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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Kalou se recupera de lesão e estará à disposição do Botafogo para jogo contra o Bahia


Marfinense está recuperado de dores no tendão da coxa direita e treinou com o grupo nesta quinta-feira; Éber Bessa é outro que já treina com o grupo


Se o Botafogo ainda não sabe quem estará à frente da equipe no próximo domingo, contra o Bahia, às 18h15 (de Brasília) na Itaipava Arena Fonte Nova, pelo menos poderá ter o retorno de Salomon Kalou. O marfinense se recuperou das dores no tendão da coxa direita que o tiraram dos últimos quatro jogos do time e fica à disposição da comissão técnica para a próxima partida.


Enquanto o atacante marfinense esteve fora da relação nos últimos jogos, o Botafogo não venceu. Foram três empates e uma derrota para o Cuiabá, que culminou na demissão de Bruno Lazaroni. Antes disso, Kalou havia participado de todas as 13 partidas (algumas como titular, outras não) desde a estreia contra o Coritiba, na nona rodada do Brasileirão.



Último jogo de Kalou foi na derrota para o Grêmio em Porto Alegre — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Além dele, outro que está clinicamente liberado é o meia Éber Bessa. Diagnosticado com Covid-19, o jogador esteve em campo por apenas seis minutos no 0 a 0 com o Goiás e perdeu as três partidas seguintes. Rentería, que também estava no DM por causa de dores na coxa esquerda, é outro liberado.


Porém, o Botafogo continua com jogadores no departamento médico, como é o caso de Gatito Fernández e Lecaros. Ainda sofrendo com um edema ósseo no joelho, o goleiro foi até cortado da seleção paraguaia para as próximas duas rodadas das Eliminatórias. Algo que não aconteceu na convocação anterior, quando jogou no sacrifício mesmo com o Botafogo tendo alertado a federação do Paraguai.


No caso do atacante peruano, o clube realiza tratamento de maneira intensiva. A situação dele exige um pouco mais de cuidado por envolver uma lesão ligamentar no tornozelo. Assim como Gatito, o Botafogo não trabalha com um prognóstico de quando o jogador voltará a campo.



Font: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Pressa, jogo duro na Bolívia e resposta à crise: a aposta do Botafogo em Ramón Díaz


Exigências da federação boliviana atrapalharam negociação com César Farías e abriram espaço para o argentino. Primeira missão será controlar o momento turbulento em General Severiano



Sai César Farías, entra Ramón Díaz e o Botafogo mantém a decisão de contratar um treinador estrangeiro para comandar o clube neste 2020 turbulento. A diretoria alvinegra mudou do venezuelano para o argentino porque não tem tempo a perder na temporada.


Díaz estava livre no mercado, o que encurtou consideravelmente a negociação. Ele deixou o Libertad, do Paraguai, em setembro. Com o currículo vitorioso e a experiência de décadas no futebol, seja como jogador ou treinador, o clube viu uma boa escapatória para não ficar sujeito às vontades da Federação Boliviana de Futebol.


Isso porque o presidente da entidade, Marcos Rodríguez, fez jogo duro para liberar a antiga prioridade do Bota, César Farías. Balizado pela multa rescisória do contrato, o dirigente fez exigências e não liberou o treinador de imediato. A única chance seria a partir do dia 17, depois das rodadas de novembro das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.


+ Botafogo encaminha negociação com Cesinha, ex-Inter




Díaz é esperado no Brasil nesta quinta-feira — Foto: Reuters


O Botafogo viu a condição como inaceitável porque tem pressa para arrumar a casa. No momento, o elenco é liderado pelo preparador de goleiros Flávio Tenius e pelo auxiliar-técnico recém-chegado Lúcio Flávio. Com a proximidade da zona de rebaixamento e a eliminação da Copa do Brasil, a torcida pressionou e a temperatura aumentou nos bastidores. A diretoria viu o risco de ficar à deriva no meio da crise.


Por isso, a intenção é colocar o novo treinador à beira do campo já no domingo, contra o Bahia, fora de casa, pela 20ª rodada do Brasileirão. Díaz é esperado no Rio de Janeiro já nesta quinta-feira para assinar contrato e ser apresentado aos torcedores.


Negativas no mercado brasileiro

A solução gringa não foi a primeira opção do Botafogo. Com quatro meses para o fim do campeonato e a necessidade de resultados no curto prazo, a preferência foi por treinadores experientes do futebol nacional. Só que o mercado não se apresentou favorável.




Ex-Bahia, Roger era o favorito no Bota — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia


Nas buscas iniciais, os dirigentes tentaram Roger Machado, cogitaram Lisca e viram Alexandre Gallo ser oferecido. Nenhuma das alternativas vingou. Limitado financeiramente e diante dos principais nomes do país já empregados, o clube atravessou a fronteira.


Houve sondagem pelo brasileiro Alexandre Guimarães, que fez carreira no exterior, mas o ex-técnico da Costa Rica pretende continuar no mercado de seleções. Foi quando o Bota tentou Daniel Garnero e César Farías, mas as negociações fracassaram.


Após idas e vindas, Ramón Díaz surgiu como um nome experiente e dentro do orçamento. O fator financeiro foi decisivo, mas não pelos salários. Isso porque o argentino chega ao Rio perto da projeção de custo feita por outros brasileiros sondados. Pesou a favor do novo treinador o fato de não estar preso a nenhum contrato com multa rescisória.




Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro