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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Amor pelo Botafogo une Donizete e Quinho do Salgueiro



Campeão brasileiro em 95 destaca identificação com o Alvinegro. E intérprete diz que amor pelo clube 'empata' com carinho que tem pela mãe


Em clima de carnaval, o programa "É Gol!!!" promoveu o encontro de um ídolo de um dos grandes clubes cariocas e um expoente da capital do samba. De um lado Donizete, o Pantera, um dos destaques do Botafogo campeão brasileiro em 1995. Do outro, Quinho do Salgueiro, intérprete da tradicional escola de samba da Tijuca (Zona Noite do Rio). Em comum, o amor pelo time da estrela solitária, e o sofrimento pelo jejum de títulos das duas agremiações. Em 1989, o Botafogo se tornava campeão carioca após 21 anos sem título. E em 1993 o Salgueiro saía da fila de 17 anos sem vencer o grupo especial.

- Quem não gosta de samba? Quem não gosta de futebol? Todo carioca tem um clube e todo carioca tem uma escola de samba - afirmou Quinho, que não esconde sua paixão pelo Botafogo. Depois de colocar o clube em primeiro lugar no coração, lembra da mãe.

- O Botafogo é muito importante na minha vida, ganha da minha mãe. Aliás, ganha não, empata com a minha mãe. Tenho 55 anos, nasci alvinegro, sempre que posso vou aos estádios. Bati muita palma para essa fera (Donizete), que fez uma dupla maravilhosa (com o Túlio). O único titulo de campeão brasileiro que temos a torcida alvinegra deve a ele - afirma o cantor.

Donizete destaca a sua identificação com o
Botafogo (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Donizete, hoje com 44 anos, chegou a conquistar a Libertadores por um rival do Botafogo, o Vasco, mas ficou marcado pela passagem pelo Alvinegro, pelo qual foi campeão carioca em 1990 e campeão brasileiro em 1995, na segunda passagem.

- Tenho o maior orgulho de ter vestido a camisa do Botafogo pelo carinho da torcida, que é fantástica. Sou muito grato ao Botafogo. Foi o primeiro time grande que joguei, me deu uma oportunidade, e depois que retornei, fui logo campeão brasileiro. Casamento perfeito. Passo na rua e todo mundo diz: Donizete é do Fogão - se emociona o ex-jogador, que cita a falta de regularidade da equipe nos últimos anos.

- Vejo que o Botafogo sempre começa muito bem, mas não tem mantido o nível. Embala, mas chega no final, com vantagem espetacular, e cai de repente - afirma o Pantera, que em seguida ouve a "cornetada" de Quinho.

- Trouxe o Seedorf para organizar e cadê o matador? Cadê o Loco Abreu? Para dar de canela bota eu, que não jogo nada.

A expressão "tem coisas que só acontecem com o Botafogo" também está na memória do intérprete. Um dos carros da escola, em 2011, devido ao grande tamanho, teve dificuldades para entrar no Sambódromo e atrasou o desfile, o que causou a perda de pontos e a luta pelo título daquele ano.

- Tem coisas que acontecem, como no carro do Kink Kong. Foi triste, mas acontece…

Para levantar a poeira, Donizete imagina tanto o Salgueiro como o Botafogo campeões juntos. E o sambista lembra que em 2009 a "dobradinha" aconteceu. Com o enredo "Tambor", o Salgueiro se tornou campeão pela nona e última vez. No mesmo ano, o Botafogo erguia a Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual.

- Gosto muito do Salgueiro, escola da juventude. Frequento essa quadra aqui há muitos anos - recorda Donizete, na visita a Quinho.

Por SporTV.comRio de Janeiro

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