Gols da partida saem dos bancos de reservas: Léo Gago marca de falta, e Bruno Mendes, nos últimos minutos da partida, faz o de empate
Durante quase todo o jogo, era a rodada dos sonhos para o Grêmio, na noite deste domingo. O Fluminense perdia para a Ponte Preta no Rio, e o time de Vanderlei Luxemburgo vencia o Botafogo no Olímpico com um golaço de Léo Gago. Porém, em poucos minutos, tudo se inverteu. Os líderes cariocas viraram o jogo, e o Tricolor gaúcho viu Bruno Mendes acertar um chute certeiro, que arrancou o empate por 1 a 1 para o Alvinegro.
Os dois gols da partida saíram do banco de reservas. Gago entrou no lugar de Souza e marcou para o Grêmio em cobrança de falta de longa distância. Bruno entrou na segunda etapa na vaga de Renato e, aos 46 minutos, acertou um lindo chute e venceu o goleiro Marcelo Grohe.
O resultado foi ruim para os dois lados. O Grêmio parou nos 57 pontos e ficou a distantes 11 do líder Fluminense. E ainda vê o Atlético-MG lhe roubar a segunda posição. O Botafogo foi aos 41 pontos, mas permanece na oitava colocação, distante da briga por uma vaga na Libertadores.
Leandro, do Grêmio, disputa a bola com defensores (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio) |
O jogo nem tinha começado, e os mais de 30 mil gremistas presentes já comemoravam. Isto porque, no Rio de Janeiro, a Ponte Preta surpreendia ao abrir o placar diante do Flu logo no primeiro minuto. O entusiasmo de vitória combinada com derrota do líder, porém, diminuiu a cada lance.
Mesmo pressionando desde o início, o time de Vanderlei Luxemburgo não soube fugir da precisa marcação rival. Zé Roberto, em chute de fora da área para fora, Leandro, obrigando Renan a grande defesa, e Werley, cabeceando no travessão, quase abriram o placar até os 12 minutos. A dificuldade, a pressa e a ausência de cinco titulares pesaram.
Especialmente a de Elano, o homem que comanda o meio-campo. Um lance resume: Anderson Pico, ao tentar cobrar falta rapidamente, entregou a bola a Vitor Junior, que descobriu Andrezinho e este fez Marcelo Grohe começar a trabalhar. A grande defesa aconteceria aos 19: Andrezinho cruzou, Fellype Gabriel cabeceou à queima-roupa e só não comemorou o gol pois o goleiro teve a agilidade suficiente de espalmar.
O Botafogo optou por começar jogando com uma formação sem Seedorf (gripoado) e Elkeson, ambos no banco, para colocar Vítor Júnior e Rafael Marques. Porém, começou a fazer mais do que apenas marcar. Percebeu que o bicho não era tão feio assim. Manteve mais posse de bola e teve em Andrezinho o centralizador das jogadas. Tudo o que passava por ele se transformava em ataque perigoso. Faltou maior poder de ataque para transformar a superioridade momentânea em gol.
Foi então que um incidente mudou o panorama da partida. Àquela altura, ninguém tinha como saber, mas a lesão de Souza no tornozelo direito – que parecia um prejuízo irreparável – se transformou em oportunidade. Ele até tentou voltar do intervalo, mas deu lugar a Léo Gago.
O camisa 8 mal tinha aquecido e Zé Roberto sofreu falta na entrada da área. A pegou e tratou com carinho. Deu um chute tão forte que Renan não teve tempo de alcançá-la: 1 a 0 aos cinco minutos.
Gol cala a torcida
A vantagem no placar aliviou o Grêmio. Os movimentos ficaram mais naturais. A torcida pegou junto. E o Botafogo parecia aceitar a derrota. Mas o futebol é feito de... oportunidades. E o time carioca correu atrás da sua. Conseguiu reequilibrar e até voltar a comandar a partida em alguns momentos.
Basta ver as trocas que Luxa fez. Sacou o centroavante André Lima para entrada do volante Vilson. Tirou Marquinhos e apostou em Rondinelly. Melhorou, mas o Botafogo empatou. Turbinado com as entradas de Seedorf e Elkeson e Bruno Mendes, pressionou. Rafael Marques e Fellype Gabriel assustaram com chutes de fora da área. E de tanto insistir, o gol saiu. Aos 45 minutos do segundo tempo, Bruno dominou na entrada da área e, com categoria, bateu colocado para vencer Marcelo Grohe e levar de Porto Alegre um ponto. O estádio gaúcho, que comemorava efusivamente a vitória, emudeceu e não mais reagiu até o apito final do árbitro.
Por Hector Werlang Porto Alegre
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