Em situação irregular para disputar competições no país desde que a MP do Futebol foi sancionada, Alvinegro busca liminar no TJD, que deve responder ainda nesta sexta
Antônio Lopes e Carlos Eduardo Pereira: presidente não atendeu às ligações para comentar a situação do Botafogo (Foto: SSpress / Vitor Silva / Botafogo) |
O Botafogo trabalha amparado em precedentes: recentemente em Goiás, Atlético-GO e Vila Nova passaram pela mesma situação e conseguiram na Justiça desportiva o direito de disputar o Campeonato Goiano. Se porventura ainda assim não obtiver êxito, outra alternativa seria entrar na Justiça comum com a argumentação baseada no critério técnico: como a classificação para o Carioca foi pelo ranking do estadual do ano passado, antes de a MP do Futebol ser sancionada, teoricamente o sistema anterior deveria ser respeitado para 2016. Por ora, o jogo Bangu x Botafogo, que marca a abertura do estadual neste sábado, às 17h (de Brasília) em São Januário, ainda não foi desmarcado - ingressos começaram a ser vendidos na última quinta.
- Quem está tratando disso é o departamento jurídico da Ferj. Até agora não chegou nada a mim sobre suspensão do jogo - limitou-se a dizer Marcelo Vianna, diretor de competições da Ferj.
O GloboEsporte.com tentou contato com o vice-presidente jurídico do Botafogo, Domingos Fleury, mas ele estava com o celular estava desligado. Nos últimos dias, em contato com a reportagem, o dirigente foi questionado se a diretoria ainda estaria atrás das CNDs mesmo após a desistência da "Caixa Econômica Federal" em patrocinar o clube. A resposta já foi um indício do que veio a ocorrer nesta sexta-feira.
- Vamos tirar a CND, que é obrigatória para disputarmos o estadual, Brasileiro etc...
Além do Botafogo, há outros clubes nesta situação. Entre os grandes, Flamengo e Vasco já possuíam as CNDs, e o Fluminense conseguiu as dele na última quinta-feira. De qualquer forma, as instituições que se encontram em situação irregular podem ganhar mais tempo para se adequarem em breve. Em dezembro, foi aprovada na comissão mista no Congresso a MP 695/2015, que estende prazos de adesão dos clubes ao Profut e para implantação das contrapartidas nas competições - falta aprovação na Câmara dos Deputados e pelo Senado. Pelo texto apresentado, as exigência das CNDs e comprovantes de pagamento dos vencimentos em contratos de trabalho e de imagem dos atletas valerão só a partir de 1º de agosto de 2016.
Por Marcelo Baltar, Raphael Zarko e Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE
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