Com a taça da Champions no Rio de Janeiro, holandês pede para o santista ter cautela na hora da decisão. Bebeto se anima: 'Está chegando a hora'
O meia Seedorf, do Botafogo, e o ex-jogador Bebeto se encontraram nesta sexta-feira no Rio de Janeiro para apresentar a taça da Liga dos Campeões ao público brasileiro. O troféu estará exposto neste fim de semana na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul da cidade. A competição conta com as principais estrelas do futebol mundial, mas pelo menos em território nacional, a sensação é a de que falta alguém na disputa pela "orelhuda": Neymar. Com quatro títulos da Champions no currículo e passagens pelos principais clubes do continente, o holandês pediu para que o atacante do Santos seja cauteloso na hora de decidir se transferir para o futebol europeu, citando o exemplo de Alexandre Pato para lembrar que a ansiedade poderá atrapalhar o desenvolvimento da carreira do camisa 11.
- Há muita pressão em cima do Neymar, exageradamente, eu acho. Ele é jovem ainda. Quando sair do Brasil, vai amadurecer, principalmente como pessoa e no final vai levar isso para dentro do campo também. Mas é normal o que ele está passando neste momento. Espero que faça essa experiência quando se sentir pronto porque é muito jovem. O Pato foi embora e voltou. Não era a melhor hora para ele ir. Neymar tem que sentir quando for a hora de fazer uma experiência nova para ir - disse a estrela botafoguense.
Bebeto e Seedorf posam com a taça da Liga dos Campeões(Foto:Fábio Lima) |
- Está chegando a hora do Neymar ir para a Europa, não tenho dúvida disso. Vai ser importante para ele. A Liga dos Campeões é o campeonato mais importante do mundo. Para ele vai ser muito importante, para o crescimento dele e o amadurecimento também. Vou torcer muito para que ele realmente vá para a Europa. O pessoal vai conhecê-lo melhor, é outra marcação, ele vai ter um crescimento muito grande. Eu vou torcer muito por ele - disse.
Em visita ao programa "Globo Esporte", Seedorf também foi perguntado sobre o craque santista e o definiu como uma promessa.
- Ainda é muito jovem, tem que construir sua carreira, mas é uma grande promessa. Tem que acreditar nele.
Seedorf e Bebeto se elogiram (Foto: Fabio Lima) |
- Quem vai ganhar? Imagino que um desses oito (que estão nas quartas) - respondeu.
Com o tempo, o holandês foi se abrindo e acabou enumerando as qualidades das principais equipes.
- Não estou vendo favorito hoje. O Barcelona é um time que neste momento está jogando muito bem de novo depois de um mês de dificuldade que todo mundo passa. O Madrid é um time que cresceu bastante, mentalmente principalmente, e poderá chegar à final. O Bayern é um time que também acho muito perigoso, o Juventus pode ser uma surpresa este ano, o Borussia Dortmund que está jogando muita bola... como sempre, a Champions League vai nos dar muitas supresas e vai ser competitiva até o final - destacou.
Seedorf ergue a 'orelhuda" títulos com Ajax, Real Madrid e Milan (Foto: Fábio Lima ) |
Bolas da final foram expostas (Foto: Fabio Lima) |
- O Barcelona já vem jogando junto a muito tempo, aquele jogo coletivo, de muita movimentação. É impressionante, o PSG deu azar de pegar o Barcelona. Mas no futebol tudo é possível, você nunca ganha na véspera do jogo. Tem que jogar. Mas se for falar qual seria o resultado, todo mundo vai falar que o Barcelona ganha, pela equipe que tem, pela história na Liga dos Campeões. Mas o PSG tem uma grande equipe. Thiago Silva, Alex, Ibrahimovic. O Barcelona é um time mais compacto, mais entrosado. Mas pela amizade e pelo carinho que tenho pelo Leonardo (diretor esportivo), vou torcer muito para o PSG. Mas o Barcelona tem uma equipe muito forte. Vai ser muito difícil para o PSG eliminar o Barcelona - avaliou.
Seedorf lembrou que o sucesso do Barcelona não foi construído recentemente, mas admitiu que a atual geração possui jogadores especiais.
- O Barcelona desde sempre joga assim. A diferença é que é uma geração que tem uma classe de individualidade mais elevada do que a média. A estrutura deles, o sistema, a filosofia. Quando joguei no Real Madrid, íamos lá em Barcelona, e era duro o tempo todo. Era difícil ganhar lá. Tocavam sempre a bola. Só que agora, individualmente, eles têm jogadores que são superiores - lembrou.
Seedorf lembrou que o sucesso do Barcelona não foi construído recentemente, mas admitiu que a atual geração possui jogadores especiais.
- O Barcelona desde sempre joga assim. A diferença é que é uma geração que tem uma classe de individualidade mais elevada do que a média. A estrutura deles, o sistema, a filosofia. Quando joguei no Real Madrid, íamos lá em Barcelona, e era duro o tempo todo. Era difícil ganhar lá. Tocavam sempre a bola. Só que agora, individualmente, eles têm jogadores que são superiores - lembrou.
Mistério: Bebeto com a taça protegida no início do evento (Foto: Fábio Lima) |
Por Fábio Lima Rio de Janeiro
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