Sem recursos, Botafogo só contratará caso venda seus jogadores

Atacante Roque Santa Cruz ficou mais distante de General Severiano e empresários do jogador já admitem ouvir propostas de outros clubes interessados no paraguaio

Roque Santa Cruz quer o Botafogo, mas falta
 dinheiro ao clube (Foto: Cristina Quicler/AFP)

Longe de viver uma situação financeira confortável, a diretoria do Botafogo não pensa em reforçar o time que foi campeão carioca, por enquanto. A ordem dentro de General Severiano é correr atrás de contratações para o restante da temporada apenas se algum jogador do atual elenco for negociado e o cofre alvinegro receber uma quantia considerável.

O caso mais emblemático é o do centroavante Roque Santa Cruz. Com uma pedida salarial de aproximadamente R$ 450 mil mensais, sua chegada tornou-se inviável no momento. Os empresários do paraguaio conversam frequentemente com membros da diretoria alvinegra e estão cientes das dificuldades financeiras que o clube atravessa.

Apesar do contato direto entre as partes, o clube não chegou a formular oficialmente uma contraproposta para o jogador do Málaga. Pessimistas, os seus representantes acreditam que não receberão uma resposta tão cedo e já admitem ouvir outros clubes. Os contratos dele com o Manchester City, dono de seus direitos econômicos, e com o Málaga, onde está emprestado, terminam em 30 de junho.

Atualmente, o Botafogo deve aos seus atletas um mês de salários, referentes aos direitos de imagem. Por isso, caso uma contratação cara e de impacto – como seria a de Santa Cruz, por exemplo – fosse anunciada, ela poderia criar focos de insatisfação dentro do grupo.

Atualmente com um elenco qualificado e numeroso, o Glorioso vive ótima fase. E, antes de cobrar, a torcida deve saber: para chegar reforço, terá de perder alguém.

Propostas ainda são analisadas

Depois da conquista do título carioca, praticamente toda a espinha dorsal da equipe recebeu algum tipo de sondagem de clubes do Brasil e do exterior.

Um dos jogadores mais assediados e que pode sair é Fellype Gabriel. A procura pelo meia vem de clubes do Oriente Médio, conhecidos pelo alto poder financeiro, mas a oferta ainda está sendo analisada.

O clube, dono de 50% dos direitos econômicos do camisa 11, ainda não respondeu, mas sabe que será difícil segurá-lo – caso a proposta seja oficializada.

Em contato feito pela reportagem do LANCE!Net, o empresário Eduardo Uram, que representa Fellype Gabriel, pediu para não comentar sobre o assunto.

Oswaldo quer manter elenco

Caso seja questionado se prefere trocar um atleta do elenco a um reforço, o técnico Oswaldo de Oliveira já tem a resposta na ponta da língua. Para ele, é muito mais importante não perder ninguém a trazer um jogador que talvez não encaixe no time.

– O Botafogo é um time ajeitado e cada peça tem sua importância. Hoje, perder qualquer jogador pode complicar um trabalho bem feito. Dependendo da situação, é melhor não perder ninguém a ter uma contratação – disse o treinador alvinegro.

Alexandre Braz e Luiz Gustavo Moreira - Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!