Meia do Botafogo falou com exclusividade ao LANCENET! sobre lesão que o afastou dos campos por quase um ano
Contratado pelo Botafogo há um mês, Lodeiro é visto no Uruguai como uma das principais promessas da geração dele. Aos 23 anos, o meia tem na bagagem um título da Copa América, em 2011, e a quarta colocação na Copa do Mundo de 2010, pelo Uruguai. Jogador com bons requisitos para qualquer clube de ponta no mundo mas que escolheu o Botafogo para recomeçar após perder espaço no Ajax, da Holanda, por ter ficado quase um ano fora de ação depois de fratura sofrida no pé direito.
Pela primeira vez, e com exclusividade ao LANCENET!, Lodeiro comentou - em espanhol - detalhadamente sobre a lesão sofrida na última Copa. A fratura no dedo mínimo do pé direito está curada. E o potencial craque celeste quer provar que vai dar certo.
Como aconteceu a saída meteórica do Nacional para o Ajax?
Em 2009, quando eu tinha 20 anos, minha carreira teve uma evolução muito grande. Fui campeão uruguaio pelo Nacional e convocado para a seleção principal. Eu era da sub-20 desde o ano anterior. Tudo isso deu muita projeção e sempre sonhei em sair para jogar no exterior. Quando chegou a possibilidade de ir para a Holanda, estava convencido de que seria um grande desafio. E não tive problema na adaptação.
O quanto a lesão sofrida na Copa de 2010 atrapalhou o ciclo pelo Ajax?
Sofri a lesão contra Gana, nas quartas de final. Naquele momento eu estava jogando muito bem, com bom ritmo. Eu teria mais possibilidades de jogar pelo Ajax após Mundial. O técnico já tinha falado isso comigo e eu só estava esperando o momento de regressar da Copa do Mundo. Porém, a lesão me impediu de ter a continuidade que eu queria. São coisas que acontecem no futebol. Você sabe que pode ocorrer qualquer tipo de lesão no esporte.
Houve algum tipo de problema no tratamento?
Fui para a Holanda me tratar por três meses. Eu me recuperei nesse tempo, mas depois tive uma nova recaída. Hoje estou totalmente recuperado, voltei a jogar há um bom tempo. Meus problemas ficaram no passado. Hoje não sinto dificuldades e estou feliz.
Mesmo com a lesão, a Copa teve saldo positivo para você?
Sem dúvida teve saldo positivo. Foi um sonho estar na Copa do Mundo. Isso não é para todos os jogadores. Não fomos campeões, mas o quarto lugar para o Uruguai depois de tanto tempo foi algo muito bom. Eu participei disso e ganhei muita confiança em mim. A Copa do Mundo foi boa para o futebol do Uruguai e para meu crescimento na carreira.
Na Copa do Mundo, a torcida do Botafogo fez corrente pelo Uruguai por Loco Abreu. Como você viu toda essa manifestação?
Foi algo muito bonito, uma torcida de um outro país, vibrando pelo Loco no Mundial. Ainda mais pelo Uruguai ser um rival do Brasil. Por isso, acredito que a torcida do Botafogo seja especial, que ame muito seus jogadores e os siga em toda parte. A torcida me encantou.
As conversas com Loco foram importantes para você vir?
Ele me falou muito bem do clube. Disse que o Botafogo é muito grande, com uma estrutura boa e uma torcida apaixonada. Foi ele quem colocou em mim o interesse pelo Botafogo. Há algum tempo venho seguindo o clube e estou muito motivado para defendê-lo. É um desafio muito lindo para mim.
Você foi campeão da Série A pelo Nacional, no Uruguai, e Ajax, na Holanda. Tem segredo?
Eu sempre tenho um objetivo, que é ser campeão. Tenho contrato até 2016. Já fui campeão pelo Nacional e pelo Ajax. Agora chegou a vez do Botafogo. Vim para ser campeão, não para só jogar. Quero ser campeão, sobretudo porque o Botafogo não vence o Brasileiro há muito tempo.
O que deu errado com a seleção uruguaia na Olimpíada?
Nossa ilusão era grande, pois o time era bom. Mas nem sempre o mais forte ganha no futebol.
Como será continuar a "dinastia uruguaia" no Botafogo?
A vontade será a característica em comum. Quando não se vai bem, a raça pode resolver o jogo.
A vontade será a característica em comum. Quando não se vai bem, a raça pode resolver o jogo.
Alexandre Braz, Gabriel Andrezo e Vinícius Perazzini Leia mais no LANCENET!
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