Dinheiro referente ao patrocínio da Viton 44 na gestão de Mauricio Assumpção não entra na conta do clube, mas desonera fluxo de caixa em meio à crise financeira. Ainda cabe recurso da decisão
Em meio à crise financeira em General Severiano, o Botafogo conseguiu uma importante vitória na Justiça na última segunda-feira: uma liminar autorizou o Alvinegro a usar o dinheiro que tem penhorado do patrocínio da Viton 44, ainda na gestão de Mauricio Assumpção, para o pagamento das próximas parcelas do Profut, programa de refinanciamento das dívidas dos clubes com a União. São cerca de R$ 20 milhões em depósitos judiciais por não recolhimento de impostos na época.
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Dinheiro penhorado é referente ao patrocínio da Guaraviton entre 2011 e 2014 (Foto: Divulgação)
O valor continua de posse da Justiça com esta única finalidade, ou seja, não entra na conta do clube. Mesmo assim, é um alívio e tanto para os cofres de General Severiano porque vai desonerar por quase dois anos o fluxo de caixa com esta despesa, que gira em torno de R$ 1 milhão por mês. Já havia um acerto judicial para usar este dinheiro para amortizar a dívida, porém, a União solicitou o abatimento das últimas parcelas, enquanto a liminar do Botafogo determina na ordem crescente.
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Por 2018 ser considerado o ano de maior dificuldade financeira para o clube, com boas perspectivas de melhora a partir de 2019, a intenção foi inverter a ordem de pagamento justamente para aliviar os cofres em seu pior momento. O departamento jurídico alvinegro, representado na ação pelo escritório Mattos Filho, vinha buscando este efeito desde 2015 na Justiça. A decisão (veja na íntegra abaixo) é do desembargador Guilherme Couto de Castro, mas cabe recurso.
Próximos passos
Após fazer um empréstimo de R$ 8 milhões junto ao Banco Daycoval, o Botafogo já recolheu os impostos em atraso e corre para pagar o mês de junho ao elenco – o de julho vence só no dia 10 de agosto – e retirar até semana que vem a única CND que falta renovar, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Com ela, poderá assinar o contrato com a Caixa Econômica Federal para receber a primeira bolada do total de R$ 10 milhões pelo patrocínio master da camisa durante um ano.
Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima, do Rio de Janeiro