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domingo, 30 de setembro de 2018

Zé Ricardo elogia competitividade do Botafogo, mas, contrariado, faz críticas à arbitragem


Time fica duas vezes à frente no placar, mas cede empate para São Paulo. Treinador reclama de não marcação de impedimento em gol de Diego Souza e cobra vermelho a Anderson Martins




Melhores momentos: Botafogo 2 x 2 São Paulo pela 27ª rodada do Brasileirão

Um misto de frustração e alívio para o Botafogo no Nilton Santos, no empate em 2 a 2 com o São Paulo, neste domingo, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro chegou a estar duas vezes à frente no placar, e nos acréscimos viu o goleiro Saulo operar dois milagres no mesmo lance e evitar a derrota. Apesar de a vitória não ter vindo, o técnico Zé Ricardo ficou satisfeito com o comportamento da equipe, mas fez duras críticas à arbitragem, assunto que não costuma comentar.


- É um empate que deixa a gente realmente chateado porque poderia ter saído com a vitória. Enfrentamos o então líder da competição, com grandes jogadores. Deixamos a mensagem da competitividade. Se formos competitivos igual fomos hoje, poderemos jogar de igual para igual diante de qualquer equipe - analisou.



Zé Ricardo em Botafogo x São Paulo — Foto: André Durão/GloboEsporte.com


Se o comportamento do time deixou o Zé Ricardo satisfeito, não se pode dizer o mesmo da atuação do árbitro da partida, Rafael Traci. Avesso a comentar arbitragem, o treinador dessa vez fez duras críticas. Viu impedimento no gol de Diego Souza e disse que Anderson Martins deveria ter sido expulso após matar um contra-ataque quando já tinha cartão amarelo.


O Botafogo entrará mais uma vez com representação na CBF contra a arbitragem, comunicou o vice-presidente de futebol, Gustavo Noronha. As alegações são impedimento de Diego Souza no primeiro gol do São Paulo e a não marcação de pênalti de Carneiro em Igor Rabello.


- Tenho dois anos e meio de profissional. Só lembro de ter falado de arbitragem uma vez, senão me engano na Arena Corinthians, num gol mão do Jô, ainda pelo Vasco. Não gostei da arbitragem. O Rafael não foi bem. No primeiro gol, na minha visão, pode ser passível de discussões, mas acho que Diego estava impedido. Logicamente o nosso atleta não vai dar passe pra trás ali, a bola bateu nele. Anderson Martins, que foi meu zagueiro, excelente zagueiro, poderia ter sido expulso. Passível de expulsão também um lance no Igor Rabello. Nunca justifiquei nenhum tipo de resultado, mas é importante essa questão. Tem que estar atento em todas as situações. De forma geral, acho que a arbitragem foi ruim.


Na próxima rodada, o Botafogo tem clássico carioca contra o Vasco, terça-feira, dia 9 de outubro, no Nilton Santos. Antes, a equipe decide uma vaga nas quartas de final da Sul-Americana contra o Bahia, dia 3 de outubro, também no Nilton Santos. A equipe baiana venceu o jogo de ida por 2 a 1.


Confira mais declarações de Zé Ricardo


Análise da partida


A nossa equipe teve bom comportamento geral, gostei mais no primeiro tempo. Sem dúvida que a gente perdeu volume na marcação com a saída do Jean, demos espaços ao São Paulo, que fez um segundo tempo melhor. Se falar da pontuação dos times, a gente somou um ponto. Mas se falar pelo que criamos, a chateação fica - reconheceu.


Elogios a Saulo

Muita confiança no Saulo e no Diego. Não é fácil substituir dois ídolos da equipe. Jefferson ídolo do clube, e o Gatito que é um ídolo recente. A cada jogo, eles são colocados à prova. A gente viu hoje um atleta corajoso, o São Paulo usou muito a bola aérea. Ele foi arrojado. No lance do São Paulo, foi uma falha coletiva, Rabello já tinha chegado na cobertura, muita gente já tinha passado.


Saulo falhou no segundo gol?

A gente falhou no rebote. Falha coletiva. Ele mostrou um talento que a gente já conhece no final do jogo. É normal essas variações para um atleta que foi colocado à prova. Para mim, deu conta do recado.


Parabéns à equipe

Parabenizei porque a entrega foi muito grande, o respeito ao São Paulo foi muito grande, mas em nenhum momento deixamos de acreditar na vitória. Precisamos ser agressivos, competitivos e sempre com Fair Play.


Gatito perto de retorno?

Não posso responder ainda infelizmente. Avaliamos. Tanto Flavio Tênius quanto Jorcey disseram que tinha de esperar mais. Na terça-feira, antes do treino, certamente vou passar para vocês.


Pimpão no lugar de Erik contra o Bahia

A tendência natural é essa mesma. Acho que são atletas que têm alguma semelhança. Pimpão e Erik gostam de jogar pelo mesmo lado. Temos que ajustar algumas coisas.


Lesão de Jean

Está sentindo muitas dores, mas vamos avaliar com calma para ver como será o aproveitamento dele na sequência. A saída do Jean fez a gente perder volume defensivo. Talvez seja o único com esse volume de marcação no nosso elenco. Gustavo, Matheus e Lindoso são mais criadores do que pegadores. Logicamente que o São Paulo perdendo fez mexidas para ganhar volume.


Crescimento de Kieza

A gente sabe que um jogador com a experiência e rodagem dele é uma questão de oportunidade e fase mesmo. A gente acredita no atleta e tem que passar confiança. Tanto Brenner quanto Aguirre precisam de confiança, mas o momento do Kieza é positivo. O falar dele, o posicionamento e toda preocupação dele ajudam. Feliz por reencontrar o melhor momento dele


Falhas da equipe

Erramos algumas decisões que vínhamos conversando, principalmente no terço final do campo. Não podemos tomar decisões equivocadas, porque Bahia tem muitas armas, e isso pode ser fatal pra gente. Nossa transição poderia ter sido melhor sem dúvidas, tivemos oportunidades. Tecnicamente a gente pecou ao não fazer essa transição.


Gramado do Nilton Santos

Infelizmente nosso gramado não apresenta condições ideais, isso atrapalha, atrapalhou o São Paulo também. Vamos torcer para que a empresa que cuida do nosso gramado tenha tempo para melhorar.


Jogo aberto

Substituições do Aguirre foram para buscar a vitória. A gente com calma poderia ter buscado o terceiro, mas alguns fatores nos impediram. São Paulo conseguiu empate, e o jogo ficou aberto pelo desgaste das duas equipes.


Apoio da torcida

Acho que é uma sequência. Se conseguirmos fazer bons jogos, e a torcida perceber o empenho e a entrega, ela virá. Ela é fundamental pra gente. Foi hoje e será fundamental na quarta-feira.


Promoção de ingressos

Iniciativa muito positiva da nossa direção. É um ano muito difícil, e somente a união de jogadores, diretoria, funcionários e principalmente a torcida pode nos ajudar. O apoio dela nos deixa mais forte para seguir.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Biriba, fundador de 14 anos, Seleção... Com o pai, Erik se encanta no "batismo" em General


Acompanhado do pai, o alvinegro fanático Bernardo, atacante de 24 anos passeia pela história do Botafogo em visita à sede do clube e se impressiona com ídolos e superstições




Fred Gomes



Dos campos de terra do assentamento no Tuerê a destaque do Botafogo, Erik emociona pai


Erik viveu seu primeiro grande dia no Botafogo há uma semana, quando foi o protagonista do triunfo por 4 a 3 sobre o Vitória, em Salvador. Fez um gol e teve participação efetiva em outros dois.


Durante a semana, porém, sem precisar correr, curtiu cada metro percorrido durante sua primeira visita a General Severiano, sede do Botafogo, realizada na companhia do pai, o fanático alvinegro Bernardo Araújo.


Suspiros, sorrisos e expressão de surpresa com cada novidade apresentada chamavam atenção nos semblantes do jogador de 24 anos e do pai, oriundos de Novo Repartimento, no Pará. Erik ainda não tinha estudado a fundo a história alvinegra, mas, dado o entusiasmo com o passeio, apontava para ídolos e os identificava um a um para o pai com propriedade. Parecia o guia de "Seu Bernardo".



Erik aponta para Bernardo as imagens de Garrincha, Didi, Carlos Alberto Torres e outros monstros alvinegros — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Da entrada principal, fitou um muro que fica na calçada oposta à saída da Rua Venceslau Brás e começou a escalar o time: Carlos Alberto Torres, Garrincha, Nilton Santos... Repetiu algumas vezes o nome do Capita. E suspirava: "Que time é esse, pai?".


Após passar pelo Salão Nobre, encaminhou-se para o Túnel do Tempo de General Severiano e logo se impressionou com uma frase escrita na parede e que tanto orgulha os botafoguenses: o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção em Copas.



Erik se sente mais perto da Seleção como alvinegro — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


- Pai, estou mais perto da Seleção, hein (risos)?



Com encantamento nos olhos, Erik e o pai olham para os dois maiores alvinegros de todos os tempos — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com

Parou diante da taça do Carioca de 1907, contemplou uma imagem de Nilton Santos com as mãos sobre o inseparável amigo Garrincha e viajou na história alvinegra... E olha o Túlio aqui... Olha o Josimar acolá... Ídolos, Conmebol 1993, Brasileiro 1995 e o que mais chamou atenção? A superstição de cada dia botafoguense!

- Sensação muito boa. Já vesti camisas de grandes clubes do Brasil. Você sempre se interessa pelas histórias dos clubes, porque o jogador tem que saber o que significa. Hoje foi muito especial. Nunca tinha passado pelo túnel do tempo. Você vê cada história, até a do Biriba, do cachorro. Você não tem muito acesso a isso até porque fica muito focado no clube que está vestindo a camisa e não conhece totalmente a história.



Erik e o pai Bernardo se encantaram com as histórias nas paredes de General Severiano — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


- Superstição, né? Trabalhei com técnicos supersticiosos. A história do jovem de 14 anos (Flávio Ramos, primeiro presidente do clube em que atuou também como goleiro e atacante) que fundou o clube com os amigos também me chamou atenção. É muito interessante saber um pouco mais dessas histórias. A história de ser o clube que mais levou jogadores, até para encarnar mais ainda na gente. É um clube que tem uma história ainda maior do que os outros imaginam.



Erik se impressiona com a história de Flávio Ramos, primeiro presidente do Botafogo e que, aos 14 anos, fundou o clube ao lado de amigos — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com

O trajeto teve paradas obrigatórias diante de algumas imagens de Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas. E, em uma delas, a inscrição: o melhor ponta-direita de todos os tempos.

- Que responsa ser ponta-direita, hein, pai?



Erik é ponta-direita, assim como Garrincha, o maior do Botafogo e da posição de todos os tempos — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


A visita a General Severiano terminou na Sala de Troféus, onde o pai de Erik pôde ver, além de taças, camisas históricas de Jefferson, Loco Abreu, Nilton Santos e outros heróis. E lá, com emoção, recebeu das mãos do filho a camisa do primeiro gol de Erik pelo seu querido Botafogo. E ele não quer parar em uma só.



Erik entrega a camisa do gol marcado contra o Vitória para o pai — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com

- Pai, cuide bem assim como você cuidava das camisas do seu "Botafoguinho" (Bernardo, inspirado no time de coração, fundou em 1993 um Botafogo em Nova Repartimento, no Pará).

- Tomara que você faça mais gols, porque eu vou pegar para mim as outras camisas (risos) - brincou seu Bernardo.

Confira abaixo entrevista feita com Erik após a visita:

Momento feliz no Botafogo

Uma alegria não só para mim, mas para o meu pai. Qual garoto não sonha vestir essa camisa do Botafogo? Essa Estrela maravilhosa? Ele tinha um time com as mesmas cores, inspirado no título da Sul-Americana (Copa Conmebol) de 1993. É algo gratificante dar essa alegria para o seu pai.

+Botafoguense e citado pelo filho na apresentação, pai de Erik não abre mão da camisa de estreia: “Guardar para sempre”



Dá um abraço aqui, papai! — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Visita a General e camisa de presente para o pai

Confesso para vocês que está sendo um momento muito especial da minha carreira. Estou muito feliz com o carinho do torcedor. Fiz um mês aqui e parece que já estou há muito tempo. Fui muito bem recebido e estou feliz por estar correspondendo.


A gente vem de duas vitórias, numa crescente. E o gol, né? É um momento único e marcante. Ia dar minha primeira camisa do clube para o meu pai, tomei nova decisão e resolvi dar a do primeiro gol.


O que representa receber o pai em General?

Vim ao Rio em outras oportunidades, estava brincando com minha esposa, que gosta muito de futebol, que fiz gol no Flamengo, no Fluminense e no Vasco. Já fiz gols no Maracanã, mas o Botafogo foi uma equipe na qual eu não tinha feito gol. O destino quis que eu estivesse aqui realizando o sonho do meu "véio".


Quero viver intensamente cada momento desse clube. Apesar de ser um contrato de pouco tempo (até dezembro), espero que se transforme em muitos anos.



Erik mira a taça da Copa Conmebol, conquistada em 1993 e tratada pelo Botafogo como o primeiro título do clube na Sul-Americana — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com




Lembranças da infância no assentamento agrícola Tuerê, próximo a Novo Repartimento, onde nasceu

Tuerê é um assentamento, onde os vizinhos conviviam com uma proximidade grande de uma casa para a outra. Lembranças muito boas. Meu pai na lavoura plantando e colhendo. Sempre me levando em todos os lugares, aqueles torneios em que todos se reuniam na casa dos outros.

Saí criança de lá, com 10 anos, mas sempre fica na cabeça seu pai te carregando no colo. Tenho muito a minha família na cabeça. Meu irmão, minha mãe. Era só a gente, não tinha TV, uma vida muito simples.



Erik: de Novo Repartimento, no Pará, para os pés do Cristo Redentor em General Severiano — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Acho que a criação que meus pais me deram com humildade e respeito ao próximo ficou muito encarnada em mim. O Tuerê me transformou. Um garoto simples que está em busca de grandes voos lutando para conquistar espaço.


Não é fácil sair do Norte do país, passar por aquelas pontes e estradas complicadas. As pessoas têm de olhar para lá. Sempre vou lá e me machuca muito ver essa realidade. Agradeço muito por sair e por conquistar algumas coisas.


Valeu a pena passar por tudo que passou até chegar aqui?

Com certeza. Com o passar do tempo, você vai amadurecendo e fica um pouco mais durão. Mas você tem que ser realista com coisas que mexem contigo. Se vou a campo, vou me entregar de corpo e alma. No treinamento, vou deixar tudo lá dentro. Jamais vou perder a essência (emocionado). Valeu a pena cada momento difícil, cada dia de serviço que meu pai chegava de tardezinha para dar o alimento para mim e para o meu irmão.


Meu irmão é um orgulho muito maior do que ser jogador de futebol, ele está se formando em Administração. Graças à coragem da minha mãe e do meu pai e pela nossa dedicação. Nos tornamos uma família mais forte superando essas dificuldades.


FUTEBOL NO SANGUE: NASCIDO UM DIA APÓS O TETRA DE 1994, ERIK POR POUCO NÃO VIRA BEBETO...


BERNARDO: Quando Erik nasceu, fomos campeões em 17 de julho, e a cidade estava em festa. Minha esposa já estava sentindo o sinal. Aquilo que me trouxe preocupação porque os médicos estavam todos na comemoração de um título que não ganhávamos há 24 anos. Todo mundo ia comemorar, até quem não gosta de futebol.



Erik e o pai conheceram juntos a sede do Botafogo — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Pensava: "No outro dia esse médico vai estar bom? (risos)" Nasceu com muita saúde, o moleque nasceu na flor da pele pelo futebol. História muito boa. Nasceu com futebol e com o sangue de vencedor que o brasileiro tem. Foi felizardo de nascer num momento de comemoração de um título tão importante. No nosso Brasil, apesar de ter coisas ruins e os governantes esquecerem nossa sociedade, a gente é vencedor, alegre e comemora.


Eu recebi muita ideia dos nossos médicos e amigos de botar Bebeto. Todo mundo pedia, mas eu queria dar um nome diferente para ele. Já tinha um Bebeto em ascensão.


ERIK DIVERGE DO PAI:

Meu nome era para ser Bebeto (risos), mas, graças a Deus, minha mãe não deixou. Ele fala isso, mas ele que queria, minha mãe que não deixou. Se bem que os amigos também falavam em Romário e Bebeto naquela superseleção que foi campeã nos Estados Unidos. Eu nasci um dia depois com os médicos todos em festa (risos).



Erik e Seu Bernardo olham para o time que conquistou a Conmebol em 1993 — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


SEU BERNARDO CELEBRA VISITA

Felicidade e emoção de conhecer a história do Botafogo e como é a casa dele. Recebe torcedor, onde o torcedor se sente à vontade. Orgulho estar aqui não só como torcedor, mas como pai de um atleta que está representando bem essa camisa.



Erik e Seu Bernardo em General Severiano — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Fonte: GE/Por Fábio Juppa, Fred Gomes e Guilherme Oliveira — Rio de Janeiro

Rodada #27: tudo o que você precisa saber sobre Botafogo x São Paulo


Alvinegro e Tricolor se enfrentam neste domingo, às 16h (de Brasília), no Estádio Nilton Santos







— Foto: InfoEsporte


Após protagonizarem ótima partida no primeiro turno (vitória tricolor por 3 a 2), Botafogo e São Paulo se reencontram no Rio de Janeiro neste domingo, às 16h (de Brasília), no Nilton Santos. O duelo é válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.


O Botafogo vem embalado por dois triunfos, um deles fora do Rio (4 a 3 sobre o Vitória, na rodada passada), algo que não conseguia no Brasileiro desde a edição anterior. Novo resultado positivo muda a perspectiva alvinegra na competição e coloca o time na primeira parte da tabela.


O São Paulo busca recuperar os pontos perdidos no Morumbi, onde empatou com o América-MG. Para garantir mais uma rodada na liderança, só a vitória interessa. Até o início da rodada, Palmeiras, Internacional e Flamengo eram ameaças ao Tricolor.


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Transmissão: TV Globo para RJ, SP, RS, SC, PR, ES, GO, TO, MS, MT, SE, AL, PB, RN, CE, PI, MA, PA, AM, RO, AC, RR, AP e DF (com Luis Roberto, Roger Flores, Caio Ribeiro e Paulo César Oliveira) e Premiere e Premiere HD (com Julio Oliveira e Paulo Cesar Vasconcellos).


Tempo real: no GloboEsporte.com, a partir das 15h .



— Foto: Infografia



Botafogo - técnico Zé Ricardo

Praticamente com todos os jogadores à disposição, Zé Ricardo dificilmente fará qualquer alteração em relação ao time que venceu o Vitória por 4 a 3 no domingo passado, no Barradão. A formação com Jean, Bochecha e Lindoso, este mais adiantado, tem agradado. Erik, que sentiu dores no tornozelo direito nesta semana, chegou a virar dúvida, mas melhorou e vai para o duelo.


Quem está fora: Gatito Fernández (em fase final de recuperação), João Paulo e Jefferson (ambos em transição).


Pendurados: Brenner, Aguirre, Renatinho, Erik, Moisés, Luiz Fernando, Marcinho e Matheus Fernandes.




Confira a provável escalação do Botafogo contra o São Paulo — Foto: GloboEsporte.com


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São Paulo – técnico Diego Aguirre

O São Paulo terá mudanças novamente. Com as voltas de Bruno Alves, Rojas (cumpriram suspensões) e Bruno Peres (recuperado de estiramento no adutor direito), Aguirre vai usar o trio como titular. Além disso, o técnico escolheu Reinaldo como ponta para substituir Everton, outra vez desfalque. Assim, Edimar entrará na lateral esquerda.


Quem está fora: Everton (fibrose na coxa esquerda), Arboleda (suspenso), Araruna (contratura na coxa) e Régis (assuntos pessoais).


Pendurados: Bruno Peres, Hudson e Tréllez.




Confira a provável escalação do São Paulo contra o Botafogo — Foto: GloboEsporte.com

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— Foto: Infografia


Rafael Traci apita o jogo, auxiliado por Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta, todos do Paraná.


Por; GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

sábado, 29 de setembro de 2018

Engata a terceira, Fogão!





Domingo é dia de BOTAFOGO! Quem aí quer ver casa cheia e vitória do FOGÃO? (Botafogo de Futebol e Regatas)


Empolgado por duas vitórias seguidas - fato inédito na competição -, o Botafogo recebe o São Paulo domingo, no Nilton Santos, e tenta engatar a terceira no Brasileirão.

Após 26 rodadas, o Tricolor paulista lidera o campeonato com 51 pontos enquanto o Alvinegro, com 32 pontos, ocupa a 12a. posição.

O encontro é de suma importância para o Glorioso que ainda luta para se afastar da parte baixa da tabela e precisa dos três pontos em casa, jogando diante da torcida. Para tanto, a diretoria manteve a política de preços promocionais para os setores populares e espera o apoio de mais de 15 mil alvinegros no estádio.

Nas últimas duas rodadas, os comandados de Zé Ricardo venceram o América-MG por 1 a 0 no Nilton Santos e o Vitória por 4 a 3 no Barradão - a primeira vitória do time fora do Rio. Antes, havia vencido apenas uma vez como visitante. Bateu o Vasco por 2 a 1 jogando em São Januário.

Nota: No intervalo entre essas duas partidas pelo Brasileiro, o Botafogo enfrentou o Bahia na Fonte Nova, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, e foi derrotado por 2 a 1. Os times voltam a ser encontrar na próxima quarta-feira (03/10) no Nilton Santos, decidindo vaga para à próxima fase da competição. Uma vitória simples classifica o Glorioso.

Apesar das vitórias em sequência, o time ainda não conquistou a confiança da torcida. Depois de fazer um partida bem consistente contra o Cruzeiro no NS e não vencer por detalhes (1 a 1), atuou muito mal contra o Fluminense (na oportunidade, um adversário direto na tabela) e saiu derrotado por 1 a 0 do Maracanã.


Em jogo de sete gols, o Botafogo bate o Vitória no Barradão
 e sobe na tabela! (@FoxSportsBrasil)
Mas a fila andou e o Botafogo voltou a conquistar os pontos que precisava. Com isso, Zé Ricardo deve manter a formação vitoriosa com um arranjo de três volantes pelo meio e três atacantes flutuando mais à frente. Dessa forma, Jean, Lindoso e Bochecha ganharam força nos últimos jogos enquanto Erik, Luis Fernando e Kieza se consolidaram como titulares.

Na vitória de 4 a 3 sobre o Vitória, o time manteve um bom volume de jogo e o ataque funcionou. Kieza, que a muito tempo não marcava e era fortemente cobrado pela torcida, abriu o caminho para o triunfo alvinegro. Marcou o gol de empate após dominar a bola dentro da área. Foi seguido por Lindoso que, com muita categoria encobriu o goleiro e fez o segundo após lançamento primoroso de Erik, o destaque da partida. O terceiro foi gol contra do zagueiro Leo Gomes quando tentava cortar um lançamento de Moisés para o miolo da pequena área. Erik fechou o placar com um gol de oportunismo em nova assistência de Moisés que fez uma partida muito ruim no primeiro tempo - o Vitória abriu o placar antes do primeiro minuto de jogo com um lance forçado nas suas costas - e se recuperou no segundo com boas investidas ao ataque.

O gol de Erick foi o primeiro dele com a camisa alvinegra e o atacante se empolgou; tanto que desperdiçou um excelente contra-ataque com três atacantes - ele, Pimpão e Brenner - contra apenas um defensor. O jogador em vez de servir os companheiros bem colocados, preferiu o drible e o arremate quando já dava sinais de exaustão. Foi muito cobrado por isso já que colocou em risco uma vitória que parecia certa até o adversário marcar o terceiro gol no final do jogo.


A última vez que estivemos por aqui, escrevendo, falávamos da necessidade de vencermos o Flu no Maraca, um concorrente direto por posições. Veja: Vindo de empate contra a Raposa, Botafogo precisa vencer o Flu na briga direta por posições... 


O histórico está a favor do São Paulo. Teremos outro jogão no 
Nilton Santos? (Canal Premiere)
Na rodada 27, voltamos a atuar como mandantes. Mediremos força contra o São Paulo no domingo à tarde (16h) em jogo marcado para o Niltão. O visitante lidera o campeonato com um ponto de vantagem sobre o segundo colocado mas não vence há dois jogos. Empatou em 0 a 0 com o Santos na Vila Belmiro e voltou a empatar contra o América-MG em 1 a 1 no Morumbi.

No primeiro turno, jogando no Morumbi, o Alvinegro foi derrotado por 3 a 2, de virada. Os gols do São Paulo foram marcados por Nenê, Everton e Diego e os do Botafogo, por Valencia e Rodrigo Pimpão. Treinado por Alberto Valentim, o Bota saiu na frente com um golaço de Valencia e o São Paulo conseguiu o empate num pênalti inexistente marcado pelo árbitro.

No histórico de duelos entre as equipes no Campeonato Brasileiro, o São Paulo sustenta uma boa vantagem sobre o Glorioso. Em 66 confrontos, o Tricolor paulista conseguiu 26 vitórias contra 19 do Alvinegro carioca. As equipes empataram 21 vezes. O time paulista marcou 93 gols enquanto o carioca marcou 78.

Com uma campanha muito irregular, o Botafogo galgou três posições na tabela com os resultados obtidos nas duas últimas... mais »


Felipao Bfr em Blog do FelipaoBfr 

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Solta a voz! Jefferson revela ter corrido risco de morte, rechaça adiar aposentadoria e mira 2019


Na semana em que volta aos trabalhos com bola, goleiro detalha recuperação e conta planos para estar próximo das crianças alvinegras após pendurar as chuteiras em festas infantis








Jefferson caminhava para um fim de carreira triunfal e tranquilo. Em seu último ano como profissional, já tinha título conquistado (estadual) e a meta de ser um dos três que mais vestiram a camisa do Botafogo (458 partidas) atingida.


Porém em mais uma edição do clássico que lhe ajudou a consolidá-lo como um dos maiores alvinegros da história quase deu a vida pela Estrela Solitária. E não metaforicamente. Ao tentar evitar gol de Lucas Paquetá em 21 de julho, na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, o atleta de 35 anos correu risco de morte no choque com o rival, segundo o próprio revela. A contusão na traqueia o deixou com voz rouca, prejudicou sua respiração, mas não o parou. Na primeira entrevista pós-lesão, o ídolo afirma que o rápido socorro evitou o pior.


- No começo, estava muito ansioso para voltar, achava que era uma simples lesão, tanto que no jogo eu tentei voltar. Fiquei cinco minutos e não consegui. Até meu médico chegar e falar numa das consultas: "Vou te mostrar passo a passo o que aconteceu para você ver a importância de se recuperar". Ele disse com as seguintes palavras: "Jefferson, você tem que agradecer muito a Deus, porque você poderia até ter morrido naquele episódio ali" - revelou.


++Assista também à reportagem de Plácido Berci, que será exibida no Globo Esporte RJ a partir de 12h30 (horário de Brasília) e no Tá na Área, marcado para 17h.



Jefferson recebeu o GloboEsporte.com em sua casa — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Imortal na história alvinegra e forte fisicamente, inclusive com mais massa muscular do que tinha antes da contusão, Jefferson não mudou de ideia em relação aos planos de se aposentar. O "gostinho de quero mais" após mais de dois meses sem atuar não rolou. Tem a expectativa de ainda jogar em 2018, treina com bola ainda nesta semana, mas para em dezembro. E isso é inegociável.


- Minha carreira no Botafogo, graças a Deus, foi muito positiva, vitoriosa, com muitos títulos e conquistas. Vejo futebol como oportunidades, são crescentes e desde 2010 que a gente vem alcançando grandes objetivos no Botafogo. Títulos, brigamos pelo Brasileiro, mas nos últimos três anos as coisas não têm saído como queríamos. Depois da lesão (no tríceps do braço esquerdo, sofrida em 2016) foi bem complicada a volta. Foi uma lesão muito rara, aí realmente perdi muitas oportunidades, até mesmo na seleção brasileiro, e isso realmente acabou me desmotivando um pouco.


Confira na íntegra o papo com Jefferson, que recebeu em sua casa o GloboEsporte.com para uma entrevista com duração de 35 minutos:


Sequelas da contusão sofrida em julho: voz e respiração

A última lesão no jogo com o Flamengo também foi complicada, raramente acontece no mundo do futebol. Tive a pancada, até hoje tenho a sequela. Se eu for falar o dia todo, no fim do dia já estou sem a voz. Isso ainda vai mais alguns meses. Isso me prejudica nos exercícios físicos, porque fico ofegante muito rápido. Em outras palavras, poderia ter acontecido algo bem pior naquela lesão se o tratamento não fosse tão rápido.


Trabalho com bola ainda nesta semana

Estou em fase de recuperação, creio que daqui a pouco já estou mexendo com bola para terminar o ano bem. Já voltei a fazer a parte aeróbica. Como fiquei um mês e meio parado, tem a parte física e depois a gente vai entrar com a parte técnica.


Já deve treinar com trauma, se jogando nas bolas?

A tendência agora é forçar muito a parte aeróbica e respiração, até para poder fazer trabalhos intensos com o grupo.


Explicação da contusão

Teve uma lesão na traqueia que realmente me prejudicou até a respirar. Se fosse só nas cordas vocais, seria tranquilo. Realmente muito rara. Tinha um mínimo para respirar. Se você vir a pancada, fechou tudo. Não conseguia nem respirar.


Aposentadoria mantida
Mantenho. Fiz questão de avisar isso até mesmo antes do ano, até para não ter especulações dependendo de como eu poderia chegar no fim do ano. Poderia chegar com título, poderia chegar jogando ou não. Já tomei essa decisão antes, independentemente do que viesse acontecer. Já estou certo de poder seguir outros rumos.


Medo de encerrar a carreira sem jogar em 2018?Minha ideia é poder voltar, fazer mais jogos nesse fim de ano e ajudar o Botafogo. Não pensar na minha carreira pessoal, porque, graças a Deus, já consegui o que eu almejava. Agora a intenção é ajudar o Botafogo a escapar da zona do rebaixamento e, se Deus quiser, conquistar a Sul-Americana.


Mas eu não penso em encerrar em mais um jogo. Minha carreira já foi muito bonita, independentemente do que acontecer daqui para frente. Sou muito orgulhoso do que já fiz pelo Botafogo.



Jefferson conversa com a reportagem em sua casa — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com



Não pensa em despedida nem mesmo caso você não se recupere a tempo de jogar em 2018?
Não faço essa pressão, acho que seria injusto da minha parte fazer essa pressão em cima de mim, até por tudo que já me doei ao Botafogo e por tudo que já deixei de fazer pela minha família e por mim mesmo. A intenção agora é ajudar. Se eu puder terminar o ano ajudando em campo e fora dele, para mim é suficiente.


Depois que o médico falou em risco de morte, qual foi a sua reação?

Foi onde que eu pensei: "Opa, o negócio foi mais sério do que eu pensava". Aí realmente dei uma recuada. E, com ele mostrando, vi que foi uma coisa muito grave. Se eu paro de respirar ali, era coisa de segundos. Ele disse: "Você escapou de duas coisas: risco de morte e cirurgia. Se você precisa fazer cirurgia, seriam sete meses sem falar".


Quando ele me liberou para fazer o trabalho aeróbico, fiz o trabalho na academia e a esteira. Mas vi que não estava recuperado. Sempre depois dos exercícios, eu via que fechava. Por isso, agora estou fazendo mais com calma para a lesão não voltar.


Chegou a pensar por exemplo "Pronto, me aposentei, não vai dar mais para voltar" ?

Pensei, pensei sim. Eu acho que seria muito injusto me cobrar nessa reta final por tudo que já me doei pelo clube. Até o Botafogo está entendendo minha situação, fala para eu me cuidar, voltar no meu tempo e voltar bem, independentemente de jogar ou não.


Meu intuito é voltar para ajudar o Botafogo, não para fazer jogo de despedida. Estar no grupo. Mas pensei sim: "cara, agora é difícil eu voltar". Mas, com a evolução, está tudo dando certo.


Agora está bem esperançoso que vai jogar em 2018, não é?
Estou bem esperançoso, porque faltam praticamente dois meses e meio para acabar o ano. Creio que nessa semana a gente já volta a mexer com bola e a parte técnica. Estou trabalhando bastante na academia também. Força não perdi, pelo contrário: até ganhei mais força, então vai ser rápido.


De volta ao time: você ainda nem trabalhou muito com Zé Ricardo. Como analisa o momento agora com ele à frente do time?

Muito delicado. A gente não tem que responsabilizar o Zé Ricardo. Pelo contrário. Vem fazendo um grande trabalho. Pegar o time na situação que ele pegou é complicado. Do ano do Botafogo em si, mesmo com o título carioca, acho que a gente poderia ter chegado mais longe. O objetivo do Botafogo hoje é escapar da zona de rebaixamento e brigar pelo título da Sul-Americana.


Para que as pessoas que permanecerem no Botafogo possam sentar no ano que vem e verem no que erraram e no que acertaram. Para que o Botafogo possa estar forte para brigar por Brasileiro e Copa do Brasil, e isso não é um sonho só meu, mas da torcida também.


Seu 2018 caminhava para um final quase perfeito, mas o Botafogo se enrolou na tabela e voltou a lutar contra o Z-4. Durante a lesão, isso mexeu com você?Minha preocupação que tinha e na realidade tenho, mesmo não atuando em campo, é ajudar fora dele. Não posso parar esse ano, e o Botafogo brigando para não cair. Sempre falei com os jogadores, e todos entendem a situação, mesmo os que estão em fim de contrato ou os que já estão para serem negociados. Falei: "Cara, temos que terminar o ano com o Botafogo lá em cima". Isso é uma preocupação. Temos que escapar da zona de rebaixamento o mais rápido.



Jefferson espera atuar ainda em 2018 — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Tem conversado com os goleiros Saulo e Diego?

Muito. São duas grandes pessoas, dois grandes goleiros. O que acontece é que o time não vem vivendo um bom momento, e o jogador entrar nessa situação é difícil. Vai sobrecarregar e estourar lá atrás. Se eles tivessem entrado num momento bem melhor do Botafogo, talvez haveria tempo para amadurecer com mais calma. Talvez a cobrança esteja grande em cima deles por causa disso. O time não vem em bom momento, e eles vêm sendo exigidos mais rápidos. São jovens, têm que aprender muito no futebol, mas creio que estão dando conta do recado.


Pensou em como deve estar a cabeça dos dois com a sua ausência e a do Gatito num momento difícil da equipe?

Claro que a gente pensa muito no Botafogo, a gente sabe da importância que têm dois grandes goleiros como eu e Gatito. Mas, como entrei com 17 anos e dei conta do recado, eu passo isso para eles. Que eles possam acreditar, converso com eles praticamente todo dia, explico a minha trajetória, falo dos jogos que tive com 17 anos. A gente tem que acreditar, até porque são os dois que temos hoje. Gatito estreou novo, eu estreei, e eles estão dando conta do recado.


A aposentadoria está próxima. Qual a sensação de saber que é um dos maiores jogadores da história do clube?

Muito orgulho. De onde eu saí, em Assis, no interior de São Paulo e com todas as dificuldades que passei na infância. Minha mãe me deu bastante força praticamente criando quatro filhos sozinha. Foi interessante que nessa semana minha mãe (Maria Sônia) mandou umas fotos para mim e me contou uma história que nem eu sabia.


Eu quase morri com dois meses porque fiquei muito desidratado. Ela não sabia o que fazer sem dinheiro. E ela falou: "Glorifico muito a Deus de onde Ele te tirou e onde você está hoje".


Eu não uso isso para poder talvez ir em certos tipos de lugares. Eu sou do povo, eu ando na rua. Essa ficha tá comigo, mas não é a realidade. Se levar isso, você pode acabar menosprezando algumas pessoas, não indo nos lugares onde você gostaria de estar, mas eu trato com naturalidade.


Mas você é consciente de que é um dos maiores do Botafogo, certo?

Eu tenho consciência, mas creio que a ficha não cai. Até prefiro que não caia, mas tenho consciência.


Botafogo é minha paixão, minha segunda casa, minha segunda pele. Realmente sou muito grato a Deus e ao Botafogo por ter me proporcionado chegar onde cheguei.


Anderson Barros, ao passar o boletim sobre sua contusão, brincou: "o Jefferson está igual a um pato rouco". Como foi a reação das suas filhas (Nicole, 10 anos; Débora, 8; e Jéssica, 5) ao escutar a voz do papai tão diferente?


Foi engraçado porque eu falava muito em mímica com elas. Elas são muito cuidadosas. "Papai, você não pode falar nada". Eu falava baixo com elas. E elas e minha esposa cuidaram muito bem de mim em casa.



Jefferson ri ao falar da voz de "pato rouco" — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


No treino, as pessoas observaram que você voltou mais forte. Estava malhando muito?

A gente estava malhando bastante até para não perder massa muscular. Não só não perdi, mas ganhei mais. Acho que agora é mais parte aeróbica. Previsão de volta não tenho, é mais gradativo. Vamos ver a evolução.


Você e Gatito têm conversado muito nesses dias após o seu retorno aos treinos no campo anexo. Como têm sido esse papos?

Nesse momento, a gente se aproximou mais ainda, até pela dificuldade que a gente vem enfrentando juntos com essas lesões. Mas é interessante que a gente não comenta só de futebol, é importante se conhecer.Ele comenta das coisas lá no Paraguai, é um cara que gosta de pescar e de ir no rio.


Eu comento das minhas coisas também. No momento que a gente tem para descansar, a gente acaba se aproximando.Ele gosta de umas caminhonetes, mostra no vestiário. É bem bacana que a gente se aproximou mais com essa situação.



Essa baixinha é apaixonada pelo Jefferson. E olha o carinho dele com ela. O ídolo bateu o maior papo com ela. Olha a admiração da pequena. #gebota


Postar uma imagem sua é certeza de muitas curtidas, é empatia instantânea. Já está preparado para se afastar e, automaticamente, sentir falta desse enorme carinho?

Pelo contrário. Eu estou fazendo alguns projetos de poder me aproximar ainda mais dos torcedores, porque a gente vive numa correria e não consegue esse contato com eles. A gente vê eventos que o Botafogo promove, como a Feijoada do Fogão, só que não tem tempo para fazer isso. Me aguardem, eu vou estar mais próximos dos torcedores após a minha aposentadoria.


Nós jogadores trabalhamos muito na mídia social, mas eu prefiro o contato. Uma vez em Manaus, por exemplo, o aeroporto e o hotel estavam tomados. O protocolo é de chegar, o segurança abre, e a gente sobe para o hotel. Você dá um tchauzinho lá de cima e tudo bem. Só que não. Eu quebro esse protocolo. Penso: "O Botafogo vem pouco para cá, eu não posso manter isso". Desci, fiquei no meio do povo. Chegamos uma hora da manhã, fiquei uma hora no meio do povo.


Eu procuro fazer e quero ter esse contato com os torcedores, não só de rede social, principalmente depois que eu parar.


Como se divertiu nesse período de recuperação?

Com a proximidade da família. Coisa que não tem preço, a gente procura fazer de coração. Renova as energias. Gosto muito de ir no cinema, na praia e assistir filmes com elas. Gosto muito de levar minhas filhas na escola, até o pessoal fala: "Você tem vindo mais à escola com elas". Isso não tem preço (sorri).


Como tem sido a contagem regressiva para o fim no contato com os funcionários no Nilton Santos?


Está sendo bem difícil. Graças a Deus, tenho muitos amigos no Nilton Santos e no Botafogo. Até os roupeiros e massagistas falam: "Não para não". Me chamam até de Seu Jefferson (risos). Digo "cara, a gente sempre vai manter contato". O que pude fazer pelo Botafogo foi feito de alma. Sei que não acabou, mas é muito difícil você saber que está acabando e não tem mais volta.


Não se desliga do Botafogo, não é?

A gente nunca se desliga. A identidade do Jefferson é o do Botafogo. Fui fazer cruzeiro em Miami, e o pessoal ficou falando: "Olha o goleiro do Botafogo". Às vezes sabem que é do futebol, não sabem o nome, mas sabem que é do Botafogo. Até por isso não quero fazer jogo de despedida, é um até logo. Mas é difícil saber que está chegando a hora, mas chega para todo mundo.


Como vai ser o Jefferson de 2019?

Primeiro é cuidar da minha família, o segundo é estar mais tempo na minha cafeteria. Têm os eventos que quero poder fazer representando Botafogo. Vou me mudar para o interior de São Paulo.



Jefferson é empresário e tem a Beato Cafeteria. Em casa, serviu um café para a equipe de reportagem — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Está ansioso pela nova fase da vida, em São José do Rio Preto e no comando da Beato Cafeteria?Estou tranquilo, já estive bem ansioso, até porque a transição para o jogador não é fácil. Sou uma pessoa muito decidida do que eu quero, tenho meus negócios fora do futebol. Então você tem que fazer o meio-campo, mas estou bastante confiante, minha família e minhas filhas também estão bastante animadas. Elas gostam de São José do Rio Preto.


Como investiu no café?

Lugar onde encontrei uma vida fora do futebol. Jogador fica muito tempo no futebol, e a cabeça fica muito no futebol. Ele acaba de jogar e não sabe mais o que fazer. Vai ser empresário, treinador. Eu, graças a Deus, encontrei outro cantinho e outra paixão que é o café. Sempre viajei muito, peguei muitas coisas do meu gosto e do brasileiro para fazer a Beato Cafeteria. Gosto muito do contato com as pessoas, que é uma das coisas que a gente tem muito no futebol, nas ruas. Fico muito feliz de bater papo na cafeteria e conversar sobre futebol.


Eventos com crianças botafoguensesAté uma novidade que vou abrir mais para frente e coisa que gosto muito é o contato com as crianças. Vejo que algumas crianças às vezes gostariam de seu ídolo ir no aniversário deles. Já fui a alguns aniversários. Gostaria de tirar esse tempo e fazer surpresas para crianças em aniversários, em festas de casamento. Já me chamaram muitas vezes, mas nossa agenda não permite.


Você proporcionar essa alegria para as pessoas não tem preço. Não me esqueço quando eu era do Cruzeiro, e o Dida parou na minha frente e me deu atenção. Meu olho brilhou. Não esqueço, e as crianças não esquecem. As pessoas que são botafoguenses e fãs não esquecem isso, então tenho esse projeto de poder estar mais próximo dos torcedores para 2019.



Jefferson, seus troféus e faixas conquistadas pelo Botafogo — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com

O que significa o Botafogo para você?Botafogo é minha paixão, minha segunda casa, minha segunda pele. Realmente sou muito grato a Deus e ao Botafogo por ter me proporcionado chegar onde cheguei.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Plácido Berci — Rio de Janeiro

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Erik revive fase do Goiás e se torna principal nome do Botafogo em só um mês: veja balanço dos reforços


Atacante emprestado pelo Palmeiras tem maior destaque entre contratações, seguido de perto por Luiz Fernando. Dos 11 jogadores que chegaram ao clube em 2018, grande parte decepciona




Info Esporte


Após manter a base da equipe do ano passado, que brigou até o fim pela vaga na Taça Libertadores, o Botafogo apostou em 11 reforços para deixar o grupo mais forte em 2018. Mas grande parte das contratações decepcionou, e o nome que melhor encaixou no time foi justamente o último a chegar a General Severiano: Erik.


Com apenas um mês de clube, completado esta semana, o atacante, emprestado pelo Palmeiras e com passagem apagada pelo Atlético-MG, parece enfim ter reencontrado a boa fase dos tempos de Goiás. No Esmeraldino, disputou 103 jogos, marcou 36 gols, foi eleito a revelação do Campeonato Brasileiro de 2014 e convocado para a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 2015.


O GloboEsporte.com fez um balanço dos reforços alvinegros:

ERIK


Erik se tornou referência do time de Zé Ricardo — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


O atacante mal chegou e já virou xodó da torcida. Apresentado no dia 24 de agosto, ele foi regularizado e estreou no dia seguinte, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport. Foram apenas seis jogos até aqui, mas já o suficiente para apresentar suas credenciais. Rápido e habilidoso, tem sido o jogador mais agudo, tem construído as principais jogadas, fez um gol e deu duas assistências. Na última partida, contra o Vitória, participou dos quatro gols do triunfo por 4 a 3.


LUIZ FERNANDO



Luiz Fernando tem sido o organizador do Botafogo ofensivamente — Foto: André Durão


Maior investimento do Botafogo em 2018, o meia-atacante que custou R$ 2,5 milhões vem logo atrás de Erik em termos de desempenho. Apesar de ter começado o ano como titular, oscilou muito no início e custou tanto a se adaptar quanto a driblar a timidez. Mas cresceu muito de produção após a Copa do Mundo, principalmente com a chegada de Zé Ricardo. Com personalidade, assumiu a camisa 10 e já disputou 43 jogos pelo clube, com quatro gols e duas assistências.


KIEZA

Kieza é o artilheiro do Botafogo no ano, mas convive com crríticas — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O centroavante, que rescindiu com o Vitória e chegou a General Severiano em definitivo, começou voando no clube e é o artilheiro alvinegro na temporada com nove gols, além de uma assistência. Porém, ele sofreu com lesões e caiu muito de rendimento após a Copa do Mundo, chegando a ficar nove jogos sem marcar e virando alvo de cobrança da torcida durante o jejum. Mas voltou a ser decisivo no triunfo por 4 a 3 sobre o Vitória no último domingo.


MOISÉS


Moisés foi titular absoluto com todos os técnicos alvinegros no ano — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Assim como Kieza, o lateral-esquerdo emprestado pelo Corinthians chegou com tudo, virou titular imediatamente e conquistou a torcida com grandes atuações no Carioca. Após uma lesão, também sofreu queda de produção e conviveu com algumas críticas da torcida por falhas pontuais em gols dos adversários. Mas, apesar da oscilação, firmou-se como dono da posição. Já tem 30 jogos e, sem gols ou assistências, tem na força física e marcação os seus pontos fortes.


JEAN


Jean tem se destacado pela marcação e assistências — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Também emprestado pelo Corinthians, o volante desembarcou em General Severiano com status de titular, mas demorou a conquistar seu espaço no time. Só se firmou mesmo recentemente com a chegada de Zé Ricardo, com quem já havia trabalhado no Vasco. Pela luta e entrega em campo, vem conquistando a torcida, embora tenha disputado só 14 jogos até aqui. Não fez nenhum gol, mas já deu três assistências e tem média de quase três bolas roubadas por partida.


YAGO


Yago jogou apenas cinco partidas pelo Botafogo até aqui — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Outro atleta emprestado pelo Corinthians, o zagueiro foi contratado por causa da iminente possibilidade da saída de Igor Rabello na janela internacional, o que acabou não se concretizando esse ano. Enfrentando forte concorrência no setor, que conta ainda com o capitão Carli, ele só estreou em maio e jogou muito pouco até o momento: apenas cinco partidas. Mas correspondeu quando exigido e não chega a ser uma decepção, já que não chegou com status de titular.



AGUIRRE


Aguirre produziu muito pouco até aqui pelo que se esperava dele — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


A primeira decepção se dá pela expectativa frustrada até agora sobre o principal reforço do clube, pedido pela torcida, antes da chegada de Erik. O atacante uruguaio, emprestado pela Udinese, da Itália, por R$ 800 mil, também só estreou em maio devido à recuperação de uma cirurgia no joelho. Tem na finalização o seu ponto forte, mas jogou pouco até aqui: foram apenas 20 jogos (só sete como titular) e um gol, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport. E já foi expulso duas vezes.


RENATINHO


Com apenas um gol e uma assistência, Renatinho está devendo — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Assim como Aguirre, o meia emprestado pelo Mirassol-SP também tem apenas um gol com a camisa alvinegra: na derrota para o Vasco por 3 a 2 na final do Carioca. Só que ele jogou um pouco mais do que o uruguaio, somando 24 jogos e ainda uma assistência. Foi mais um que chegou com status de titular e grande expectativa, mas está longe de correspondê-las e tem sua temporada mais marcada por lesões até o momento.


MARCELO


Marcelo não joga pelo Botafogo há quase um mês — Foto: Vitor Silva/SSpress/Botafogo

O volante chegou por empréstimo do Maccabi Tel Aviv, de Israel, e fez parte da campanha do título Carioca de 2018. Mas nem de perto repetiu as atuações que o projetaram no Vitória, onde foi revelado em 2016, e jamais se firmou como titular no Botafogo. Sua passagem também tem sido marcada por lesões (atualmente trata um problema no joelho) e jogou muito pouco: foram só 13 partidas, sem gols ou assistências.


JOÃO PEDRO


João Pedro foi pedido de Valentim, mas nunca se firmou — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Emprestado pelo Atlético-PR, o meia foi um pedido do ex-técnico alvinegro Alberto Valentim, atualmente no Vasco. Chegou com status de melhor jogador do Campeonato Paranaense e com grande expectativa para refazer a dupla com Renatinho que fez sucesso no Paraná, na Série B do Brasileiro do ano passado. Porém, ele tem tido pouquíssimas oportunidades e entrou em campo apenas sete vezes pelo Botafogo, sem nenhum gol ou assistência.


LEANDRO CARVALHO


Após quatro jogos, Leandro Carvalho foi emprestado e hoje está no Ceará — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Primeiro reforço do clube em 2018, o atacante ex-Paysandu assinou contrato com o Alvinegro até o fim de 2020, mas foi a maior decepção até aqui. Disputou apenas quatro jogos, sem nenhum gol ou assistência. Também foi atrapalhado por uma lesão que precisou de cirurgia no joelho e, após o tempo de recuperação, pediu para ser emprestado ao seu ex-clube Ceará, onde tem ido bem. Talvez no ano que vem ele possa ser no Botafogo o jogador que a diretoria buscou.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima — do Rio de Janeiro

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Agora vai? Gatito volta a treinar normalmente no Botafogo e fica mais perto do retorno aos jogos


Recuperado de lesão no punho direito, goleiro mostra desenvoltura em atividade desta quarta-feira. Chances de enfrentar o São Paulo neste domingo no Nilton Santos, porém, são pequenas




Vitor Silva/SSPress/Botafogo


As chances de enfrentar o São Paulo no domingo, às 16h (de Brasília), pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, ainda são pequenas, mas Gatito Fernández está mais perto de retornar aos jogos do Botafogo. Recuperado de uma lesão no punho direito, o goleiro paraguaio voltou a treinar normalmente no fim da tarde desta quarta-feira, no campo anexo do Nilton Santos.


Ao lado de Saulo, Diego e André, Gatito foi um dos goleiros que se revezaram em dois campos reduzidos, onde quatro times de seis jogadores de linha se enfrentaram. Ele participou de "mini coletivos" e mostrou desenvoltura, fazendo inclusive belas defesas e recebendo elogios do técnico Zé Ricardo.


Mas os alvinegros ainda precisam ter calma. Gatito chegou a voltar a treinar normalmente no início de agosto, e o Botafogo planejou até um jogo-treino para avaliá-lo antes da partida contra o Nacional-PAR, na segunda fase da Copa Sul-Americana. Porém, o goleiro teve uma inflamação no punho e precisou de mais tempo de tratamento.

Gatito sofreu uma fissura no punho direito no empate por 1 a 1 com o Sport na Ilha do Retiro, no dia 23 de abril. A previsão inicial era de um mês afastado dos gramados, mas a consolidação do osso levou mais tempo do que era esperado. O goleiro precisou ficar um longo tempo com o braço imobilizado e voltou a treinar só com os pés para manter a forma.

Junto com o departamento médico alvinegro, Gatito chegou a procurar um especialista em punhos fora do clube nos últimos meses, e lhe foi recomendado continuar o tratamento que vinha sendo feito. Se não sentir mais dores, o goleiro dependenderá apenas de ritmo de jogo para jogar, já que está fora de combate desde abril.


Leo Valencia fora contra o São Paulo


Leo Valencia segue em tratamento da lesão na panturrilha direita — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Se restam remotas chances para Gatito jogar domingo, para Leo Valencia não há. Com uma lesão na panturrilha direita, o meia chileno ainda está com dores, segue mancando bastante e já está descartado para a próxima rodada. Quem também continua fora é o volante Marcelo, que está com problema no joelho esquerdo.


Assim como aconteceu semana passada, Erik voltou a sentir dores no tornozelo direito, onde recebeu uma pancada na vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, e não foi a campo nesta quarta-feira. Mas como restam mais três dias até o jogo contra o São Paulo, o atacante, destaque da equipe nos últimos jogos, ainda não está descartado.


Recuperado de uma fratura na canela direita, João Paulo foi outra novidade do treino desta quarta e voltou a treinar normalmente com o grupo. Porém, o volante segue sem prazo para voltar a jogar. A expectativa do jogador é de atuar pelo menos mais uma partida em 2018.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — do Rio de Janeiro