Meia já enfrentou desafio de jogar com um atacante e obteve êxito
Oswaldo de Oliveira tem dado liberdade para Seedorf jogar (Foto: Álvaro Rosa) |
Em adaptação ao time, Seedorf ainda busca o posicionamento ideal dentro de campo. E pode ter como inspiração para encaixar de vez uma das melhores equipes pela qual atuou: o Milan de 2007, campeão europeu e mundial.
Naquela temporada, o time italiano apresentava características parecidas com as do atual Botafogo. Comandado por Carlo Ancelotti, Seedorf atuou como armador no sistema 4-3-2-1 e foi ponto de equilíbrio entre defesa e ataque, caindo pela esquerda.
Hoje, pelo Botafogo, o meia também está jogando pelo lado esquerdo, mas em um esquema 4-2-3-1. A equipe alvinegra privilegia o avanço pelas pontas, o que não é ponto forte do camisa 10, porém existe solução.
– Seedorf poderia ser recuado, puxando mais para esquerda, para ficar em linha com Renato. Faria assim um triângulo para dar suporte a Vitor Júnior e Andrezinho pelos lados – comentou Mauro Beting, colunista do LANCENET! e especialista em análise tática.
Após o jogo contra o Vasco, derrota do Botafogo por 1 a 0, o técnico Oswaldo de Oliveira destacou que tem deixado Seedorf à vontade para encontrar o melhor lugar entre os titulares. Com a falta de tempo para treinar por conta da maratona de jogos, resta confiar na experiência do meia por um encaixe rapidamente.
– Seedorf esteve melhor contra o Vasco, atuou mais solto. Venho procurando deixá-lo à vontade. A evolução do holandês será gradativa. Precisamos ter paciência, procurando adaptá-lo ao nosso time – concluiu Oswaldo.
Análise - Mauro Beting
Seedorf foi muito bem na reta de chegada do Milan campeão europeu de 2007. Não fez uma grande final contra o Liverpool, mas foi no 4-3-2-1 de Ancelotti que ele pôde dar um pé mais atrás na contenção e ainda ajudar Kaká a ser o melhor jogador do mundo ao final daquele ano, seis meses depois da decisão europeia. Seedorf abusou da experiência e inteligência tática para equilibrar um time de muita marcação que fazia a diferença pelos gols de Inzaghi e pela qualidade de Kaká.
Análise - Mauro Beting
Seedorf foi muito bem na reta de chegada do Milan campeão europeu de 2007. Não fez uma grande final contra o Liverpool, mas foi no 4-3-2-1 de Ancelotti que ele pôde dar um pé mais atrás na contenção e ainda ajudar Kaká a ser o melhor jogador do mundo ao final daquele ano, seis meses depois da decisão europeia. Seedorf abusou da experiência e inteligência tática para equilibrar um time de muita marcação que fazia a diferença pelos gols de Inzaghi e pela qualidade de Kaká.
No Botafogo, ele começou mais centralizado, por dentro do usual 4-2-3-1 que tem sido usado no Brasil. Uma solução (além de treinar, o que não tem conseguido pelo acúmulo de jogos) seria recuar um tanto Seedorf, puxando um pouco mais para a esquerda, para ficar em linha com Renato. Fazendo um triângulo para dar suporte a Vitor Júnior e Andrezinho pelos lados. Sem a bola, eles poderiam compor um setor com cinco na intermediária. Com a bola, iriam se juntar a Elkeson, em um esquema muito parecido com o do Vasco nos últimos meses.
Mais atrás, com maior visão de jogo, Seedorf poderia ver melhor o tanto que enxerga de futebol.
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