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terça-feira, 21 de maio de 2013

Haja preparo! Botafogo inicia maratona de seis jogos em 17 dias, todos com viagens


Preparador físico do Glorioso, Ricardo Henriques conversa com a reportagem do LANCE!Net e explica problemas da sequência apertada de jogos no Brasileirão




Seedorf - Treino do Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Seedorf, de 37 anos, participará da
maratona (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
O Botafogo começa amanhã uma maratona digna de Olimpíada. Até o dia 8 de junho, serão seis jogos em 17 dias e a obrigação de iniciar a competição com uma excelente campanha, que confirme o favoritismo adquirido no Carioca.

Além do pouco tempo para se recuperar, o Alvinegro terá de superar a falta de uma casa. Com o Engenhão interditado, o time comandado por Oswaldo de Oliveira mandará a maioria dos jogos no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, que fica a aproximadamente 120 quilômetros do Rio de Janeiro.

Preocupado com a situação, um dos preparadores físicos do Botafogo, Ricardo Henriques, conversou com a reportagem do LANCE! e apresentou os danos da maratona.

– O atleta precisa de pelo menos 72 horas para ter uma recuperação completa entre um jogo e outro. Por vezes, entramos exatamente com 72 horas em campo. Isso quando não jogamos com menos tempo ainda, sem falar do estresse que o atleta passa em campo, com a responsabilidade de decidir as partidas o tempo inteiro.

Ricardo Henriques também revelou uma conversa que teve com o elenco em janeiro, ainda na pré-temporada. No encontro, ele já projetava a primeira metade da temporada e fez planos para que a preparação física não fosse afetada:

– Este ano se configura como uma temporada muito atípica para nós. Devido à Copa das Confederações, que vai paralisar o calendário. Lá no começo do ano, na pré-temporada, conversei com os jogadores e falei que dividiríamos o ano em duas etapas de 160 dias. Assim, estamos para terminar o primeiro processo e começar outro tão importante quanto. Tomara que também dê resultados.

Jogadores já reclamam

Ter de viajar em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro é um problema que já assusta alguns jogadores do Botafogo. Para o meia Fellype Gabriel, a possibilidade de não voltar para casa dificultará a vida do Glorioso.

– Vai ser a primeira vez que vou passar por isso, felizmente. Nesse esquema, vamos jogar todos os jogos fora de casa e dependendo do jogo nem vamos voltar para casa. Mas somos um time que almeja muita coisa no Brasileiro e temos de nos adaptar o mais rápido possível – afirmou o apoiador, que teve o coro reforçado por Lodeiro:

– Não vamos ter o Engenhão, mas vamos ser obrigados a fazer de São Paulo, Goiás ou Paraná de nossas casas. Só assim podemos ganhar alguma coisa.

Bate-Bola com Ricardo Henriques - Preparador físico do botafogo

1. Como manter a condição física ideal para os jogadores que não vêm sendo utilizados?

Temos que dividir o grupo em os jogam e os que não jogam. Os que jogam fazem treino regenerativo algumas vezes, e os que não jogam precisam de um tratamento intensivo para ficarem aptos a jogar.

2. Há alguma preparação especial neste período anterior à maratona?

Não. Estamos encerrando o primeiro ciclo da temporada. O que nós temos de fazer é utilizar todos os recursos disponíveis para minimizar os efeitos desses poucos dias da maratona. O trabalho de recuperação dos atletas é o importante.


Walace Borges - LANCENET!  

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