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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Após início promissor, Gabriel sonha com conquistas pelo Fogão em 2013


Titular do time no fim da primeira temporada como profissional, volante alvinegro conta ao LANCE!Net quais são seus planos para o próximo ano





Em 2012, Gabriel deixou de ser uma promessa dos juniores para ser titular no Botafogo. Mais do que isso, superou a desconfiança por ocupar a vaga do experiente e lesionado Marcelo Mattos, virou símbolo do marketing na inauguração de loja do clube, se tornou querido pela torcida e o melhor amigo de Seedorf: resumindo, foi protagonista aos 20 anos, no primeiro ano de profissional. Porém, ele quer mais e relevou os seus planos ao LANCE!Net para o próximo ano.

Sem se deslumbrar pelas conquistas pessoais na temporada que se encerrou, Gabriel destacou que 2012 foi apenas um ano de transição – para ele e para o time – e que muito ainda está por vir, com a busca por grandes títulos no ano que vem.

Para Gabriel, Botafogo está no rumo
certo para 2013 (Foto: Wagner Méier)
Ao término do jogo contra o Flamengo, na última rodada do Brasileiro, você abraçou o técnico Oswaldo de Oliveira e chorou muito. O que representou?

Foi muito emocionante. Acho que não só para mim, mas para os diversos jovens que subiram em 2012. A gente nunca tinha imaginado ter contato com o Oswaldo, um técnico campeão do mundo por clubes. Foi o cara que meu deu a chance de jogar. Quando entrei em campo, fiz questão de retribuir pela confiança. Torço para que o Oswaldo assine logo a renovação de contrato com o Botafogo, para que a nossa crescente continue.

O que representou o seu crescimento para o processo de consolidação das categorias de base?

Foi algo bom, que deixa claro o bom trabalho do Botafogo. É importante ver o clube investindo na base, é essencial. Um jogador da base tem mais identidade com o clube e custa menos do que contratar um outro de fora. Com esse planejamento, em um, dois anos, virá outra boa safra para chegar no profissional e se firmar de vez na carreira.
   
O que o time de 2012 poderá oferecer em 2013?

Acho que o ano que vem é para se dar um passo à frente. 2012 foi para formar um time e um grupo. Fomos formados às pressas, com gente de fora e garotos que subiram. Se você pegar o times campeões, vai observar elencos juntos por dois, três anos. Em 2013, vamos em busca dos títulos, com a equipe já entrosada.

Existe uma grande expectativa pela chegada de reforços?

É importante ter um elenco forte. A concorrência cria uma briga boa, que é importante para o desenvolvimento de todos.
É bom para o Botafogo ter jogadores de grande qualidade. 2013 será um ano com muitos jogos e precisamos do grupo cheio para dar conta do recado sempre.

O quanto você sentiu que o Botafogo esteve perto de grandes resultados durante todo 2012?

Tivemos momentos injustos neste ano, merecíamos algo maior do que ficar no quase. Faltou pouco no Carioca, no Brasileiro, na Copa do Brasil... Foi uma pena. Merecíamos mais pela união do grupo. Mas estamos no rumo certo para 2013.

Esse clima de união influencia quanto para o jogador em campo?

É ótimo ter boas pessoas ao seu lado. Em outros lugares, podem ter jogadores que ocupam a mesma posição e por isso não se gostam, mas no Botafogo, não. Eu já vivi coisas chatas que dentro no Botafogo eu nunca vi. Isso é muito importante, dá tranquilidade para o trabalho.

Quando o Seedorf chegou ao Botafogo, comentou que você era o melhor amigo dele. Como é o holandês no dia a dia?

Ele é um grande homem. Na última rodada, sofri uma lesão na coxa direita e só ficarei livre em três semanas. Daí, o Seedorf veio conversar comigo, falou para eu não ficar triste, pois as lesões acontecem na carreira de todo atleta. Ele falou que a minha alegria me ajudaria nessa recuperação. Recentemente ele conheceu meus pais, tirou fotos, foi muito atencioso mesmo.

Seria bom ter Seedorf e Loco Abreu juntos na grupo em 2013?

As lideranças de Loco e Seedorf são bem grandes. Seedorf é mais aberto, se preocupa mais com o Botafogo em geral, não só dentro do campo. Já Abreu é mais preocupado com a gente, tem uma ligação direta com os jogadores. Se o Loco voltar, vai unir os dois estilos dentro do clube e pode ser bom para nós viver essa experiência. Sempre tem espaço para dois caras desse nível. Eles vão saber ocupar cada um o seu espaço e não vão passar por cima de ninguém.

Gabriel ganhou a amizade de Seedorf no segundo semestre (Foto: Alexandre Loureiro)

Além de Seedorf, com quem mais você tem grande afinidade?
Pelo contato direto, hoje meus melhores amigos são Dória e Jadson. Estamos juntos nos momentos bons e difíceis. O grupo é ótimo e os veteranos também são incríveis. A amizade é primordial para nascer uma equipe vitoriosa.

Como é a sua relação com a diretoria e com o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção?

Elas são muito boas. O Mauricio procura ligar para gente e dar dicas sempre. Se tem de dar dura, também fala firme. É um cara emotivo e o grupo gosta muito dele. Minha relação com ele é excelente e agradeço pela oportunidade que me deu. Sou muito grato. Na derrota para o Fluminense, no Estadual, ele foi ao vestiário e falou que acreditava em nós. No Brasileiro ele também fez isso constantemente.

O que passa na sua cabeça ao olhar para trás e avaliar 2012?

É gratificante pensar nisso. Desde pequeno eu pensava em defender um grande clube, ver minha vida mudar. Hoje posso agradecer por ter conseguido isso. Espero que continue assim!


Alexandre Braz, Vinícius Perazzini e Walace Borges Rio de Janeiro (RJ) LANCENET!


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