Mais uma vez no Brasileiro, os alvinegros pensaram que o filme ia se repetir e a vitória chegaria. Não deu: 2 a 1 para Macaca
Nikão faz a festa no primeiro gol marcado pela Ponte Preta, no Engenhão (Foto: Bruno de Lima) |
Já virou costume do Botafogo neste Campeonato Brasileiro. O torcedor tem que sofrer! Em todas as partidas, vencidas ou perdidas, teve uma virada ou um jogo quase perdido, como contra o Náutico, em que perdia por 2 a 0, empatou, mas tomou o terceiro gol. Contra o Cruzeiro, vencia por 2 a 0, em casa e tomou a virada. Contra São Paulo e Coritiba, duas vezes atrás do marcador e vitória. Diante do Inter, virada no Beira-Rio. Neste domingo, outra vez o time saiu perdendo, mas achou o gol de empate ainda no primeiro tempo e não virou como a torcida esperava. Dessa vez, não deu. Vitória da Ponte por 2 a 1, que chega aos nove pontos na competição, mesmo número de pontos do Botafogo. O time carioca fica na frente nos critérios de desempate (três vitórias contra duas).
De quebra, a Macaca quebrou um tabu: venceu pela primeira vez em sua centenária história atuando no Rio de Janeiro no Brasileiro e o Botafogo, em três jogos como mandante, foi derrotado pela segunda vez. Oswaldo terá muito trabalho pela frente.
E o treinador não terá motivos para reclamar e acertar a equipe. Como o Corinthians, próximo adversário está envolvido nas finais da Copa Santander Libertadores, o Glorioso só volta a campo no dia 7 de julho, contra o Bahia, novamente no Engenhão. A partida contra o Timão foi adiada para quatro dias depois. A Ponte Preta, segue no Rio de Janeiro buscando acabar de vez com a sina de não vencer na Cidade Maravilhosa e encara o Vasco, em São Januário, no sábado.
FALHAS E JOGADAS MANJADAS: LOCO ABREU VOLTOU
O Botafogo pareceu entrar empolgado com o retorno de Loco Abreu para o time titular. Tanto que com menos de dois minutos, obrigou o goleiro Édson Bastos a fazer ótima defesa em finalização de Andrezinho. Contudo, talvez desanimado com o baixo público rotineiro, o Alvinegro começou a dar espaços e a Ponte Preta, franco-atiradora, se aproveitou. Logo aos 14 minutos, Nikão recebeu em profundidade de Lucas e só teve o trabalho de driblar Jefferson e bater firme para o gol: 1 a 0 para os paulistas.
Mesmo com o baque do gol sofrido, o Botafogo não esboçava reação. Aos 21 minutos, Lennon disputou com André Luís na área de Édson Bastos e caiu pedindo pênalti, não assinalado por Evandro Rogério Roman. Desesperado e sem conseguir ter o domínio das ações no meio de campo, o Alvinegro começou a procurar a jogada antes esquecida sem sua referência: as bolas alçadas para Loco Abreu. Sem sucesso!
Inusitado mesmo foi o lance que tirou o volante João Paulo Silva da partida. Após um bate-rebate na entrada da área ponte-pretana, Renato encheu o pé e a bola carimbou o rosto do jogador que foi à lona. Com o olho inchado, ele teve que deixar o gramado para a entrada de Ricardinho.
Jogando mal, o Botafogo acabou tendo sorte no final da primeira etapa. Márcio Azevedo invadiu a área e foi empurrado por Ferrón. Pênalti marcado e surpresa na hora de cobrar. Batedor oficial e voltando a equipe, Loco Abreu não foi quem cobrou a penalidade. Até porque, dos últimos sete que bateu, desperdiçou seis. Coube a Andrezinho colocar a bola de baixo do braço e estufar as redes de Édson Bastos, deixando tudo igual no Engenhão. Quando o revés para o intervalo era visto de forma ululante, o Glorioso desceu com o sabor de vitória.
O BOTAFOGO É O TIME DA VIRADA?!
A expectativa da torcida alvinegra para a segunda etapa era da repetição do filme das outras cinco rodadas do Botafogo nesse nacional: viradas. Com Lucas Zen na vaga de Jádson, Oswaldo de Oliveira ganhou em marcação, já que o time seguia dando espaços para a Ponte Preta e o titular ainda não está 100% recuperado da lesão no meio de semana.
Mas parece que nada mudou. E os botafoguenses que estavam esperando uma nova virada, ficaram a ver navios aos oito minutos. Esse foi o tempo que Nikão precisou para colocar Ricardinho em diagonal de frente para Jefferson. Chute forte, no canto esquerdo do camisa 1 alvinegro. A Ponte voltava a estar na frente do marcador. Aos 10, Oswaldo tirou Loco Abreu e colocou Elkeson na vaga do uruguaio, sumido durante os cerca de 60 minutos que ficou no gramado.
Talvez angustiada com a sina de ver o Glorioso virar as partidas, a Macaca seguiu encurralando o Botafogo no campo de defesa e viu André Luís, sozinho, desperdiçar a chance de marcar o terceiro gol e liquidar a fatura. Na sequência, Nikão sentiu e pediu para ser substituído. Porém, caído no gramado, o jogador foi abordado pelo alvinegros e deu-se início uma pequena confusão, logo controlada. Bruno Sabino foi para o jogo. No Botafogo, Maicosuel entrou na vaga de Felyppe Gabriel.
Errando passes e nervoso, o Botafogo se jogou para frente, mas sequer conseguia criar boas jogadas. Cansada, a Macaca ainda teve as melhores chances, mas desperdiçou e teve que apelar para as faltas na intermediária, deixando o Alvinegro longe da meta de Édson Bastos. Naturalmente, o Glorioso pressionou nos minutos finais, mas não teve forças. A derrota veio.
Dessa vez, a inspiração nos jogos passados não foram suficientes para o Botafogo vencer de virada. A torcida acreditou...E acreditou...E acreditou... E o Botafogo não foi capaz...
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1 X 2 PONTE PRETA
BOTAFOGO 1 X 2 PONTE PRETA
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 24/06/2012 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa/PR) e José Carlos Dias Passos (PR)
Renda/Público: R$ 154.490,00/4.465 pagantes
Cartões Amarelos: Lucas, Nikão (PON);
Cartões Vermelhos: -
GOLS: Nikão, 14'/1ºT (0-1); Andrezinho, 43'/1ºT (1-1); Ricardinho, 8'/2ºT (1-2);
Data/Hora: 24/06/2012 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa/PR) e José Carlos Dias Passos (PR)
Renda/Público: R$ 154.490,00/4.465 pagantes
Cartões Amarelos: Lucas, Nikão (PON);
Cartões Vermelhos: -
GOLS: Nikão, 14'/1ºT (0-1); Andrezinho, 43'/1ºT (1-1); Ricardinho, 8'/2ºT (1-2);
BOTAFOGO: Jefferson, Lennon, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Jádson, Renato, Vitor Júnior, Andrezinho e Felyppe Gabriel (Maicosuel, 24'/2ºT); Loco Abreu (Elkeson, 10'/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
PONTE PRETA: Édson Bastos, Cicinho, Tiago Alves, Ferrón e João Paulo; Baraka, João Paulo Silva (Ricardinho, 44'/1ºT), Lucas e Nikão (Bruno Sabino, 23'/2ºT); André Luís (Rildo, 25'/2ºT) e Roger. Técnico: Gilson Kleina.
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