Ainda em obras e sujo, Engenhão reabre na goleada por 4 a 0 sobre o Bonsucesso após quase dois anos fechado. Torcedores abraçam nome sugerido pela diretoria
A torcida alvinegra voltou para casa. Um lar inacabado, ainda em obras, mas que os botafoguenses podem chamar de seu. Foi um sábado de festa no Engenhão. Ou seria Niltão? Em um local com jeitão de canteiro de obras, os torcedores compraram a ideia da diretoria de homenagear o ídolo Nilton Santos - falecida em 2013 - e adotaram o apelido em alusão à sugestão para novo nome do estádio.
- Ih, f....., o Niltão é meu – gritou a torcida no segundo tempo, em festa pela goleada por 4 a 0 sobre o Bonsucesso.
Não foi, porém, um dia de casa cheia. Ainda desconfiada pelo desastroso desempenho na temporada passada, a torcida não esgotou os 17.444 ingressos disponibilizados, como era a expectativa da diretoria. Os 11.147 presentes, no entanto, fizeram barulho. Com direito a gritos de "olé", apoiaram o time durante os 90 minutos e continuaram cantando após o apito final.
- É claro que sempre esperamos que o Estádio Nilton Santos esteja lotado. Conversamos que tínhamos que mandar uma mensagem para todos e fazer um grande jogo nessa reabertura. Aqui é a nossa casa. Aos poucos os torcedores vão se readaptar ao estádio. Mas a torcida do Botafogo não é quantidade, é qualidade. Mas pode ter certeza que ao longo do ano os torcedores vão entupir esse estádio – disse Jefferson, após a partida.
Sujeira e mascote Perivaldo no estádio
A volta para casa foi muito festejada por jogadores e torcedores, mas o Engenhão ainda não está pronto. Por conta das obras na cobertura, que impedem os anéis superiores de receber torcida, o estádio está muito sujo, especialmente os assentos. Os dois telões também não funcionaram, e um placar improvisado no canto passou quase despercebido. E apesar das muitas referências ao nome Estádio Nilton Santos, placas e ingresso ainda se referem ao local como Engenhão.
- Tem o básico, mas ainda falta muita coisa. A limpeza e as acomodações deixaram muito a desejar. Mas não é a hora de cobrar – disse o comerciante Antônio Carlos.
Os detalhes, porém, não incomodaram a maioria da torcida, que comemorou o retorno para o estádio e adotou com prazer o apelido de "Niltão".
- Estou amarradão. Estava há dois anos sem vir aqui. Além da grana, ficamos sem um lugar para considerarmos casa. Jogando em casa é outra coisa – comemorou o empresário Alex Lucena.
Quem também marcou presença foi Perivaldo. O cachorro da raça beagle, que tem uma mancha nas costas em forma da Estrela Solitária, entrou em campo com o presidente Carlos Eduardo Pereira. Mascote do clube desde 2008, o animal veio de João Pessoa e já havia prestigiado a estreia do Botafogo no Carioca, contra o Boavista, em São Januário. O dono retornou à Paraíba, mas Perivaldo permaneceu para a reabertura do estádio a pedido da diretoria. Muito à vontade, o cão defecou ao lado do banco de reservas antes de a bola rolar, e um funcionário do clube precisou limpar rapidamente o local.
Maior incentivador da mudança do nome do estádio de João Havelange para Nilton Santos, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, festejou a reabertura do palco e o fato de a torcida abraçar a nova nomenclatura.
- É um momento muito especial para todos nós. Estamos nos reencontrando com a nossa casa, e especialmente com o nome de Nilton Santos. A gente trás o Nilton na nossa história e nos nossos corações. Nada mais justo que o nosso estádio tenha o nome dele. É uma nomenclatura brasileira. O Nilton é um nome mundial. Tenho certeza que o nome já pegou – afirmou.
Ainda com nome de Estádio Olímpico João Havelange, o local foi fechado para reforma pela prefeitura do Rio de Janeiro em março de 2013, por conta de problemas na cobertura. Desde então, sem uma casa, o Botafogo acumulou problemas financeiros e técnicos que levaram o clube à Série B. A pedido da nova diretoria, o prefeito Eduardo Paes permitiu que o Alvinegro chame, a partir de agora, o local de Estádio Nilton Santos.
- Ih, f....., o Niltão é meu – gritou a torcida no segundo tempo, em festa pela goleada por 4 a 0 sobre o Bonsucesso.
Não foi, porém, um dia de casa cheia. Ainda desconfiada pelo desastroso desempenho na temporada passada, a torcida não esgotou os 17.444 ingressos disponibilizados, como era a expectativa da diretoria. Os 11.147 presentes, no entanto, fizeram barulho. Com direito a gritos de "olé", apoiaram o time durante os 90 minutos e continuaram cantando após o apito final.
- É claro que sempre esperamos que o Estádio Nilton Santos esteja lotado. Conversamos que tínhamos que mandar uma mensagem para todos e fazer um grande jogo nessa reabertura. Aqui é a nossa casa. Aos poucos os torcedores vão se readaptar ao estádio. Mas a torcida do Botafogo não é quantidade, é qualidade. Mas pode ter certeza que ao longo do ano os torcedores vão entupir esse estádio – disse Jefferson, após a partida.
Momentos do reencontro do Botafogo com seus torcedores no Engenhão. Ou seria Niltão? (Foto: Editoria de Arte) |
A volta para casa foi muito festejada por jogadores e torcedores, mas o Engenhão ainda não está pronto. Por conta das obras na cobertura, que impedem os anéis superiores de receber torcida, o estádio está muito sujo, especialmente os assentos. Os dois telões também não funcionaram, e um placar improvisado no canto passou quase despercebido. E apesar das muitas referências ao nome Estádio Nilton Santos, placas e ingresso ainda se referem ao local como Engenhão.
O presidente Carlos Eduardo Pereira com o cachorro Perivaldo, mascote alvinegro (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
Os detalhes, porém, não incomodaram a maioria da torcida, que comemorou o retorno para o estádio e adotou com prazer o apelido de "Niltão".
- Estou amarradão. Estava há dois anos sem vir aqui. Além da grana, ficamos sem um lugar para considerarmos casa. Jogando em casa é outra coisa – comemorou o empresário Alex Lucena.
Quem também marcou presença foi Perivaldo. O cachorro da raça beagle, que tem uma mancha nas costas em forma da Estrela Solitária, entrou em campo com o presidente Carlos Eduardo Pereira. Mascote do clube desde 2008, o animal veio de João Pessoa e já havia prestigiado a estreia do Botafogo no Carioca, contra o Boavista, em São Januário. O dono retornou à Paraíba, mas Perivaldo permaneceu para a reabertura do estádio a pedido da diretoria. Muito à vontade, o cão defecou ao lado do banco de reservas antes de a bola rolar, e um funcionário do clube precisou limpar rapidamente o local.
Torcida do Botafogo no estádio (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
- É um momento muito especial para todos nós. Estamos nos reencontrando com a nossa casa, e especialmente com o nome de Nilton Santos. A gente trás o Nilton na nossa história e nos nossos corações. Nada mais justo que o nosso estádio tenha o nome dele. É uma nomenclatura brasileira. O Nilton é um nome mundial. Tenho certeza que o nome já pegou – afirmou.
Ainda com nome de Estádio Olímpico João Havelange, o local foi fechado para reforma pela prefeitura do Rio de Janeiro em março de 2013, por conta de problemas na cobertura. Desde então, sem uma casa, o Botafogo acumulou problemas financeiros e técnicos que levaram o clube à Série B. A pedido da nova diretoria, o prefeito Eduardo Paes permitiu que o Alvinegro chame, a partir de agora, o local de Estádio Nilton Santos.
Por Marcelo Baltar e Thiago Corrêa Rio de Janeiro/GE
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