Emprestado Botafogo, jogador alega não ter recebido 40% do valor da negociação entre Guarani e o grupo HAZ, fechado em R$ 7 milhões
Bruno Mendes durante a audiência em Campinas (Foto: Murilo Borges / Globoesporte.com) |
Antes de entrar com a nova ação, o advogado já teve uma conversa prévia com Luís Eduardo Barbosa, representante do Macaé, na audiência realizada sexta-feira em Campinas (SP). Ele espera chegar a um acordo, já que entende como direito de Bruno Mendes a cobrança de 40% dos R$ 7 milhões (R$ 2,8 milhões), valor da negociação do HAZ com o Guarani.
- Quando entramos com a ação contra o Guarani, ele ainda estava vinculado ao clube por decisão da Justiça. Depois de juiz decidir revalidar os contratos com Macaé e Botafogo, desistimos desta ação. Não concordamos com isso, mas acatamos e o Bruno Mendes agora vai pleitear o seus 40% sobre a negociação, pois isso estava em seu contrato de trabalho e não foi respeitado. Não estou alegando má fé do comprador, mas deveria ter atentado para isso. São mais de R$ 2,5 milhões, e ele merece o que é dele. O Botafogo pode até ser parte prejudicada se houver anulação do contrato com o Macaé. Mas a gente acredita em um desfecho tranquilo - disse Luiz Antônio.
Não estou alegando má fé do comprador, mas deveria ter atentado para isso. São mais de
R$ 2,5 milhões. O Botafogo pode até ser parte prejudicada se houver anulação do contrato com o Macaé. Mas a gente acredita em um desfecho tranquilo"
Luiz Antônio Alô, advogado de Bruno Mendes
Segundo o advogado, Bruno Mendes foi levado pelo ex-presidente do Guarani, Marcelo Mingone, a assinar um documento no qual cedia 20% dos seus 40% a uma empresa chamada Ardizzoni Consultoria Ltda, que foi incluída como reclamada na primeira ação. Para ele, o fato se configurou em uma manobra do dirigente, que renunciou ao cargo em outubro deste ano, pouco depois de negociar o jogador.
- Era como um contrato para agenciarem o jogador. O Bruno nunca conheceu as pessoas responsáveis por isso. Estávamos tentando anular o negócio. O Guarani vendeu 100% de algo, mas só poderia ter negociado 60% dos quais tinha direito - comentou Luiz Antônio.
Ainda de acordo com o advogado, não houve uma contestação judicial da última decisão sobre o caso, sexta-feira, por escolha de Bruno Mendes. O jogador vem sofrendo retaliações de torcedores do Guarani durante o processo e preferiu evitar o desgaste de uma nova ação contra o clube paulista, na qual pedia a rescisão de seu contrato, que, agora, não existe mais.
- Não tem mais fundamento questionar esse vínculo. Antes, o Bruno não tinha opção. Precisava fazer alguma coisa para ter os seus direitos respeitados. Mas ele não queria mais se desgastar com o Guarani. Ficou triste com a questão de torcedores terem se levantado contra ele. Não estava sendo ingrato com quem o formou - revelou o advogado.
Nesta terça-feira, o vínculo de Bruno Mendes com o Macaé e o empréstimo ao Botafogo devem ser publicados no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Por Thales SoaresRio de Janeiro
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