Em 18º lugar na tabela e com apenas 11 pontos conquistados, o Glorioso é a única equipe com apenas uma vitória na competição
Botafogo saiu na frente com Victor Luis, mas cedeu o empate - (Foto:Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo precisa ligar o alerta no Campeonato Brasileiro. Em 18º lugar e com 11 pontos conquistados, o Glorioso é a única equipe com apenas uma vitória na competição. Além disso, empatou pela oitava vez no Brasileirão, também liderando o quesito na tabela.
O empate vem sendo uma rotina nada agradável para o torcedor do Botafogo. Após ceder a igualdade no jogo diante do Atlético-GO, o Alvinegro completou o oitavo jogo seguido sem vitória na competição. São ao todo oito empates em 11 partidas, campanha que explica o time atualmente na zona de rebaixamento.
Vale destacar que o Botafogo já atingiu o dobro de empates na atual edição do Brasileirão em comparação ao campeonato de 2019. Na última temporada, o Alvinegro empatou apenas quatro vezes durante toda competição.
Sem vencer desde o dia 19 de agosto, diante do Atlético-MG de Jorge Sampaoli na 4º rodada, o Alvinegro tem apenas uma vitória no Brasileiro, ficando com o posto de equipe com menos vitórias na tabela. Goiás e Bahia, 19º e 20º na tabela, somam dois triunfos na competição.
Apesar da campanha ruim e da permanência na zona de rebaixamento, a comissão técnica do Botafogo mantém a confiança no trabalho. Em entrevista coletiva após o empate diante do Atlético-GO, o auxiliar técnico de Paulo Autuori, Renê Weber, ressaltou a criação da equipe apesar dos empates e lamentou os resultados que o time deixou 'escapar' durante a competição.
- Se você cria situações e não executa é sinal de que a equipe cria ao contrário dos resultados finais, desse alto número de empates. Em vários jogos estivemos na frente e acabamos sofrendo empate no final. Preocupante é quando não se cria nada. A gente tem criado, mas os resultados têm nos escapado. Não fizemos bom jogo, o desgaste começa a aparecer. Não só pra gente, mas pra todas as equipes. E não há como treinar. Só pensar no próximo jogo - disse o auxiliar.
O Botafogo volta aos gramados no Campeonato Brasileiro na próxima quarta-feira, diante do Bahia, às 21h30, no Nilton Santos, em jogo adiado da primeira rodada que foi remarcado.
Time sentiu dificuldades de aproximar meio de campo com jogadores de frente e vê principal chance diante do Atlético-GO ser desperdiçada por Luiz Otávio
Melhores momentos: Atlético-GO 1 x 1 Botafogo pela #12ª rodada do Brasileirão 2020.
Luiz Otávio recebe ótimo passe de Bruno Nazário na área e finaliza em cima de Jean, que impede o que poderia ser a vitória do Botafogo diante do Atlético-GO na noite do último domingo. O lance, aos 23 do segundo tempo, serve de exemplo para o comportamento do time alvinegro no Estádio Olímpico. O Bota teve espaços e conseguiu criar, mas explorou muito mal as oportunidades.
Pela oitava vez em 11 jogos, o Botafogo empatou no Brasileirão.
Sem Marcelo Benevenuto, Autuori manteve o esquema com três zagueiros e deu oportunidade a David Sousa. O time ficou enterrado na defesa em boa parte do primeiro tempo, com os três defensores mais os laterais esperando o Atlético-GO, que usou muito as pontas do campo. Mas o Bota teve espaço para trabalhar no ataque e, de certa forma, teve volume.
Com o lado esquerdo da defesa sendo intensamente explorado pelos adversários, o jovem Sousa conseguiu fazer partida segura e ajudar Victor Luis, que por vezes teve dificuldades de controlar o ímpeto dos mandantes.
Com os laterais ocupados com a marcação, o Botafogo perdeu força ofensiva pelas pontas e faltou explorar esse recurso diante de um Atlético-GO que deu vários espaços. Kevin teve mais liberdade pra isso, mas não foi efetivo nos cruzamentos e passes.
Bruno Nazário fez boa partida, mas ficou afastado na transição — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Com dez finalizações contra quatro do Atlético-GO na primeira etapa, o Botafogo criou, mas não esteve tão perto do gol até um chute de Victor Luis pegar na mão de João Victor. Uma jogada que terminaria em nada. O próprio lateral converteu a penalidade.
Faltou também um meio-campo mais participativo. Forster, que "vira" volante quando o Botafogo tem a bola, deixou a desejar na aproximação com os jogadores de meio. Nazário, mais adiantado e próximo aos atacantes, precisou recuar para receber bolas, o que afeta sua produtividade na frente. Mesmo assim, o camisa 10 conseguiu boas situações, deu passes que terminaram em finalizações e participou da principal jogada do Botafogo na partida: a finalização de Luiz Otávio para defesa de Jean.
- No primeiro tempo a gente conseguiu um bom jogo. No segundo também. Foi um detalhezinho que acabamos errando, uma saída. Uma bola difícil ali no meio. Estávamos sem jogador ali. Aconteceu, tomamos o gol. A gente fica triste por mais um empate, mas é fora de casa e um adversário difícil - avaliou Forster.
O Atlético-GO fez um jogo sem variação no Olímpico, mas a insistência acabou em gol. Após erro na saída de bola do Botafogo, o time mandante ficou com a bola na direita, em jogada previsível, e chegou à linha de fundo para um cruzamento que terminou em gol de Hyuri.
Depois de sofrer o empate, o jogo ficou mais aberto e faltou ao Botafogo movimentação e decisões acertadas, o que tem sido comum. O time não deu trabalho ao Atlético-GO. Foi facilmente marcado. Pedro Raul, que jogava bem, saiu, enquanto Matheus Babi, em sua pior partida até aqui, ficou. A entrada de Davi Araujo fez o Botafogo crescer e aumentar a presença no ataque, mas não passou disso. Kalou entrou mal novamente.
Vimos um time que criou, teve um número considerável de finalizações (17), mas esteve longe de surpreender.
O desgaste vai ser um problema para todas as equipes no Brasileirão, mas pode ser fatal para um time com poucas peças como é o Botafogo. A equipe alvinegra é pouco reativa e decisiva. Na próxima quarta-feira, às 21h30, no Nilton Santos, receberá o Bahia para o que será seu nono jogo em setembro.
Deu bom
David Sousa. O zagueiro de 19 anos foi seguro, apesar de algumas movimentações equivocadas, e ganha confiança para ter novas oportunidades. A avaliação interna do jogador já era positiva no Botafogo. Tem evoluído fisica e tecnicamente. Esquema com três zagueiros está amadurecendo. O trio de defesa funcionou bem. Kanu e Forster fizeram boa partida também no Olímpico. Davi Araujo. Desponta como opção de velocidade para um time que carece de explosão e movimentação no ataque.
Deu ruim
Victor Luis. Lateral marcou o gol, mas não conseguiu conter avanços do ataque adversário e ficou devendo no apoio aos jogadores de frente. Luiz Otávio. O volante não se apresenta como opção segura no banco de reservas. Mais uma vez entrou mal e desperdiçou a grande chance de vitória do Botafogo. Caio Alexandre, que deu lugar a Luiz, também não somou para o time no primeito tempo. Matheus Babi. Depois de uma sequência positiva, o centroavante faz mais um jogo abaixo. Errou quase tudo que tentou e se movimentou menos diante do Atlético-GO. O erro nas decisões foi um problema dele e do Botafogo como um todo no terço final. Kalou também entrou mal.
Volante foi substituído no intervalo do empate em 1 a 1 com o Atlético-GO
Melhores momentos: Atlético-GO 1 x 1 Botafogo pela #12ª rodada do Brasileirão 2020.
O Botafogo, que teve desfalques importantes no empate em 1 a 1 com o Atlético-GO neste domingo, poderá ter outro problema para a sequência do Campeonato Brasileiro. Caio Alexandre sentiu desconforto na parte posterior da coxa esquerda. O volante será reavaliado no Rio de Janeiro e já vai iniciar tratamento nesta segunda-feira.
Caio foi substituído no intervalo pelo também volante Luiz Otávio de pois de ter feito um primeiro tempo abaixo do esperado. O Botafogo viaja ainda nesta noite de volta ao Rio de Janeiro.
Caio Alexandre em Atlético-GO x Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Na próxima quarta-feira, o Botafogo recebe o Bahia às 21h30 no Nilton Santos, em jogo adiado da primeira rodada do Brasileirão. Além de Caio, Gatito e Marcelo Benevenuto, com dores na coxa, serão reavaliados pelo departamento médico do clubes antes do próximo compromisso.
Ainda estão no DM Lucas Barros (cirurgia no joelho), Marcinho (cirurgia no joelho) e Guilherme Santos (lesão na coxa esquerda). Esse último está em fase final de recuperação e tem chances de voltar na próxima rodada.
Time alvinegro empatou em 1 a 1 com o Atlético-GO e é o rei dos empates no Campeonato Brasileiro: "A gente tem criado, mas os resultados têm nos escapado"
Melhores momentos: Atlético-GO 1 x 1 Botafogo pela #12ª rodada do Brasileirão 2020.
Após o empate em 1 a 1 com o Atlético-GO, o auxiliar técnico de Paulo Autuori, Renê Weber, admitiu que o time alvinegro não teve bom desempenho no Estádio Olímpico, mas bateu na tecla do calendário apertado e da falta de tempo para treinar para justificar a baixa intensidade da equipe.
- A gente não fez bom jogo, desgaste começa a pesar, e cada equipe tem sua estratégia. O oponente trocou cinco jogadores para iniciar a partida. Temos tentado trocar o menor número de jogadores possível. Com o jogo de quarta contra o Bahia, teremos nove jogos em setembro. É impossível manter alto desempenho, alto nível de intensidade. Nesse momento não conseguimos trabalhar, apenas regenerar e pensar no próximo jogo - disse Weber.
Renê Weber, auxiliar de Paulo Autuori no Botafogo — Foto: Reprodução/Botafogo TV
O Botafogo é o rei dos empates no Campeonato Brasileiro, com oito empates em 11 jogos. O time ainda soma uma vitória e duas derrotas e ocupa a 18ª colocação, com 11 pontos. Para Renê Weber, o time tem conseguido criar apesar dos maus resultados.
- Se você cria situações e não executa é sinal de que a equipe cria ao contrário dos resultados finais, desse alto número de empates. Em vários jogos estivemos na frente e acabamos sofrendo empate no final. Com um calendário desse, com jogos de três em três dias, não tem pra onde correr. Equipe tem que crescer como um todo ao longo do campeonato minimizando o desgaste dentro de campo.
- Preocupante é quando não se cria nada. A gente tem criado, mas os resultados têm nos escapado. Não fizemos bom jogo, o desgaste começa a aparecer. Não só pra gente, mas pra todas as equipes. E não há como treinar. Só pensar no próximo jogo - concluiu o auxiliar.
Na próxima quarta-feira, o Botafogo recebe o Bahia às 21h30 no Nilton Santos, em jogo adiado da primeira rodada do Brasileirão.
Veja as avaliações de todos os jogadores alvinegros no empate com o Atlético-GO por 1 a 1
Melhores momentos: Atlético-GO 1 x 1 Botafogo pela #12ª rodada do Brasileirão 2020.
David Sousa [ZAG]: nota 6,5
O zagueiro de 19 anos ganhou a primeira oportunidade como titular com Autuori. Bem avaliado internamente, Sousa foi muito acionado na esquerda da defesa e fez partida segura. Davi Araujo [ATA]: nota 6,5
Outro que foi bem contra o Atlético-GO foi Davi Araujo, mas não o suficiente para mudar o jogo. Entrou no segundo tempo e fez o Botafogo crescer no jogo. Aparece como opção de velocidade para Autuori, que perdeu jogadores com esse perfil recentemente. Matheus Babi [ATA]: nota 4,5
O centroavante não fez bom jogo no Estádio Olímpico. Acompanhado de Pedro Raul na frente, Babi não se movimentou como de costume e tomou as decisões erradas na maioria das vezes que recebeu a bola. Pedro Raul, substituído no segundo tempo, foi melhor que o companheiro.
CONFIRA TODAS AS NOTAS:
Diego Cavalieri [GOL]: 6,0
Kevin [LAD]: 6,0
Kanu [ZAD]: 6,0
Rafael Forster [ZAG]: 6,0
David Sousa [ZAE]: 6,5
Victor Luis [LAE]: 6,5
Rentería [VOL]: 5,5
Caio Alexandre [VOL]: 5,0
(Luiz Otávio [VOL]: 5,0)
Bruno Nazário [MEC]: 6,0
(Davi Araujo [ATA]: 6,5)
Matheus Babi [ATA]: 4,5
Pedro Raul [ATA]: 6,0
(Kalou [ATA]: 5,0)
Sousa foi bem contra o Atlético-GO — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Alvinegro, que já contratou 20 jogadores em 2020, volta à carga das transferências para buscar nomes em duas posições após recentes saídas do elenco
Paulo Autuori é o treinador do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo parecia estar quieto no mercado, já voltou a ficar de olho em possíveis transferências. O clube de General Severiano não deve parar em Gustavo Cascardo, lateral-direito anunciado na última sexta-feira, como reforço para a sequência do Campeonato Brasileiro.
A ideia inicial era de que o elenco estivesse fechado. Contudo, as recentes saídas - Luiz Fernando, Cícero e Luís Henrique, por exemplo - fizeram o Comitê Executivo de Futebol mudar de ideia. Com o elenco curto e toda uma temporada pela frente, o Alvinegro buscará nomes para fortalecer o plantel, mas focará, em um primeiro momento, em um meio-campista avançado e um atacante de lado.
Com orçamento limitado e mínimo poder de compra, o Botafogo busca jogadores a custo zero. Sejam atletas livres no mercado - e, podendo assim, assinar um vínculo definitivo - ou encostados em equipes da Série A, que estejam interessadas no empréstimo do atleta.
Paulo Autuori possui uma equipe titular definida na cabeça, mas entende que precisa de um elenco para poder acompanhar o calendário do futebol brasileiro. Keisuke Honda, pela idade avançada e esforço colocado nos jogos, por exemplo, é constantemente poupado. O comandante quer jogadores suficientes para rodar os titulares quando preciso.
O Botafogo foi o clube do Rio de Janeiro que mais contratou em 2020. Ao todo, chegaram 20 jogadores na atual temporada. Alguns, vale ressaltar, nem vestem mais a camisa do clube de General Severiano. A tendência é que este número aumente nas próximas semanas.
Quarteto revelado pelo clube alvinegro tem em comum transferência para o time de Marselha; veja entrevista exclusiva do atacante de 18 anos ao ge após deixar o Botafogo
Paulo Cézar Caju, Jairzinho, Dória, Luis Henrique. Você sabe o que esses quatro jogadores têm em comum além de terem se destacado com a camisa do Botafogo? Ambos foram negociados com o Olympique de Marselha após serem revelados pelo clube alvinegro.
Luis Henrique acaba de se transferir para o time francês e segue os passos de ídolos alvinegros. Assista mais tarde a reportagem completa no GE.
Luis Henrique segue passos de outros jogadores alvinegros que foram para o Olympique — Foto: Infoesporte
Jairzinho ficou em General Severiano de 1959 a 1974 e fez história, principalmente com a conquista da Taça Brasil de 1968. Com a camisa da estrela solitária chegou à seleção brasileira e ficou conhecido como o "Furacão da Copa de 70".
O atacante foi vendido para o Olympique de Marselha em dezembro de 1974. Depois de esperar dois meses para jogar em razão de uma lesão, Jairzinho não durou muito no time francês. Em 1976, voltou ao Brasil para defender o Cruzeiro.
No ano passado, o Olympique lembrou os 115 anos do Botafogo com uma foto de Jairzinho.
Nossa homenagem aos 1️⃣1️⃣5️⃣ anos do @Botafogo vai com o gênio Jairzinho usando uma camisa especial, que celebra os tempos de General Severiano e Marselha! 🇧🇷🇫🇷
A carreira de Paulo Cézar Caju se encontrou com a de Jairzinho nos dois clubes. Revelado pelo Botafogo, onde jogou de 1967 a 1972, o atacante, porém, teve uma passagem pelo Flamengo (1972 a 1974) antes de se transferir para Marselha, na qual considera a melhor transação da carreira. No Olympique, foi campeão da Copa da França em 1975. Depois foi jogar pelo Fluminense.
A história mais recente é a de Matheus Dória. O zagueiro, promovido ao time profissional do Botafogo em 2012, conquistou o interesse do Olympique após temporadas em alto nível e foi contratado pelo clube europeu em setembro de 2014 por cinco anos, mas não se firmou. Em 2015, Dória foi emprestado ao São Paulo e atualmente defende o Santos Laguna, do México.
Dória foi contratado pelo Olympique de Marselha em 2014 — Foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP
A venda de Dória foi a segunda na história do Botafogo que rendeu mais dinheiro ao clube. O zagueiro valeu cerca de R$ 21 milhões, que foram quitados em quatro parcelas durante três anos. A transação de Luis Henrique superou esse valor.
A nova promessa alvinegra
Luis Henrique fez seu primeiro treino em Marselha na tarde da última sexta-feira. O atacante de 18 anos foi vendido por cerca de 12 milhões de euros, e o Botafogo, que detém 40% dos direitos econômicos, vai receber mais de R$ 30 milhões.
Em papo exclusivo com o ge, o jovem paraibano, que já ensaia as primeiras palavras em francês, comentou a euforia pela primeira chance em um grande clube europeu.
"Eu não sabia que atacantes como Paulo Cézar Caju e Jairzinho tinham passado por aqui. Isso me motiva ainda mais agora".
- Eu estou tranquilo em relação ao que eu posso fazer. Vou me entregar bastante no dia a dia pra marcar história e ficar conhecido. Pelo que vi no primeiro treino, acho que eu vou evoluir muito. É um jogo muito rápido, muito intenso, então acho que vou sair daqui bem mais experiente.
Luis Henrique ganhou destaque com a camisa do Botafogo — Foto: Botafogo F.R.
Luis Henrique nasceu em João Pessoa, mas foi criado em Solânea, cidade com menos de 30 mil habitantes que fica na região do brejo da Paraíba. Passou a infância treinando na escolinha de futebol do pai ("Livro na mão, bola no pé") e de lá saiu aos 14 anos rumo a Três Passos, no Rio Grande do Sul, para defender o TAC.
Ficou por dois anos Sul, onde teve período de experiência também no Internacional. Em outubro de 2018 foi contratado pelo Botafogo. No fim do ano passado, ganhou duas chances no time profissional e agradou. Integrado de vez em 2020, Luis Henrique atraiu olhares de outros europeus após 19 jogos e dois gols pelo Bota e teve a ajuda de Paulo Autuori para se desenvolver nos últimos meses.
- Passa bastante coisa na cabeça. Foi tudo muito rápido. Saí há quatro anos de casa como um sonhador, e agora chego como um reforço em um time grande da Europa. É a realização de um sonho.
- O Paulo foi um cara que me ajudou muito nisso, quase sempre ele tocava nesse assunto, e falou para eu vir tranquilo, vir com confiança. Ele sempre falava comigo - revelou.
Pego de surpresa com a rápida negociação, Luis não conseguiu se despedir dos colegas, mas falou da importância do Botafogo em sua carreira e disse acreditar que novos talentos estão sendo formados no clube.
- Fiquei sabendo que ia viajar no sábado, tive o domingo e um pouquinho da segunda pra me programar, acabou não dando tempo de eu ir no clube. Mandei até mensagem pra todos ali pedindo desculpa por isso. Mas é um até logo. Todos do Botafogo, desde que eu cheguei, foram muito importantes pra mim, me receberam muito bem, me acolheram. Então eu vou levar o Botafogo comigo no meu coração e vou estar torcendo pra ele sempre.
- Fico muito feliz, porque ajuda o clube também. Mas eu acho que essa venda vai ser batida logo logo, hein? Tem uns caras aí da base que se Deus quiser vão estar evoluindo muito também e vão bater esse número - previu Luis.
O atacante vestirá a camisa 11 no Olympique — Foto: Divulgação / OM
Com contrato assinado até 2025, Luis Henrique começa uma nova fase na sua formação como atleta e como pessoa. Focado no que tem a aprender com as diferenças do futebol europeu, o jovem também está de olho no desenvolvimento cultural. Vai iniciar as aulas de francês e espera conhecer grandes cidades europeias, a começar por Paris.
Dentro de campo ele já prevê um duelo com o ídolo Neymar, que defende o Paris Saint-Germain.
- Eu fico ansioso por esse grande jogo com o PSG, acho que é um jogo que todo jogador sonha. Mais ainda eu fico ansioso por jogar perto do Neymar, poder jogar contra ele. Mesmo sendo rivalidade, com certeza uma hora ou outra ali eu vou falar com ele - se despediu o atacante com um sorriso estampado no rosto.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro, Karin Duarte e Rodrigo Cerqueira — Rio de Janeiro
Autuori deve poupar jogadores para partida do Campeonato Brasileiro
A dois dias do confronto contra o Atlético-GO, às 18h15 do próximo domingo no Estádio Olímpico, pela 12ª rodada do Brasileirão, a escalação do Botafogo não está definida. Com incômodo na coxa, Marcelo Benevenuto não viajará com o grupo e, após classificação na Copa do Brasil e preocupado com a sequência intensa, Paulo Autuori deve poupar outros jogadores, como Kalou.
Jogador de 23 anos estava sem clube e assina contrato até dezembro de 2021
O Botafogo anunciou na tarde desta sexta-feira a contratação do lateral-direito Gustavo Cascardo, como havia informado o ge na véspera. O jogador de 23 anos, que pertencia ao Athletico-PR e passou a última temporada emprestado ao FK Senica, da Eslováquia, assinou contrato até o fim de 2021 com o clube alvinegro.
O lateral-direito se encaixa no perfil buscado pelo Botafogo. Como estava sem clube, ele chega sem custos e com a aprovação do técnico Paulo Autuori.
Com a contratação de Gustavo, o Botafogo dispensou Fernando. O lateral-direito de 21 anos tem contrato até o fim deste ano e foi informado que não faz parte dos planos do clube. Cria da base alvinegra, Fernando estuda com seus empresários oportunidades fora do Brasil. Ele atuou em 10 jogos pelo Bota em 2020.
Vínculo, a princípio, terminaria em dezembro de 2020; Brasileirão segue até fevereiro de 2021
O Botafogo tem acordo com o Hoffenheim, da Alemanha, para estender o empréstimo de Bruno Nazário até fevereiro de 2021, quando terminará o Campeonato Brasileiro. O vínculo, a princípio, terminaria em dezembro de 2020, mas o clube conseguiu a extensão sem custos. A informação foi dada inicialmente pelo Lance! e confirmada pelo ge.
Bruno Nazário fica no Botafogo até fim do Brasileirão — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Além de Nazário, o Botafogo negocia a extensão do vínculo com outros jogadores. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o calendário do futebol brasileiro foi paralisado por alguns meses e sofreu alterações. Assim, o clube conversa com atletas para manter o elenco até o fim do Brasileirão pelo menos.
Bruno Nazário, ao lado de Pedro Raul, é o artilheiro do Botafogo na temporada, com seis gols marcados. Ele tem 25 jogos em 2020.
Atacante é o quarto reforço do clube francês para a temporada 2020/21. Segundo a imprensa local, vínculo com o novo time terá duração de cinco anos
Divulgação / OM
O Olympique de Marselha anunciou na manhã desta sexta-feira a contratação do atacante Luis Henrique, que estava no Botafogo. No comunicado oficial, o clube francês não informou o tempo de duração do vínculo com o jogador brasileiro, mas segundo a imprensa local são cinco anos. Ele vai vestir a camisa 11.
- Luis Henrique é um jogador de grande talento e futuro. Ele tem capacidades físicas significativas, uma boa qualidade de drible. São qualidades importantes no futebol de hoje e características valorizadas em nossa equipe. É um jogador promissor - disse Pablo Longoria, diretor esportivo do Olympique.
Trata-se do quarto reforço do Olympique para a temporada. Antes dele o clube francês já havia contratado o volante Pape Gueye, o zagueiro Leonardo Balerdi e o lateral-esquerdo Yuto Nagatomo.
Aos 18 anos, Luis Henrique é o 42º brasileiro a defender o Olympique de Marselha em sua história
Luis Henrique é anunciado pelo Olympique de Marselha — Foto: Divulgação
Ele pertencia ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tinha 40% dos direitos econômicos ligados ao Botafogo. Segundo apurou o ge, o Olympique desembolsou cerca de 12 milhões de euros (cerca de R$ 77,8 milhões na cotação atual) pelo atacante. Os clubes brasileiros irão manter porcentagem em uma eventual venda futura.
Luis Henrique chegou no Botafogo em 2018 e tinha contrato até dezembro de 2022. No fim do ano passado, recebeu as primeiras oportunidades no time profissional contra Atlético-MG e Ceará, pelas últimas duas rodadas do Brasileirão. Começou a atual temporada como titular, participou de 19 jogos, marcou dois gols e deu duas assistências.
Zagueiro de 23 anos lembra início da carreira como atacante e choque necessário após tempo emprestado à Cabofriense: "Vi uma realidade diferente, que abriu minha cabeça"
Kanu está em constante mudança desde que iniciou no futebol. Mudou de clube, de posição e, recentemente, trocou os hábitos para assumir a titularidade do Botafogo na temporada. O amadurecimento do zagueiro de 23 anos como pessoa foi fundamental para o atleta ganhar espaço e reconhecimento.
"Eu me preparei muito pra esse momento. Coloquei na cabeça que tinha que ser diferente. Mudei minha alimentação e abri mão de coisas que para um jogador de alto nível não convêm", resumiu Kanu.
Kanu se tornou titular absoluto no Botafogo — Foto: Vitor Silva/GloboEsporte.com
As primeiras mudanças
Depois de passar por Flamengo e Vasco, o zagueiro chegou ao Botafogo em 2014 para o time sub-17.
- Na época eu cheguei como atacante e joguei um torneio que tinha na base, Guilherme Embry, e a dupla de ataque foi eu e Ribamar (hoje no Vasco).
Ribamar e Kanu, atacantes na base do Botafogo — Foto: Arquivo pessoal
Sim, Kanu era atacante. E depois de dois jogos na posição, foi abordado por Mauricio Souza, técnico do sub-17 na ocasião, que viu no jogador potencial para ocupar uma vaga no sistema defensivo. O jovem mergulhou na ideia.
- O professor Mauricio chegou em mim logo depois desse jogo da Guilherme Embry e falou: "Te vejo como zagueiro, me acha louco?". Eu falei que achava. Mas já tinha rodado em alguns clubes e queria ficar em um time grande e falei que ia escutar. Conversei com o meu pai e ele: "Esse cara tá louco". Fiquei pensando: "O professor tem uma leitura. Ele não vai falar por acaso, eu vou comprar a ideia".
"Fui de cabeça aberta e aconteceu. Só tenho a agradecer a todos que acreditaram em mim e viram essa possibilidade".
Kanu e Felipe Conceição comentam o início da carreira do zagueiro do Botafogo
No ano seguinte, Mauricio deixou o Botafogo, e a tarefa de trabalhar Kanu na zaga ficou a cargo do então técnico do sub-15 Felipe Conceição. Ao ge, o ex-jogador e treinador do Botafogo falou do comprometimento do atleta com a nova posição, dividida com o zagueiro Lyanco.
- O que eu passei para o Kanu e ele foi muito receptivo é ter paciência de saber lidar com os erros no início do processo, mas que teria a minha confiança, teria o respaldo do treinador para que ele pudesse evoluir. Com uma dedicação enorme que servia até de exemplo para os outros meninos do clube, foi evoluindo a passos largos - lembrou Felipe.
- Não tinha zagueiro nenhum, e Felipe olhou pra mim e disse: "Tem que ser tu". Ele acreditou em mim, foi firme comigo. Minha cabeça era um pouquinho dura, tive que aprender tudo do zero, então ele me ajudou bastante. Também a dupla não era difícil, Lyanco era um baita jogador - completou Kanu.
Kanu como zagueiro aconteceu rapidamente. Em 2016, ele fez parte do time campeão brasileiro sub-20 e começou a ser observado com mais atenção pelo Botafogo.
Zagueiro se destacou nos jogos contra o Vasco pela Copa do Brasil — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Um choque necessário
Depois de participar de um jogo pelo profissional em 2018, Kanu foi emprestado à Cabofriense na temporada seguinte para a disputa do Campeonato Carioca, mas não atuou em nenhum confronto. Voltou ao Botafogo treinando separadamente do elenco até ser recuperado pelo então técnico Eduardo Barroca. O tempo fora fez bem ao zagueiro.
- Na Cabofriense eu ganhei mais rodagem, vi a vida como ela é de verdade. Nunca tinha passado por um clube de menor expressão, cheguei lá e vi uma realidade totalmente diferente, mas que abriu minha cabeça. Vi pessoas de bem, um clube querendo um lugar ao sol, então eu vi que tinha tido oportunidade e não agarrei.
"Sabia que se eu voltasse, se tivesse oportunidade de novo, não deixaria passar. E foi o que aconteceu".
Kanu terminou 2019 com três jogos pelo Botafogo e com a certeza de que precisava mudar para se tornar um atleta profissional de alto nível. Depois de um ano e meio sem participar de uma partida oficial (entre 25 de janeiro de 2018 e 11 de agosto de 2019), o zagueiro introduziu novos hábitos na sua rotina. Isso mudou sua carreira.
- Quando voltei da Cabofriense, mudei minha alimentação, abri mão de coisas que para um jogador de alto nível não convêm. Chegava 9h no clube e ia embora às 18h para que quando chegasse o momento eu estivesse totalmente preparado para assumir a responsabilidade e ter regularidade. Agradeço aos fisioterapeutas do clube, fisiologista, nutricionista, preparação física, que me ajudaram durante esse período de preparação.
Os sacrifícios valeram a pena. Em 2020, Kanu aproveitou as oportunidades que tanto esperava e assumiu a titularidade no Botafogo. É o único jogador que participou de todos os minutos do time desde o início do Brasileirão: jogou os últimos 13 jogos completos, incluindo três pela Copa do Brasil.
Evolução de Kanu no Botafogo
2018: um jogo 2019: três jogos 2020: 22 jogos
Kanu é peça importante também no vestiário — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Importante nos confrontos com o Vasco, que culminaram na classificação do Botafogo às oitavas de final da Copa do Brasil, Kanu divide espaço com estrelas como Keisuke Honda e Salomon Kalou. A evolução é um processo contínuo, e o zagueiro sabe que tem um caminho longo pela frente, por isso não recusa qualquer chance de aprender.
- Ainda tem o Cavalieri, que jogou no Liverpool. É um cara que tenho como referência aqui dentro, ele inspira a todos, é sensacional. Tem Gatito, Honda, Kalou, jogadores que no momento difícil dão orientação. E eu estou sempre pronto para escutar e evoluir.
Ao lado dos amigos Marcelo Benevenuto e Caio Alexandre, com quem conviveu na base, Kanu atrai holofotes nos bastidores. Em vídeo divulgado pela Botafogo TV na última quinta-feira, o zagueiro aparece motivando o elenco antes da classificação em cima do Vasco na Copa do Brasil (veja abaixo no minuto 4:39). Liderança é mais uma das características que o defensor tem desenvolvido.
O Kanu por trás do uniforme
Kanu tem 23 anos, mas suas atitudes nos fazem pensar que ele poderia ser mais velho. A responsabilidade do atleta foi motivada por uma mudança longe dos gramados. Há três anos, o zagueiro é pai da Sofia. A relação com a filha e com a esposa Carol o transformou.
- Paternidade era algo que eu não imaginava e veio para mudar minha vida, juntamente com minha esposa. Elas são o pilar desse Kanu que se transformou mental e fisicamente. Conseguimos crescer juntos. Nos dias difíceis em que nem era relacionado, elas me davam força para continuar trabalhando, chegar cedo no clube e estar preparado para que não deixasse passar quando chegasse minha oportunidade.
Kanu e a filha Sofia em jogo do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
As mudanças, algumas radicais, fazem parte da vida de Kanu, mas uma coisa permanece igual: o local onde o zagueiro vive. Apaixonado por Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o zagueiro faz questão de manter as raízes vivas na sua rotina. Não esquecer de onde vem é um exercício diário para o jogador. Criado com os pais e o irmão, a família sempre foi base para que o sonho, que começou nos campos do Jardim Gramacho, alcançasse palcos maiores.
- Caxias foi onde cresci, tive minha infância e me fez para o mundo. Sou muito grato a tudo que vivi e vivo nessa cidade, em especial meu bairro Jardim Gramacho, onde mora minha família e amigos - concluiu o zagueiro.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Rodrigo Cerqueira — Rio de Janeiro
Rescisão de Luis Henrique com o Botafogo — Foto: Reprodução
Luis Henrique viajou na última quarta-feira para a França e realizou os exames nesta quinta. O garoto de 18 anos tinha contrato com o Botafogo até o fim de 2022. Ele pertencia ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tinha 40% dos direitos econômicos ligados à equipe carioca. Os termos estão alinhados, e o Olympique deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros pelo atacante de 18 anos. Os clubes brasileiros irão manter porcentagem para venda futura.
Luis chegou ao Botafogo em 2018. No fim do ano passado, recebeu as primeiras oportunidades no time profissional contra Atlético-MG e Ceará, pelas últimas duas rodadas do Brasileirão. Começou a atual temporada como titular e participou de 19 jogos em 2020, marcando dois gols. Além do Olympique, o jovem despertou interesse de outros clubes europeus.
Fora dos planos, Fernando é liberado pela diretoria para definir futuro
POR THIAGO VERAS E VITOR ROCHA
Foto: Divulgação
O Botafogo tem um novo reforço para a lateral-direita. O clube acertou a contratação de Gustavo Cascardo, de 23 anos. O contrato será até dezembro de 2021. Emprestado pelo Athletico-PR, o jogador estava no FK Senika, da Eslováquia. Cascardo jogou pela Portuguesa-SP até a categoria Sub-20, quando se transferiu para o Furacão. O atleta atuou também pelo Vitória de Setúbal, de Portugal.
Gustavo Cascardo tem características ofensivas e teve o nome aprovado pela comissão técnica. Se tem cara nova chegando, tem jogador saindo do clube. O técnico Paulo Autuori conversou pessoalmente no treino desta quinta-feira com o lateral-direito Fernando. O jogador está liberado pelo clube para definir o futuro. Fernando tem contrato até dezembro de 2020 e não está nos planos para a sequência da temporada. Com passaporte europeu, Fernando deve se transferir em breve para o velho continente.
Zagueiro de 23 anos chamou a responsabilidade da preleção antes de a equipe comandada por Paulo Autuori entrar no gramado de São Januário
Kanu, zagueiro do Botafogo (Foto: Reprodução/BotafogoTV)
O Botafogo tem um novo líder no vestiário. Foi de Kanu, zagueiro de 23 anos, a responsabilidade de fazer a preleção e encorajar os companheiros antes da partida contra o Vasco, na última quarta-feira, que deu a classificação para as oitavas de final ao Alvinegro.
Em vídeo divulgado pela BotafogoTV, canal do Glorioso no YouTube, é possível ver o zagueiro puxando a responsabilidade e puxando a corrente positiva antes da subida dos jogadores ao gramado de São Januário.
- Viemos para ser protagonistas, essa é a nossa hora. Vamos juntos. Nós somos campeões, nós somos campeões, não tira isso da cabeça. Alegria, rapaziada. Queremos mais momentos como esse, cada jogo é final, cada jogo é a vida. Nós somos vencedores - gritou Kanu.
Com a saída de Joel Carli em maio, Kanu se tornou titular da equipe comandada por Paulo Autuori. Aos poucos, o zagueiro de 23 anos vai mostrando que está desenvolvendo um espírito de liderança.
Clube francês agora definirá compra do atacante junto ao Botafogo e ao TAC
Depois de chegar à cidade de Marselha, na França, na manhã desta quinta-feira, Luis Henrique foi submetido a exames nesta tarde. O atacante do Botafogo foi aprovado pelo departamento médico do Olympique, que finalizará os detalhes da negociação de compra do atacante junto ao Botafogo e ao TAC.
Ele tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2022. Luis Henrique pertence ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tem 40% dos direitos econômicos ligados à equipe carioca. Os termos já estão alinhados, e o Olympique deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros pelo atacante de 18 anos. Os clubes brasileiros irão manter porcentagem para venda futura.
Luis Henrique, do Botafogo, foi aprovado pelo Olympique após exames — Foto: Reprodução/Twitter
Luis Henrique chegou ao Botafogo em 2018. No fim do ano passado, recebeu as primeiras oportunidades no time profissional contra Atlético-MG e Ceará, pelas últimas duas rodadas do Brasileirão. Começou a atual temporada como titular e participou de 19 jogos em 2020, marcando dois gols. Além do Olympique, o jovem despertou interesse de outros clubes europeus.
Com consistência defensiva e meio-campo participativo, time de Autuori pecou nas conclusões; Kanu e Honda são os destaques da classificação alvinegra
Melhores momentos de Vasco 0 x 0 Botafogo pela quarta fase da Copa do Brasil 2020
Não teve gol em São Januário na noite da última quarta-feira, mas o Botafogo fez o que precisava para se classificar para as oitavas de final da Copa do Brasil. Sem sofrimento, mas com pontos a melhorar, o empate em 0 a 0 contra o Vasco mantém viva a esperança pelo título mais palpável da temporada.
A análise da partida segura do Botafogo deve ser feita em cima de dois jogadores que saíram grandes do clássico: Kanu e Keisuke Honda.
Defesa do Vasco fez clássico seguro em São Januário — Foto: André Durão/ge
Regularidade é a marca registrada do zagueiro desde o início do Brasileirão. Kanu foi impecável em São Januário e anulou Cano, a grande aposta ofensiva do Vasco na temporada. Soberano nas disputas pelo alto, Kanu teve a ajuda dos companheiros Marcelo Benevenuto e Rafael Forster para terminar os 90 minutos com segurança.
Kevin e Victor Luis também contribuíram para anular as investidas do rival. O Vasco pouco incomodou o Botafogo pelos lados do campo. Além da anulação de Cano, o time alvinegro conseguiu neutralizar o meia Benítez.
A realidade é que o Botafogo não precisou sofrer para avançar na Copa do Brasil.
Honda fez sua melhor partida desde que chegou ao Botafogo. Participou das construções das jogadas e levou o time à frente, mas também foi importante na recuperação e recomposição com a defesa. Marcou e criou - o pacote completo. O meia japonês apareceu com muita vontade.
Honda fez sua melhor partida desde que chegou ao Botafogo — Foto: André Durão/ge
O que faltou ao Botafogo foi acerto nas decisões. O time teve espaços e chegou com tranquilidade à área vascaína em muitos momentos, mas erros de passes, demora na conclusão e finalizações sem pontaria impediram a equipe de levar qualquer susto a Fernando Miguel.
O Botafogo não finalizou uma bola sequer no gol do Vasco.
A consistência defensiva e o meio-campo participativo não conseguiram levar inspiração ao trio de ataque. Bruno Nazário se movimentou muito e foi quem mais tentou o gol: das 13 finalizações do Botafogo, seis foram do meia. Faltou dar rumo à bola.
Matheus Babi se movimentou e saiu da área várias vezes pra tentar receber a bola ou pressionar na marcação. Somou para o jogo coletivo, mas não não conseguiu o brilho das atuações anteriores diante do mesmo rival. Mesmo assim, sai como um dos heróis da classificação após marcar o gol da vitória por 1 a 0 no jogo de ida.
Em ritmo totalmente diferente do time, Salomon Kalou foi a decepção da noite. O atacante se precipitou em praticamente todas as tomadas de decisão. Ou segurou demais a bola quando precisava soltar, ou soltou no momento errado, ou ainda optou pelo passe mais difícil. Saiu de campo com uma finalização.
Resumindo: o Botafogo criou boas situações ofensivas, explorou os espaços do Vasco para ir à frente, mas foi nada efetivo nas conclusões. Paulo Autuori concorda.
- O que a gente precisa evoluir bem, e precisamos de treino - algo que nenhum clube brasileiro tem - é a ponta final, já que nós chegamos lá com bons movimentos, mas precisamos decidir melhor para poder conseguir finalizar com mais perigo e mais êxito - disse o técnico após a partida.
Há três partidas sem sofrer gols, o Botafogo mostra maturidade defensiva e se adapta ao esquema com três zagueiros que tem sido explorado por Autuori. Isso dá tranquilidade para o técnico trabalhar a fase ofensiva da equipe. O Bota agora aguarda a definição do próximo adversário na Copa do Brasil, que será conhecido por meio de sorteio.
Kalou destoou do restante da equipe — Foto: André Durão/ge
Deu bom
Postura defensiva. Botafogo não sofreu contra o Vasco e conseguiu anular as principais peças do rival. Kanu viveu grande noite.
Meio de campo. Guiado por Honda, o Botafogo conseguiu fazer a transição para o ataque e chegou várias vezes à frente. Japonês teve noite diferenciada.
Deu ruim
Erros nas conclusões. Apesar de aproveitar os espaços e chegar ao ataque, o Botafogo não teve êxito e pecou nas decisões tomadas pelos homens de frente.
Kalou. O atacante marfinense não deu ritmo ao ataque, tomou as decisões erradas e perdeu o fôlego.
Cruz-Maltino não conseguiu fazer valer o mando de campo e o 0 a 0 pouco emocionante resultou na classificação do time que venceu a primeira partida da eliminatória
Partida em São Januário teve divididas fortes, mas poucos lances de perigo (Foto: DELMIRO JUNIOR/PHOTO PREMIUM)
A trilogia chegou ao fim. Em menos de duas semanas, uma vitória para cada lado e um empate. Mas a igualdade nesta quarta-feira, em 0 a 0, em São Januário, foi melhor para o Botafogo, que havia vencido a primeira partida por 1 a 0 e avançou às oitavas da Copa do Brasil. O Vasco está eliminado. O duelo teve disposição de ambas as equipes, mas superioridade das defesas, que evitaram a criação de lances de perigo.
Primeiro tempo morno
Para um jogo decisivo, mas principalmente com o time da casa atrás no placar do confronto, esperava-se mais chances. Mas não foi o que se viu. O Glorioso trocava melhor os passes. Os chutes de Caio Alexandre e Bruno Nazário foram longe do gol. Já o Vasco até fez Gatito Fernández trabalhar em chutes de Andrey e Cano, mas as finalizações saíram de muito longe. O Cruz-Maltino não conseguia trocar passes perto da área do rival.
Pressão vascaína
As substituições para a volta pós-intervalo surtiram efeito de imediato para o Vasco. Tanto que, antes dos dez minutos, Andrey e Benítez geraram perigo. O Cruz-Maltino estava melhor, mas a equipe de Paulo Autuori estava pronta para o contra-ataque.
Terreno alugado
Os minutos foram se passando, as jogadas de Bruno Nazário - o grande criador botafoguense - foram se tornando mais raras e menos perigosas. O meia foi substituído, inclusive. Andrey e companhia pressionavam, mas a estratégia do visitante, pela metade da segunda etapa, surtia mais efeito: congestionar a área. Mesmo quase sem conseguir contra-atacar.
Treta e desespero
O fim da partida foi marcado por uma paralisação de três minutos após empurra-empurra. A razão inicial foi a demora em substituições que seriam feitas pelo Botafogo. Desesperado pelo gol que levaria a decisão para os pênaltis, o Vasco fez Miranda virar atacante, Fernando Miguel tentou a sorte na área adversária ofensiva... mas a classificação foi botafoguense.
FICHA TÉCNICA VASCO 0 X 0 BOTAFOGO
Data/Hora: 23/9/2019, às 21h30 Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP) Auxiliares: Neuza Inês Back (Fifa/SP) e Alex Ang Ribeiro (SP) Gramado: Bom Cartões Amarelos: Leandro Castan, Henrique (VAS), Fellipe Bastos, Andrey, Benítez; Marcelo Benevenuto, Rafael Forster, Honda (BOT) Cartão Vermelho: -
VASCO: Fernando Miguel, Yago Pikachu (Carlinhos, 39/ 2ºT), Miranda, Leandro Castan e Henrique (Neto Borges, 39'/2ºT); Fellipe Bastos (Marcos Junior, Intervalo), Andrey e Benítez; Ribamar (Vinícius, Intervalo), Cano e Talles Magno (Ygor Catatau, 17'/2ºT) - Técnico: Thiago Kosloski.
BOTAFOGO: Gatito Fernández, Marcelo Benevenuto, Rafael Forster e Kanu; Kevin, Caio Alexandre (Rentería, 37'/2ºT), Honda, Bruno Nazário (Rhuan, 28'/2T) e Victor Luís; Matheus Babi (Pedro Raul, 27'/2ºT) e Kalou (Davi Araújo, 39'/2ºT) - Técnico: Paulo Autuori
Veja as notas dos jogadores alvinegros no empate em 0 a 0 com o Vasco pela Copa do Brasil
Kanu [ZAE]: nota 7,5
Regularidade tem sido a marca do zagueiro do Botafogo. Em mais uma atuação segura, foi o melhor entre os defensores do time.
Honda [MEC]: nota 7,0
O japonês fez partida diferenciada e manteve o bom nível do jogo de ida. Honda jogou com vontade e organizou o jogo do Botafogo, levando o time à frente.
Kalou [ATA]: nota 5,0
Destoou do restante do time. O atacante marfinense tomou as decisões erradas e foi nulo no ataque do Botafogo.
Botafogo se classifica às oitavas de final da Copa do Brasil — Foto: André Durão/ge
“Ele arrasta a marcação”, destaca ex-jogador sobre botafoguense que embarcou nesta tarde rumo à França. Na lista, ainda há Marcos Paulo, do Fluminense, Pepê, do Grêmio, entre outros
Paulo Roberto Jamelli foi um dos olhos que aprovou Luis Henrique, atacante do Botafogo que embarcou nesta tarde para a França. Ele vai se apresentar ao Olympique de Marselha para concluir a transação. Jamelli, como era conhecido o ex-jogador que fez carreira em passagens por São Paulo, Santos, Corinthians e Real Zaragoza, da Espanha, trabalha para o clube francês e vê o jovem brasileiro com potencial para disputar espaço no time do português André Villas-Boas.
Luis Henrique com a bola dominada: força física impressionou franceses — Foto: Vitor Silva/Botafogo
- Ele tem muita potência, arrasta a marcação – destacou Jamelli, que passou a observar mais de perto Luis Henrique desde a ascensão do atacante no ano passado.
Jamelli acompanhou Luis Henrique com seus agentes e advogado no embarque nesta tarde em São Paulo, depois de sair do Rio de Janeiro. Apesar das dificuldades naturais do mercado – que tem bichos-papões bem mais ricos, dentro até mesmo da França, notavelmente o PSG de Neymar -, o time de Marselha segue a mira no mercado brasileiro. Isto porque busca fazer bonito no retorno a Liga dos Campeões depois de oito anos.
Um dos nomes que Jamelli e a equipe de scouts do clube francês acompanhou é Marcos Paulo, do Fluminense. A contratação de mais um atacante, depois de fechar com o botafoguense – “está em 99,9%”, lembra Jamelli -, ainda será avaliada pela direção do clube. Há outras posições que o time francês observa. E, claro, outros mercados, não só o brasileiro, em que o peso de euro valorizado faça ainda mais a diferença.
- Estamos acompanhando o Marcos Paulo, o Kaio Jorge, do Santos, o Pepê, do Grêmio, o Peglow e o Johnny, do Inter, o Veron, do Palmeiras... São muitos bons jogadores. Mas não é simples. Antes, vimos também o Bruno Guimarães, que foi para o Lyon, o Caio Henrique, para o Mônaco. São várias questões que infuem. Algumas situações vão andando, outras não – lembrou Jamelli, que é responsável pelo mercado da América do Sul.
Botafoguense chega para disputar posição
Sobre Luis Henrique, o ex-jogador, hoje com 46 anos, avalia que o jovem de 18 anos vai concorrer a vaga no ataque do time francês. Pela característica de jogo dos franceses e pela necessidade do técnico Villas-Boas.
- É jogador de explosão, muito vertical. Não é de dar toque para o lado. Sai rápido no contra-ataque, então é um perfil que tem a ver com o sistema de jogo do time. Uma maneira de jogar que combina como ele joga. Ele não vai ter que mudar a maneira de jogar para se adaptar na equipe – apostou Jamelli.
Atacante deixou o Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira; termos estão alinhados, e o clube francês deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros pelo atacante
Luis Henrique está a caminho da França. Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê executivo de futebol do Botafogo, confirmou ao ge que o atacante deixou o Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira rumo à cidade de Marselha, onde será avaliado pelo Olympique. Após os exames, o clube francês definirá a compra do atacante de 18 anos junto ao Bota e ao TAC.
Ele tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2022. Luis Henrique pertence ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tem 40% dos direitos econômicos ligados à equipe carioca. Nessas condições, o Bota receberia R$ 30 milhões, o que representaria uma das maiores vendas da história do clube.
Luis Henrique está prestes a deixar o Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Tratando dores no púbis, Luis Henrique ficou fora das últimos cinco partidas, sendo quatro pelo Brasileirão e uma pela Copa do Brasil. Esse é um dos motivos da avaliação médica antes da concretização da venda. Os termos já estão alinhados, e o Olympique deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros em duas parcelas pelo atacante.
Fonte: GE/Por Davi Barros e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
Recebidos de maneira diferente por desconhecimento da torcida ou por causa da pandemia, apenas o centroavante argentino e o meia japonês foram recepcionados com festa no aeroporto
Independente de como vieram à cidade, hoje, para cada uma das torcidas, Cano e Benítez e Honda e Kalou são sinônimos de esperança e idolatria. As apostas - de um lado em jogadores sul-americanos, e de outro em atletas de nome mas um pouco mais velhos - até aqui tem dado um resultado satisfatório.
Los Hermanos
Famílias de Martin Benítez e Germán Cano são amigas — Foto: Reprodução
Pelo Vasco, a dupla de argentinos esteve em campo 13 vezes até agora, com oito vitórias, dois empates e três derrotas - contra o Botafogo foi um triunfo no Brasileiro e um revés na Copa do Brasil - e 11 gols marcados (um de Benítez). Mas o entrosamento entre os compatriotas chama a atenção mesmo com os poucos meses de trabalho juntos. Inclusive fora de campo: é comum a dupla postar fotos de encontros não só deles, mas de suas famílias. É passeio de barco, é churrasco...
Os argentinos, atualmente, são praticamente insubstituíveis no Vasco, que ficou refém do sotaque portenho. Nas duas recentes vezes em que Benítez foi poupado, dado o desgaste físico, o Vasco perdeu (Atlético-GO e Coritiba). Quando Cano é substituído, a equipe perde força ofensiva.
Ruim não estava para Cano e Benítez — Foto: Reprodução
Mistura do Japão com a Costa do Marfim
Com menos tempo em campo e, consequentemente, números menos expressivos, a dupla Honda - Kalou anima os torcedores botafoguenses. Reforços de peso contratados ao longo do ano, nenhum deles teve contato com a torcida com a bola rolando.
O japonês tinha tudo certo para estrear no jogo de ida pela terceira fase da Copa do Brasil contra o Paraná, no Nilton Santos, mas uma gripe o tirou do jogo. Quando finalmente entrou em campo, a torcida não pôde estar presente porque o jogo contra o Bangu, 15 de março, foi o primeiro sem público por causa da pandemia e o último antes da paralisação. Pelo menos conseguiu deixar o dele de pênalti.
Mais que amigos, friends (Ou: Plus qu'amis, 友達) — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Kalou teve ainda menos contato com a torcida alvinegra. Se Honda pôde acompanhar alguns jogos do Botafogo no Nilton Santos antes de estrear e curtir a festa que fizeram para a chegada dele tanto no aeroporto quanto no estádio, Kalou só sentiu o calor de longe. O marfinense estreou contra o Coritiba há menos de um mês e marcou o único gol dele até agora no empate em 2 a 2 com o Corinthians.
Juntos, Honda e Kalou disputaram cinco partidas. Ao todo são três empates, uma vitória e uma derrota, com um gol marcado pelo marfinense.
Gol de Kalou contra o Corinthians, Honda estava em campo neste momento — Foto: Vitor Silva/Botafogo
E os contratos?
Com Cano é simples: o atacante estava sem clube quando chegou ao Vasco no início deste ano. Contrato dele vai até 31 de dezembro de 2021. Já Benítez tem uma situação mais delicada. O Vasco busca a renovação do empréstimo do meia, que tem vínculo até 31 de dezembro - com a mudança no calendário dada a pandemia, ele perderia 11 rodadas do Brasileirão caso não permaneça. O Independiente, porém, só aceita vender o jogador: 60% dos direitos estão fixados em US$ 4 milhões.
Cano ganhou até beijo dos torcedores quando chegou ao Rio, em janeiro deste ano — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
Quando chegou ao Botafogo, Honda assinou um contrato até o fim do ano, com uma cláusula de rescisão possível após o fim dos Jogos de Tóquio, previstos para agosto, mas adiados por causa da pandemia. O clube ainda não começou as tratativas para a renovação, mas não considera que isso será um problema.
Ao acertar com o Alvinegro, Kalou teve um vínculo similar, só que mais longo. Com contrato até dezembro de 2021, o camisa 8 ou o Botafogo podem rescindir o contrato de forma unilateral após o fim do Brasileirão, em fevereiro.
Torcida do Botafogo lotou a área de desembarque do Galeão para receber Honda — Foto: André Durão
Atacante participou da atividade da última segunda-feira e deve integrar o banco de reservas na partida contra o Cruz-Maltino, pela Copa do Brasil
Pedro Raul em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo pode ganhar um reforço para a partida contra o Vasco. Pedro Raul treinou sem limitações na reapresentação do elenco, na última segunda-feira, e o atacante deve ser relacionado para a partida decisiva da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 21h30, em São Januário.
O atacante participou da atividade realizada pelo treinador Paulo Autuori após o empate sem gols com o Santos. A resposta positiva de Pedro Raul indica que ele se recuperou de uma lesão no músculo adutor da coxa. A tendência é que ele apareça no banco de reservas, com Matheus Babi sendo o atacante titular.
A notícia foi dada primeiramente pelo portal "Fogo na Rede" e confirmada pelo LANCE!. A última partida de Pedro Raul antes de se lesionar foi contra o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 2 de setembro.
Guilherme Santos, por outro lado, continua fora. O lateral-esquerdo não entra em campo desde o empate em 2 a 2 com o Corinthians, no dia 5 deste mês, quando deixou o gramado da Neo Química Arena de maca. O defensor não treinou e não participa da partida em São Januário.
Clube consegue liberação de verba na Justiça com ajuda do SindeClubes e acerta os dois meses de salários em atraso com os jogadores, e quatro com os funcionários
O Botafogo pagou os salários atrasados a funcionários e jogadores. Com a ajuda do Sindicato dos Empregados em Clubes do Estado do Rio (SindeClubes), o clube conseguiu liberação de uma verba na Justiça do Trabalho para ficar em dia com os trabalhadores.
Botafogo acerta salários atrasados — Foto: Fred Huber/ge
No total, o valor é de cerca de R$ 12 milhões, mas apenas R$ 8 mi foram liberados, oriundos de antecipação de cotas de TV. Esse valor paga aos jogadores os meses de julho e agosto. Para os funcionários, a quantia quita os meses de maio (para quem recebe acima de R$ 2 mil), junho, julho e agosto. Isso é válido para todos que tiverem contrato no regime de CLT. Pagamentos de férias atrasadas, direitos de imagem e àqueles que têm contrato de Pessoa Jurídica não estão inclusos.
Além disso, a decisão da juíza faz com que quem recebe abaixo de 60 salários mínimos tenha prioridade no pagamento. Aqueles que recebem acima desse valor terão o restante do vencimento pagos pelo Botafogo, com dinheiro de fora da decisão da juíza.
No dia 10 de setembro, após audiência entre Sindeclubes, Botafogo e o Juizado do Trabalho, ficou decidido que o pagamento dos salários fosse colocado como prioridade frente ao pagamento de outras penhoras que o Botafogo tem.
fONTE: ge/Por Davi Barros e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
Volante mantém a forma em casa após receber notificação dizendo que não precisava mais comparecer aos treinos no Nilton Santos; contrato vai até o fim desta temporada com cláusula até 2021
Fora dos planos do Botafogo desde 31 de agosto, quando o clube anunciou que não contava mais com Cícero, que o volante não faz mais parte dos planos da equipe. Apesar disso, o jogador segue na folha de pagamento.
Afastado no fim do mês passado, o volante tem mantido a forma física em casa com um personal trainer. Segundo o jogador, não dá para entender o motivo de receber a notificação de que não precisava mais treinar no Nilton Santos.
- Sempre fui extremamente profissional na minha relação com o Botafogo. Enquanto aguardo uma decisão do clube, tenho que manter minha forma física. Fico triste de não poder estar com meus companheiros e ajudar a equipe. Sinceramente, não entendo o posicionamento do clube em não me utilizar, sabendo que posso ser muito útil e que terão que cumprir com meu contrato, mesmo se decidirem rescindi-lo.
No contrato que tem com o Botafogo, Cícero teria vínculo com o clube até o fim deste ano com uma cláusula de renovação automática por mais uma temporada caso o time se mantivesse na Série A. Como o fim do Campeonato Brasileiro foi adiado para fevereiro por causa da pandemia, o contrato entre as partes é até dezembro de 2021.
Até o momento, Cícero e Botafogo não chegaram a um acordo para a rescisão do contrato. A escolha da diretoria em afastá-lo do elenco foi por causa dos altos vencimentos para um jogador que ficava no banco de reservas e era pouco utilizado por Paulo Autuori.
Clubes embolsaram R$ 5,9 milhões e, quem avançar às oitavas, vai receber outros R$ 2,6 milhões
Não só a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil estará em jogo para Vasco e Botafogo, às 21h30 da próxima quarta-feira, em São Januário. Em situações financeiras delicadas, o avanço pode representar alívio para os cofres de ambos os clubes.
Botafogo e Vasco apostam fichas na Copa do Brasil — Foto: Infoesporte
Caminho mais curto para um título nacional
O início de Brasileiro é animador, mas no Vasco todos sabem que vencer um torneio mata-mata, de tiro curto, é o caminho menos árduo para levantar um caneco na temporada. É o caso da Copa do Brasil.
Em General Severiano, o pensamento é igual. A motivação pela busca da Copa do Brasil é maior pela posição nada animadora da equipe no Brasileirão: o time é o 18º colocado com 10 pontos, sete a menos que o Vasco, na quinta posição. Ambos têm um jogo a menos na competição.
Vasco e Botafogo se reencontram nesta quarta, em São Januário — Foto: André Durão/ge
Esportivamente, ao lado da Copa Sul-Americana, a Copa do Brasil é o título mais palpável para o Vasco. São nessas duas competições que torcida e clube depositam as maiores esperanças, apesar do desejo de figurar no alto da tabela do Brasileirão.
No Botafogo a vontade por conquistar a Copa do Brasil ganha mais um incentivo, já que a equipe não disputa a Sul-Americana nesta temporada.
Premiação como objetivo secundário
Além da parte esportiva, o ingrediente premiação é outro atrativo da competição. Botafogo e Vasco já embolsaram R$ 5,9 milhões por terem participado das primeiras quatro fases da Copa do Brasil. Valor que ajudou os clubes a quitarem salários atrasados, principalmente.
Quem avançar às oitavas vai receber R$ 2,6 milhões. A premiação acumulada para o campeão será de R$ 72,8 milhões.
Hoje, a folha salarial do Vasco custa cerca de R$ 4 milhões. O clube deve agosto ao elenco, além de dois meses aos funcionários.
Já o Botafogo, que conseguiu enxugar o elenco ao longo da temporada, tem folha salarial próxima aos R$ 2 milhões. Devendo dois meses a jogadores e quatro meses a funcionários, o clube prevê quitar os atrasados em breve após liberação de verba pela Justiça do Trabalho.
O Botafogo venceu o Vasco por 1 a 0 no jogo de ida da quarta fase da Copa do Brasil. Um empate garante o Bota nas oitavas de final. Já que a competição não tem o gol fora de casa como critério de desempate, se o Vasco vencer por um gol de diferença a decisão será nos pênaltis. O time de Ramon Menezes precisa então vencer por dois ou mais gols de diferença para garantir a classificação.
Dirigentes evitam falar em valores e negam ter proposta oficial em mãos; jornalistas franceses garantem que Olympique está confiante com acerto
Esta segunda-feira começou agitada para o torcedor do Botafogo. Com a notícia da imprensa francesa de que Luis Henrique estaria acertado com o Olympique de Marselha, começou a busca pelas informações do lado de cá do Atlântico, mas os dirigentes botafoguenses evitam comentar qualquer movimentação e garantem se tratar apenas de sondagem da equipe francesa. Mesmo sem valores definidos pelos franceses, o que se sabe é que Luis Henrique viajará para a França para fazer exames médicos nos próximos dias.
Sendo aprovado, aí sim Botafogo e TAC (que detêm 40% e 60% dos direitos do atleta) esperam ter uma proposta na mesa, o que não deverá ser menor que 10 milhões de euros (R$ 63,7 milhões, do qual o Bota teria direito a R$ 25,5 mi). Jornalistas franceses afirmam que a diretoria do clube considera a negociação como certa e que o Olympique tratou da transação durante a tarde desta segunda. A assinatura ficaria a depender apenas dos exames médicos.
Última partida de Luis Henrique foi contra o Coritiba, quando teve um gol anulado — Foto: André Durão/ge
Fontes comentaram com o ge de que está tudo certo desde a semana passada. Fato é que o time francês está confiante na contratação do atacante, tanto que o treinador André Villas-Boas até comentou sobre em entrevista coletiva recente.
O silêncio por parte do Botafogo também se dá por causa da precaução com as penhoras. Como a dívida do clube é enorme e a fila de para quem o clube deve também, os dirigentes evitam entrar em detalhes para que o clube consiga ter acesso ao dinheiro da venda e não dar o "caminho das pedras aos credores", conforme disse um dirigente.
Luis Henrique, que tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2022, pertence ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul. O contrato entre os clubes estipula um valor mínimo para a negociação do atacante, além de uma multa em torno de 30 milhões de euros.
O jovem jogador não atua pelo Botafogo desde o empate em 0 a 0 contra o Coritiba. Naquela partida, o atacante foi substituído no segundo tempo e desde então não voltou a campo por causa de uma pubalgia. O clube vai avaliar como evolui a recuperação do jogador das dores no púbis até para que ele possa ir bem nos exames físicos.
Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Rodrigo Cerqueira — Rio de Janeiro
O atacante, que tem contrato com o Bota até fim de 2022, pertence ao TAC, do Rio Grande do Sul, e tem 40% dos direitos econômicos ligados ao clube carioca
O dia da saída de Luis Henrique para o futebol europeu, como previa o Botafogo, pode estar perto. A imprensa francesa divulgou nesta segunda-feira que o Olympique de Marselha negocia a compra do atacante de 18 anos, que pertence ao TAC, de Três Passos-RS, e tem parte dos direitos econômicos ligada ao clube alvinegro.
Apesar de jornais como L'Équipe e RMC Sport terem informado o interesse do Olympique, o ge apurou que o Botafogo não recebeu nenhum contato oficial por Luis Henrique. "Mais uma sondagem", revelou um dirigente referindo-se a interesse de outros clubes europeus na joia alvinegra. Luis Henrique estava sendo observado por equipes da Alemanha, Itália, Inglaterra, Espanha e Portugal.
"É só trazer a proposta", resumiu o dirigente.
Luis Henrique tem sondagem do futebol francês — Foto: Vitor Silva/Botafogo
O ge confirmou informação do "Lance!" de que o empresário de Luis Henrique, que mora no Rio Grande do Sul, viajará ao Rio de Janeiro nesta semana para se reunir com a cúpula do Botafogo. Além do atacante, o agente trabalha com outros atletas que defendem o time de Paulo Autuori e revelou que tem outros negócios para resolver na capital carioca.
Luis Henrique não pertence ao Botafogo
Luis Henrique, que tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2022, pertence ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tem 40% dos direitos econômicos ligados à equipe carioca. O contrato entre os clubes estipula um valor mínimo para a negociação do atacante, além de uma multa em torno de 30 milhões de euros.
Conforme a imprensa francesa, o Olympique de Marselha estaria disposto a pagar 12 milhões de euros pelo atacante alvinegro. Nessas condições, o Botafogo receberia R$ 30 milhões, o que representaria a maior venda da história do clube.
Treinador do Olympique dá pistas
Na noite do último domingo, após o empate em 1 a 1 com o Lille, o treinador do Olympique, André Villas-Boas, deu pistas sobre o perfil do atacante a ser contratado pelo clube. Luis Henrique tem as características citadas pelo técnico, que acredita num desfecho até a próxima quarta.
- É um jogador jovem, de 18, 19 anos, que vai chegar. Um jogador para ser trabalhado, não é um atacante de referência. É uma joia, como costumam dizer. Espero que chegue bem e que nos ajude nesta temporada.
Autuori prevê saída do atacante
Em entrevista ao ge em julho passado, Paulo Autuori revelou que trabalhava com a possibilidade de Luis Henrique ser negociado com o futebol europeu. A venda do atacante não seria uma surpresa para a comissão técnica.
- Pelo que tem chegado a mim de pessoas ligadas ao futebol europeu, há muito interesse em cima do Luis Henrique. O Botafogo tem que se preparar para uma possível saída do Luis Henrique e, se ele sair, já temos o Kalou - disse Autuori na ocasião.
Luis Henrique não entra em campo pelo Botafogo desde o empate em 0 a 0 com o Coritiba, no dia 20 de agosto. Tratando dores no púbis, o atacante ficou fora de cinco partidas, sendo quatro pelo Brasileirão e uma pela Copa do Brasil. Ele tem 19 jogos e dois gols na temporada.
Fonte: GE/Por Davi Barros e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro