem média de um por partida. Todos no estilo centroavante, escorando cruzamentos ou finalizando de dentro da área. Mas o jovem de 19 anos é meia, pode atuar também como lateral-esquerdo e está tomando o gostinho de estufar as redes em um time que está jogando por música até aqui.


- Sempre fui de fazer um gol aqui, outro ali. Eu estou dando sorte, sendo iluminado de a bola estar vindo para mim. Emplaquei o centroavante (risos). A gente joga no 4-1-4-1, eu fico na extrema esquerda e sempre dá para entrar na área. Temos jogadas em que o Gorne (centroavante) sai, faz o pivô, e a gente avança. É um time muito operário, que trabalha um para o outro. Eu, o Buchecha e o Gorne estamos há mais tempo, agora chegaram uns meninos do sub-17 com fome de bola que estão ajudando bastante - disse o garoto, morador do Jacarezinho.


Meia-esquerda, Yuri é o artilheiro do estadual
com quatro gols (Foto: Fabio de Paula / Botafogo)
Apesar de o horário dos jogos muitas vezes não ajudar, Yuri tenta sempre acompanhar o time principal do Botafogo seja pela televisão, rádio ou através de notícias na internet. A vitória de sábado no Raulino de Oliveira, por exemplo, ele ouviu durante a viagem de volta da delegação para o Rio de Janeiro, após ter jogado em Resende contra os anfitriões. Questionado, o jovem não soube opinar sobre o que falta para os comandados de Ricardo Gomes engrenarem boas atuações como o sub-20. Porém, acredita que os placares apertados são normais na categoria.


- Não estou acompanhando muito, mas nosso campeonato é muito diferente do deles. Lá é profissional, mais competitivo. No nosso, o time grande se sobressai. Nem sempre, tem pequenos que dão trabalho. Mas parece que quando a gente impõe um ritmo mais forte, meio que o adversário cansa no segundo tempo.


Desde 2007 no Botafogo, Yuri está em sua última temporada na base e já sonha com a chance de subir para os profissionais. Ele tem muitos amigos recém-promovidos à equipe de cima e formaram até um grupo de WhatsApp da "panela" com Diego, Leandrinho, Marcinho e Ribamar. Os jovens são uma inspiração para o meia, que tem contrato até o meio de 2017 e já mira uma chance com os profissionais no ano que vem.


- Sonho com isso todo dia, é um sonho para qualquer um. Até por ser o meu último ano, tenho que trabalhar bastante para subir e continuar lá em cima. Se Deus quiser vai estar próximo.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Bruno Silva admite após estreia oficial: "Estou abaixo do que eu posso render"


Volante revela que ficou ansioso durante partida contra o Resende e que evitou maior desgaste por não saber se aguentaria 90 minutos, mas promete evolução com tempo





Bruno Silva jogou os 90 minutos contra Resende em
sua estreia pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Dos estreantes do Botafogo no último sábado, Carli teve grande destaque, já Bruno Silva não correspondeu à grande expectativa da torcida, que enxerga nele um substituto à altura de Willian Arão, que se transferiu para o rival Flamengo. Não que ele tenha ido mal, mas foi apenas discreto. E o próprio volante tem consciência disso. Apesar de aprovar o saldo de seu primeiro jogo pelo clube - vitória por 1 a 0 sobre o Resende no Raulino de Oliveira, pelo Campeonato Carioca -, revelou que ficou ansioso durante a partida e reconheceu que ainda pode contribuir muito mais para a equipe. E prometeu evoluir com o tempo.


- Fiquei um pouco naquela ansiedade de ajudar a equipe e acho que as coisas aconteceram dentro do que eu esperava. Acredito que ainda estou abaixo do que eu posso render e no decorrer dos jogos eu vou encontrar a minha melhor forma física. Para a estreia eu fiquei satisfeito e foi de bom tamanho. Fiquei muito feliz - disse ao site oficial do Botafogo.


Bruno Silva também admitiu que evitou se desgastar muito por não saber se aguentaria permanecer em campo até o final - antes da estreia oficial, só havia jogado 71 minutos no amistoso contra a Desportiva Ferroviária durante a pré-temporada do clube no Espírito Santo. Sem Airton, acabou ficando mais preocupado com a defesa e apareceu pouco no ataque, com um chute de fora da área que o goleiro defendeu. Nas próximas rodadas, prometeu chegar mais à frente e explorar uma de suas qualidades: os arremates à distância.


- Segurei um pouco por não saber se aguentaria os 90 minutos, mas vou me soltando aos poucos. Consegui bater uma bola para o gol... Não é desculpa, mas estreei agora e já estamos na quarta rodada. Mas foi bom e nos treinamentos vou aprimorar ainda mais para me sair melhor na frente e ajudar com gols também.


O Botafogo chegou a 12 pontos e continua líder do Grupo B do Campeonato Carioca. O elenco ganhou dois dias de folga e volta a treinar só na terça-feira, em General Severiano. O time de Ricardo Gomes só joga agora no próximo domingo, às 17h (de Brasília), contra a Cabofriense, em São Januário.


Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro/GE

Simulação, letra... Ricardo puxa orelha e tenta conscientizar time do Botafogo


Técnico minimiza escolhas erradas de Yaca e Luís Henrique na hora de fazer gol nos últimos jogos, mas admite necessidade de papo com tema: "Tem a semana para isso"




Apesar dos 100% no Campeonato Carioca, a vida do Botafogo não anda fácil. Três das quatro vitórias até agora foram suadas, com placares apertados de um gol de vantagem. Mas elas até poderiam ter sido mais tranquilas não fossem escolhas erradas em momentos nada apropriados. Diante da Portuguesa, há duas semanas, Gervasio "Yaca" Núñez saiu cara a cara com o goleiro aos 34 do segundo tempo. O meia tentou uma finalização acrobática, de letra, e acabou desperdiçando a chance de marcar quando a partida ainda estava empatada. No último sábado, foi a vez de Luís Henrique fazer algo equivocado. O Alvinegro tinha 1 a 0 no marcador, mas estava sendo pressionado. Aos 22 minutos, também da etapa final, o atacante ganhou na velocidade do arqueiro do Resende e chegou primeiro na bola. Poderia ter dado mais um passo e buscado o chute, mas preferiu cavar um pênalti .

Tem a semana para isso (papo com Luís Henrique). Há três jogos era a letra do Gervasio, isso acontece. Estamos começado a trabalhar juntos, aos poucos vai conhecendo a filosofia da comissão técnica"
Ricardo Gomes, técnico do Botafogo


Ricardo Gomes obviamente reprovou as atitudes de seus jogadores, mas minimizou o ocorrido justificando que eles ainda estão no início de trabalho e conhecendo a filosofia da comissão técnica. Em entrevista coletiva após a partida de sábado, porém, o treinador alvinegro admitiu a necessidade de um papo ao pé do ouvido para falar sobre o assunto nesses tipos de situações. Tanto que nesta semana pretende conversar com Luís Henrique.


- Tem a semana para isso (conversa com Luís Henrique). Há três jogos era a letra do Gervasio, isso acontece. Estamos começado a trabalhar juntos, aos poucos vai conhecendo a filosofia da comissão técnica.

Não gostou... Ricardo tenta conscientizar jogadores contra escolhas erradas (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)

Apesar do ar de desaprovação, desta vez o técnico se mostrou mais calmo com o atacante, autor do gol do triunfo ainda no primeiro tempo. Na entrevista coletiva após o 2 a 1 sobre a Portuguesa, com o gol da vitória tendo saído aos 40 do segundo tempo em São Januário, Ricardo havia sido mais crítico com o chute de letra de Yaca.


- Não entendi, mas estamos nos conhecendo. Estava numa boa situação para entrar e finalizar, seria o segundo gol, fez uma jogada... Olha, mostrou categoria, mas na hora errada - analisou o comandante na época.


Como o Botafogo só volta a jogar no domingo, às 17h (de Brasília) contra a Cabofriense, ainda sem local definido, Ricardo terá a semana livre para muito papo, puxão de orelha e trabalho. Após quatro rodadas, o Alvinegro chegou a 12 pontos e continua líder do Grupo B do Carioca.


Por Thiago Lima/Volta Redonda, RJ/GE

Comemoração de Luis Henrique tem influência de Pimpão, antigo parceiro



Promessa marcou, contra o Resende, o primeiro gol dele no ano. Ao LANCE!, diz que não foi de propósito, mas reconhece influencia de quem lhe deu a primeira assistência




Luis Henrique teve em Rodrigo Pimpão uma inspiração
 quase que inconsciente (foto:Paulo Sérgio/Lancepress!)
O torcedor botafoguense mais atento deve ter notado. O gol de Luis Henrique contra o Resende - importante para a equipe, pela vitória, e para o jogador, pela afirmação neste início de ano - foi comemorado de uma maneira conhecida. Os braços abertos, o voo do avião, de um lado e de outro, e o soco no ar. O jovem centroavante remeteu a Rodrigo Pimpão, primeiro parceiro de ataque do atual camisa 9 do Glorioso.

- Foi algo na hora, na adrenalina do jogo mesmo. Tenho uma admiração grande pelo Pimpão, foi um cara que sempre me deu conselhos, sempre me ajudou. Depois do jogo, ainda lembrei que ele comemorava assim, mas realmente foi uma coisa que veio na minha cabeça na hora. Mas vale a influência dele, é um parceiro que tenho até hoje - explica Luis Henrique ao L!, sobre o ex-companheiro, com o qual fez o primeiro gol como profissional.

Em 3 de julho do ano passado, o Botafogo entrava no campo do Estádio Nilton Santos pela Série B do Campeonato Brasileiro. O adversário era o Sampaio Corrêa, e bastaram seis minutos para o estreante, aos 17 anos, balançar as redes naquela noite. E ainda viria outro gol naquele dia histórico para o jovem.

- Sempre estou acompanhando o Botafogo. Vi, sim, o gol que ele fez e a comemoração também. Senti saudades e, com essa comemoração dele, recordei de muitos momentos bons que vivi no clube - conta Pimpão, também com exclusividade ao L!. O atacante teve uma passagem breve, mas marcante pelo Glorioso. Foram 25 jogos, entre janeiro e julho de 2014, e nove gols. Importante no início daquela Segunda Divisão, ele recebeu proposta e se transferiu para o Emirates Club (EAU).

Os dois que também ele marcou contra a equipe maranhense foram os últimos pelo time de General Severiano. O período de parceira com Luis Henrique foi curto, mas rendeu amizade fora de campo que dura até os dias de hoje.

- Fiquei muito feliz em poder fazer parte desse início de carreira do Luis. Na estreia dele, dei assistência para o primeiro gol como profissional. Fiquei muito mais feliz com a alegria dele na comemoração, lembro dele vindo me abraçar. São recordações boas - confessa.

Rodrigo Pimpão tem, hoje, 28 anos, dez a mais do que o camisa 9 alvinegro terá no mês que vem. A carreira do ex-jogador do Glorioso teve altos e baixos, enquanto a promessa acaba de encerrar o primeiro grande jejum: três meses.


Fonte: Felippe Rocha e Vinícius Perazzini
Rio de Janeiro (RJ)