Meia aprova apelido dado pela torcida, lembra que já foi chamado assim e projeta vitória sobre o Cruzeiro, clube que o revelou
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O tanque do motorzinho Vitor Júnior está cheio de energia. Abastecido pelo bom início de Campeonato Brasileiro, com dois gols nas duas vitórias do time, o meia quer ajudar o Botafogo a seguir na liderança da competição no jogo desta quinta-feira contra o Cruzeiro, às 21h, no Engenhão, pela terceira rodada.
Vitor Júnior chegou ao Glorioso e rapidamente ganhou a confiança de Oswaldo de Oliveira e uma vaga entre os titulares. Mesmo com a grande concorrência no setor, ele conquistou o seu espaço e ainda ganhou o apelido de Motorzinho.
– Eu gostei muito desse apelido de Motorzinho (risos). No Atlético-GO, eu também já fui chamado assim. Falavam que era o motor da equipe, que quando eu ia bem, o time ia no embalo – lembrou.
Vitor começou a trajetória no futebol na cidade natal, Porto Alegre, onde defendeu o Internacional nas categorias de base. Sem muitas chances por causa da baixa estatura, o meia foi para o Cruzeiro, onde se profissionalizou.
Hoje, Vitor reencontra o clube onde teve as primeiras oportunidades no futebol e lembra os amigos que fez na Raposa e que ainda defendem a equipe de Belo Horizonte:
– Passa um filme na minha cabeça, sim. Devo muita coisa ao Cruzeiro, que foi o clube que apostou em mim, mesmo com a minha pouca altura. Tenho alguns amigos lá até hoje, como o Charles e o Fábio.
O motor alvinegro tentará acelerar ainda mais nesta quinta-feira à noite e ajudar o Botafogo a manter a pole position no Campeonato Brasileiro.
Estreia foi presente de aniversário na Raposa
A estreia de Vitor Júnior como profissional aconteceu pelo rival desta quinta-feira. O resultado foi uma derrota do Cruzeiro por 2 a 1 para o Palmeiras, no dia 16 de setembro de 2005, no Parque Antarctica, mas que ficou marcada pelo grande presente de aniversário, completado um dia antes da partida.
Aquela semana do apoiador foi impressionante. Treinou pelos juniores contra o profissional na segunda-feira e foi integrado ao elenco principal na terça. Na sexta, dia do aniversário de 19 anos, ele estava na concentração do time de juniores enquanto a delegação já estava em São Paulo para o duelo contra os palmeirenses. Chateado por passar a data comemorativa longe da família, ele recebeu a ótima notícia:
– Estava no quarto um pouco triste e um diretor do Cruzeiro bateu na porta e me mandou pegar o avião para São Paulo que eu seria relacionado. Ele disse que o Gusmão (PC, técnico do Cruzeiro na época) tinha pedido para eu ir que queria levar 19 jogadores para aquela partida. Fiquei muito feliz e ganhei um grande presente de aniversário – lembrou, contando que a felicidade foi maior quando entreou como profisisonal, no dia seguinte:
– Eu achei que nem iria jogar. Antes do jogo eu estava no vestiário e achei que nem seria relacionado. Fiquei de roupa de concentração, enquanto todos se trocavam. Aí o roupeiro colocou a lista dos 18 que iriam para a partida na porta do vestiário. Quando vi meu nome nem acreditei. E o melhor foi que eu ainda entrei no jogo e fiz minha estreia - recordou, com alegria.
Carinho por ex-técnicos no Cruzeiro
Vitor Júnior teve uma série de treinadores no Cruzeiro. No entanto, um deles ficou marcado na vida do meia: Paulo César Gusmão. O técnico foi o responsável pela promoção dele à equipe profissional celeste, em 2005, e voltou a comandá-lo pelo Atlético-GO, no ano passado.
– O PC é um treinador de quem gosto muito. Todo mundo sonha chegar ao profissional, mas foi muito do nada para mim. Não tava esperando. Fui promovido no Cruzeiro no dia do meu aniversário, em 2005. No Atlético, ele também foi muito importante e me ajudou bastante.
Além de PC, Vitor também guarda grande carinho por Emerson Ávila e Ney Franco, que o comandaram ainda nas categorias de base do Cruzeiro:
– O professor Emerson e o Ney Franco, nos juniores não viam a força, mas a qualidade. Isso foi algo que me ajudou muito, eles me deram muitas chances.
Vitor Júnior já marcou dois gols (Foto: Felipe Gabriel) |
- Bate-Bola
Vitor Júnior
Meia do Botafogo, com exclusividade ao LANCENET!
Como você analisa a boa impressão que deixou à torcida botafoguense logo após a chegada?
Estou muito feliz. Sabe quando você está feliz e motivado para trabalhar? Isso ajuda muito. Cheguei com o aval do treinador e ele já me deu logo a oportunidade de começar uma partida. Foi muito bom.
Qual é a análise que você faz das primeiras atuações pelo Bota?
Foi muito bom jogar logo de primeira. Logo na estreia, teríamos de virar a página após as eliminações e começar bem o Brasileiro. Saímos na frente, levamos a virada, mas eu pude fazer meu gol e ganhar o jogo. Isso é muito gratificante. A semana em Saquarema também foi válida.
Depois de fazer sucesso no Japão, o que lhe fez voltar ao Brasil?
Sempre disse a meu pai que queria brilhar por um time grande aqui. Depois que joguei no Japão, disse que queria ir para um time grande. Fui para o Corinthians e agora no Botafogo. Quero mostrar que não jogo só em times de médio porte.
Sempre disse a meu pai que queria brilhar por um time grande aqui. Depois que joguei no Japão, disse que queria ir para um time grande. Fui para o Corinthians e agora no Botafogo. Quero mostrar que não jogo só em times de médio porte.
Raphael Bózeo Rio de Janeiro (RJ) Leia mais no LANCENET!
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