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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Seedorf é acima da média e vira ‘problema’ no Botafogo



Bruno Voloch

E o Botafogo não resistiu ao segundo clássico na Taça Guanabara, caiu e perdeu a invencibilidade que sustentava na competição.
Concordo em parte com o que disse o sempre lúcido Seedorf após a a partida. O time não pode e nem deve se abalar com o resultado negativo.

O Botafogo porém precisa tirar algumas lições se quiser evitar uma nova decepção nas semifinais.

A escalação de Julio Cesar como volante foi arriscada, precipitada e não deu certo. Fato. O jogador foi lento e deixou Hernane livre para fazer o gol do Flamengo. Fora isso, Julio estava perdido em campo e não encontrou sua posição em nenhum momento.

Não havia cobertura para os laterais, especialmente Marcio Azevedo. Por aquele setor o Flamengo deitou e rolou. Por sinal, Azevedo ficou devendo e voltou a jogar mal, como nos velhos tempos.

Fellype Gabriel é importante em termos táticos, mas é impressionante como não consegue jogar os 90 minutos. Quase sempre acaba a partida no banco, seja por contusão ou desgaste físico.

Oswaldo errou ao tirar Bruno Mendes e colocar Sassá. O jovem atacante, no caso Sassá, sentiu demais a partida, não rendeu e o técnico aos poucos vai minando a confiança que resta de Bruno.

Vitinho foi mal, mas tem crédito.

Lodeiro vive de altos e baixos.

Fica nítida a dependência do Botafogo por Seedorf. O camisa 10 pensa rápido demais e os companheiros não conseguem por muitas vezes acompanhar a cabeça do jogador.

Só ele é capaz de fazer algo diferente em campo. É líder, se impõe com facilidade, ajuda na marcação, vai ao ataque e faz gol. Mas nem todo jogo poderá resolver. Contra o Flamengo deixou Vitinho e Fellype Gabriel na cara do gol, mas ambos falharam na conclusão. O Botafogo precisa de um atacante de área.

O Botafogo não peças de reposição. Seedorf certamente não aguentará o ritmo e o número de jogos em 2013. Sem ele, será difícil.

Seedorf virou ‘problema’.

Ele atua em um nível tão acima dos demais que o torcedor exige o mesmo de quem não pode oferecer, caso da maioria.

Blog do Bruno Voloch

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