Apesar de vitória, técnico critica atuação na primeira etapa, com um jogador a mais. Atacante sai do banco, marca um gol e dá assistência
Sob o sol de Xerém, René Simões observa vitória do Botafogo sobre o Bangu (Foto: Vitor Silva / SS Press) |
- Depois que o goleiro foi expulso e nós fizemos 1 a 0, em alguns momentos parecia que o Botafogo tinha 10 e o Bangu tinha 11 em campo. No segundo tempo, jogando nas mesmas condições, o time foi outro. Essa foi a grande lição: é preciso jogar os 90 minutos. Sem querer desqualificar o Bangu, se pegarmos um outro padrão, pode complicar nossa vida. Não podemos ter os momentos que tivemos, com um primeiro tempo com tanta lentidão na marcação. No segundo tempo o Botafogo teve autoridade e soube abrir bem o jogo. Hoje a lição foi pensar o jogo, o que fazer com um a mais ou um a menos. É importante antecipar os cenários - disse.
Os elogios do treinador, no entanto, não foram apenas para o bom segundo tempo do Botafogo. Após a partida, René Simões destacou a boa atuação de Jobson, autor de um gol e de uma assistência, nesta quarta-feira. Para o treinador, o atacante está no caminho certo para recuperar seu espaço perdido no clube.
- Fico satisfeito por ele ter feito um gol e por ter dado pelo menos três ou quatro passes para gol perigosíssimos. Isso é um “plus”, que a gente não via no Jobson. Só quero que ele entre no processo que eu gosto muito. Eu penso e falo, e faço o que falo. Nesse processo, está num bom caminho
Confira os principais trechos da entrevista
Evolução
O aprendizado é um processo continuo. Depois do jogo do Flamengo vamos continuar aprendendo. Quando você para e acha que está bom é complicado. Temos que melhorar algumas coisas, cometer menos erros. Todo esse processo tem que ser melhorado. Quando pegarmos um time com uma qualidade melhor, podemos ter a vida complicada.
Tomas
É a mesma situação do Pimpão. Nos dois primeiros jogos, ele não foi bem. Já falei com ele que na hora que ele estiver em forma todo mundo vai ver quem ele é. Eu sei o jogador que o Tomas é. Mas ele ainda está se achando. Ele não é esse jogador. Ele é um atleta de muita velocidade, de puxar o time. Ele tem características parecidas com o Diego Jardel. Daqui a pouco eles vão se entrosar.
Bill
Torci muito hoje pelo Bill. Tinha um torcedor ali atrás gritando durante 45 minutos que se o Bill não servia nem para o Ceará, não serviria para o Botafogo. Eu discordo do torcedor. A maioria desses jogadores em algum momento não serviu para algum clube. E foi exatamente isso que norteou o nosso trabalho. Trazer bons jogadores que por alguma razão não se deram bem nos clubes que estavam. Acredito muito no Bill, no esforço dele, e fiquei muito feliz.
Carnaval
Vamos trabalhar e vamos trabalhar muito. Tudo no futebol tem o bônus e o ônus. O bônus são os salários, que são bons salários. O ônus é não ter datas como outras pessoas normais, que vão brincar o Carnaval e se divertir, enquanto nós vamos trabalhar
Condições do Estádio
A única coisa que precisa melhorar é o vestiário. Não podemos manter um grupo de jogadores por uma hora e meia nas condições que ficamos. Tirei minha roupa toda, tomei banho e esperei a hora do jogo para me vestir de novo. Estava um calor insuportável. Não tínhamos ventiladores. Temos que ter as mínimas condições. O gramado está. O Botafogo tem pressa e não dá para escolher campo.
Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE
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