Carlos Eduardo Pereira admite frustração de perder patrocínio de estatal e irá propor parceria master da camisa para empresas com as quais já negociava outros espaços
Camisa do Botafogo está sem patrocinador master fixo desde o início de 2015 (Foto: Gustavo Rotstein) |
- Nós estávamos mantendo contato com várias empresas e vamos prosseguir. As conversas podem ser por qualquer parte da camisa. Mas o peso da "Caixa" no mercado hoje em dia é inegável. Da minha parte, se eles não vão fazer... A decisão é deles - afirmou o mandatário, que ao ser questionado do tamanho do baque para o clube com a desistência do banco respondeu:
- Deixa de crescer apenas.
A desistência pode diminuir a projeção da diretoria no mercado. Embora reconhecesse ser uma meta bem complicada, Carlos Eduardo Pereira projetava conseguir de R$ 10 a R$ 15 milhões com outros patrocínios, sem contar a verba que seria proveniente da "Caixa". O último patrocinador master do clube foi a "Guaraviton", marca de bebida da "Viton 44" que rendeu aos cofres alvinegros por volta de R$ 19 milhões. Desde o ano passado sem parceiro principal, o Botafogo passou a adotar patrocínios pontuais para jogos esporádicos, tipo de receita que não está descartada para 2016. No espaço nobre, terminou a temporada estampando seu programa de Sócio-Torcedor, o "Sou Botafogo".
Apesar da grande dificuldade para captar investimentos na iniciativa privada e da crise financeira - o clube deve atualmente os salários de dezembro, parte do 13º e férias para os jogadores -, Carlos Eduardo Pereira garantiu que a saída da "Caixa" não será um entrave na procura por reforços, já que ainda não estava contando com a verba da estatal. Questionado se a desistência do banco interferiria nas negociações que estão em andamento, respondeu com um categórico "não". A diretoria busca dois atacantes e um lateral-esquerdo para fechar o elenco para o Campeonato Carioca. O GloboEsporte.com apurou que o mais perto de um acerto é outro estrangeiro sul-americano que joga no ataque. O nome é guardado a sete chaves, e a negociação se arrasta por conta dos valores, mas pode ser finalizada ainda esta semana.
Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE
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