Alvinegro fica com cerca de 25% de arrecadação milionária (cerca de R$ 600 mil), mas consegue quitar parcelamento e amenizar dívida com jogadores
Em tempos de grave crise financeira, a imponente renda bruta de R$ 2.252.700 do clássico contra o Fluminense foi sinal de alívio para o Botafogo. Mas ao decidir vender seu mando de campo para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o Alvinegro ficou com cerca de 25% deste valor. Mesmo assim, ele pode ser considerado expressivo. O clube conseguiu pagar o que restava de um mês de salário da carteira de trabalho aos seis jogadores que não haviam sido contemplados com a verba liberada pela Justiça na semana passada.
Mané Garrincha recebeu 27 mil pagantes para o clássico Botafogo x Fluminense (Foto: Gustavo Rotstein) |
O contrato estabelecido com a empresa administradora do Mané Garrincha dava ao Botafogo R$ 400 mil se o público pagante fosse de até 15 mil pessoas. Como foram cerca de 29.185 pagantes, o Alvinegro ganhou um valor adicional de quase R$ 200 mil, totalizando cerca de R$ 600 mil. Com os R$ 400 mil iniciais, o clube pagou mais uma parcela da Timemania, condição para que seja reincorporado ao Ato Trabalhista – decisão que será julgada pelo TRT nesta semana. O valor adicional serviu para que Bolívar, Lucas, André Bahia, Marcelo Mattos, Ferreyra e Bolatti pudessem receber o restante do salário de um mês de suas carteiras de trabalho.
Mesmo que o Botafogo tenha arrecadado o equivalente a 25% da renda bruta do clássico, seu ganho foi importante, principalmente se comparado aos demais jogos no qual foi mandante. Somente em duas das cinco partidas o clube teve lucro (o jogo contra o Cruzeiro foi o de maior faturamento líquido, R$ 143.685,49). Nas outras três, o Alvinegro sofreu prejuízo de cerca de R$ 60 mil em cada. Por isso, a diretoria mostrou-se satisfeita com o acordo firmado para ter Brasília como palco do duelo contra o Fluminense.
- Espero que este dinheiro seja bem encaminhado para sanar algumas dívidas - disse o técnico Vagner Mancini após o jogo contra o Fluminense.
Por Gustavo Rotstein*Brasília/GE
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