Principais alvos no início do ano, sul-americanos encontram dificuldades no clube. Dos cinco, único a conquistar a torcida, Carli jogou apenas dois jogos no Brasileiro
Atraído pelo custo-benefício e empolgado pelo desempenho de Álvaro Navarro na Série B, o Botafogo apostou suas fichas em 2016 em contratações de sul-americanos. Em menos de seis meses o clube preencheu todas as cinco vagas permitidas para atletas estrangeiros. Alguns tiverem bons momentos, outros nem tanto. Fato é que todos perderam espaço e, no momento, estão em baixa no Alvinegro.
Botafogo conta com cinco estrangeiros no elenco (Fotos: Vitor SIlva / SSpress / Botafogo) |
Neste ano, o clube carioca contratou o uruguaio Salgueiro e outros quatro argentinos: Carli, Gervásio Nuñez, Lizio (naturalizado boliviano) e Canales (naturalizado chileno). Seria leviano afirmar que foram negociações equivocadas, mas o momento não é bom para nenhum deles. O caso de Damían Lizio é o mais emblemático. Contratado em janeiro para ser o camisa 10, o boliviano não se afirmou, disputou apenas oito jogos e ainda não entrou em campo pelo Campeonato Brasileiro. No momento ele se recupera de uma cirurgia.
Dos cinco, Carli talvez tenha sido quem desembarcou no Rio de Janeiro com a menor expectativa e, certamente, foi quem mais correspondeu. O bom desempenho no Campeonato Carioca levou o Botafogo a renovar o contrato do zagueiro até 2018. No Brasileirão, no entanto, o argentino vem enfrentando problemas físicos, entrou em campo somente duas vezes e hoje é reserva de Renan Fonseca. Confira abaixo as situações dos cinco estrangeiros.
SALGUEIRO
Campeão da Libertadores com o Estudiantes em 2009, Juan Salgueiro desembarcou no Brasil em fevereiro cercado de expectativas. Alternou bons e maus jogos, foi titular até o início do Brasileiro, mas nunca conseguiu se firmar. Ricardo Gomes reconheceu que o uruguaio sentiu o calendário do futebol brasileiro. O belo gol no clássico contra o Flamengo - seu primeiro com a camisa alvinegra - deu a falsa impressão de que ele poderia enfim deslanchar. Seu último jogo foi contra o Palmeiras, em 1º de agosto, quando atuou por dois minutos ao substituir Camilo aos 47 minutos do segundo tempo.
YACA
A bela estreia com gol contra o Bangu no Carioca e o cativante apelido de "Jacaré" logo fizeram com que argentino ameaçasse cair nas graças da torcida no seu início em General Severiano. No entanto, Gervásio não conseguiu manter o rendimento e ficou fora de boa parte do estadual para apurar a parte física. No Brasileiro, disputou dez partidas, quase sempre entrando ao longo do segundo tempo. Seu último jogo, contra a Chapecoense, completou um mês nesta quarta-feira. Dos cinco, é quem mais marcou gols. Foram quatro desde janeiro. Gervásio tem contrato com o Botafogo até o fim do ano.
CANALES
Dos cinco, é o único que recebeu oportunidade com Jair Ventura. Último a chegar, foi contratado em maio para ser o camisa 9 no Brasileiro. Demorou a estrear por conta de uma lesão no pé. Em seis partidas pelo Botafogo, ainda não marcou gol. Como teve que viajar para o Chile na semana passada por conta de um problema de saúde de sua esposa, Canales ainda não foi oficialmente barrado. No entanto, tudo levar a crer que o centroavante perderá a posição para Sassá, que vive fase iluminada e é o vice-artilheiro do Brasileirão com nove gols.
CARLI
Desembarcou no Rio de Janeiro sob desconfiança, assustou a comissão técnica nos treinos, mas quando entrou em campo rapidamente conquistou a torcida e seu espaço no time. O argentino fez um excelente Campeonato Carioca, mas não conseguiu dar sequência ao trabalho por conta de constantes problemas musculares. Com status de xerife e capitão na ausência de Jefferson, Carli teve o contrato renovado até 2018, mas jogou apenas dois jogos no Brasileirão. Recuperado, ele tem ficado no banco, especialmente pelo bom momento da defesa do Botafogo, que não sofre gol há dois jogos.
LIZIO
Dos cinco, a maior decepção até o momento. Contratado para ser o camisa 10 do Botafogo, o meia desembarcou no clube credenciado por defender a seleção boliviana e mostrou habilidade na pré-temporada. A estreia foi animadora, com gol diante da Portuguesa, no Campeonato Carioca. Mas parou por aí. Em oito meses, Lizio fez apenas oito jogos pelo clube - nenhum deles no Brasileirão. Nesta quarta-feira, o boliviano foi a campo pela primeira vez desde que passou por cirurgia em agosto. Ele está emprestado pelo Bolívar até o fim do ano e dificilmente permanecerá no Rio de Janeiro em 2017.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro
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