Em descompasso, Emerson Sheik deve definir o seu futuro esta semana

Atacante não faz parte dos planos do Corinthians, mas só quer sair de forma definitiva, condição que não agrada ao Bota, principal interessado na contratação

Emerson no treino do Corinthians. Clube quer sua saída para
aliviar a folha salarial (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

O Corinthians quer diminuir sua folha salarial e negociar Emerson, mas o atacante bate o pé e dificulta o desejo da diretoria. Na mira do Botafogo, Emerson Sheik deve resolver sua situação nos próximos dias – o empresário dele, Reinaldo Pitta, vai se reunir com a cúpula corintiana durante a semana. Por enquanto, o Timão concentra esforços na contratação do volante Elias, já que ajanela internacional de transferências fecha nesta segunda.

O principal problema é que Sheik não quer ser emprestado. Se sair, quer que seja se forma definitiva. Com contrato até julho de 2015, ele tem dito a amigos do clube que este pode até ser seu último vínculo profissional– a intenção seria encerrar a carreira no Corinthians. Nos bastidores, a sensação de dirigentes é de que ele não quer abrir mão do bom contrato que firmou em julho do ano passado.

Acerto com o Botafogo, o Timão já tem. Aceita pagar pelo menos metade do salário de Emerson em um empréstimo até o fim do ano. Os termos não agradam ao atacante, que insiste: não foi comunicado em momento algum pela diretoria ou pelo técnico Mano Menezes que não fazia mais parte dos planos. Hoje, Sheik é quarta opção no setor ofensivo, atrás de Romarinho, Luciano e Guerrero.

O Corinthians vê o Botafogo como um bom destino para Emerson, já que os dois clubes mantêmboas relações. Mas a transferência em definitivo não agrada ao time carioca, que não tem condições de arcar com o salário integral do jogador. O Glorioso, inclusive, vive uma grave crise financeira e está em atraso na remuneração dos atletas, que têm feito até protestos. Se o negócio com Sheik não avançar, Deivid, que recentemente deixou o Coritiba, pode ser tentado novamente.

Antes, o empresário de Emerson ouviu pelo menos cinco equipes brasileiras interessadas. O Atlético-MG foi o mais próximo de contar com os serviços do jogador: acertou uma troca por André, mas, mais uma vez, Sheik recusou a proposta.

O presidente Mário Gobbi pretende fazer o possível para acertar a liberação do atacante. A busca por pelo menos dois nomes para o setor é mais um sinal de que o ciclo de Sheik pode acabar em questão de dias.

Por Diego Ribeiro e Fred Huber São Paulo e Rio de Janeiro