À distância, presidente Maurício Assumpção tenta equacionar problemas financeiros - Fabio Castro/Agif |
Em grave situação financeira por ter 100% de suas receitas bloqueadas, a diretoria do Botafogo inicia nesta quinta-feira rodada de conversas para contar à Justiça sobre os obstáculos que encara no dia a dia para pagar jogadores e funcionários. A primeira reunião será com o MPT (Ministério Público do Trabalho), que conhecerá de perto a situação crítica do clube.
O Sindeclubes (Sindicato de Empregados de Clubes do Rio), que ajudou o clube a liberar R$ 2,5 milhões para pagamento de salário a parte dos jogadores do elenco a funcionários, participará do encontro e ajudará com detalhes sobre a situação do Botafogo.
O Ministério Público do Trabalho terá importância fundamental no retorno do Alvinegro ao Ato Trabalhista. Será o órgão – caso aceite os argumentos do Botafogo – a dar sustentação ao recurso do clube no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em encontro marcado para a próxima quinta-feira, dia 21.
Se for reconduzido ao Ato Trabalhista, o clube se livra de penhoras das suas receitas, desde que 20% de suas fontes de renda sejam destinadas ao pagamento de débitos trabalhistas. O Botafogo foi excluído do programa por sonegação.
Em caso de triunfo na Justiça do Trabalho, o Botafogo poderá receber verbas de bilheteria, direitos de TV e venda de atletas em até 24 horas. Por isso, o diálogo com o Ministério Público do Trabalho se torna decisivo para que a diretoria ganhe força em batalha jurídica no Tribunal Regional do Trabalho uma semana depois.
Apesar de ser uma saída para minimizar o caos, o retorno ao Ato Trabalhista não é visto como solução definitiva para estabilidade no Botafogo. Nesta quarta-feira, o clube apelou a investidores e torcedores ilustres para pagar salários de jogadores. "Acho que agora as coisas vão se normalizar. Temos total confiança de que estas pessoas vão regularizar. São apaixonados pelo clube e, se podem ajudar, não vejo isso como uma bagunça", afirmou Bolívar, um dos líderes do elenco alvinegro.
A partir de agora, a diretoria já não poderá contar com a ajuda do Sindeclubes, que já liberou R$ 10 milhões para o Botafogo honrar com seus compromissos. O sindicato auxiliou o Alvinegro com ações na Justiça que desbloquearam verbas referentes a direitos de transmissão de TV.
Além do mês de salário que está prestes a ser acertado, o Botafogo ainda tem muitas outras pendências com o elenco. O Alvinegro terá que batalhar para acertar dois meses de salários em carteira e seis de direitos de imagem. O clube também precisa recolher o FGTS.
Do UOL, no Rio de Janeiro
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