Carlos Eduardo Mansur ressalta trajetória longa do treinador no clube alvinegro, onde soma cinco vitórias em seis jogos no Brasileiro desde que foi efetivado no cargo
Ricardo Gomes trocou o Botafogo pelo São Paulo no dia 12 de agosto, mas o clube carioca não ficou 24 horas sem comando técnico. No dia seguinte, adiretoria alvinegra anunciou a efetivação do então auxiliar permanente Jair Ventura. Na ocasião, o Botafogo era o 17° colocado, com 20 pontos. Seis jogos depois, a equipe é a oitava colocada com 35 pontos. Qual o segredo de Jair Ventura? Para o jornalista Carlos Eduardo Mansur, de O Globo, o conhecimento do treinador, há oito anos no clube, explica o sucesso imediato.
- Óbvio que tem mérito, o aproveitamento é impressionante, agora, é diferente da chegada de um treinador absolutamente estranho àquele ambiente e o aproveitamento do Jair Ventura, são dois mundos diferentes. Ele fez coisas ontem no jogo, como o uso de dois laterais esquerdos de origem compondo o lado esquerdo, com o Victor Luís e o Diogo Barbosa um pouco mais à frente, e com a improvisação do zagueiro Emerson como lateral-direito, que só poderia fazer quem está há muito tempo no clube. Viu alguns desses jogadores crescerem dentro do clube, outros desde que chegaram, e conhece intimamente as características. Ele vem trabalhando com esse elenco, e trabalhava junto ao Ricardo Gomes, há muito tempo, não é um elemento estranho que caiu de paraquedas e passou por processo de conhecimento do elenco. (Foi) uma mudança de função, ele passa a ser o comandante. Teve o mérito de fazer os jogadores acreditarem nele como cabeça do processo a partir de agora. Algumas providências de time que ele tomou só foram possíveis porque ele já estava integrado àquele ambiente e conhecia as características dos jogadores.
Jair Ventura comandou o time em seis jogos do Bota no Brasileiro (Vitor Silva / SSpress / Botafogo) |
Mansur relembrou uma conversa com o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, ainda antes do início do Campeonato Brasileiro, quando o dirigente admitiu não poder externar a briga real do clube: a luta contra o rebaixamento. Hoje, o cenário é diferente.
- Me lembro que estava falando com o presidente do Botafogo por telefone, antes de o campeonato começar, e em dado momento falei: “Presidente, é natural que o Botafogo, no estágio de clube que está, com o nível de receita, com dificuldade de reconstruir o clube, faça um campeonato para não cair, não seria vergonha nenhum". Mas ele disse: "Nunca vou poder dizer isso, tenho que bancar que o Botafogo vai brigar lá em cima, vai brigar o mais alto possível". É um pouco de discurso externo, só que na verdade o Botafogo está na tabela numa distância para o G-4 - embora ache que o Botafogo dificilmente termine no G4 - que é praticamente a mesma que quem está para baixo.
O Botafogo volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), para enfrentar o Santos, no Luso-Brasileiro, pela 25ª rodada do Brasileiro.
Fonte: GE/Por SporTV.com/Rio de Janeiro
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