Botafogo se arma para voltar à Libertadores depois de 16 anos

Clube mantém espinha dorsal de 2012 e busca reforços para formar grupo forte, capaz de encerrar a frustração dos torcedores

Seedorf cumprimenta o técnico Oswaldo de Oliveira: experiente meia holandês é o trunfo do Botafogo para chegar mais longe em 2013 Jorge William - Agência O Globo

Campeão brasileiro pela última vez em 1995, o Botafogo não disputa a Copa Libertadores há 16 anos. Em 2013 já está decidido: voltar a participar da competição continental será o principal objetivo do clube. Nos dois últimos anos, o time deu esperanças à torcida, mas na reta final acabou sucumbindo. Para que não ocorra nova decepção, o Botafogo aposta na manutenção da base de 2012, que terá o holandês Clarence Seedorf como peça mais importante.Há consenso de que o time precisa de pelo menos mais quatro reforços para formar um grupo em condições de brigar pelo título brasileiro e, consequentemente, por uma vaga na Copa Libertadores. As necessidades mais urgentes são um zagueiro, dois laterias e pelo menos mais um atacante.

Meio-campo recheado

De contrato renovado, o técnico Oswaldo de Oliveira já tem uma espinha dorsal, formada pelo goleiro Jéfferson, pelos meias Seedorf e Renato e pelo atacante Bruno Mendes, uma das revelações do último Campeonato Brasileiro. O zagueiro Dória, de 18 anos, terminou o ano valorizado e chamou a atenção do Juventus, da Itália. Dificilmente ficará no Botafogo em 2013. Se Dória sair, a contração de um jogador para fazer dupla com Antônio Carlos será prioridade.

O lateral Lucas, que andou sendo convocado para a seleção, firmou-se na posição, mas precisa de um reserva. Há fartura no meio-campo. Além de Seedorf e Renato, o treinador pode contar com Gabriel e Jádson, que vieram da base e se destacaram em 2012, e também com Andrezinho e Fellype Gabriel, que tiveram bons momentos na última temporada.

Com as saídas de Elkeson e Caio já confirmadas, o ataque continua sendo o calcanhar de aquiles de Oswaldo de Oliveira. Bruno Mendes, de apenas 18 anos e cujo passe pertence a um grupo de investimento inglês, está garantido no Carioca, mas se repetir as atuações que teve no fim do Brasileiro, quando marcou seis gols em oito jogos, dificilmente emplacará o segundo semestre em General Severiano.

Para não repetir o erro deste ano, quando negociou Caio, Loco Abreu e Herrera ao mesmo tempo e acabou ficando sem atacantes na maior parte do Brasileiro, o Botafogo está concentrando seus esforços para contratar um goleador de peso. Tentou Grafite e Dagoberto, mas até agora não obteve sucesso.

MAURICIO FONSECA/0 GLOBO