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sábado, 8 de dezembro de 2012

Mattos avisa: 'Estou devendo muito, mas 2013 será o ano do Marcelo'


Volante do Botafogo se dedica aos treinamentos durante as férias para se apresentar inteiro em janeiro depois de duas cirurgias em cinco meses


Dezembro é o mês das férias dos jogadores de futebol. Nesta época do ano, aproveitam a família da melhor forma possível, pois sabem que a rotina de uma longa temporada é dura, com viagens seguidas e concentrações. Marcelo Mattos vive um momento diferente e segue uma rotina dura de exercícios para se apresentar ao Botafogo no dia 4 de janeiro de 2013 em condições de trabalhar com o grupo e voltar a fazer o que mais gosta.

Uma mochila, na qual carrega uma parafernália, tem sido sua companheira na caminhada duas vezes por dia até a academia do prédio onde mora na Barra da Tijuca. São equipamentos que ajudam na recuperação de sua segunda cirurgia no púbis em cinco meses. Este ano, com problemas físicos seguidos, participou de apenas 24 dos 66 jogos do time na temporada.

- Não estou completamente feliz por ainda não ter feito o Botafogo ganhar títulos. Foi para isso que fui contratado. Estou devendo muito, mas só posso pagar se estiver em totais condições. Tentei mesmo não estando bem e, infelizmente, as coisas não saíram da forma correta. Mas 2013 será o ano do Marcelo - avisou o volante, de 28 anos, no Botafogo desde 2010, que garante não sentir mais dores no local.

Marcelo Mattos tem feito dois períodos de treinamento de duas horas e meia cada de segunda a sexta-feira. A programação vai até o dia 15. Depois, a atividade passará a ser realizada em apenas um período. Por enquanto, não tem conseguido atender todos os anseios do filho Marcelo, de cinco anos.

- Estou de férias, mas trabalhando. Às vezes, nem encontro com ele. Desço para treinar 9h e almoçamos juntos. Depois, volto para mais um período e subo umas cinco e meia. É o meu tempo com ele. Não dá para pegar uma piscina. Sorte que ele achou uma babá que gosta de videogame - brincou Marcelo, casado com Maria e que tem ainda uma enteada, Laura, de 12 anos.

Marcelo Mattos arruma sua parafernália usada no treinamento (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
A preparação de Marcelo tem sido intensa. Preocupado, ele se informou muito bem sobre a segunda cirurgia a que foi submetido e realizada pelo médico Joaquim Grava, em São Paulo. A programação de treinamento está sempre a mão e ele pretende seguir a rotina quando voltar ao clube. Nas viagens que pretende fazer nas férias, a mochila com sua parafernália vai junto.

- Nenhum dia é difícil. A preocupação é em fazer tudo direitinho. Na minha cabeça, só penso em melhorar para estar bem em janeiro. É um sacrifício, mas é gostoso. Quem olha, pensa que é chato, mas gosto muito de fazer. No Botafogo, vou encher o saco para fazer sempre. É uma coisa que ajuda muito na establização do púbis e do quadril para jogar sempre de cabeça erguida - afirmou Marcelo.
Nenhum dia é difícil. A preocupação é em fazer tudo direitinho. Na minha cabeça, só penso em melhorar para estar bem em janeiro. É um sacrifício, mas é gostoso. Quem olha, pensa que é chato, mas gosto muito de fazer. No Botafogo, vou encher o saco para fazer sempre. É uma coisa que ajuda muito na establização do púbis e do quadril para jogar sempre de cabeça erguida"
Marcelo Mattos

Desde o dia 9 de maio, quando não aguentou mais entrar em campo, o sofrimento de Marcelo Mattos se prolonga. Ele atuou em duas partidas no Campeonato Brasileiro antes de fazer a segunda cirurgia. O volante disse que fez de tudo para não precisar realizar o procedimento, mas não foi possível. Passou por tudo sem perder a cabeça ou deixar de acreditar.

- Mesmo quando vi que tinha de fazer a segunda cirurgia, estava bem tranquilo. É muito ruim ficar parado, mas tive que fazer o que era o certo. Tentamos de tudo na fisioterapia. Até de trovão na praia a gente pulou. Agora, estou bem e confiante. Gosto de desafios e esse será mais um - afirmou.

Na sua volta ao Botafogo, ele encontrará uma disputa intensa pela posição no time titular. Na sua ausência, jogadores como Jadson e Gabriel conquistarm espaço no grupo como peças importantes para o técnico Oswaldo de Oliveira. Marcelo não se preocupa com isso, mas garante que a briga será boa quando estiver em plenas condições físicas.

- O que penso agora é na minha saúde. O surgimento de jogadores é importante e nunca fui insubstituível. Fico muito feliz pela cirurgia que fiz e em janeiro vou estar muito bem. Será uma briga boa, mas preciso brigar em condições, com meu quadril e o adutor bons. Será uma grande competição, temos um excelente treinador e espero que ele continue para conquistarmos títulos no ano que vem - comentou o volante.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

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