Clube repete fórmula e, apenas este ano, contrata quatro jogadores já com18 anos de idade ou mais para atuar ainda no time de juniores
Vitinho tem entrado regularmente durante os jogos(Foto: Satiro Sodré / Agif) |
A prática deu certo nos últimos anos. Em 2011, o clube contratou para os juniores Vitinho, que estava no Audax, Gabriel, ex-Paulínia, e Jeferson, ex-São Paulo. De lá para cá, subiram para os profissionais Vitinho, de 19 anos, que se transformou em xodó, e Gabriel, de 20, que virou titular. Jeferson, de 21, ainda busca espaço.
- Já fazemos isso desde 2009. O Caio (atacante, hoje no Inter) e o Alex foram os primeiros nesse processo. Alguns dão certo, outros não, mas são todos nesse perfil. A gente monitora quem se destaca, está insatisfeito no clube de origem, como foi o caso do Jeferson, ou com contrato perto do fim, conversa com o empresário ou o próprio atleta - explicou gerente técnico do futebol profissional, Sidnei Loureiro.
Daniel, Matheus Carioca e Pablo se encaixam no perfil de jogadores em fim de contrato. Já Guga veio negociado com o Gama em um caso parecido com o de Vitinho e Gabriel, onde o clube de origem ainda continua com um percentual relativo do jogador (40%).
O Botafogo enfrentou o Gama este ano na Copa São Paulo de Futebol Júnior e venceu por 2 a 1. O time sofreu um gol justamente de Guga, que acabou chamando a atenção, como Gabriel na edição da competição em 2011.
Não temos uma rede montada, essa estrutura, pos não tem alojamento para todo mundo. Temos um projeto maior de captação, mas para o ano que vem, quando Marechal Hermes estiver pronto, com condição de receber os garotos"
Sidnei Loureiro
- O Guga se destacou na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano. Em 2011, jogamos em Paulínia e trouxemos o Gabriel - comentou Sidnei.
Alguns jogadores jovens também são contratados para o futebol profissional diretamente, casos de Lima, de 21, e Bruno Mendes, de 18. Sidnei trata esses casos como exceções e considera importante a passagem ainda pela categoria de juniores do clube para facilitar a adaptação.
- É importante que ele entenda a filosofia do clube. Acho que ele pode ter mais sucesso fazendo isso, com mais tempo de formação - comentou o dirigente.
A tendência para o futuro é haver um equilíbrio na forma de produzir talentos. O garimpo vai continuar, até mais intensamente. Além disso, o clube também vai lapidar jogadores desde o mirim e o infantil, como aconteceu com Dória, Cidinho e Sassá, por exemplo.
- Não temos uma rede montada, essa estrutura, pois não tem alojamento para todo mundo. Temos um projeto maior de captação, mas para o ano que vem, quando Marechal Hermes estiver pronto, com condição de receber os garotos. A gente tenta selecionar e não errar. Acho que o aproveitamento com o pouco espaço e força financeira vem sendo bom. Temos que sair na frente, antecipar as ações dos demais clubes e ao mesmo tempo definir qual o alvo - explicou Sidnei.
As obras no centro de treinamento de Marechal Hermes, que tinha previsão para ficar pronto no fim do ano, estão paralisadas. Segundo Sidnei, a documentação que faltava para colocar o projeto em prática está resolvida, mas ainda não há prazo para o início da demolição.
- Conseguimos legalizar essa situação da demolição há pouco tempo e não dá para precisar se vai começar em 20 dias, um mês. Mas quando estiver pronto teremos alojamentos para 72 jogadores a partir de 14 anos. Hoje, podemos ter 26 concentrados, a partir dos 16. Eles estão em Caio Martins, por enquanto - disse Sidnei.
Por Fred Huber e Thales Soares Rio de Janeiro
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