Dos 15 jogadores que ficarão sem contrato no Botafogo em dezembro, cinco são do time titular atualmente. Treinador também mostra receio em perder atletas cobiçados
Jair Ventura concede entrevista em General Severiano (Foto: Twitter oficial do Botafogo) |
– Costumo dizer que a melhor contratação é a manutenção do elenco. Jogador já conhece o trabalho, a casa, não precisa ter aquela adaptação... Começar o ano com a base da equipe facilita a vida. Mas a gente sabe que o mercado está difícil, eu não posso chegar para o Sassá se ele tiver uma proposta milionária e contar história. Tem que ver o lado pessoal, da família. Se me perguntar, quero ficar com todos. Lógico, e fortalecer com algumas contratações pontuais. Facilita muito a vida do treinador. Para mim, a grande contratação é a manutenção da equipe – afirmou, fazendo lobby pelas renovações.
Do quinteto, Sidão e Alemão têm as situações mais simples e devem continuar – com o goleiro, a única pendência está sendo o tempo de contrato, um ou dois anos. Neilton tem só mais um ano de contrato com o Cruzeiro, que não deve aceitar novo empréstimo, apenas venda. Como os valores são considerados fora da realidade do clube, o Botafogo está tentando negociar através de seu agente. Já os casos de Victor Luis e Diogo Barbosa são vistos como muito difíceis. O primeiro foi emprestado sem opção de compra pelo Palmeiras, que já solicitou seu retorno, e o segundo pertence a um grupo de empresários que estão tentando vendê-lo.
Os demais jogadores em fim de contrato são Gervásio "Yaca" Núñez, Paulo Ricardo – emprestado à Portuguesa –, Lizio, Milton Raphael, Lucas Zen, Anderson Aquino, Salgueiro, Matheus Menezes e Geovane Maranhão. Destes, apenas Yaca tem chances de renovar, enquanto os demais encabeçarão a barca. Uma preocupação de Jair é evitar que os jogadores percam o foco, e para isso ele chama a atenção se precisar.
– É meu primeiro ano efetivado como treinador, mas estou há bastante tempo no futebol. É uma situação que ocorre todo final de ano, alguns têm propostas, outros querem um contrato melhor, outros preferem viver novos ares... A gente tem que lidar com isso tudo. É uma situação atípica, mas sempre tentamos colocar o jogador focado na competição. Foi tão difícil chegar até aqui, não pode mudar. O foco tem que ser o mesmo. Eles são profissionais e sabem disso. Mas também são seres humanos. Se a gente vê algum indo pro caminho diferente, já pensando nas férias, aí puxa pelo braço e chama a atenção.
O Botafogo volta a campo neste sábado para enfrentar o Coritiba, às 18h30 (de Brasília), na Arena, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 53 pontos, o time de Jair Ventura é o quinto colocado e tem 88% de chances de terminar no G-6, zona de classificação para a Taça Libertadores, segundo o matemático Tristão Garcia.
Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro
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